APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)
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sábado, 29 de julho de 2017

E.S.E. - CAPÍTULO I - ITEM 9 E 10 - A NOVA ERA




9 – Deus é único, e Moisés o Espírito que Deus enviou com a missão de fazê-lo conhecer, não somente pelos hebreus, mas também pelos povos pagãos. O povo hebreu foi o instrumento de que Deus se serviu para fazer sua revelação, através de Moisés e dos Profetas, e as vicissitudes da vida desse povo foram feitas para chocar os homens e arrancar-lhes dos olhos o véu que lhes ocultava a divindade.

Os mandamentos de Deus, dados por Moisés, trazem o germe da mais ampla moral cristã. Os comentários da Bíblia reduziam-lhes o sentido, porque, postos em ação em toda a sua pureza, não seriam então compreendidos. Mas os Dez Mandamentos de Deus nem por isso deixaram de ser o brilhante frontispício da obra, como um farol que devia iluminar para a humanidade o caminho a percorrer.

A moral ensinada por Moisés era apropriada ao estado de adiantamento em que se encontravam os povos chamados à regeneração. E esses povos, semi-selvagens quanto ao aperfeiçoamento espiritual, não teriam compreendido a adoração de Deus sem os holocaustos ou sacrifícios, nem que se pudesse perdoar a um inimigo. Sua inteligência, notável no tocante às coisas materiais, e mesmo em relação às artes e às ciências, estava muito atrasada em moralidade, e eles não se submeteriam ao domínio de uma religião inteiramente espiritual. Necessitavam de uma representação semimaterial, como a que então lhes oferecia a religião hebraica. Os sacrifícios, pois, lhes falavam aos sentidos, enquanto a idéia de Deus lhes falava ao espírito.

O Cristo foi o iniciador da mais pura moral, a mais sublime: a moral evangélica, cristã, que deve renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los fraternos; que deve fazer jorrar de todos os corações humanos a caridade e o amor do próximo, e criar entre todos os homens uma solidariedade comum. Uma moral, enfim, que deve transformar a Terra, fazê-la morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam. É a lei do progresso, a que a natureza está sujeita, que se cumpre, e o Espiritismo é a alavanca de que Deus se serve para elevar a humanidade.

São chegados os tempos em que as idéias morais devem desenvolver-se, para que se realizem os progressos que estão nos desígnios de Deus. Elas devem seguir o mesmo roteiro que as idéias de liberdade seguiram, como suas precursoras. Mas não se pense que esse desenvolvimento se fará sem lutas. Não, porque elas necessitam, para chegar ao amadurecimento, de agitações e discussões, a fim de atraírem a atenção das massas. Uma vez despertada a atenção, a beleza e a santidade da moral tocarão os Espíritos, e eles se dedicarão a uma ciência que lhes traz a chave da vida futura e lhes abre a porta da felicidade eterna. Foi Moisés quem abriu o caminho; Jesus continuou a obra; o Espiritismo a concluirá.
FÉNELON - Poitiers, 1861

10 – Um dia, Deus em sua inesgotável caridade, permitiu ao homem ver a verdade através das trevas. Esse dia foi o do advento de Cristo. Depois do vivo clarão, as trevas se fecharam de novo. O mundo, após alternativas de verdade e obscuridade, novamente se perdia. Então, semelhantes aos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos começaram a falar e a vos advertir. O mundo foi abalado nas suas bases: o trovão ribombará; sedes firmes!

O Espiritismo é de ordem divina, pois repousa sobre as próprias leis da natureza. E crede que tudo o que é de ordem divina tem um objetivo elevado e útil. Vosso mundo se perdia. A ciência, desenvolvida com o sacrifício dos  interesses morais, vos conduzia unicamente ao bem estar material, revertendo-se em proveito do espírito das trevas. Vós o sabeis, cristão; o coração e o amor devem marchar unidos à ciência. O Reino do Cristo, ai de nós! após dezoito séculos, e apesar do sangue de tantos mártires, ainda não chegou. Cristãos, voltai para o Mestre que vos quer salvar. Tudo é fácil para aquele que crê e que ama: o amor o enche de gozo inefável. Sim, meus filhos, o mundo está abalado. Os bons Espíritos vo-lo dizem sempre. Curvai-vos o sopro precursor da tempestade, para não serdes derrubados. Quero dizer: preparai-vos e não vos assemelheis às virgens loucas, que foram apanhadas desprevenidas à chegada do esposo.

A revolução que se prepara é mais moral do que material. Os grandes Espíritos, mensageiros divinos, insuflam a fé, para que todos vós, obreiros esclarecidos e ardentes, façais ouvir vossa humilde voz. Porque vós sois o grão de areia, mas sem os grãos de areia não haveria montanhas. Assim, portanto, que estas palavras: “Nós somos pequenos”, não tenha sentido para vós. A cada um a sua missão, a cada um o seu trabalho. A formiga não constrói o seu formigueiro, e animaizinhos insignificantes não formam continentes? A nova cruzada começou: apóstolos da paz universal, e não da guerra, modernos São Bernardos, olhai para frente e marchai! A lei dos mundos é a lei do progresso.    

ERASTO, discípulo de São Paulo - Paris, 1863

  

11 – Santo Agostinho é um dos maiores divulgadores do Espiritismo. Ele se manifesta por quase toda parte, e a razão disso a encontramos na vida desse grande filósofo cristão. Pertencem a essa vigorosa falange dos Pais da Igreja, a que a Cristandade devem as suas mais sólidas bases. Como muitos, ele foi arrancado ao paganismo, ou melhor diremos, a mais profunda impiedade, pelo clarão da verdade. Quanto, em meio de seus desregramentos, ele sentiu na própria alma a estranha vibração que o chamava para si mesmo e lhe fez compreender que a felicidade não estava nos prazeres enervantes e fugidos; quando, enfim, na sua Estrada de Damasco, ele também ouviu a santa voz que lhe clamava: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”; exclamou: “Meu Deus! Meu Deus, perdoa-me, eu creio, sou cristão!” E desde então se tornou um dos mais firmes pilares do Evangelho. Podemos ler, nas notáveis confissões desse eminente Espírito,as palavras características e proféticas, ao mesmo tempo, que ele pronunciou ao ter perdido Santa Mônica. “Estou certo de que minha mãe virá visitar-me e dar-me o seu conselho, revelando-me o que nos espera na vida futura”. Que lição nestas palavras, e que brilhante previsão da futura doutrina! É por isso que hoje, vendo chegada a hora de divulgação da verdade, que ele já havia pressentido, faz-se o seu ardente propagador, e se multiplica, por assim dizer, para atender a todos os que o chamam.                                       


NOTA – Santo Agostinho vem, por acaso, modificar aquilo que ensinou? Não, seguramente, mas como tantos outros, ele vê com os olhos do espírito o que não podia ver como homem. Sua alma liberta percebe claridade nova, e compreende o que antes não compreendia. Novas idéias lhe revelaram o verdadeiro sentido de certas palavras. Quando na terra, julgava as coisas segundo os conhecimentos que possuía, mas, quando uma nova luz se fez para ele, pode julgá-las com maior clareza. É assim que ele deve revisar sua crença referente aos espíritos íncubos e súcubos, bem como o anátema que havia lançado contra a teoria dos antípodas. Agora, que o Cristianismo lhe aparece em toda a sua pureza, ele pode, sobre certos pontos, pensar de maneira diversa de quando vivia, sem deixar de ser o apóstolo cristão. Pode, sem renegar a sua fé, fazer-se o propagador do Espiritismo, porque nele vê o cumprimento das predições.  Ao proclamá-lo, hoje, nada mais faz do que conduzir-nos a uma interpretação mais sã e mais lógica dos textos. Assim também acontece com outros Espíritos, que se encontram numa posição semelhante.          


TEXTOS DE APOIO


O ESPIRITISMO PERGUNTA

Meu irmão, não te permitas impressionar apenas com as alterações que convulsionam hoje todas as frentes de trabalhos e descobrimentos na Terra.
Olha para dentro de ti mesmo e mentaliza o futuro.
O teu corpo físico define a atualidade do teu corpo espiritual.
Já viveste, quanto nós mesmos, vidas incontáveis e trazes, no bojo do espírito, as conquistas alcançadas em longo percurso de experiências na ronda de milênios.
Tua mente já possui, nas criptas da memória, recursos enciclopédicos da cultura de todos os grandes centros do Planeta.
Teu perispírito já se revestiu com porções da matéria de todos os continentes.
Tuas irradiações, através das roupas que te serviram, já marcaram todos os salões da aristocracia e todos os círculos de penúria do plano terrestre.
Tua figura já se integrou os quadros do poder e da subalternidade em todas as nações.
Tuas energias genésicas e afetivas já plasmaram corpos na configuração morfológica de todas as raças.
Teus sentidos já foram arrebatados ao torvelinho de todas as diversões.
Tua voz já expressou o bem e o mal em todos os idiomas.
Teu coração já pulsou ao ritmo de todas as paixões.
Teus olhos já se deslumbraram diante de todos os espetáculos conhecidos, das trevas do horrível às magnificências do belo.
Teus ouvidos já registraram todos os tipos de sons e linguagens existentes no mundo.
Teus pulmões já respiraram o ar de todos os climas.
Teu paladar já se banqueteou abusivamente nos acepipes de todos os povos.
Tuas mãos já retiveram e dissiparam fortunas, constituídas por todos os padrões da moeda humana.
Tua pela, em cores diversas, já foi beijada pelo sol de todas as latitudes.
Tua emoção já passou por todos os transes possíveis de renascimentos e mortes.
Eis por que o Espiritismo te pergunta:
-Não julgas que já é tempo de renovar?
Sem renovação, que vale a vida humana?
Se fosse para continuares repetindo aquilo que já foste e o que fizeste, não terias necessidade de novo corpo e de nova existência - prosseguirias de alma jungida à matéria gasta da encarnação precedente, enfeitando um jardim de cadáveres.
Vives novamente na carne para o burila mento de teu espírito. A reencarnação é o caminho da Grande Luz.
Ama e trabalha. Trabalha e serve.
Perante o bem, quase sempre, temos sido somente constantes na inconstância e fiéis à infidelidade, esquecidos de que tudo se transforma, com exceção da necessidade de transformar.
Militão Pacheco Livro: O Espírito da Verdade- Psicografia Francisco C. Xavier e Waldo Vieira- Espíritos Diversos



CHICO SOBRE A NOVA ERA
email enviado por Roberto Silveira

Amigos queridos,
Há duas semanas atrás enviamos aos amigos uma entrevista de Geraldo Lemos Neto, nosso Geraldinho, a respeito das palavras de Chico Xavier sobre o derradeiro momento espiritual que vivemos. Como nao haveria de ser recebi um enxurrada de emails. Pelo jeito a coisa se alastrou e desta vez, mesmo com as críticas, que ocorreram maldosas às vezes, me senti muito feliz por todas elas. Foi um belo sinal de que o email avançou a muitas pessoas e que nossas ideias estão acompanhadas de pessoas sábias que dizem aquilo que sentimos e pensamos. Como alguns amigos cobraram o que Geraldinho disse sobretudo na questão dos 50 anos, que causou muita polêmica, abaixo envio a vocês duas perguntas contidas no Pinga-Fogo em que Chico fala sobre isso.
A segunda pergunta, feita pelo reporter Saulo Gomes, envio a vocês o video da resposta, ou seja, Chico falando sobre isso. Atente-se ao fato das datas. Estamos no video em 1971, e veja que nele Chico falará sobre os 50 anos. Veja que nao é força de expressão, mas sim palavras que ele esta repetindo do próprio Emmanuel.
Um grande abraço
Roberto Silveira

AQUÁRIO, A ERA MARAVILHOSA TERÁ UM PREÇO: A PAZ •

Hele Alves — Eu queria saber agora o seguinte: Os espíritas dizem que os renascimentos sucessivos da criatura humana têm por objetivo a sua evolução. Outras correntes espiritualistas como os teosofistas, os messiânicos, também dizem que nós estamos no limiar de uma era de grande beleza, a era de Aquário, na qual a humanidade será muito feliz. Eu gostaria de perguntar ao senhor o seguinte. — Se temos mais de uma dezena de séculos de evolução, se estamos no limiar de uma era de encontro da criatura humana consigo própria, como que o senhor explica as violências do mundo atual como a guerra do Vietnã, a violência da sociedade de consumo. Isso a nosso ver, não representa uma grande evolução da humanidade.

Chico Xavier — Esses fenômenos todos — diz o nosso Emmanuel que está presente — caracterizam mesmo o período de transformação em que nós nos encontramos. Diz ele: O nosso companheiro materialista dirá: Natureza. Mas para nós os religiosos, Natureza é sinônimo de manifestação de Deus. Então Deus cria a Natureza, Deus cria a vida, mas o homem, os homens ou as mulheres do planeta, são filhos de Deus e podem modificar a criação de Deus. Nós nos encontramos no limiar de uma era extraordinária, se nos mostrarmos capacitados coletivamente a recebê-la com a dignidade devida. Se os países mais cultos do globo puderem suportar a pressão dos seus próprios problemas, sem entrar em choques destrutivos, como, por exemplo: guerra de extermínio, que deixará conseqüências imprevisíveis para nós todos no planeta, então veremos uma era extraordinariamente maravilhosa para o homem, porque a própria automação — diz ele — nos está dizendo que vamos ser aliviados ou quase que aposentados do trabalho mais rude no trato com o planeta, para a educação da nossa vida mental, através de informações sobre o Universo com proveito enorme, proveito incalculável para benefício da humanidade. Mas isso terá um preço. Será o preço da paz. Se pudermos nos suportar uns aos outros, amar uns aos outros, seguindo os preceitos de Jesus, até que essa era prevaleça, provavelmente no próximo milênio, não sabemos se no princípio, se nos meados ou se no fim. O terceiro milênio nos promete maravilhas, mas se o homem, filho e herdeiro de Deus, também se mostrar digno dessas concessões. Senão vamos agüentar nós todos, talvez com as estacas zero ou quase zero para recomeçar tudo de novo.

AS CIDADES DE VIDRO O FIM DO PERÍODO BÉLICO •

Saulo Gomes— O Luiz Lopes, que é o nosso companheiro da TV-Globo, formula esta pergunta: Nossa humanidade assiste neste momento a mais um lance dramático da corrida espacial ”Apoio 15” se encaminha para a Lua. ’• Acreditam os mestres espirituais de Chico Xavier que ainda em nossa atual civilização o homem poderá entrar em contato com civilizações de outros planetas?

Chico Xavier — Estamos subordinando a resposta ao mesmo critério com que foi estruturada a informação para a nossa estimada entrevistadora que falou sobre a nova era. Se não entrarmos numa guerra de extermínio nos próximos 50 anos, então nós podemos esperar realizações extraordinárias da ciência humana partindo da Lua. Então diz o nosso Emmanuel, que está presente, que quando Cristóvão Colombo perambulava pelas cortes européias, pedindo socorro para descobrir um caminho mais fácil para as índias, muita gente considerou o programa dele como absolutamente inútil para a humanidade, que aquilo era uma despesa absolutamente inócua e que iria pesar demasiadamente no orçamento de qualquer povo, até que ele conseguisse o apoio de Fernando e Isabel, os então soberanos de Castela. Mas nós hoje sabemos, depois de quase 5 séculos, qual a importância do feito. Então nós não podemos, também, acusar os nossos irmãos que estão se dirigindo à Lua para pesquisas que devem ser consideradas da máxima importância para o nosso progresso futuro, porque as despesas efetuadas com isso serão naturalmente compensadas, talvez com a tranqüilidade para uma sociedade mais pacífica na Terra, porque se não entrarmos, por exemplo, num conflito de proporções imensas, então na Lua é possível que o homem construa as cidades de vidro, as cidades-estufas, onde cientistas possam estabelecer pontos de apoio para observação da nossa Galáxia.

Essas cidades não são sonhos da Ciência, essas cidades, naturalmente com muito sacrifício da humanidade terrestre, podem ser feitas e provavelmente — vamos dizer — vai se obter azoto e oxigênio e usinas de alumínio e formações de vidro e matéria plástica na própria Lua para a construção desses redutos, produtos da ciência terrestre e provavelmente a água fornecida pelo próprio solo lunar. Então, teremos, quem sabe, a possibilidade de entrar em contato com outras comunidades da nossa Galáxia. Então vamos, definitivamente, encerrar o período bélico na evolução dos povos terrestres, porque nós vamos compreender que fazemos parte de uma só família universal, que não somos o único mundo criado por Deus. O próprio Jesus a quem reverenciamos como Nosso Senhor e mestre, disse: ”Há muitas moradas na casa de meu pai.” Portanto, nós precisamos prestigiar a paz dos povos, a tranqüilidade de todos com o respeito de todos, com a veneração máxima pela Ciência para que nós possamos auferir esses benefícios num futuro talvez mais próximo do que remoto, se nós fizermos por merecer.
Revista Internacional de Espiritismo e Jornal O Clarim
Blog do Ismaael Gobbo
Grupo Espírita Fraternidade




NA PRESENÇA DE CRISTO

“Em verdade vos digo que o Cia e a Terra não passarão sem que tudo o que se acha na lei esteja perfeitamente cumprido, enquanto reste um único iota e um único ponto.” JESUS - MATEUS, 5: 18.

 “0 Cristo foi o Iniciador da mais pura, da mais sublime moral, do moral evangélico -cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torna-los irmãos; que há de fazer brotar de todos os corações a caridade e o amor do próximo e estabelecer entre os humanos uma solidariedade comum; de uma perfeita moral, enfim, que há de transformar a Terra, tornando-a morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam. ” -Cap.  1, 9.

 A ciência dos homens vem liquidando todos os problemas, alusivos ao reconforto da Humanidade.
 Observou a escravidão do homem pelo próprio homem e dignificou o trabalho, através de leis compassivas e justas.
 Reconheceu o martírio social da mulher que as civilizações mantinham em multimilenário regime de cativeiro e conferiu-1he acesso is universidades e profissões.
 Inventariou os desastres morais do analfabetismo e criou a grande imprensa.
 Viu que a criatura humana tombava prematuramente na morte, esmagada em atividade excessiva pela pr6pria sustentação e deu-lhe a força motriz.
 Examinou o insulamento dos cegos e administrou-1hes instrução adequada.
 Catalogou os delinqüentes por enfermos transformou prisões em penitenciárias- escolas Comoveu-se, diante das moléstias contagiosas, e fabricou a vacina.
 Emocionou-se, perante os feridos e doentes desesperados, e inventou a anestesia.
 Anotou os prejuízos- da solidão e construiu máquinas poderosas que interligassem os continentes.
 Analisou o desentendimento sistemático que oprimia as nações e ofereceulhes o livro e o telegrafo, o rádio e a televisão que as aproxima na direção de um mundo só.
 Entretanto, os vencidos da angústia aglomeram-se na Terra de hoje como enxameavam na Terra de ontem...
 Articulam-se todas formas e despontam de todas as direções.
 Perderam, o emprego, que lhes garantia a estabilidade familiar e desorientam-se abatidos, A procura de pão.
 Foram despejados de teto, hipotecado A solução de constringentes necessidades e vagueiam sem, rumo.
 Encontram-se despojados, de esperança, pela deserção dos afetos mais, caros, e abeiram-se do suicídio.
 Caíram em perigosos conflitos da consciência e aguardam leve sorriso que os reconforte.
Envelheceram sacrificados pelas exigências de folhos queridos que lhes renegaram a convivência nos dias da provação, e amargam doloroso abandono.
Adoeceram gravemente e viram-se transferidos da equipe domestica para os; azares da mendicância.
 Transviaram-se no pretérito e renasceram, trazendo no pr6prio corpo os sinais aflitivos das culpas que resgatam, pedindo cooperação.
 Despediram-se dos que mais amavam no frio portal do túmulo e carregam os últimos sonhos da existência cadaverizados agora no esquife do próprio peito.
Abraçaram tarefas de bondade e ternura - e são mulheres supliciadas de fadiga e de pranto, Conduzindo os filhinhos que alimentam à custa das próprias lágrimas.
 Gemem, discretos, e surgem na forma de crianças, desprezadas, à maneira de flores que a ventania quebrou, desapiedada, no instante do amanhecer.
 Para eles, os que tombaram no sofrimento moral, a ciência dos homens não dispõe de recursos.
É por isso que Jesus, ao reuni-los em multidão, no tope do monte, desfraldou a bandeira da caridade e, proclamando as bem-aventuranças eternas, no-los entregou por filhos do coração...
 Companheiro da Terra quando estendes uma palavra consoladora ou um abraço fraterno, uma gota de bálsamo ou uma concha de sopa, aliviando os que choram, estás diante deles, na presença do Cristo, com quem, aprendemos que o único remédio capaz de curar as angústias da vida nasce do amor, que derrama, sublime, da ciência de Deus.

Emmanuel - Livro da Esperança - psicografado por Francisco Cândido Xavier




CONVITE A SERENIDADE
Francisco Cândido Xavier

Em nossa reunião pública, O Livro dos Espíritos nos deu a estudar o tema da questão 789 que foi examinado em preciosos comentários de muitos dos nossos companheiros. Tínhamos conosco amigos e irmãos procedentes de cidades diversas. Os assuntos da paz foram debatidos com respeitoso amor pelas elucidações Kardecianas.
Naturalmente, vários oradores se detiveram a destacar as dificuldades da hora presente, em que todos os povos estão procurando segurança e entendimento.
A mensagem de Emmanuel - página de convite à serenidade – foi recebida psicograficamente ao final da reunião.
 Do livro Diálogo dos Vivos. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires.


RECANTO DE PAZ
Emmanuel
Há quem pergunte como servir à causa da paz.
Semelhante tarefa não será privativa daqueles que se encarregam da direção do Mundo?
A paz do Mundo, no entanto, é a soma de todos os esforços das criaturas, nos domínios da pacificação.
Reflitamos nisso e atendamos à nossa parte, quanto se nos faça possível.
Deixa que a fonte do amor se te desate do coração.
Acende no cérebro a luz do pensamento reto.
Transforma o trabalho de cada dia num cântico de bênçãos.
Observa os compromissos assumidos por leis da própria consciência.
Transita nas vias do bem aos semelhantes.
Respeita o tipo de existência que os outros escolheram para si mesmos, como desejas que a tua própria vida seja respeitada.
Ergue em ti um sinal vermelho para os comentários infelizes.
Hospitaliza agressores e maldizentes em tua clínica de orações.
Não desperdices a riqueza do tempo, comprando remorso com queixas inúteis.
Veste a armadura da paciência para que consigas agir e reagir construtivamente, onde te encontres.
Instala a boa palavra nas estruturas verbais que te manifestam.
Ouve com atenção, aguardando sem pressa a tua vez de falar.
Não desconsideres pessoa alguma.
Resguarda no arquivo da prece os obstáculos e problemas que te desagradam, a fim de que não te destaques por motivo de aflição nas estradas alheias.
Aceita os outros tais quais são, sem o propósito de corrigi-los ou aperfeiçoá-los à força.
Aprende com modéstia e ensina sem exigência.
Auxilia sem cobrança.
Não solenizes as provações de que necessitas para melhorar o próprio caminho.
Diante das ofensas, imuniza-te na terapêutica do perdão.
Espera o momento propício destinado a esclarecer o ponto difícil que haja surgido em teu relacionamento com os demais.
Não exijas do próximo aquilo que o próximo ainda não possui para dar.
Não mentalizes o mal com inquietações imaginárias, e sim colabora na construção do melhor que deve acontecer.
Serve sem dependurar algemas nos pulsos de teus irmãos.
E, prosseguindo adiante, converter-te-ás em coluna da segurança geral.
Em verdade, a Divina Providência não pede para que te transformes, de imediato, numa estrela que dissipe as sombras da perturbação onde as sombras da perturbação estejam dominando na Terra.
O Céu espera sejas, ainda hoje, onde estiveres, um recanto vivo da paz.
 Do livro Diálogo dos Vivos. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires.


A PAZ DE CADA UM
Irmão Saulo
Todos queremos paz e vivemos em guerra. Essa contradição milenar, que caracteriza a imperfeição moral dos homens, foi bem definida pelo Apóstolo Paulo quando escreveu: ‘Miserável homem sou, que não faço o bem que desejo mas o mal que não quero!” Se ele próprio, o abnegado servidor do Evangelho, que tudo deixou para seguir o Cristo e propagar a Sua mensagem, sentia na carne essa contradição, quanto mais a sentirão os que, como nós, dois mil anos depois, ainda não aprendemos a soletrar a palavra básica do ensino evangélico, que por sinal se constitui de apenas duas sílabas: amor?
Há criaturas que se desesperam ante confrontos desta natureza. Mas devemos lembrar-nos de que a Terra é uma escola em que as gerações se sucedem, recebendo as lições cada qual a seu tempo. De Paulo aos nossos dias muitos alunos completaram o curso e saíram vitoriosos da escola terrena para instituições educacionais superiores. Temos a vantagem de contar com os exemplos e as experiências dos aprendizes que nos antecederam. E a vantagem de contar atualmente com as lições que nos enviam, através da mediunidade, os ex-alunos que se elevaram, como Emmanuel, à categoria de mestres.
A paz do mundo depende da paz de cada um. Porque o mundo dos homens é feito pelos homens. Deus criou o mundo natural com todas as possibilidades de evolução e paz. E nos criou para também fazermos o nosso próprio mundo, o mundo de cada um e o mundo dos homens, aproveitando as nossas próprias possibilidades de evolução na conquista da paz. Se nos convertermos no “recanto vivo da paz” a que se refere Emmanuel, daremos ao mundo a paz de que ele necessita. Se permanecermos como focos de guerra e desajuste, o mundo estará sempre conflagrado pelas nossas contradições e as nossas injustiças.
Nos seus comentários à questão 789 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec assinala: “A Humanidade progride através dos indivíduos que se melhoram pouco a pouco e se esclarecem. Quando estes se tornam numerosos, tornam a dianteira e arrastam os outros”. Se queremos, pois, lutar pela paz, façamos a paz em nós mesmos, e Deus nos ajudará a estendê-la ao mundo.

Do livro Diálogo dos Vivos. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires.



SOPRO DE ESPERANÇA

"A revolução que se apresta é antes moral do que material. Os Grandes Espíritos, mensageiros divinos, sopram a fé, para que todos vós, obreiros esclarecidos e ardorosos, façais ouvir a vossa voz humilde, porquanto sois o grão de areia; mas, sem grãos de areia, não existiriam as montanhas." O ESE, cap. I, ítem 10

Venâncio, aplicado trabalhador da mediunidade, divagava mentalmente acerca da tarefa realizada naquela noite, enquanto caminhava em direção ao seu lar. Pensava e pensava sobre os socorros prestados aos necessitados desencarnados:

— Fico feliz pelas bênçãos em favor dos habitantes das regiões inferiores, no entanto, não consigo entender completamente a iniciativa. Para que tanta atenção dos amigos espirituais aos desencarnados em face da dor que campeia aqui mesmo no mundo dos encarnados? Porventura a dor na erraticidade será maior? Não haverá meios próprios de amparar essas criaturas que derraparam no mal sem a nossa participação? Não seria mais educativo o amor ao próximo que podemos tocar e abraçar aqui mesmo na Terra? As pressões têm se intensificado e fico a refletir se valem a pena mesmo ou se são apenas projeções anímicas de nossas necessidades pessoais enquanto médiuns! Será que posso mesmo ajudar ante tanta penúria que ainda carrego?

Venâncio caminhava e refletia intensamente. As indagações se multiplicavam. A dúvida sadia invadia-lhe os sentimentos. Era um médium disposto a aprender e não se contentava com poucas respostas, jamais, porém, permitindo chegar ao clima da descrença. Ao chegar ao seu lar, fez breve lanche, orou e dormiu. Fora do corpo esperava-o a jovem benfeitora da atual reencarnação em estado de prontidão, aguardando-lhe a emancipação pelo sono.

— Amiga querida! - externou o médium já fora da matéria. — Creio que acompanhaste minhas últimas reflexões antes de adormecer... Poderia me esclarecer sobre as dúvidas que acalento?

— Sim, meu filho! Suas dúvidas são preciosas gemas da alma que anseia o crescimento. A dúvida, quando cultivada sem se tornar rigidez, é avanço e progresso. O que não devemos é torná-la um estado mental estanque na criação de pensamentos fixos e confusos. Assistimos, nesta noite, as entidades chamadas vibriões. Um leque imenso de situações envolve esses atendimentos. Faremos uma pequena viagem astral para mostrar-lhe algo oportuno.

Venâncio e sua benfeitora vararam os espaços em suave volitação, até chegarem a um lar que se situava na mesma rua do Centro Espírita em que laboravam. À porta, algumas entidades da vigilância estavam atentas e os cumprimentaram discretamente. Já passava da meia-noite e na sala encontrava-se uma mulher esbelta baforando um cigarro.

— Esta é Gisele - falou a benfeitora -, mulher de quarenta anos, mãe de duas jovens, Ana e Clarisse. É uma promotora de Justiça muito bem-sucedida que se envolveu em negócios escusos e graves do crime organizado. Logo que entrou para as experiências das causas criminais, conheceu Alceu, um magistrado sem escrúpulos, que a envolveu afetivamente. Com atitudes relapsas, Gisele pôs a perder o seu casamento. Um tanto enfraquecida com a ruína no lar, passou a ser chantageada por Alceu, que já a havia matriculado na doentia carreira da corrupção. Arrependida, mas sem forças, sucumbiu sob o peso da ganância, única forma que enxergou de recompensar suas desditas. Acordos infelizes, propina e muito sexo a derrubaram de vez no campo dos ideais nobres. Graças à tarefa socorrista desta noite pudemos desligar três vibriões de seu sistema nervoso, que agiam como "medusas" na cabeça de Gisele. Ela se mataria esta noite, mas agora temos nova chance, pois conseguimos expressivo alívio psíquico para ela.

Dizendo isso, a benfeitora mostrou um revólver calibre trinta e oito debaixo de um sofá e as balas jogadas no lixo, demonstrando a desistência do ato exterminador.

— Quer dizer, então, que a assistência aos vibriões-medusa livrou-a do suicídio? - indagou o médium.

— Não somente do autoextermínio, mas de uma longa sequência de outros problemas que se desdobrariam. Transferimos ao seu halo mediúnico e ao de outros dois médiuns os parasitas psíquicos de Gisele, custando-lhe essa pressão mental sofrida nestas últimas quarenta e oito horas. Todavia, eis aí o resultado do esforço de todos no grupo mediúnico em mais esta noite de misericórdia no intercâmbio entre mundos.

— E para onde foram levados os enfermos espirituais?

— Estão na enfermaria astral do Centro Espírita. Eurípedes virá buscá-los mais tarde para as dependências do Hospital Esperança.

— Vejo de forma mais ampliada as minhas indagações de agora há pouco.

— Sim, Venâncio. Esse é o propósito da visita. Estamos em esferas diversas de vida, entretanto, não podemos ignorar as intercessões vibratórias entre as dimensões, a criar um ecossistema versátil em plena interação entre mundos, um eco-psiquismo, uma eco-psicosfera... Impossível higienizar os abismos sem que isso alivie as tensões do mundo, ou abençoar alguém nos caminhos da vida física sem que isso provoque comoções nas faixas vibratórias dos interplanos vivenciais. Essa é a Excelsa Ordem dos Princípios Universais que estatuem a solidariedade como lei inderrogável.

— Na minha limitada visão, essas criaturas assistidas nas atividades noturnas eram trazidas somente da erraticidade!

— Na verdade, Venâncio, esses casos são os mais raros no terreno socorrista da mediunidade. Quase sempre as atividades são destinadas prioritariamente às lutas mundanas. A maioria desses vampirizadores já se encontra grudada às pessoas em francas obsessões. Outras vezes são imantados aos médiuns, circunstancialmente, em razão do altíssimo poder de atração da mediunidade, sendo justo dizer que nem sempre são os médiuns que os recebem, mas eles é que recebem os médiuns... A transição é uma etapa que significa abertura de canais novos, horizontes ampliados. Desde o surgimento do espiritismo na Terra, embora os homens ainda não teçam essa judiciosa comparação, nada mais estancou o progresso, e os destinos humanos direcionam-se, aceleradamente, para os cimos em busca da paz.

E, olhando para a moça, indagou o aprendiz:

— E como ela ficará no futuro?

— Olhe o que está guardado em seus papéis naquela pequena escrivaninha.

Quando o servidor foi verificar, entendeu o que aguardava aquela mulher. Era um pequeno folheto do Centro Espírita vizinho convidando para as reuniões de amor. Então concluiu a benfeitora:

— O futuro de Gisele está nesse pequeno sopro de esperança...

A transição é uma etapa que significa abertura de canais novos, horizontes ampliados. Desde o surgimento do espiritismo na Terra, embora os homens ainda não teçam essa judiciosa comparação, nada mais estancou o progresso, e os destinos humanos direcionam-se, aceleradamente, para os cimos em busca da paz.

WANDERLEY OLIVEIRA - ERMANCE DUFAUX - LIVRO: O PRAZER DE VIVER





OBREIROS DA VIDA
Enquanto soam as melodias da esperança, cantando a música do trabalho nos ouvidos da vida, porfia na fidelidade ao dever.
Enquanto a Terra se reverdece e uma primavera brota do caos das dissipações generalizadas, prenunciando o largo dia do Senhor, prossegue em atividade.
Enquanto as perspectivas sombrias do desastre e da guerra campeiam, curva-te ante as leis de seleção que realizam o Ministério Divino, a fim de modificar a estrutura do Orbe na sua inevitável transformação para Mundo Regenerador. E não obstante a ingente tarefa a que és convocado, sê daqueles que adquirem dignidade no culto da realização nobre produzindo em profundidade e com a perfeição possível.
Armado como te encontras, com os sublimes instrumentos do discernimento e da razão, sobre a estrutura de fatos inamovíveis, sê dos que edificam o santuário da paz universal sobre os pilotis da renúncia, vencendo as ambições desmedidas e as vaidades Injustificáveis.
Não te importes saber donde vieste, não te convém examinar o que és; interessa-te em observar o que produzes e o que deixas de produzir.
Se os teus celeiros de luz se encontram abarrotados pelos grãos da Misericórdia ou com o feno inútil que os transformou em depósito de treva e de dissensões a responsabilidade é tua.
Se até ontem padronizaste o comportamento pelo equívoco, não te é lícito doravante repetir enganos e insistir em engodos. Vives na Terra o instante definitivo da grande batalha e Jesus necessita de alguns estóicos servidores que a Ele se entreguem totalmente, para o combate final.
Estão espalhadas em vários pontos do Planeta as fortalezas da esperança onde se resguardam os lidadores do amanhã.
Convém ressaltar que o Senhor nos reuniu a todos, não pelo império caprichoso do acaso, nem pela ingestão mirabolante do descuido, ou pela contingência precária das nossas manifestações gregárias alucinadas, mas por uma pré-determinação de Sua sabedoria, que nos convocou, devedores e credores reunidos, cobradores inveterados e calcetas para a regularização dos débitos pesados a fim de nos reajustarmos à lei sublime do Amor, longe das subalternidades das paixões. Não permitamos, assim, que medrem sentimentos inferiores na nossa gleba de luz, não deixemos que o descuido de uns ou a invigilância de outros nos surpreendam no posto do nosso combate, transcorridas tantas lutas, assinaladas pelas ações nobres, após tantos anos de perseverança no dever, depois de tantas esperanças que fomos obrigados a adiar e tantas ilusões que asfixiamos na realidade da vida.
Não disseminemos os grãos da desídia nem deixemos que a semente nefária da emotividade subalterna desenvolva em nosso lar, em nossa família ampliada, os gérmens virulentos das manifestações amesquinhantes, capazes de nos enfermarem o organismo ciclópico da alma, tombando-nos adiante e deixando-nos na retaguarda.
Todos nós, nós todos, somos peças importantes quão valiosas das determinações divinas neste momento azado e estamos sob vigilância rigorosa da fatuidade e da idiossincrasia, sofrendo a pressão das forças baixas da animalidade, que pretendem conspirar contra o espírito do Cristo, que vive dentro de nós, em torno de nós, conduzindo-nos a todos.
É necessário não negligenciar atitude, não ceder ao mal e orar, orar sempre.
Não há porquê recearmos, sejam quais forem as conjunturas, mesmo as aparentemente adversas que nos sitiem, pois não temos sequer um motivo falso para sob ele nos albergarmos justificando a ausência da excelsa misericórdia Divina que nos protege, que nos ampara, aquiescendo nas negociatas da usurpação e do erro, da frivolidade e do conúbio com a insensatez. Não estamos diante de uma gleba cuidada por "meninos espirituais".
Assim sendo, melhor seria que nos alijássemos espontaneamente do dever, a que nos constituamos pedra de tropeço na Obra do Cristo, neste momento de decisão.
Impõe-se examinar as suas disposições para adquirires maioridade espiritual nas tuas decisões imortalistas, diante das tarefas assumidas com o Senhor, na pauta do teu progresso espiritual, com a visão colocada no futuro dilatado.
Esforça-te, vencendo o adversário oculto que reside na plataforma do eu enfermo, e, combatendo-o aguerridamnente com as armas superiores do amor e da perseverança, não recalcitres mais, não te permitas a negligência da ociosidade, nem o sonho utópico do prazer chão que obscurece os painéis da alma e entorpece as aspirações para voos mais altos.
Como as "más palavras, corrompem os costumes", os pensamentos frívolos intoxicam o espírito.
Um dia, o sublime Espírito do Cristo desceu à Terra para fundar um Reino e atirou os alicerces da sua construção na alma humana dando início à edificação de um País como jamais alguém houvera sonhado - O Reino dEle está em todos nós, pedras angulares que nos tornamos, do edifício da esperança, para a futura humanidade feliz.
Enquanto raia nova aurora para o homem melhor, levanta-te obreiro da Vida para o trabalho sublime do Reino de Deus que já está na Terra e no qual te encontras engajado desde ontem para o breve término, quando o Senhor tomará das tuas e das nossas mãos alçando-nos, pelas asas da prece, à plenitude vitoriosa do espírito vencedor da matéria e da morte.
"Pois digno é o trabalhador do seu salário". Lucas: capítulo 10º, versículo 7.
"Á cada um a sua missão, a cada um o seu trabalho. Não constrói a formiga o edifício de sua república e imperceptíveis animálculos não elevam continentes? Começou a nova cruzada. Apóstolos da paz universal, que não de uma guerra, modernos São Bernardos, olhai e marchai para a frente: a lei dos mundos é a do progresso". Fénelon (Poitiers, 1861.). Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo 1º — Item 10, parágrafo 3.

FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 4.



A TRANSIÇÃO PARA A NOVA ERA E O PAPEL DO ESPIRITISMO
Matérias publicadas em Reformador: outubro, novembro e dezembro de 2010

TRANSIÇÃO PARA A NOVA ERA

“Também ouvireis falar de guerra e de rumores de guerra; tratai de não vos perturbardes, porquanto é preciso que estas coisas aconteçam: mas, ainda não será o fim – pois se verá povo levantar-se contra povo e reino contra reino; e haverá pestes, fomes e tremores de terra em diversos lugares – todas essas coisas serão
apenas o começo das dores. (São Mateus, 24:6 a 8).”1

O REINADO DO BEM PODERÁ IMPLANTAR-SE ALGUM DIA NA TERRA?
“O bem reinará na Terra quando, entre os Espíritos que a vêm habitar, os bons predominarem, porque, então, farão que aí reinem o amor e a justiça, fonte do bem e da felicidade. É pelo progresso moral e pela prática das
leis de Deus que o homem atrairá para a Terra os Espíritos bons e dela afastará os maus. Estes, porém, só a deixarão quando o homem tiver banido daí o orgulho e o egoísmo.”2“
P. – O que a Doutrina Espírita pode dizer a respeito do fim dos tempos, isto é, como ocorrerá a transformação do planeta em planeta de provas e expiações para de regeneração?
R. – Através da busca da espiritualização, superação das dores e construção de uma nova sociedade, a Humanidade caminha para a regeneração das consciências.
[...] Cabe, a cada um, longa e árdua tarefa de ascensão. Trabalho e amor ao próximo com Jesus, este o caminho.”3

INTRODUÇÃO
A mídia tem apresentado, com intensidade, informações sobre episódios dolorosos e preocupantes para as pessoas.
Ante inquietudes, incertezas, inseguranças, decepções e o vazio existencial, a Doutrina Espírita tem potencial inesgotável para oferecer respostas, apoio e roteiros seguros.
É chegado o momento do Espiritismo cumprir seu papel:
“[...] o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará
todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito. (São João, 14: 26)”.4
Na literatura espírita é possível perceber o momento de transição que se vive e captar as orientações que emanam da Espiritualidade, como, por exemplo, nos textos citados abaixo:
Os tempo são chegados Allan Kardec destaca em A Gênese: “Dizem-nos de todas as partes que são chegados os tempos marcados por Deus, em que grandes acontecimentos se vão dar
para regeneração da Humanidade”,5 no que é corroborado por São Luís, em O Livro dos Espíritos, quando alerta aos homens: “Aproximai-vos do momento em que se dará a transformação da Humanidade, transformação que
foi predita e cuja chegada é acelerada por todos os homens que auxiliam o progresso”.2 Já em Obras Póstumas, há significativo registro do diálogo do Codificador com o Espírito deVerdade, relacionado com esses avisos:
“P. – Os Espíritos disseram que são chegados os tempos em que tais coisas têm de acontecer; em que sentido se devem tomar essas palavras?
R. – Em se tratando de coisas de tanta gravidade, que são alguns anos a mais ou a menos? Elas nunca ocorrem bruscamente, como o chispar de um raio; são longamente preparadas por acontecimentos parciais que lhes
servem como que de precursores, semelhantes aos rumores surdos que precedem a erupção de um vulcão. Pode-se, pois, dizer que os tempos são chegados, sem que isso signifique que as coisas sucederão amanhã.
Significa unicamente que vos achais no período em que elas se verificarão.
P. – Confirmas o que foi dito, isto é, que não haverá cataclismos?
R. – Sem dúvida, não tendes que temer nem um dilúvio, nem o abrasamento do vosso planeta, nem outros fatos desse gênero, visto que não se pode denominar cataclismos a perturbações locais que se têm produzido em todas as épocas. Apenas haverá um cataclismo de natureza moral, cujos instrumentos serão os próprios homens”.6

A NOVA GERAÇÃO
No contexto da transição para uma Nova Era, são importantes e pertinentes as ideias sobre a nova
geração desenvolvidas por Allan Kardec, em A Gênese:
“A nova geração marchará, pois, para a realização de todas as ideias humanitárias compatíveis com o grau de adiantamento a que houver chegado. Avançando para o mesmo alvo e realizando seus objetivos, o Espiritismo se encontrará com ela no mesmo terreno. Os homens progressistas descobrirão nas ideias espíritas, uma poderosa alavanca e o Espiritismo achará, nos novos homens, Espíritos inteiramente dispostos a acolhê-lo. [...]
[...]
A época atual é de transição; os elementos das duas gerações se confundem. Colocados no ponto intermediário,
assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelas características que lhes são peculiares.
As duas gerações que se sucedem têm ideias e pontos de vista opostos.
Pela natureza das disposições morais, e, sobretudo, das disposições intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a
qual das duas pertence cada indivíduo.
Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de
certo grau de adiantamento anterior.
Não se comporá de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e estejam aptos a secundar o movimento de regeneração.
[...]
Opera-se presentemente um desses movimentos gerais, destinados a realizar uma remodelação da Humanidade. A multiplicidade das causas de destruição constitui sinal característico dos tempos, pois que elas apressarão a eclosão dos novos germens [...]”.7
Esses esclarecimentos poderão levar alguma inquietação às pessoas sobre os destinos de muitos Espíritos, mas Jesus, como nosso
Mestre e Guia, deixou claro que ninguém ficará desamparado, como explicita na parábola da “Ovelha Perdida” (Lucas, 15:1-7).

Referências:
1 KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 17, item 47.
2______. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010.Q. 1.019.
3 XAVIER, Francisco C. Plantão de respostas. Pinga Fogo II. São Paulo: Cultura Espírita
União, 1995. Cap. Condições do Planeta (I), p. 35-36.
4 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 6, item 3.
5______. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 18, item 1.
6______. Obras póstumas. Trad. Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB, 2009. P. 2, A minha iniciação no espiritismo, p. 364-365.
7______. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB,2009. Cap. 18, itens 24, 28, 34.



A TRANSIÇÃO E O CAMINHO PARA A NOVA ERA

A transição para uma Nova Era está inserida em um Planejamento Divino. No caminho podem ocorrer transes
físicos, espirituais, psíquicos, políticos e sociais. A Espiritualidade tem propiciado alertas e orientações continuadas, mas mantendo a tônica do apoio e do consolo.
O Codificador inseriu nas obras básicas mensagens espirituais e fez comentários preciosos sobre o cumprimento
da Lei do Progresso.
Mensageiros espirituais prosseguem até nossos dias a nos oferecer orientações sobre os momentos de transição que estamos vivendo.
Acompanhemos alguns destaques de assertivas e esclarecimentos emanados da Espiritualidade superior.
O Espírito Santo Agostinho, em O Evangelho segundo o Espiritismo, comenta que “o progresso é uma das leis da Natureza. Todos os seres da Criação, animados e inanimados, estão submetidos a ele pela
bondade de Deus, que deseja que tudo se engrandeça e prospere. A própria destruição, que parece aos homens o termo das coisas, é apenas um meio de se chegar, pela transformação, a um estado mais perfeito, visto que tudo morre para renascer e nada sofre o aniquilamento.
Ao mesmo tempo que os seres vivos progridem moralmente, os mundos que eles habitam progridem materialmente. [...]” e, “[...] a Terra esteve material e moralmente num estado inferior ao em que hoje se acha, e atingirá, sob esse duplo aspecto, um grau mais elevado. Ela chegou a um dos seus períodos de transformação, em que, de mundo expiatório, tornar-se-á mundo regenerador. Os homens, então, serão felizes na Terra, porque nela reinará a lei de Deus”.1
Allan Kardec, em A Gênese, tece considerações sobre o tema em diversos capítulos, sendo oportuna a transcrição das seguintes afirmações dos Espíritos:
“O progresso da Humanidade se efetua, pois, em virtude de uma lei.
Ora, como todas as leis da Natureza são obra da eterna sabedoria e da presciência divina, tudo o que é efeito dessas leis resulta da vontade de Deus, não de uma vontade acidental e caprichosa, mas de uma vontade imutável. Quando, por conseguinte, a Humanidade está madura para subir um degrau, pode-se dizer que os tempos marcados por Deus são chegados, como se pode dizer também que, em tal estação, eles chegam para a maturação dos frutos e sua colheita. [...]
[...] a Humanidade tem realizado incontestáveis progressos. Os homens, com a sua inteligência, chegaram
a resultados que jamais haviam alcançado, sob o ponto de vista das ciências, das artes e do bem-estar material. Resta-lhes, ainda, um imenso progresso a realizar: fazerem que reinem entre si a caridade, a fraternidade e a solidariedade, que lhes assegurem o bem-estar moral. [...]
[...] À agitação dos encarnados e desencarnados se juntam, por vezes e mesmo na maioria das vezes, já que tudo se conjuga, na Natureza, as perturbações dos elementos físicos [...].
É no período que ora se inicia que o Espiritismo florescerá e dará frutos. É, pois, para o futuro, mais que para o presente, que trabalhais; mas era necessário que esses trabalhos fossem elaborados previamente, porque preparam as vias da regeneração pela unificação e pela racionalidade das crenças.
Felizes os que os aproveitam desde hoje [...]”.2
Em outra parte de A Gênese, o Codificador insere mensagem do Espírito Arago, aliás, muito esclarecedora:
“Num mesmo sistema planetário todos os corpos que dele dependem reagem uns sobre os outros; todas
as influências físicas aí são solidárias, e não há um só dos efeitos, que designais sob o nome de grandes perturbações, que não seja a consequência da componente das influências de todo esse sistema. [...]
A matéria orgânica não poderia escapar a essas influências; as perturbações que ela sofre podem, então, alterar o estado físico dos seres vivos e determinar algumas dessas doenças que atacam de maneira geral as plantas, os animais e os homens. Como todos os flagelos, essas doenças são para a inteligência humana um estimulante que a impele, por necessidade, à procura dos meios de as combater, e à descoberta das leis da Natureza. [...]
Quando se vos diz que a Humanidade chegou a um período dtransformação, e que a Terra deve elevar-se na hierarquia dos mundos, não vejais nestas palavras nada de místico, mas, ao contrário, a realização de uma das grandes leis fatais do Universo, contra as quais se quebra toda a má vontade humana”.3
Desde as obras psicográficas iniciais de Francisco Cândido Xavier, estão presentes os temas sobre a evolução do planeta e suas naturais transformações materiais e espirituais.
O autor espiritual Emmanuel, na obra A Caminho da Luz, alerta que “aproxima-se o momento em que se efetuará a aferição de todos os valores terrestres para o ressurgimento das energias criadoras de um mundo
novo [...]”.4
Em outra parte da mesma obra, pondera que “numerosas transformações são aguardadas e o Espiritismo esclarece os corações, renovando a personalidade espiritual das criaturas para o futuro que se aproxima. [...]
Então a Terra, como aquele mundo longínquo da Capela, ver-se-á livre das entidades endurecidas no mal [...]. Ficarão no mundo os que puderem compreender a lição do amor e da fraternidade sob a égide de Jesus, cuja misericórdia é o verbo de vida e luz, desde o princípio”.5
Emmanuel também discorre: “[...] depois da treva surgirá uma nova aurora. Luzes consoladoras envolverão todo o orbe regenerado no batismo do sofrimento. O homem espiritual estará unido ao homem físico para a sua marcha gloriosa no Ilimitado, e o Espiritismo terá retirado dos seus escombros materiais a alma divina das religiões, que os homens perverteram, ligando-as no abraço acolhedor do Cristianismo restaurado.
Trabalhemos por Jesus, ainda que a nossa oficina esteja localizada no deserto das consciências”.6
Já no final da obra Há Dois Mil Anos, Emmanuel reproduz importante diálogo que provém do Alto, o qual está relacionado com a etapa do ciclo evolutivo em que vivemos:
“Sim! amados meus, porque o dia chegará no qual todas as mentiras humanas hão de ser confundidas pela claridade das revelações do céu.
Um sopro poderoso de verdade e vida varrerá toda a Terra [...].
[...] Trabalharemos com amor, na oficina dos séculos porvindouros, reorganizaremos todos os elementos destruídos, examinaremos detidamente todas as ruínas buscando o material passível de novo aproveitamento e, quando as instituições terrestres reajustarem a sua vida na fraternidade e no bem, na paz e na justiça, depois
da seleção natural dos Espíritos e dentro das convulsões renovadoras da vida planetária, organizaremos para o mundo um novo ciclo evolutivo, consolidando, com as divinas verdades do Consolador, os progressos definitivos
do homem espiritual”.7
Sobre esse aspecto, o Espírito Bezerra de Menezes comenta, em manifestação psicofônica recente, que “Jesus está no leme e os seus arquitetos divinos comandam os movimentos que lhe produzem alteração da massa geológica, enquanto se operam as transformações morais. [...]
Nos dias atuais, como no passado, amar é ver Deus em nosso próximo; meditar é encontrar Deus em nosso mundo íntimo, a fim de espargir-se a caridade na direção de todas as criaturas humanas.
Trabalhar, portanto, o mundo íntimo, não temer quaisquer ameaças de natureza calamitosa através das grandes destruições que fazem parte do progresso e da renovação, ou aquelas de dimensão não menos significativa na intimidade doméstica, nos conflitos do sentimento, demonstrando que a luz do Cristo brilha em nós e conduz-nos com segurança. [...]
Sejam celebradas e vividas a crença em Deus, na imortalidade, nas vidas ou existências sucessivas, fazendo que as criaturas deem-se as mãos construindo o mundo de regeneração e de paz pelo qual todos anelamos... [...]
Ainda verteremos muito pranto, ouviremos muitas profecias alarmantes, mas a Terra sairá desse processo de transformação mais feliz, mais depurada, com seus filhos ditosos rumando para mundo superior na escalada evolutiva”.8
Em outra manifestação, a mesma Entidade espiritual esclarece: “...Estamos agora em um novo período.
Estes dias assinalam uma data muito especial, a data da mudança do mundo de provas e expiações para o mundo de regeneração.
A grande noite que se abatia sobre a Terra lentamente deu lugar ao amanhecer de bênçãos. [...]
Iniciada a grande transição, chegaremos ao clímax, e na razão direta em que o planeta experimenta as suas mudanças físicas, geológicas, as mudanças morais são inadiáveis. Que sejamos nós aqueles Espíritos-espíritas que demonstremos a grandeza do amor de Jesus em nossas vidas”.9
A etapa da transição que ora se vive, sem dúvida, tem o Mestre Jesus no leme!

Referências:
1KARDEC, Allan. O evangelho segundo do espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra.1. reimp. (atualizada). Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 3, item 19.
2______. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 18, itens 2, 5, 9.
3______. ______. Cap. 18, item 8.
4XAVIER, Francisco C. A caminho da luz.Pelo Espírito Emmanuel. 37. ed. 1. reimp.Rio de Janeiro: FEB, 2009. Introdução, p. 13.
5______. ______. Cap. 24, item Lutas renovadoras, p. 250-251.
6______. ______. Cap. 25, p. 260.
7______. Há dois mil anos. Pelo Espírito Emmanuel. 4. ed. esp. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2009. P. 2, cap. 6, p. 346--347.
8FRANCO, Divaldo P. Novas responsabilidades. Pelo Espírito Bezerra de Menezes. In: Reformador, ano 128, n. 2.176, p. 8(262)-9(263), jul. 2010.
9______. Momento da gloriosa transição. Pelo Espírito Bezerra de Menezes. In: Reformador, ano 128, n. 2.175, p. 8(222), jun. 2010. Novembro 2010 • Reformador 449 3



A TRANSIÇÃO E O PAPEL DO ESPIRITISMO

Na etapa significativa de nossos tempos de transição para uma Nova Era, o Espiritismo tem um papel a exercer
como “Consolador Prometido”.
A disseminação dos princípios emanados da Doutrina Espírita é necessária para que a mensagem de esclarecimento, consolo e esperança se faça presente junto às pessoas. Realmente, é o momento de se concretizarem as belas e profundas assertivas contidas no capítulo VI de O Evangelho segundo o Espiritismo – O Cristo Consolador!
Em O Livro dos Espíritos há algumas questões que delineiam essa tarefa:
O Espiritismo se tornará crença geral, ou continuará sendo professado apenas por algumas pessoas?
“Certamente ele se tornará crença geral e marcará uma Nova
Era na História da Humanidade, porque está na Natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre os conhecimentos humanos.
Entretanto, terá que sustentar grandes lutas, mais contra os interesses, do que contra a convicção [...].”1
Comentário de Kardec:
“[...] Sua marcha, porém, será mais rápida que a do Cristianismo, porque é o próprio Cristianismo que lhe abre o caminho e serve de apoio. [...]”.1
O Codificador deixa muito clara a tarefa do Espiritismo na questão:
De que maneira o Espiritismo pode contribuir para o progresso?
“Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, o Espiritismo pode fazer com que os homens compreendam onde estão seus verdadeiros interesses.
Como a vida futura não mais estará velada pela dúvida, o homem perceberá melhor que pode garantir seu futuro por meio do presente. Destruindo os preconceitos de seitas, castas e cores, o Espiritismo ensina aos homens a grande solidariedade que os há de unir como irmãos.”2
O tema é tratado de forma esclarecedora por Allan Kardec em A Gênese, com a seguinte assertiva:
“O Espiritismo não cria a renovação social; a madureza da Humanidade é que fará dessa renovação uma necessidade. Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de suas vistas, pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo, mais do que qualquer outra doutrina, está apto a secundar o movimento regenerador; por isso, ele é contemporâneo desse movimento. Surgiu no momento em que podia ser útil, visto que também para ele os tempos são chegados. [...]”.3
Dentro da visão sobre a Nova Era, comentou Emmanuel numa das primeiras obras psicografadas por Chico Xavier, em A Caminho da Luz: “[...] todos os Espíritos de boa vontade poderiam trabalhar pelo advento da paz e da fraternidade do futuro humano, e foi por isso que, laborando para os séculos porvindouros, definiram o papel
de cada região no continente [...]”, e localiza ainda “seu coração nas extensões da terra farta e acolhedora onde floresce o Brasil, na América do Sul”.4 Este assunto é desenvolvido pelo Espírito Humberto de Campos na obra específica que é Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho.
Divaldo Pereira Franco tem sido intermediário mediúnico para diversas manifestações sobre o tema. O Espírito Joanna de Ângelis esclarece:
“O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta. Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os Espíritos que operam em favor da grande transição”.5
No conjunto das obras citadas, fica claro que a questão humanística e espiritual é de fundamental importância para a aurora da Nova Era, como destaca Emmanuel em O Consolador:
“Como entender o trabalho de purificação nos ambientes do mundo?
[...] Todos os Espíritos encarnados, porém, devem considerar que se encontram no planeta como em poderoso cadinho de acrisolamento e regeneração, sendo indispensável cultivar a flor da iluminação íntima, na angústia da vida humana, no círculo da família ou da comunidade social, através da maior severidade para consigo mesmo e da maior tolerância com os outros [...]”.6
A propósito do planejamento e das etapas de cumprimento para a transição para uma Nova Era, torna-se sugestiva a leitura e a reflexão sobre a parábola do “Festim das Bodas” (Mateus, 22: 1-14).7

REFLEXÕES E RECOMENDAÇÕES
Com base nos textos citados ao longo deste e de dois outros artigos, anteriormente publicados em Reformador, apresentamos algumas contribuições para as reflexões em torno de algumas ações viáveis como papel do Espiritismo na fase de transição para a Nova Era e que podem ser entendidas como recomendações ao
Movimento Espírita e aos espíritas em geral:
• Implementar a ampla difusão dos princípios da Doutrina Espírita;
• Estimular a união dos espíritas e a unificação do Movimento Espírita como uma família, base propiciadora à difusão do Espiritismo e à prática da solidariedade;
• Divulgar as obras básicas e as que sejam coerentes com a Codificação Espírita, como recomendações para leituras e estudos;
• Evitar a divulgação de informações e de literaturas catastróficas que destaquem fatos negativos;
• Pautar as ações espíritas – estudo, divulgação e prática – com base no ensino moral do Cristo;
• Manter em constante execução as Campanhas Em Defesa da Vida, Viver em Família, Construamos a Paz Promovendo o Bem!, “O Evangelho no Lar e no Coração”, e Divulgação do Espiritismo;
• Estimular a realização de campanhas de esclarecimento sobre a visão espírita com relação à preservação do
meio ambiente;
• Estimular e orientar ações de parcerias, em casos de acidentes e tragédias, com a concretização da solidariedade e da fraternidade;
• Estimular ações de convivência fraterna e de parceria, quando há objetivos comuns, com as diversas agremiações religiosas;
• Estimular a reforma e a iluminação íntima, bem como o exercício da serenidade. “Vinde a mim, todos vós quemestais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo. (Mateus, 11:28-30.)”8
Referências:
1KARDEC, Allan. O livro dos espíritos.
Trad. Evandro Noleto Bezerra. Rio de
Janeiro: FEB, 2010. Q. 798.
2______. ______. Q. 799.
3______. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 18, item 25.
4 XAVIER, Francisco C. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel. 37. ed. 1. reimp.mRio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 20, item Missão da América, p. 207.
5 FRANCO, Divaldo P. Jesus e vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador: LEAL. Cap. A grande transição.
6 XAVIER, Francisco C. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 28. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 229.
7 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 1. reimp. (atualizada). Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 18, itens 1-2.
8 ______. ______. Cap. 6, item 1.






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O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES
LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

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