APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)
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sábado, 29 de julho de 2017

E.S.E. CAPÍTULO I - ITEM 3 E 4 - CRISTO


CRISTO

3 – Jesus não veio destruir a lei, o que quer dizer: a lei de Deus. Ele veio cumpri-la, ou seja: desenvolvê-la, dar-lhe o seu verdadeiro sentido e apropriá-la ao grau de adiantamento dos homens. Eis porque encontramos nessa lei o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo, que constitui a base de sua doutrina. Quanto às leis de Moisés propriamente ditas, ele, pelo contrário, as modificou profundamente, no fundo e na forma. Combateu constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações, e não podia fazê-las passar por uma reforma mais radical do que as reduzindo a estas palavras: “Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo”, e ao acrescentar: “Esta é toda a lei e os profetas”.

Por estas palavras: “O céu e a terra não passarão, enquanto não se cumprir até o último jota”, Jesus quis dizer que era necessário que a lei de Deus fosse cumprida, ou seja, que fosse praticada sobre toda a terra, em toda a sua pureza, com todos os seus desenvolvimentos e todas as suas conseqüências. Pois de que serviria estabelecer essa lei, se ela tivesse de ficar como privilégio de alguns homens ou mesmo de um só povo? Todos os homens, sendo filhos de Deus, são, sem distinções, objetos da mesma solicitude.


4 – Mas o papel de Jesus não foi simplesmente o de um legislador moralista, sem outra autoridade que a sua palavra. Ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado o seu advento. Sua autoridade decorria da natureza excepcional do seu Espírito e da natureza divina da sua missão. Ele veio ensinar aos homens que a verdadeira vida não está na Terra, mas no Reino dos Céus, ensinar-lhes o caminho que os conduz até lá, os meios de se reconciliarem com Deus, e os advertir sobre a marcha das coisas futuras, para o cumprimento dos destinos humanos. Não obstante, ele não disse tudo, e sobre muitos pontos limitou-se a lançar o germe de verdades que ele mesmo declarou não poderem ser então compreendidas. Falou de tudo, mas em termos mais ou menos claros, de maneira que, para entender o sentido oculto de certas palavras, era preciso que novas idéias e novos conhecimentos viessem dar-nos a chave. Essas idéias não podiam surgir antes de um certo grau de amadurecimento do espírito humano. A ciência devia contribuir poderosamente para o aparecimento e o desenvolvimento dessas idéias. Era preciso, pois, dar tempo à ciência para progredir.



O LIVRO DOS ESPÍRITOS – QUESTÃO  625

Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?
 - “Jesus.”

Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da Lei do Senhor, porque, sendo Ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito divino o animava.
Quanto aos que, pretendendo instruir o homem na Lei de Deus, o têm transviado, ensinando-lhe falsos princípios, isso aconteceu por haverem deixado que os dominassem sentimentos demasiado terrenos e por terem confundido as leis que regulam as condições da vida da alma, com as que regem a vida do corpo. Muitos hão apresentado como leis divinas simples leis humanas estatuídas para servir às paixões e dominar os homens.




TEXTOS DE APOIO


NA PRESENÇA DO CRISTO
“Em verdade vos digo que o Cia e a Terra não passarão sem que tudo o que se acha na lei esteja perfeitamente  cumprido, enquanto reste um único iota e um único ponto.” Jesus (Mateus, 5:18)

“O Cristo foi o Iniciador da mais pura, da mais sublime moral, da moral evangélicoCristã, que há de renovar o
mundo, aproximar os homens e torná­los irmãos; que há de fazer brotar de todos os corações a caridade  e  o  amor  do próximo e estabelecer entre os humanos uma solidariedade comum; de uma perfeita moral, enfim, que há de transformar a Terra,  tornando­a morada  de  Espíritos superiores  aos  que  hoje a habitam.”(Cap. 1, item: 9)

A ciência dos homens vem liquidando todos os problemas, alusivos ao reconforto da Humanidade. Observou a escravidão do homem pelo próprio homem e dignificou o trabalho, através de leis compassivas e justas. Reconheceu o martírio social da mulher que as civilizações mantinham em multimilenário regime de cativeiro e conferiu­lhe acesso às universidades e profissões. Inventariou os desastres morais do analfabetismo e criou  a grande imprensa.
Viu  que a criatura humana tombava prematuramente na morte, esmagada em atividade excessiva pela própria sustentação e deu­lhe a força motriz.
Examinou o insulamento dos cegos e administrou­lhes instrução adequada.
Catalogou  os delinqüentes por enfermos transformou  prisões em penitenciárias­  escolas.
Comoveu­se, diante das moléstias contagiosas, e fabricou  a vacina.
Emocionou­se, perante os feridos e doentes desesperados, e inventou a anestesia.
Anotou os prejuízos da solidão e construiu  máquinas poderosas que interligassem os continentes.
Analisou o desentendimento sistemático que oprimia as nações e ofereceu­ lhes o livro e o telegrafo, o rádio e a televisão que as aproxima na direção de um mundo só.
Entretanto, os vencidos da, angústia aglomeram­se na Terra de hoje como enxameavam na Terra de ontem... Articulam­se todas as formas e despontam de todas as direções.
Perderam o emprego, que lhes garantia a estabilidade familiar e desorientam­se abatidos,
À procura de pão, foram despejados de teto, hipotecado a solução de constringentes necessidades e vagueiam sem rumo.
Encontram­se despojados de esperança pela deserção dos afetos mais caros e abeiram­se do suicídio.
Caíram em perigosos conflitos da consciência e aguardam leve sorriso que os reconforte.
Envelheceram sacrificados pelas exigências de filhos queridos que lhes renegaram a convivência nos dias da provação e amargam doloroso abandono.
Adoeceram gravemente e viram­se transferidos da equipe domestica para os azares da mendicância. Transviaram­se no  pretérito e renasceram, trazendo no próprio corpo os sinais aflitivos das culpas que resgatam, pedindo cooperação.
Despediram­  se dos que mais amavam no frio portal do túmulo e carregam os últimos sonhos da
existência cadaverizados agora no esquife do próprio peito.
Abraçaram tarefas de bondade e ternura e são mulheres supliciadas de fadiga e de pranto, conduzindo os filhinhos que alimentam à custa das próprias lágrimas.
Gemem, discretos, e surgem na forma de crianças, desprezadas, à maneira de flores que a ventania quebrou, desapiedada, no instante do amanhecer.
Para eles, os que tombaram no sofrimento moral, a ciência dos homens não dispõe de recursos.
É por isso que Jesus, ao reuni­los em multidão, no  tope do monte, desfraldou  a bandeira da caridade e, proclamando as bem­aventuranças eternas, no­los entregou por filhos do coração...
Companheiro da Terra quando estendes uma palavra consoladora ou  um abraço fraterno, uma gota de bálsamo ou  uma concha de sopa, aliviando os que choram, estás diante deles, na presença do Cristo, com quem aprendemos que o  único remédio capaz de curar  as angústias da vida nasce do amor, que derrama, sublime, da ciência de Deus

LIVRO DE ESPERANÇA – EMMANUEL - FCXAVIER




JESUS E A RELIGIÃO —
Com Jesus, no entanto, a religião, como sistema educativo, alcança eminência inimaginável.
Nem templos de pedra, nem rituais.
Nem hierarquias efêmeras, nem avanço ao poder humano.
O Mestre desaferrolha as arcas do conhecimento enobrecido e distribui-lhe os tesouros. Dirige-se aos homens simples de coração, curvados para a gleba do sofrimento e ergue-lhes a cabeça trêmula para o Céu. Aproxima-se de quantos desconhecem a sublimidade dos próprios destinos e assopra-lhes a verdade, vazada em amor, para que o sol da esperança lhes renasça no ser. Abraça os deserdados e fala-lhes da Providência Infinita. Reúne, em torno de sua glória que a humildade escondia, os velhos e os doentes, os cansados e os tristes, os pobres e os oprimidos, as mães sofredoras e as crianças abandonadas e entrega-lhes as bem-aventuranças celestes. Ensina que a felicidade não pode nascer das posses efêmeras que se transferem de mão em mão, e sim da caridade e do entendimento, da modéstia e do trabalho, da tolerância e do perdão. Afirma-lhes que a Casa de Deus está constituída por muitas moradas, nos mundos que enxameiam o firmamento, e que o homem deve nascer de novo para progredir na direção da Sabedoria Divina. Proclama que a morte não existe e que a Criação é beleza e segurança, alegria e vitória em plena imortalidade.
Pelas revelações com que vence a superstição e o crime, a violência e a perversidade, paga na cruz o imposto de extremo sacrifício aos preconceitos humanos que lhe não perdoam a soberana grandeza, mas, reaparecendo redivivo, para a mesma Humanidade que o escarnecera e crucificara, desvenda-lhe, em novo cântico de humildade, a excelsitude da vida eterna.

REVIVESCÊNCIA DO CRISTIANISMO —
Erige-se, desde então, o Evangelho em código de harmonia, inspirando o devotamento ao bem de todos até o sacrifício voluntário, a fraternidade viva, o serviço infatigável aos semelhantes e o perdão sem limites.
Iniciam-se em todo o orbe imensas alterações. A crueldade metódica cede lugar à compaixão. Os troféus sanguinolentos da guerra desertam dos santuários. A escravidão de homens livres é sacudida nos fundamentos para que se anule de vez. Levanta-se a mulher da condição de alimária para a dignidade humana. A filosofia e a ciência admitem a caridade no governo dos povos. O ideal da solidariedade pura começa a fulgir sobre a fronte do mundo.
Moisés instalara o princípio da justiça, coordenando a vida e influenciando-a de fora para dentro.
Jesus inaugurou na Terra o princípio do amor, a exteriorizar-se do coração, de dentro para fora, traçando-lhe a rota para Deus.
E eis que o Cristianismo grandioso e simples ressurge agora no Espiritismo, induzindo-nos à sublimação da vida íntima, para que nossa alma se liberte da sombra que a densifica, encaminhando-se, renovada, para as culminâncias da Luz.
Pedro Leopoldo, 13/4/58.
(9) Para mais amplo esclarecimento do assunto, aconselhamos ao leitor breve consulta ao Cap. III do livro “A Caminho da Luz”, de autoria do Espírito Emmanuel e recebido mediunicamente por Francisco Cindido Xavier. – (Nota da Editora.).

Livro “Evolução em Dois mundos” Psicografia: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira. Autor André Luiz.



JESUS
Com o nascimento de Jesus, há como que uma comunhão direta do Céu com a Terra. Estranhas e admiráveis revelações perfumam as almas e o Enviado oferece aos seres humanos toda a grandeza do seu amor, da sua sabedoria e da sua misericórdia.
Aos corações abre-se nova torrente de esperanças e a Humanidade, na Manjedoura, no Tabor e no Calvário, sente as manifestações da vida celeste, sublime em sua gloriosa espiritualidade.
Com o tesouro dos seus exemplos e das suas palavras, deixa o Mestre entre os homens a sua Boa Nova. O Evangelho do Cristo é o transunto de todas as filosofias que procuram aprimorar o espírito, norteando-lhe a vida e as aspirações.
Jesus foi a manifestação do amor de Deus, a personificação de sua bondade infinita.

O EVANGELHO E O FUTURO
Raças e povos ainda existem, que o desconhecem, porém não ignoram a lei de amor da sua doutrina, porque todos os homens receberam, nas mais remotas plagas do orbe, as irradiações do seu espírito misericordioso, através das palavras inspiradas dos seus mensageiros.
O Evangelho do Divino Mestre ainda encontrará, por algum tempo, a resistência das trevas. A má-fé, a ignorância, a simonia, o império da força conspiração contra ele, mas tempo virá em que a sua ascendência será reconhecida. Nos dias de flagelo e de provações coletivas, é para a sua luz eterna que a Humanidade se voltará, tomada de esperança. Então, novamente se ouvirão as palavras benditas do Sermão da Montanha e, através das planícies, dos montes e dos vales, o homem conhecerá o caminho, a verdade, a vida.

Fonte: Livro “EMMANUEL” – Psicografia Chico Xavier – Espírito Emmanuel





A  VINDA  DE  JESUS

A MANJEDOURA
A manjedoura assinalava o ponto inicial da lição salvadora do Cristo, como a dizer que a humildade representa a chave de todas as virtudes.
Começava a era definitiva da maioridade espiritual da Humanidade terrestre, de vez que Jesus, com a sua exemplificação divina, entregaria o código da fraternidade e do amor a todos os corações.
Debalde os escritores materialistas de todos os tempos vulgarizaram o grande acontecimento, ironizando os altos fenômenos mediúnicos que o precederam. As figuras de Simeão, Ana, Isabel, João Batista, José, bem como a personalidade sublimada de Maria, têm sido muitas vezes objeto de observações injustas e maliciosas; mas a realidade é que somente com o concurso daqueles mensageiros da Boa Nova, portadores da contribuição de fervor, crença e vida, poderia Jesus lançar na Terra os fundamentos da verdade inabalável.
Livro: A Caminho da Luz Médium: Francisco Cândido Xavier Espírito: Emmanuel

O CRISTO E OS ESSÊNIOS
Muitos séculos depois da sua exemplificação incompreendida, há quem o veja entre os essênios, aprendendo as suas doutrinas, antes do seu messianismo de amor e de redenção. As próprias esferas mais próximas da Terra, que pela força das circunstâncias se acercam mais das controvérsias dos homens que do sincero aprendizado dos espíritos estudiosos e desprendidos do orbe, refletem as opiniões contraditórias da Humanidade, a respeito do Salvador de todas as criaturas.
O Mestre, porém, não obstante a elevada cultura das escolas essênias, não necessitou da sua contribuição. Desde os seus primeiros dias na Terra, mostrou-se tal qual era, com a superioridade que o planeta lhe conheceu desde os tempos longínquos do princípio.
 Livro: A Caminho da Luz Médium: Francisco Cândido Xavier Espírito: Emmanuel

CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS DE ISRAEL
Do seu divino apostolado nada nos compete dizer em acréscimo das tradições que a cultura evangélica apresentou em todos os séculos posteriores à sua vinda à Terra, reafirmando, todavia, que a sua lição de amor e de humildade foi única em todos os tempos da Humanidade.
Dele asseveraram os profetas de Israel, muito tempo antes da manjedoura e do calvário: - "Levantar-se-á como um arbusto verde, vivendo na ingratidão de um solo árido, onde não haverá graça nem beleza. Carregado de opróbrios e desprezado dos homens, todos lhe voltarão o rosto. Coberto de ignomínias, não merecerá consideração. É que Ele carregará o fardo pesado de nossas culpas e de nossos sofrimentos, tomando sobre si todas as nossas dores. Presumireis na sua figura um homem vergando ao peso da cólera de Deus, mas serão os nossos pecados que o cobrirão de chagas sanguinolentas e as suas feridas hão de ser a nossa redenção. Somos um imenso rebanho desgarrado, mas, para nos reunir no caminho de Deus, Ele sofrerá o peso das nossas iniqüidades. Humilhado e ferido, não soltará o mais leve queixume, deixando-se conduzir como um cordeiro ao sacrifício. O seu túmulo passará como o de um malvado e a sua morte como a de um ímpio.
Mas, desde o momento em que oferecer a sua vida, verá nascer uma posteridade e os interesses de Deus hão de prosperar nas suas mãos."
 Livro: A Caminho da Luz Médium: Francisco Cândido Xavier Espírito: Emmanuel

A GRANDE LIÇÃO
Sim, o mundo era um imenso rebanho desgarrado. Cada povo fazia da religião uma nova fonte de vaidades, salientando-se que muitos cultos religiosos do Oriente caminhavam para o terreno franco da dissolução e da imoralidade; mas o Cristo vinha trazer ao mundo os fundamentos eternos da verdade e do amor. Sua palavra, mansa e generosa, reunia todos os infortunados e todos os pecadores. Escolheu os ambientes mais pobres e mais desataviados para viver a intensidade de suas lições sublimes, mostrando aos homens que a verdade dispensava o cenário suntuoso dos areópagos, dos fóruns e dos templos, para fazer-se ouvir na sua misteriosa beleza. Suas pregações, na praça pública, verificam-se a propósito dos seres mais desprotegidos e desclassificados, como a demonstrar que a sua palavra vinha reunir todas as criaturas na mesma vibração de fraternidade e na mesma estrada luminosa do amor. Combateu pacificamente todas as violências oficiais do judaísmo, renovando a Lei Antiga com a doutrina do esclarecimento, da tolerância e do perdão. Espalhou as mais claras visões da vida imortal, ensinando às criaturas terrestres que existe algo superior às pátrias, às bandeiras, ao sangue e às leis humanas. Sua palavra profunda, enérgica e misericordiosa, refundiu todas as filosofias, aclarou o caminho das ciências e já teria irmanado todas as religiões da Terra, se a impiedade dos homens não fizesse valer o peso da iniqüidade na balança da redenção.
 Livro: A Caminho da Luz Médium: Francisco Cândido Xavier Espírito: Emmanuel

A PALAVRA DIVINA
Não nos compete fornecer uma nova interpretação das palavras eternas do Cristo, nos Evangelhos. Semelhante interpretação está feita por quase todas as escolas religiosas do mundo, competindo apenas às suas comunidades e aos seus adeptos a observação do ensino imortal, aplicando-a a si próprios, no mecanismo da vida de relação, de modo que se verifique a renovação geral, na sublime exemplificação, porque, se a manjedoura e a cruz constituem ensinamento inolvidável, muito mais devem representar, para nós outros, os exemplos do Divino Mestre, no seu trato com as vicissitudes da vida terrestre.
De suas lições inesquecíveis, decorrem conseqüências para todos os departamentos da existência planetária, no sentido de se renovarem os institutos sociais e políticos da Humanidade, com a transformação moral dos homens dentro de uma nova era de justiça econômica e de concórdia universal.
Pode parecer que as conquistas do verdadeiro Cristianismo sejam ainda remotas, em face das doutrinas imperialistas da atualidade, mas é preciso reconhecer que dois mil anos já dobaram sobre a palavra divina. Dois mil anos em que os homens se estraçalharam em seu nome, inventando bandeiras de separatividade e destruição. Incendiaram e trucidaram, em nome dos seus ensinos de perdão e de amor, massacrando esperanças em todos os corações. Contudo, o século que passa deve assinalar uma transformação visceral nos departamentos da vida. A dor completará as obras generosas da verdade cristã, porque os homens repeliram o amor em suas cogitações de progresso.
 Livro: A Caminho da Luz Médium: Francisco Cândido Xavier Espírito: Emmanuel

CREPÚSCULO DE UMA CIVILIZAÇÃO
Uma nuvem de fumo vem-se formando, há muito tempo, nos horizontes da Terra cheia de indústrias de morte e destruição. Todos os países são convocados a conferirem os valores da maturação espiritual da Humanidade, verificada no orbe há dois milênios. O progresso científico dos povos e as suas mais nobres e generosas conquistas são reclamados pelo banquete do morticínio e da ambição, e, enquanto a política do mundo se sente manietada ante os dolorosos fenômenos do século, registram-se nos espaços novas atividades de trabalho, porque a direção da Terra está nas mãos misericordiosas e augustas do Cordeiro.
 Livro: A Caminho da Luz Médium: Francisco Cândido Xavier Espírito: Emmanuel

O EXEMPLO DO CRISTO
Sem nos referirmos, porém, aos problemas da política transitória do mundo, lembremos, ainda, que a lição do Cristo ficou para sempre na Terra, como o tesouro de todos os infortunados e de todos os desvalidos. Sua palavra construiu a fé nas almas humanas, fazendo-lhes entrever os seus gloriosos destinos. Haja necessidade e tornaremos a ver a crença e a esperança reunindo-se em novas catacumbas romanas, para reerguerem o sentido cristão da civilização da Humanidade.
É, muitas vezes, nos corações humildes e aflitos que vamos encontrar a divina palavra cantando o hino maravilhoso dos bem-aventurados.
E, para fechar este capítulo, lembrando a influência do Divino Mestre em todos os corações sofredores da Terra, recordemos o episódio do monge de Manilha, que, acusado de tramar a liberdade de sua pátria contra o jugo dos espanhóis, é condenado à morte e conduzido ao cadafalso.
No instante do suplício, soluça desesperadamente o mísero condenado - "Como, pois, será possível que eu morra assim inocente? Onde está a justiça? Que fiz eu para merecer tão horrendo suplício?"
Mas um companheiro corre ao seu encontro e murmura-lhe aos ouvidos: - "Jesus também era inocente!..."
Passa, então, pelos olhos da vítima, um clarão de misteriosa beleza. Secam-se as lágrimas e a serenidade lhe volta ao semblante macerado, e, quando o carrasco lhe pede perdão, antes de apertar o parafuso sinistro, ei-lo que responde resignado: - "Meu filho, não só te perdôo como ainda te peço cumpras o teu dever."

Livro: A Caminho da Luz Médium: Francisco Cândido Xavier Espírito: Emmanuel



CRISTO EM NÓS
Civilizações numerosas passaram sobre a Terra, deixando na retaguarda, com algumas réstias de luz, túmulos imponentes e ruínas fumegantes... Civilizações em que nossos próprios espíritos, usando formas inumeráveis, muitas vezes, desceram a precipícios de violência...
Do cântico selvagem do homem primitivo à sabedoria dos faraós, e, do Egito multimilenário a nós outros, a cultura intelectual, com as indagações filosóficas e com as experimentações científicas, com as interpretações religiosas e com as aventuras bíblicas, exercitou, de mil modos, as nossas faculdades mentais, transformando-nos o instinto em inteligência, a inteligência em razão e a razão em conhecimento superior, dentro do qual porém, a animalidade sempre induziu-nos à conquista da ilusão e da posse efêmera...
Cristo, porém, é a Lei Divina que nos reclama a níveis mais altos, é a soma das qualidades edificantes com que nos compete escalar os cimos da evolução a que nos destinamos.
É por isso, que o Cristianismo redivivo, é luz com que nos cabe inflamar os próprios corações, fonte com que nos compete dessedentar a vida sequiosa de renovação e de paz em derredor de nós mesmos.
Entronizemos o Senhor no templo da própria alma para que o serviço da Boa Nova, começando por nós mesmos, se nos irradie das atitudes e pensamentos, palavras e ações, criando áreas vivas de compreensão e de trabalho edificante, nas quais possamos plasmar o abençoado caminho para a Nova Era.
Nosso problema vital, desse modo, não será a teorização sobre os tempos novos, mas sim o da tradução do Evangelho em nós para que nos renovemos, construindo a Vida Melhor.
Quando instalarmos o Divino Inspirador em nossa própria vida, materializando-lhe os ensinamentos à frente uns dos outros, o Reino de Deus brilhará, em nós, gerando felicidade e enaltecendo a vida.

 Livro: Abrigo de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel



O IRMÃO DE JESUS
O irmão de Jesus é todo aquele que simplifica a existência pelo padrão da manjedoura de Belém ou pela carpintaria de Nazaré, honrando a humildade e o trabalho; que serve, com a mesma despreocupação pela recompensa imediata com que o Divino Amigo amparou a humanidade inteira; que ajuda, perdoando tantas vezes quantas forem necessárias, compreendendo, pelos métodos do Senhor, que ninguém pode trair a Lei, no tempo e na conseqüência, na evolução ou no mérito individual; que ensina, com as demonstrações do exemplo, no mesmo critério por Ele adotado, à frente da multidão; que ama e se sacrifica pelo bem de todos, dentro das mesmas medidas de renúncia, através das quais o Celeste Embaixador aceitou, sem revolta, o supremo testemunho na cruz.
Sem essas características, na posição em que nos movimentamos perante o próximo, somos devedores, beneficiários, aprendizes, seguidores ou verdugos d'Ele, que ainda não passamos de candidatos ao título de irmãos do Senhor, na romagem dos séculos sem fim...

André Luiz Psicografia: Francisco Cândido Xavier Livro: Cartas do Coração





CARIDADE EM JESUS
Recorda a caridade, a irradiar-se em bênçãos do excelso amor de Cristo, para que te não faltem compreensão e força, no culto edificante à caridade humana.
Enjeitado no frio, pelas próprias criaturas a quem vinha trazer a luz da redenção, não vacila acolher-se à mangedoura pobre em extrema renúncia.
Atendendo aos enfermos de todos os matizes não lhes nega assistência, dando-lhes alegria e equilíbrio, movimento e visão.
Procurando por mestres e pescadores simples, insufla-lhes no ser a luz da verdade, habilitando-os todos para a Vida Maior.
Ante a aflição da turba que o seguia, irrequieta, multiplica o alimento que lhe sossegue a fome.
Entre o insulto dos maus e a deserção dos bons, sabe entregar-se, em paz, sem mesmo justiçar-se.
Preterido em juízo por todo malfeitor, não se desmanda em queixa.
E, conduzindo à morte, sob golpes, na cruz, longe de reprovar, condenar ou ferir, ergue oração sincera à Eterna Providência, suplicando perdão para os próprios algozes.
A caridade fora-lhe a companheira em todos os instantes...
Contudo, além do túmulo, ei-lo que volta, humilde, estendendo as mãos nobres e o coração celeste àqueles mesmos homens que O haviam deixado em supremo abandono, exclamando, sem mágoa: - “Em verdade convosco estarei para sempre, até o fim dos séculos!...”.
À vista disso, no caminho, lembra-te sempre de que a caridade pura – a que vence feliz – é sempre o amor perfeito a esquecer todo mal e a olvidar toda sombra, para somente amar, redimir e auxiliar, na contínua extensão do bem, a se converter em luz.
Emmanuel - Da Obra Confia E Segue – Emmanuel – Médium: Francisco Cândido Xavier



POSSES DEFINITIVAS
“Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” — Jesus. (JOÃO, capítulo 10, versículo 10.)
Se a paz da criatura não consiste na abundância do que possui na Terra, depende da abundância de valores definitivos de que a alma é possuída.
Em razão disso, o Divino Mestre veio até nós para que sejamos portadores de vida transbordante, repleta de luz, amor e eternidade.
Em favor de nós mesmos, jamais deveríamos esquecer os dons substanciais a serem amealhados em nosso próprio espírito.
No jogo de forças exteriores jamais encontrare­mos a iluminação necessária.
Maravilhosa é a primavera terrena, mas o inverno virá depois dela.
A mocidade do corpo é fase de embriagantes prazeres; no entanto, a velhice não tardará.
O vaso físico mais íntegro e harmonioso experimentará, um dia, a enfermidade ou a morte.
Toda a manifestação de existência na Terra é processo de transformação permanente.
É imprescindível construir o castelo interior, de onde possamos erguer sentimentos aos campos mais altos da vida.
Encheu-nos Jesus de sua presença sublime, não para que possuamos facilidades efêmeras, mas para sermos possuídos pelas riquezas imperecíveis; não para que nos cerquemos de favores externos e, sim, para concentrarmos em nós as aquisições definitivas.
Sejamos portadores da vida imortal.
Não nos visitou o Cristo, como doador de benefícios vulgares.
Veio ligar-nos a lâmpada do coração à usina do Amor de Deus, convertendo-nos em luzes inextinguíveis.
Emmanuel - Do livro Caminho Verdade e Vida. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.



A LIÇÃO DA VIGILÂNCIA
Aproximando-se o termo de sua passagem pelos caminhos da Terra, reuniu Jesus os doze discípulos, com o fim de lhes consolidar nos corações os santificados princípios de sua doutrina de redenção.
Naquele crepúsculo de ouro, por feliz coincidência, todos se achavam em Cesaréia do Felipe, onde a paisagem maravilhosa descansava sob as bênçãos do céu.
Jesus fitou serenamente os companheiros e, ao cabo de longa conversação, em que lhes falara confidencialmente dos serviços grandiosos do futuro, perguntou com afetuoso interesse:
– E que dizem os homens a meu respeito? De alguma sorte, terão compreendido a substância de minhas pregações?!...
João respondeu que seus amigos o tinham na conta de Elias, que regressara ao cenário do mundo depois de se haver elevado ao céu num carro flamejante; Simão, o Zelota, relatou os dizeres de alguns habitantes de Tiberíades, que acreditavam ser o Mestre o mesmo João Batista ressuscitado; Tiago, filho de Cléofas, contou o que ouvira dos judeus na Sinagoga, os quais presumiam no Senhor o profeta Jeremias.
Jesus escutou-lhes as observações com o habitual carinho e inquiriu:
– Os homens se dividem nas suas opiniões; mas, vós, os que tendes comungado comigo a todos os instantes, quem dizeis que eu sou?
Certa perplexidade abalou a pequena assembléia; Simão Pedro, porém, deixando perceber que estava impulsionado por uma energia superior, exclamou, comovidamente;
Tu és o Cristo, o Salvador, o Filho de Deus Vivo.
– Bem-aventurado sejas tu, Simão – disse-lhe Jesus, envolvendo-o num amoroso sorriso –porque não foi a carne que te revelou estas verdades, mas meu Pai que está nos céus. Neste momento, entregaste a Deus o coração e falaste a sua voz. Bendito sejas, pois começam a edificar no espírito a fonte da fé viva. Sobre essa fé, edificarei a minha doutrina de paz e esperança, porque contra ela jamais prevalecerão os enganos desastrosos do mundo.
Enquanto Simão sorria confortado com o que considerava um triunfo espiritual, o Mestre prosseguiu, esclarecendo a comunidade quanto a, revelação divina, no santuário interior do espírito do homem, sobre cuja grandeza desconhecida o Cristianismo assentaria suas bases no futuro.
***
No mesmo instante, preparando os companheiros para os acontecimentos próximos, o Messias continuou, dizendo :
– Amados, importa que eu vos esclareça o coração, afim de que as horas tormentosas que se aproximam não cheguem a vos confundir o entendimento. Através da palavra de Simão, tivestes a claridade reveladora. Cumprindo as profecias da Escritura, sou aquele Pastor que vem a Israel com o propósito de reunir as ovelhas tresmalhadas do imenso rebanho. Venho buscar as dracmas perdidas do tesouro de Nosso Pai. E qual o pegureiro que não dá testemunho de sua tarefa ao dono do redil?
É indispensável, pois, que eu sofra. Não tardará muito o escândalo que me há de envolver em suas malhas. Faz-se mister o cumprimento da palavra doa grandes instrutores da revelação dos céus, que me precederam no caminho!... Está escrito que eu padeça, e não fugirei ao testemunho.
Havendo pequena pausa na sua alocução, Felipe aproveitou-a para interrogar, emocionado :
Mestre, como pode ser isso, se sois o modelo supremo da bondade? O sofrimento será, então, o prêmio as vossas obras de amor e sacrifício?
Jesus, no entanto, sem trair a serenidade do seu sentimento, retrucou :
– Vim ao mundo para o bom trabalho e não posso ter outra vontade, senão a que corresponda aos sábios desígnios d’Aquele que me enviou. Além de tudo, minha ação se dirige aos que estão escravizados, no cativeiro do sofrimento, do pecado, da expiação. Instituindo, na Terra, a luta perene contra o mal, tenho de dar o legítimo testemunho dos meus esforços. Na consideração de meus trabalhos, necessitamos ponderar que as palavras dos ensinos somente são justas, quando seladas com a plena demonstração dos valores íntimos. Acreditais que um náufrago pudesse sentir o conforto de um companheiro que apenas se limitasse a dirigir-lhe a voz amiga, lá da praia, em segurança? Para salvá-la, será indispensável ensinar-lhe o melhor caminho de livrar-se da voragem destruidora, nunca tão só com exortações, mas, atirando-se igualmente, às ondas, partilhando dos mesmos perigos e sofrimentos. O fardo que sobrecarrega os ombros de um amigo será sempre mais agravado em seu peso, se nos pomos a examiná-la, muitas vezes guiados por observações inoportunas ; ele, entretanto, se tornará suave e leve para aquele a quem amamos, se o tomarmos com os nossos esforços sinceros, ensinando-lhe como se pode atenuar-lhe o peso, nas curvas do caminho.
Os apóstolos entreolharam-se surpresos e o Messias continuou :
– Não espereis por triunfos, que não os teremos sobre a Terra de agora. Nosso reino ainda não é, nem pode ser, deste mundo... Por essa razão, em breves dias, não obstante as minhas aparentes vitórias, entrarei em Jerusalém para sofrer as mais penosas humilhações. Os príncipes dos Sacerdotes me coroarão a, fronte com suprema ironia, serei arrastado pela turba como um simples ladrão! cuspirão nas minhas faces, dar-me-ão fel e vinagre, quando manifestar sede, para que se cumpram as Escrituras; experimentarei as angústias mais dolorosas, mas sentirei, em tôdas as circunstâncias, o amparo d’Aquele que me enviou!... Nos derradeiros e mais difíceis testemunhos, terei meu espírito voltado para o meu amor e conquistarei com o sofrimento a vitória sagrada, porque ensinarei aos menos fortes a, passagem pela porta estreita da redenção, revelando a cada criatura que sofre o que é preciso fazer, afim de atravessar as sendas do mundo, demandando as cidade eternas do plano espiritual.
O Mestre calou-se comovido. A pequena assembléia deixava transparecer sua surpresa indefinível, sem compreender a amplitude das advertências divinas.
Foi aí que Simão Pedro, modificando a atitude mental do primeiro momento e deixando-se conduzir na esteira das concepções falíveis do seu sentimento de homem, aproximou-se do Messias e lhe falou em particular :
– Mestre, convém não exagerardes as vossas palavras. Não podemos acreditar que tereis de sofrer semelhantes martírios... Onde estaria Deus, então, com a justiça dos céus? Os fato que nos deixais entrever viriam demonstrar que o Pai não é tão justo!...
– Pedro, retira estas palavras! – exclamou Jesus, com serenidade enérgica – Queres também tentar-me, como os adversários do Evangelho? Será que também tu não me entendes, compreendendo somente as coisas dos homens, longe das revelações de Deus?! Aparta-te de mim, pois, neste instante, falas pelo espírito do mal!...
Verificando que o pescador se emocionara até às lágrimas, o Mestre preparou-se para a retirado, e disse aos companheiros :
Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga os meus passos.
***
No dia seguinte, a pequena comunidade se punha a caminho, vivamente impressionada com as revelações da véspera. Simão seguia humilde e cabisbaixo. Não conseguia compreender porque motivo fora Jesus tão severo para com ele. Em verdade, ponderara melhor suas expressões irrefletidas e reconhecera que o Mestre lhe perdoara, pois observava que eram sinceros o sorriso e o olhar passivo que o envolviam numa alegria nova. Mais sem poder sopitar suas emoções, o velho discípulo aproximou-se novamente de Jesus e interrogou :
– Mestre, por que razão me mandastes retirar as palavras em que vos demonstrei o meu zelo de discípulo sincero? Alguma minutos antes, não havíeis afirmado que eu trazia aos companheiros a inspiração de Deus? Por que motivo, logo após, me designáveis como intérprete dos inimigos da luz?
– Simão – respondeu o Messias, bondosamente – ainda não apreciaste toda a extensão da necessidade de vigilância. A criatura na Terra precisa aproveitar tôdas as oportunidades de iluminação interior, em sua marcha para Deus. Vigia o teu espírito ao longo do caminho. Basta um pensamento de amor para que te eleveis ao céu; mas, na jornada do mundo, também basta, às vezes, uma palavra fútil ou uma consideração menos digna, para que a alma do homem seja conduzida ao campo do estacionamento e do desespero das trevas, por sua própria imprevidência! Nesse terreno, Pedro, o discípulo do Evangelho terá sempre imenso trabalho a realizar, porque, pelo Reino de Deus, é preciso resistir às tentações dos entes mais amados na Terra, os quais, embora ocupando o nosso coração, ainda não podem entender as conquistas santificadas do céu.
Acabando o Cristo de falar, Simão Pedro calou-se e passou a meditar.
Irmão X - Humberto de Campos - Do livro “Boa Nova”. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.




A MULHER E A RESSURREIÇÃO
As águas alegres do Tiberíades se aquietavam, de manso, como tocadas por uma força invisível da Natureza, quando a barca de Simão, conduzindo o Senhor, atingiu docemente a praia.
O velho apóstolo, abandonando os remos, deixava transparecer nos traces fisionômicos as emoções contraditórias de sua alma, enquanto Jesus o observava, adivinhando-lhe os pensamentos mais recônditos.
– Que tens tu, Simão? – Perguntou o Mestre; com o seu olhar penetrante e amigo.
Surpreendido com a palavra do Senhor, o velho Cefas deu, por um gesto, a perceber os seus receios e as suas apreensões, como se encontrasse dificuldade em esquecer totalmente a lei antiga, para penetrar os umbrais da idéia nova, no seu caminho largo de amor, de luz e de esperança.
– Mestre – respondeu, com timidez – a lei que nos rege manda lapidar a mulher que perverteu a sua existência.
Conhecendo, por antecipação, o pensamento do pescador e observando os seus escrúpulos em lhe atirar uma leve advertência, Jesus lhe respondeu com brandura :
– Quase sempre, Simão, não é a mulher que se perverte a si m.esmos ; é o homem quem lhe destrói a vida.
– Entretanto – tornou o apóstolo, respeitosamente – os nossos legisladores sempre ordenaram severidade e rispidez para com as decaídas.
Observando os nossos costumes, Senhor, é que temo por vós, acolhendo tantas meretrizes e mulheres de má vida, nas pregações do Tiberíades...
– Nada temas por mim, Simão, porque eu venho de meu Pai e não devo ter outra vontade, a não ser a de cumprir os seus desígnios sábios e misericordiosos.
Assim falou o Mestre, cheio de bondade, e, espraiando o olhar compassivo sobre as águas, levemente encrespadas pelo beijo dos ventos do crepúsculo, continuou, num misto de energia e doçura :
– Mas, ouve, Pedro! A lei antiga manda apedrejar a mulher que foi pervertida e desamparada pelos homens ; entretanto, também determina que amemos aos nossos semelhantes, como a nós mesmos. E o meu destino é o cumprimento da lei, pelo amor mais sublime sobre a Terra. Poderíamos culpar a fonte, quando um animal lhe polui as águas? De acordo com a lei, devemos amar a uma e a outro, seja pela expressão de sua ignorância, seja peia de seus sofrimentos. E o homem é sempre fraco e a mulher sempre sofredora!...
O velho pescador recebia a exortação com um brilho novo nos olhos, como se fora tocado nas fibras mais íntimas do seu espírito.
– Mestre – retrucou, altamente surpreendido – vossa palavra é a da revelação divina. Quereis dizer, então, que a mulher é superior ao homem, na sua missão terrestre?
– Uma e outro são iguais perante Deus – esclareceu o Cristo, amorosamente – e as tarefas de ambos se equilibram no caminho da vida, completando-se perfeitamente, para que haja, em tôdas as ocasiões, o mais santo respeito mútuo. Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida. Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia. Em tôdas as realizações humanas, há sempre o fruto da ternura feminina, levantando obras imperecíveis na edificação dos espíritos. Na história dos homem, ficam somente os nomes dos políticos, dos filósofos e dos generais ; mas, todos eles são filhos da grande heroína que passa, no silêncio, desconhecida de todos, muita vez dilacerada nos seus sentimentos mais íntimos ou exterminada nos sacrifícios mais pungentes. Mas, também Deus, Simão, passa ignorado em tôdas as realizações do progresso humano e nós sabemos que o ruído é próprio dos homens, enquanto que o silêncio é de Deus, síntese de toda a verdade e de todo o amor.
“Por isso, as mulheres mais desventuradas ainda possuem no coração o gérmen divino, para a redenção da humanidade inteira. Seu sentimento de ternura e humildade será, em todos os tempos, o grande roteiro para a iluminação do mundo, porque, sem o tesouro do sentimento, tôdas as obras da razão humana podem parecer como um castelo de falsos esplendores.”
Simão Pedro ouvia o Mestre, tomado de profundo enlevo e santificado fervor admirativo.
– Tendes razão, Senhor! – Murmurou, entre humilde e satisfeito.
– Sim, Pedro, temos razão. – Replicou Jesus, com bondade. – E será ainda à mulher que buscaremos confiar a missão mais sublime na construção evangélica, dentro dos corações, no supremo esforço de iluminar o mundo.
O apóstolo do Tiberíades ouvira as derradeiras palavras do Divino Mestre, tomado de surpresa.
Conservou-se, no entanto, em silêncio, ante o sorriso doce do Messias.
Muito distante, o último beijo do Sol punha um reflexo dourado no leque móvel das águas, que as correntes claras do Jordão enriqueciam. Simão Pedro, fatigado do labor diário, preparou-se para descansar, com sua alma clareada pelas novas revelações da palavra do Senhor, as quais, cheias de luz e de esperança divinas, dissipavam as obscuridades da lei de Moisés.
***
Dois dias eram passados sobre o doloroso drama do Calvário, em cuja cruz de inominável martírio se sacrificara o Mestre, pelo bem de todos os homens. Penosa situação de dúvida reinava dentro da pequena comunidade dos discípulos. Quase todos haviam vacilado na hora extrema. O raciocínio frágil do homem lutava por compreender a finalidade daquele sacrifício. Não era Jesus o poderoso Filho de Deus que consolara os tristes, ressuscitara mortos, sarara enfermos de doenças incuráveis? Por que não conjurara a traição de Judas com as suas forças sobrenaturais? Por que se humilhara assim, sangrando de dor, nas ruas de Jerusalém, submetendo-se ao ridículo e à zombaria? Então, o emissário do Pai Celestial deveria ser crucificado entre dois ladrões!
Enquanto essas questões eram examinadas, de boca em boca, a lembrança do Messias ficava relegada a plano inferior, olvidada a sua exemplificação e a grandeza dos seus ensinamentos. O barco da fé não sobrara inteiramente, porque ali estavam as lágrimas do coração materno, trespassado de amarras.
O Messias redivivo, porém, observava a incompreensão de seus discípulos, como o pastor que contempla o seu rebanho desarvorado. Desejava fazer ouvida a sua palavra divina, dentro dos corações atormentados ; mas, só a fé ardente e o ardente amor conseguem vencer os abismos de sombra entre a Terra e o Céu. E todos os companheiros se deixavam abater pelas idéias negativas.
Foi então, quando, na manhã do terceiro dia, a ex-pecadora de Magdala se acercou do sepulcro com perfumes e flores. Queria, ainda uma vez, aromatizar aquelas mãos inertes e frias ; queria, uma vez mais, contemplar o Mestre adorado, para cobri-lo com o pranto do seu amor purificado e ardoroso. No seu coração estava aquela fé radiosa e pura que o Senhor lhe ensinara e, sobretudo, aquela, dedicação divina, com que pudera renunciar a tôdas as paixões que a seduziam no mundo. Maria Madalena ia ao túmulo com amor e só o amor pode realizar os milagres supremos.
Estupefata, por não encontrar o corpo bem-amado, já se retirava entristecida, para dar ciência do que verificara aos companheiros, quando uma voz carinhosa e meiga exclamou brandamente aos seus ouvidos :
– Maria!...
Ela se supôs admoestada pelo jardineiro; mas, em breves instantes reconhecia a voz inesquecível do Mestre e lhe contemplava o inolvidável sorriso. Quis atirar-se-lhe aos pés, beijar-lhe as mãos num suave transporte de afetos, como fazia nas pregações do Tiberíades; porém, com um gesto de soberana ternura, Jesus a afastou, esclarecendo:
– Não me toques, pois ainda não fui a meu Pai que está nos céus!...
Instintivamente, Madalena se ajoelhou e recebeu o olhar do Mestre, num transbordamento de lágrimas de inexcedível ventura. Era a promessa de Jesus que se cumpria. A realidade da ressurreição era a essência divina, que manteria eternidade ao Cristianismo.
A mensagem da alegria ressoou, então, na, comunidade inteira. Jesus ressuscitara! O Evangelho era a verdade imutável. Em todos os corações pairava uma divina embriaguez de luz e júbilos celestiais. Levantava-se a fé, renovava-se o a,mor, morrera a dúvida e reerguera-se o ânimo em todos os espíritos. Na amplitude da vibração amorosa, outros olhos puderam vê-lo e outros ouvidos lhe escutaram a voz dulçurosa e persuasiva, ecoou nos dias gloriosos de Jerusalém ou de Cafarnaum.
Desde essa hora, a família cristã se movimentou no mundo, para nunca mais esquecer o exemplo do Messias.
A luz da ressurreição, através da fé ardente e do ardente amor de Maria Madalena, havia banhado de claridade imensa a estrada cristã, para todos os séculos terrestres.
***
É por isso que todos os historiadores das origens do Cristianismo param a pena, assombrados ante a fé profunda dos primeiros discípulos que se dispersaram pelo deserto das grandes cidades, para pregação da Boa-Nova e, observando a confiança serena de todos os mártires que se têm sacrificado na esteira infinita do Tempo pela idéia de Jesus, perguntam espantados, como Ernesto Renas, numa de suas obras :
– Onde está o sábio da Terra que já deu ao mundo tanta alegria, como a carinhosa Maria de Magdala?
Irmão X - Humberto de Campos - Do livro “Boa Nova”. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.



PRECEPTOR DAS ALMAS
"...Mas o papel de Jesus não foi simplesmente o de um legislador moralista, sem outra autoridade que a sua palavra; ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado sua vinda; sua autoridade decorria da natureza excepcional de seu Espírito e de sua missão Divina.." Cap. I, ítem 4)

Ele andou pelos caminhos terrenos desprovido de qualquer apego, consideração ou aplausos. Ensinou a excelência da mensagem do amor em sua grandeza superlativa e, ao mesmo tempo, percorreu os caminhos, desacompanhado de seus pais ou parentes, solicitando, todavia, a presença espontânea de amigos amorosos que lhes absorveram as lições inesquecíveis.

Não tinha sequer onde reclinar a cabeça, despojado de qualquer bem material; nunca tomava decisões precipitadas em face de atitudes positivas ou negativas que aconteciam em seu redor, mas sempre reflexionava com sua estrutura divina, pois tinha plena consciência de sua missão terrena em favor da educação de uma humanidade ignorante e sofredora.

Ele afirmava que todos deveriam ser vistos como irmãos ou amigos, porque sabia que em potencial poderiam vir a ser pais, filhos, cônjuges ou irmãos, visto que é da lei universal a reencarnação e a caminhada a um só rebanho e a um só Pastor. Independente de tudo e de tudos a estrada a ser pecorrida, pois estava seguro em Si mesmo; dessa forma, fez sua trajetória livre de convenções e padrões preestabelecidos, não aceitando preconceitos de qualquer matiz, porquanto sabia transitar com grandeza e dignidade pelos caminhos do mundo.

Criatura magnífica, retinha na mente poderes que lhe permitiam manipular desde a intimidade da matéria até as essências mais sutis da alma humana. Homem generoso, sempre voltado à Natureza, com a qual se integrava em plenitude.

Amava os lírios dos campos, os pássaros dos céus, os montes arborizados, as brisas da manhã, as águas dos lagos, os trigais, e a própria natureza divina que existe em tudo e em todos. Ele exemplificou as belezas naturais terrenas, comparando-as com o Reino dos Céus, fazendo dessa forma um ele divino, isto é, uma ligação de amor entre os Céus e a Terra.

Ensinou-nos a respeitar inicialmente as coisas da Terra, para que pudéssemos, então, amar as coisas da Vida Maior. Aparentemente fracassado na cruz, mostrou-nos logo após que venceu o mundo em todos os aspectos.

Jesus podia "ver" com absoluta facilidade por trás das cortinas do teatro da vida humana e tinha a nítida percepção das intenções mais secretas.

Os seres humanos, para Jesus, eram verdadeiros "livros abertos"; seu olhar penetrava o âmago das almas, onde conseguia alcançar seus pontos fracos.

Não sufocava com a força de sua personalidade aqueles que O procuravam; ao contrário, afirmava: "Tudo depende de ti", ou mesmo: "A tua fé te curou". Em outras ocasiões aconselhava-os: "Vai e não peques mais", convidando-os para uma vida autêntica e oferecendo apoio e incentivo para construírem a "Casa sobre o rocha".

Foi Mestre por excelência, porque se manteve longe dos excessos nos relacionamentos: do excesso de "convites", que promove desmedido envolvimento pessoal, dificultando a ajuda real, e do excesso de "indiferença", que provoca falta de compaixão e posicionamento frio.

Preceptor das Almas, levou=nos à reflexão íntima, ou melhor, à interiorização de nós mesmos, quando assegurou: "Eu estou no Pai e o Pai está em mim", formalizando assim a necessidade do nosso autoconhecimento como base vital para alcançarmos o Reino dos Céus.

Sigamos Jesus, Ele é a Luz do Mundo, o Sol Fulgurante que aquece as almas do frio interior, da desilusão e da desesperança. Busquemos Jesus agora e sempre, porque só assim estaremos caminhando ao encontro da paz tão almejada.

Hammed - Cap. 22 - Livro Renovando Atitudes - 



A MISSÃO DO CRISTO
Em nossa reunião pública os estudos foram orientados pelo item 4 do capítulo I de O Evangelho Segundo o Espiritismo, sobre a missão do Cristo. A mensageira espiritual Maria Dolores trouxe-nos o poema Confidência de Natal. Muitos de nossos companheiros, que nos auxiliavam nas tarefas, solicitaram que a página poética de nossa irmã fosse enviada para a sua cobertura doutrinária, a fim de obtermos mais ampla complementação para os nossos estudos sobre o tema.
Faço isso com satisfação, agradecendo-lhe desde já a atenção que puder dispensar ao nosso pedido.
Francisco Cândido Xavier



CONFIDÊNCIA  DE  NATAL

Senhor Jesus!
Vi o homem moderno
Em teu Natal,
Recordando viajor a deter-se em caminho
Junto de construção descomunal.
– Agradeço, Senhor, dizia ele,
O rio de progresso em que me inundo
De alegria esfuziante,
As maravilhas que enviaste ao mundo
Pelos canais do cérebro triunfante.
Agradeço à Ciência de alto nível,
Cintilação do Gênio a servir-me de rastros,
Que me conduz ao colo de outros astros
no foguete de força quase incrível.
Agradeço o avião, o carro, o asfalto,
O mundo todo em casa a circuito instantâneo,
O átomo cativo, as usinas de urânio,
O soro, a anestesia, o antígeno, o cobalto,
As máquinas de espécie diferente,
Desde o computador à enceradeira,
Que estendem reconforto a Terra inteira,
Impulsionando os povos para a frente.
Agradeço o auto-estudo a que me elevas,
Para que me conheça sem alarme,
A fim de imunizar-me
Contra o assalto das trevas.
Entretanto, Senhor, ao procurar-Te em prece
Que o sentimento forma e a palavra não diz,
Minha vida te busca e te deseja.
Guarda e inspira minh’alma, enfim, para que eu seja
Plenamente feliz!
Nisso, o homem calou-se em pranto mudo.
E entendi, afinal,
Que embora a inteligência brilhe em tudo
E em quase tudo se engrandeça, embora,
Eis que sem ti, Senhor,
O coração da Terra sofre e chora
Entre a fome de paz e a carência de amor.
Maria Dolores


O CRISTO MODERNO

A modernidade da Cristo não está na figura de gravata e chapéu que tentaram sobrepor à sua imagem clássica. Está na interpretação nova do Cristo que surge das pesquisas históricas e da revelação espiritual que rompe o túmulo da letra. Sepultado na letra que mata, durante dois milênios, o Cristo ressuscita para o terceiro milênio no espírito que vivifica, segundo a expressão paulina. É a nova ressurreição no terceiro dia, cada dia correspondendo a um milênio.
O Cristo ressuscitado substitui o Cristo morto da tragédia grega da Paixão. Não mais o vemos pregado na cruz ou enterrado junto ao Calvário. O homem moderno sente o Cristo ao seu lado. Se todos ressuscitamos e continuamos atuantes na vida, por que motivo o Cristo, Nosso Senhor, continuaria morto? Essa tese é do apóstolo Paulo em sua I Epístola aos Coríntios, mas só agora se impõe à consciência do mundo. Porque só agora o mundo está preparado para compreendê-la. Os mitos do passado se dissolvem à luz da razão esclarecida e a fé se renova ante as conquistas da Ciência, até agora acusada de inimiga da Fé.
Graças a isso Maria Dolores pôde ver, neste Natal, o homem moderno, junto à sua construção descomunal, dialogar solitário com o Cristo moderno que é o seu contemporâneo de todas as encarnações e reencarnações, no passado, no presente e no futuro. A figura clássica do Cristo sobrevive intacta ao longo da História, porque não é a figura de um homem do passado, mas o ideal humano que todos buscamos, o arquétipo divino que nasce do mito para a realidade vivencial de todos os tempos.
O pranto mudo em que o homem se cala, nasce da fonte oculta das suas desilusões. De que valem as conquistas da Ciência e as construções descomunais, se a inteligência vitoriosa continua faminta de paz e amor? O reconhecimento dessa realidade áspera lembra o instante em que a vara de Moisés fez brotar a água do coração da rocha. Este é o Natal do reencontro. No fundo de si mesmo o homem moderno vê nascer o novo Cristo que, no entanto, é o companheiro de sempre a oferecer-lhe as diretrizes de paz e amor.
 Irmão Saulo

Do livro Diálogo dos Vivos. Espíritos Diversos.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires.



SIGAMO-LO

 “Aquele que me segue não andará em trevas.” - Jesus. (JOÃO, 8:12)

         Há quem admire a glória do Cristo. Mas a admiração pura e simples pode transformar-se em êxtase inoperante.
         Há quem creia nas promessas do Senhor. Todavia, a crença só por si pode gerar o fanatismo e a discórdia.
         Há quem defenda a revelação de Jesus. Entretanto, a defesa considerada isoladamente pode gerar o sectarismo
         e a cegueira.
         Há quem confie no Divino Mestre. Contudo, a confiança estagnada pode ser uma força inerte.
         Há quem espere pelo Eterno Benfeitor. No entanto, a expectativa sem trabalho pode ser ansiedade inútil.
         Há quem louve o Salvador. Louvor exclusivo, porém, pode coagular a adoração improdutiva.
         A palavra do Enviado Celeste, entretanto, é clara e incisiva: - "Aquele que me segue não andará em trevas."
         Se te afeiçoaste ao Evangelho não te situes por fora do serviço cristão.
         Procuremos o Senhor, seguindo-lhe os passos.
         Somente assim estaremos com o Cristo, recebendo-lhe a excelsa luz.

Livro Fonte Viva.  Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia Francisco C. Xavier



QUEM SEGUE

 "E outra vez lhes falou Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida." - (JOÃO, 8:12.)

 Há crentes que se não esquivam às imposições do culto exterior.
 Reclamam a genuflexão e o público trovejante, de momento a momento.
 Preferem outros o comentário leviano, acerca das atividades gerais da fé religiosa, confiando-se a querelas inúteis ou barateando os recursos divinos.
 A multidão dos seguidores, desse tipo, costuma declarar que as atitudes externas e as discussões doentias representam para ela sacrossanto dever, contudo, tão logo surgem inesperados golpes do sofrimento ou da experiência na estrada vulgar, precipita-se em sombrio desespero, recolhendo-se em abismos sem esperança.
 Nessas horas cinzentas, os aprendizes sentem-se abandonados e oprimidos, mostrando a insuficiência interna.
 Muitos se fazem relaxados nas obrigações, afirmando-se desprotegidos de Jesus ou esquecidos do Céu.
 Isso ocorre, porém, porque não ouviram a revelação divina, qual se faz necessário.
 O Mestre não prometeu claridade à senda dos que apenas falam e creem.
 Assinou, no entanto, real compromisso de assistência continua aos discípulos que o seguem.
 Nesse passo, é importante considerar que Jesus não se reporta a lâmpadas de natureza física, cujas irradiações ferem os olhos orgânicos.
 Assegurou a doação de luz da vida.
 Quem efetivamente se dispõe a acompanhá-lo, não encontrará tempo a gastar com exames particularizados de nuvens negras e espessas, porque sentirá a claridade eterna, dentro de si mesmo.
 Quando fizeres, pois, o costumeiro balanço de tua fé, repara, com honestidade imparcial, se estás falando apenas do Cristo ou se procuras seguir-lhe os passos, no caminho comum.

Livro: Vinha de Luz - Emmanuel – Francisco Candido Xavier



ANTE O CRISTO LIBERTADOR

"Eu sou a porta.". JESUS – (JOÃO 10:7)

 Segundo os léxicos, a palavra "porta" designa "uma abertura em parede, ao rés-do-chão ou na base de um pavimento, oferecendo entrada e saída".
Entretanto, simbolicamente, o mundo está repleto de portas enganadoras. Dão entrada sem oferecerem saída.
Algumas delas são avidamente disputadas pelos homens que, afoitos na conquista de posses efêmeras, não se acautelam contra os perigos que representam.
Muitos batem à porta da riqueza amoedada e, depois de acolhidos, acordam encarcerados nos tormentos da usura.
Inúmeros forçam a passagem para a ilusão do poder humano e despertam detidos pelas garras do sofrimento.
Muitíssimos atravessam o portal dos prazeres terrestres e reconhecem-se, de um momento para outro, nas malhas da aflição e da morte.
Muitos varam os umbrais da evidência pública, sequiosos de popularidade e influência, acabando emparedados na masmorra do desespero.
O Cristo, porém, é a porta da Vida Abundante.
Com ele, submetemo-nos aos desígnios do Pai Celestial e, nessa diretriz, aceitamos a existência como aprendizado e serviço, em favor de nosso próprio crescimento para a Imortalidade.
Vê, pois, a que porta recorres na luta cotidiana, porque apenas por intermédio do ensinamento do Cristo alcançarás o caminho da verdadeira libertação.

Livro Fonte Viva.  Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia Francisco C. Xavier




JESUS E DIFICULDADE

“... Não se vos turbe o coração...”. JESUS (JOÀO, 14:27)

Jesus nunca prometeu aos discípulos qualquer isenção de dificuldades, mas com freqüência reclamava-lhes o coração para a confiança.

No cenáculo, descerrando, afetuoso, o coração para os aprendizes, dentre muitas palavras de esperança e de amor, asseverou com firmeza: - “Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.

Pacificava o ânimo dos companheiros timoratos, entre quatro paredes, sabendo que, em derredor, se agigantava a trama das sombras.

Lá fora, Judas era atraído aos conchavos da deserção; sacerdotes confabulavam com escribas e fariseus sobre o melhor processo de enganarem o povo, para que o povo pedisse a morte d’Ele; agentes do Sinédrio penetravam pequenos agrupamentos de rua açulando contra Ele as forças da opinião; perseguidores desencarnados excitavam o cérebro dos guardas que o deteriam no cárcere, e, quantos Lhe seguiam a atividade, regurgitando ódio gratuito, prelibavam-Lhe o suplício...

Jesus, percuciente, não desconhecia a conspiração das trevas...

Entretanto, lúcido e calmo, findo o entendimento com os irmãos de apostolado, dirige-se à oração no jardim, para, além da oração, confiar-se aos testemunhos supremos...

Não procures, assim fugir à luta que te afere o valor.

Aceita os desafios da senda, como quem se reconhece chamado a batalhar pela vitória do bem, com a obrigação permanente de extinguir o mal em nós mesmos.

E não apeles para o Senhor como advogado da fuga calculada ao dever.

Lembra o Mestre que a ninguém prometeu avenidas de sonho e horizontes azuis na Terra, mas, sim, convicto de que, a tempestade das contradições humanas não poupariam nem a Ele próprio, advertiu-nos, sensatamente:
- “Não se vos turbe o coração”.

Emmanuel - Livro Palavras de vida eterna. Psicografia de Francisco Cândido Xavier



JESUS E PAZ

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá...” – Jesus. (JOAO, 14:27.)

A paz do mundo costuma ser preguiça rançosa.
A paz do espírito é serviço renovador.
A primeira é inutilidade.
A segunda é proveito constante.
Vejamos o exemplo disso em nosso Divino Mestre.
Lares humanos negaram-lhe o berço.
Mas o Senhor revelou-se em paz na estrebaria.
Herodes perseguiu-lhe, desapiedado, a infância tenra.
Jesus, porém, transferindo-se de residência, em favor do apostolado que trazia, sofreu, tranquilo, a imposição das circunstâncias.
Negado pela fortuna de Jerusalém, refugiou-se, feliz, em barcas pobres da Galileia,
Amando e servindo os necessitados e doentes recebia, a cada passo, os golpes da astúcia de letrados e casuístas de teu tempo; contudo, jamais deixou, por isso, de exercer, imperturbável, o ministério do amor.
Abandonado pelos próprios amigos, entregou-se serenamente à prisão injusta.
Sob o cuspo injurioso da multidão foi açoitado em praça pública e conduzido à crucificação, mas voltou da morte, aureolado de paz sublime, para fortalecer os companheiros acovardados e ajudar os próprios verdugos.
Recorda, assim, o exemplo do Benfeitor Excelso e não procures segurança íntima fora do dever corretamente cumprido, ainda mesmo que isso te custe o sacrifício supremo.
A paz do mundo, quase sempre, é aquela que culmina com o descanso dos cadáveres a se dissociarem na inércia, mas a paz do Cristo é o serviço do bem eterno, em permanente ascensão.

Do livro Palavras de Vida Eterna. Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.



PAZ DO MUNDO E PAZ DO CRISTO

"A paz vos deixo, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá."- Jesus. (JOÃO, 14:27.)

É indispensável não confundir a paz do mundo com a paz do Cristo.
A calma do plano inferior pode não passar de estacionamento.
A serenidade das esferas mais altas significa trabalho divino, a caminho da Luz Imortal.
O mundo consegue proporcionar muitos acordos e arranjos nesse terreno, mas somente o Senhor pode outorgar ao espírito a paz verdadeira.
Nos círculos da carne, a paz das nações costuma representar o silêncio provisório das baionetas; a dos abastados inconscientes é a preguiça improdutiva e incapaz; a dos que se revoltam, no quadro de lutas necessárias, é a manifestação do desespero doentio;
a dos ociosos sistemáticos, é a fuga ao trabalho; a dos arbitrários, é a satisfação dos próprios caprichos; a dos vaidosos, é o aplauso da ignorância; a dos vingativos, é a destruição dos adversários; a dos maus, é a vitória da crueldade; a dos negociantes sagazes, é a exploração inferior; a dos que se agarram às sensações de baixo teor, é a viciação dos sentidos; a dos comilões, é o repasto opulento do estômago, embora haja fome espiritual no coração.
Há muitos ímpios, caluniadores, criminosos e indiferentes que desfrutam a paz do mundo. Sentem-se triunfantes, venturosos e dominadores no século. A ignorância endinheirada, a vaidade bem vestida e a preguiça inteligente sempre dirão que seguem muito bem.
Não te esqueças, contudo, de que a paz do mundo pode ser, muitas vezes, o sono enfermiço da alma. Busca, desse modo, aquela paz do Senhor, paz que excede o entendimento, por nascida e cultivada, portas a dentro do espírito, no campo da consciência e no santuário do coração.

Livro: Vinhas de Luz - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier



NO QUADRO REAL

“Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os aborreceu, porque não são do mundo, assim como eu do mundo não sou."
- Jesus. (João, 17:14.)

Aprendizes do Evangelho, à espera de facilidades humanas, constituirão sempre assembleias do engano voluntário.
O Senhor não prometeu aos companheiros senão continuado esforço contra as sombras até à vitória final do bem.
O cristão não é flor de ornamento para igrejas isoladas. É "sal da Terra", força de preservação dos princípios divinos no santuário do mundo inteiro.
A palavra de Jesus, nesse particular, não padece qualquer dúvida:
“Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
Amai vossos inimigos.
Orai pelos que vos perseguem e caluniam.
Bendizei os que vos maldizem.
Emprestai sem nada esperardes.
Não julgueis para não serdes julgados.
Entre vós, o maior seja servo de todos.
Buscai a porta estreita.
Eis que vos envio como ovelhas ao meio dos lobos.
No mundo, tereis tribulações.”.
Mediante afirmativas tão claras, é impossível aguardar em Cristo um doador de vida fácil. Ninguém se aproxime dEle sem o desejo sincero de prender a melhorar-se. Se Cristianismo é esperança sublime, amor celeste e fé restauradora, é também trabalho, sacrifício, aperfeiçoamento incessante.
Comprovando suas lições divinas, o Mestre Supremo viveu servindo e morreu na cruz.

Emmanuel - livro Caminho, Verdade e Vida. Psicografia de Francisco Candido Xavier.



O MUNDO E O MAL

"Não peço que os tire do mundo, mas que os livres do mal." Jesus -   (JOÃO, 17:15. )

Nos centros religiosos, há sempre grande número de pessoas preocupadas com a ideia da morte. Muitos companheiros não creem na paz, nem no amor, senão em planos diferentes da Terra. A maioria aguarda situações imaginárias e injustificáveis para quem nunca levou em linha de conta o esforço próprio.
O anseio de morrer para ser feliz é enfermidade do espírito.
Orando ao Pai pelos discípulos, Jesus rogou para que não fossem retirados do mundo, e, sim, libertos do mal.
O mal, portanto, não é essencialmente do mundo, mas das criaturas que os habitam.
A Terra, em si, sempre foi boa. De sua lama brotam lírios de delicado aroma, sua natureza maternal é repositório de maravilhosos milagres que se repetem todos os dias.
De nada vale partirmos do planeta, quando nossos males não foram exterminados convenientemente. Em tais circunstâncias, assemelhamo-nos aos portadores humanos das chamadas moléstias incuráveis. Podemos trocar de residência; todavia, a mudança é quase nada se as feridas nos acompanham. Faz-se preciso, pois, embelezar o mundo e aprimorá-lo, combatendo o mal que está em nós.

Emmanuel - Livro Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel, psicografia Francisco C Xavier




DENTRO DA LUTA

"Não peço para que os tires do mundo, mas que os livres do mal.” Jesus.(JOÃO, 17:15)
       
         Não peças o afastamento de tua dor.
         Roga forças para suportá-la, com serenidade e heroísmo, a fim de que lhe não percas as vantagens do contato.
         Não solicites o desaparecimento das pedras de teu caminho.
         Insiste na recepção de pensamentos que te ajudem a aproveitá-las.
         Não exijas a expulsão do adversário.
         Pede recursos para a elevação de ti mesmo, a fim de que lhe transformes os sentimentos.
         Não supliques a extinção das dificuldades.
         Procura meios de superá-las, assimilando-lhes lições.
         Nada existe sem razão de ser.
         A Sabedoria do Senhor não deixa margem à inutilidade.
         O sofrimento tem a sua função preciosa nos planos da alma, tanto quanto a tempestade tem o seu lugar importante na economia da natureza física.
         A árvore, desde o nascimento, cresce e produz, vencendo resistências.
         O corpo da criatura se desenvolve entre perigos de variada espécie.
         Aceitemos o nosso dia de serviço, onde e como determine a Vontade Sábia do Senhor.
         Apresentando os discípulos ao Pai Celestial, disse o Mestre: - "Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal."
         A Terra tem a sua missão e a sua grandeza; libertemo-nos do mal que opera em nós próprios e receber-lhe-emos o amparo sublime, convertendo-nos junto dela em agentes vivos do Abençoado Reino de Deus.

Livro Fonte Viva.  Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia Francisco C. Xavier



EM SERVIÇO DO MUNDO

Não peço que os tires do mundo e sim que os livres do mal.- Jesus.  (João. 17:15.)

Indubitavelmente os cristãos de todas as procedências são chamados a viver no mundo sem se agarrarem ao mundo, para servirem ao mundo em nome do Senhor, valorizando consequentemente a si mesmos.
É assim que será possível encontrá-los em todas as posições.
Aqui e além somos defrontados por muitos companheiros que não compreendem o cristão verdadeiro sem a moldura externa do sofrimento. Entretanto, poucos se decidem a pensar no tormento dos que exibem sinais de conforto por fora, carregando no íntimo pesadas cruzes morais.
Bendito seja o lavrador que aprendeu a conquistar respeitabilidade e sustentação com o suor de cada dia, mas será menos bendito o dono do campo que passa, de semana a semana, sob o fogo mental da responsabilidade para manter a cúpula da lavoura indene de prejuízo e insucesso, tão-só porque se apresente no mundo em forma diferente, nos mecanismos da representação social? 
Bendito seja o irmão que bate à porta da sopa fraterna, mostrando paciência e humildade no quadro de penúria em que se destaca; no entanto, será menos bendita a irmã que olvida o convite ao repouso para atendê-lo, apenas porque disponha de pão suficiente para distribuir?
Saibamos honrar cada obreiro na tarefa que
a vida lhe atribui e recordemos que o próprio 'Jesus, em oração, pediu sabiamente ao Pai, em se referindo aos discípulos e seguidores: - Não vos peço que os tires do mundo e sim que os livres do mal.

Emmanuel - Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier. Do livro “Bênção de Paz"




É A SANTIFICAÇÃO
"Santifica-os na verdade." - Jesus (JOÃO, 17:17.)

 Não podemos esquecer que, em se dirigindo ao Pai, nos derradeiros momentos do apostolado, rogou-lhe Jesus santificasse os discípulos que ficariam no plano carnal.
 É significativo observar que o Mestre não pediu regalias e facilidades para os continuadores.
 Não recomendou ao Senhor Supremo situasse os amigos em palácios encantados do prazer, nem os ilhasse em privilégios particularistas.
 Ao invés disso, suplicou ao Pai para que os santificasse na condição humana.
 É compreensível, portanto, que os discípulos sinceros recebam da Providência maior quinhão de elementos purificadores em trabalhos e testemunhos benéficos.
 Na Terra, quase sempre, o dever e a responsabilidade parecem esmagá-los, no entanto, a palavra do Evangelho é bastante clara no terreno das conquistas eternas.
 Não nos referimos a recompensas banais de periferia.
 Destacamos o engrandecimento espiritual, a iluminação divina e a perfeição redentora, inacessíveis ainda ao entendimento comum.
 Em verdade, o Senhor anunciou sacrifícios e sofrimentos aos seguidores, acentuando, porém, que os não deixaria órfãos.
 Seriam convocados a interrogatórios humilhantes, contudo, não lhes faltaria a Sublime Inspiração.
 Seguiriam atribulados, mas não angustiados; perseguidos, mas nunca desamparados.
 Receberiam golpes e decepções, mas não lhes seriam negados a esperança e o reconforto.
 Suportariam a incompreensão humana, todavia, os desígnios superiores agiriam em favor deles.
 Sofreriam flagelações no mundo, no entanto, suas dores abasteceriam os celeiros da graça e da consolação para os aflitos.
 Muita vez, participariam dos últimos lugares, entre as criaturas terrestres, para serem dos primeiros na cooperação com o Divino Trabalhador, Seriam detidos nos cárceres, mas disporiam da presença dos anjos sob cânticos de glorificação.
 Carregariam cicatrizes por sinais celestes.
 Tolerariam sarcasmos em honroso serviço à Verdade.
 Perseguidos e torturados, representariam as cartas palpitantes do Cristo à Humanidade.
 Servos sofredores e humilhados no campo carnal, marchariam assinalados por luz imperecível.
 Escalariam calvários de dor, suportando cruzes, encontrando, porém, a ressurreição, coroados de glória.
 Efetivamente, pois, os colaboradores do Evangelho são, de modo geral, anônimos e desprezados nas esferas convencionalistas da Terra; todavia, para eles, repete o Mestre, em todos os tempos, as sublimes palavras: "Sois meus amigos porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.

Livro: Vinha de Luz - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier



CRÊ E SEGUE

 “Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.” – Jesus. (João, 17:18).

Se abraçaste, meu amigo, a tarefa espírita-cristã, em nome da fé sublimada, sedento de vida superior, recorda que o Mestre te enviou o coração renovado ao vasto campo do mundo para servi-Lo.
Não só ensinarás o bom caminho. Agirás de acordo com os princípios elevados que apregoas.
Ditarás diretrizes nobres para os outros, contudo, marcharás dentro delas, por tua vez.
Proclamarás a necessidade de bom ânimo, mas seguindo, estrada afora, semeando alegrias e bênçãos, ainda mesmo quando incompreendido de todos.
Não te contentarás em distribuir moedas e benefícios imediatos. Darás sempre algo de ti mesmo ao que necessita.
Não somente perdoarás. Compreenderás o ofensor, auxiliando-o a reerguer-se.
Não criticarás. Encontrarás recursos inesperados de ser útil.
Não deblaterarás. Valer-te-ás do tempo para materializar os bons pensamentos que te dirigem.
Não disputarás inutilmente. Encontrarás o caminho do serviço aos semelhantes em qualquer parte.
Não viverás simplesmente no combate palavroso contra o mal. Reterás o bem, semeando-o com todos.
Não condenarás. Descobrirás a luz do amor para fazê-la brilhar em teu coração, até o sacrifício.
Ora e vigia.
Ama e espera.
Serve e renuncia.
Se não te dispõe a aproveitar a lição do Mestre Divino, afeiçoando a própria vida aos seus ensinamentos, a tua fé terá sido vã.
Emmanuel – livro Pão Nosso





JESUS, O INCOMPARÁVEL
Vencendo os milênios que nos separam do Seu berço, ninguém que se Lhe equipare ou sequer apresente as características que O assinalaram.
Havendo nascido em um recinto modesto e quase desprezível, transformou-o num esplêndido reduto de luzes e de harmonias gloriosas.
Residindo mais tarde em uma aldeia desconhecida, tornou-a imortal na História, na literatura e na memória dos tempos.
Convivendo com as pessoas do Seu pequeno burgo, evitou destacar-se, mantendo-se simples e de relacionamento afável, de forma a não os perturbar ou provocar celeuma antes do momento.
Fiel servidor das Divinas Leis, trabalhou na pequena carpintaria do pai sem alarde ou demonstração inoportuna de superioridade.
Conhecendo a tarefa para a qual viera, não se precipitou, tampouco postergou a hora em que se deveria desvelar. E o fez de maneira natural, sem alarde nem provocação, quando tomou do texto de Isaías, inserto no Testamento Antigo e, em plena sinagoga, interpretou-o com inusitada acuidade, deixando-se identificar como o Messias.
Compreendeu a reação de surpresa dos Seus coevos e familiares que, tomados de espanto e ira, atiraram-se contra Ele, ameaçando-O de morte. Mas não reagiu, nem os agrediu com palavras ou ações que desmentissem o Seu ministério de amor, quando predominavam as sombras da ignorância e da perversidade.
Sem qualquer acusação, deixou aqueles sítios e partiu para a gentil Galiléia, onde as almas simples e desataviadas, sedentas de paz, cansadas de sofrimentos e humilhações, anelavam pela oportunidade de serem livres do jugo cruel da servidão e realmente felizes.
Entre os pobres e desafortunados, os sofredores e puros de coração, entoou o Seu hino de amor à Vida como dantes jamais alguém o fizera, e depois nunca mais se repetiria.
A Sua canção de misericórdia e de ação temperada pela sabedoria arrebatou as gentes de todos aqueles rincões, que abririam espaço para se alargarem pelas terras do futuro, dando início à Era da fraternidade que, embora ainda não vivida, já se encontra instalada desde aqueles inesquecíveis momentos.
A Sua revolução diferiu de todas as que a precederam e a sucederiam, porquanto, tratava-se de lutas contínuas nas paisagens do coração contra as más inclinações, as tendências primárias e as heranças asselvajadas do período primitivo.
Amando a todos sem distinção, até mesmo àqueles que obstinadamente O perseguiam e tentavam malsinar-Lhe as horas, Jesus permaneceu incomparável, ensinando compaixão e ternura, trabalho e confança irrestrita em Deus.
Ninguém jamais se Lhe equipararia!
Os grandes gênios da fé que O precederam e os nobres missionários do amor que O sucederam foram, respectivamente, Seus mensageiros que Lhe deveriam preparar o advento e continuadores insistindo na preservação dos Seus ensinamentos e atitudes.
Esse homem nascido em Belém e morador em Nazaré, dividiu os fastos históricos, assinalando a Sua trajetória com os incomparáveis testemunhos da Sua elevação.
Quando provocado pelo farisaísmo compreendia a fúria do despeito e da mesquinhez humana, lamentando o atraso moral daqueles que se Lhe apresentavam como adversários. Admoestava-os e esclarecia-os, embora eles não desejassem respostas honestas, porque os seus eram os objetivos perversos...
Visitado pelo sofrimento dos indivíduos e das massas, não obstante sabendo da transitoriedade do corpo físico, renovava os enfermos e curava-lhes as mazelas, advertindo-os quanto aos valores imperecíveis do Espírito.
Acusado de atitudes que se chocavam contra a Lei e os Profetas, informava que não os veio combater, mas vitalizá-los e dar-lhes cumprimento.
Tentado pela hipocrisia e envolvido nas malhas das insensatas ciladas, destrinchava os fios envolventes e devolvia-os aos sistemáticos perseguidores.
Jamais se escusou aos enfrentamentos promovidos pela perversidade dos pigmeus morais, mesmo conhecendo-lhes as artimanhas e propósitos nefastos. Também nunca se recusou a esclarecer qual era a Sua tarefa e quais as bases da Sua revolução, estruturadas no amor a Deus, ao próximo e a si mesmo.
Nunca desmentiu os postulados propostos nos Seus sermões, mediante uma conduta dúbia ante as ameaças e malquerenças que se Lhe apresentavam a cada momento.
Resistiu a todos os tipos de tentação na Sua humanidade, avançando sempre no rumo do holocausto sem qualquer tipo de revolta ou de insegurança quanto aos valores esposados e divulgados.
Profundo conhecedor da psicologia humana, jamais se utilizou desse recurso incomum para humilhar ou submeter quem quer que fosse ao Seu ministério. Pelo contrário, dele se utilizava para identificar as causas transatas geradoras dos sofrimentos que os aturdiam e para aplicar a terapêutica mais conveniente em relação aos múltiplos distúrbios que os afligiam.
Perfeitamente identificado com Deus, não fingiu ser-Lhe igual e jamais se Lhe equiparou, informando sempre ser o Filho, o Embaixador, o Caminho para a Verdade e para a Vida...
Confundido com os profetas que O precederam, revelou a própria procedência, informando que aqueles que vieram antes realizaram o seu mister com elevação, mas a Sua era a confirmação de tudo quanto ensinaram no seu tempo.
Incomparável, Jesus, o Homem libertador de todos os homens e mulheres!
A humanidade sempre recebeu no transcurso da História guias admiráveis, que vieram iluminar as sombras dominantes.
Em cada povo e em todos os tempos surgiram missionários incomuns, que demonstraram a vacuidade da vida física e a perenidade do ser espiritual, convidando à reflexão e à conquista da liberdade total.
Alguns tiveram a existência assinalada por muitos conflitos antes da revelação que os transformou; outros sentiram o impulso interno e romperam com os preconceitos e condicionamentos existentes, trazendo o conhecimento e a vivência do dever como essenciais, à conquista da paz.
Diversos se imolaram em testemunho do que ensinavam, mas só Jesus é o Modelo e Guia nunca ultrapassado ou sequer igualado.
Havendo chegado à Terra na condição de Espírito puro, por haver realizado o Seu processo de evolução em outra dimensão, permanece como o Homem incomparável para conduzir a humanidade na direção do inefável amor de Deus.

FRANCO, Divaldo Pereira. Nascente de Bençãos. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.



JESUS E O MUNDO
Se Jesus não tivesse confiança na regeneração dos homens e no aprimoramento do mundo, naturalmente, não teria vindo ao encontro das criaturas e nem teria jornadeado nos escuros caminhos da terra.
Não podemos, por isso, perder a esperança e nem nos cabe o desânimo, diante das pequenas e abençoadas lutas que o Céu nos concedeu, entre as sombras das humanas experiências.
Da escola do mundo saíram diplomados em santificação Espíritos sublimes, que hoje se constituem abençoados patronos da evolução terrestre.
Não nos compete menosprezar o plano de aprendizagem que nos alimenta e nos agasalha, que nos instrui e aperfeiçoa.
Se o melhor não auxilia ao pior, debalde aguardaremos a melhoria da vida.
Se o bom desampara o mau, a fraternidade não passaria de mera ilusão.
Se o sábio não ajuda ao ignorante, a educação redundaria em mentira perigosa.
Se o humilde foge ao orgulhoso, surgiria o amor por vocábulo inútil.
Se o aprendiz da gentileza menoscaba o prisioneiro da impulsividade, o desequilíbrio comandaria a existência.
Se a virtude não socorre às vítimas do vício e se o bem não se dispõe a salvar quantos se arrojam aos despenhadeiros do mal, de coisa alguma serviria a predicação evangélica no campo de trabalho que a Providência Divina nos confiou.
O Mestre não era do mundo, mas veio até nós para a redenção do mundo. Sabia que os seus discípulos não pertenciam ao acervo moral da Terra, mas enviou-os ao convívio com homens para que os homens se transformassem nos servidores devotados do bem, convertendo o Planeta em seu reino de Luz.
O cristão que foge ao contato com o mundo, a pretexto de garantir-se contra o pecado, é uma flor parasitária e improdutiva na árvore do Evangelho, e o Senhor, longe de solicitar ornamentos para a sua obra, espera trabalhadores abnegados e fiéis que se disponham a remover o solo com paciência, boa vontade e coragem, a fim de que a Terra se habilite para a sementeira renovadora do grande amanhã.

 Emmanuel - Do livro Coragem. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.



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O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES
LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

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