APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

domingo, 30 de julho de 2017

E.S.E. – CAPÍTULO III – ITEM 13, 14 E 15 – MUNDO DE EXPIAÇÕES E DE PROVAS


SANTO AGOSTINHO - Paris, 1862

13 – Que vos direi, que já não conheçais, dos mundos de expiações, pois que basta considerar a Terra que habitais? A superioridade da inteligência, num grande número de seus habitantes, indica que ela não é um mundo primitivo, destinado à encarnação de Espíritos ainda mal saídos das mãos do Criador. Suas qualidades inatas são a prova de que já viveram e realizaram um certo progresso, mas também os numerosos vícios a que se inclinam são o indício de uma grande imperfeição moral. Eis porque Deus os colocou num mundo ingrato, para expiarem suas faltas através de um trabalho penoso e das misérias da vida, até que se façam merecedores de passar para um mundo mais feliz.

14 – Não obstante, não são todos os Espíritos encarnados na Terra que se encontram em expiação. As raças que chamais selvagens constituem-se de Espíritos apenas saídos da infância, e que estão, por assim dizer, educando-se e desenvolvendo-se ao contato de Espíritos mais avançados. Vem a seguir as raças semicivilizadas, formadas por esses mesmos Espíritos em progresso. Essas são, de algum modo, as raças indígenas da Terra, que se desenvolveram pouco a pouco, através de longos períodos seculares, conseguindo algumas atingir a perfeição intelectual dos povos mais esclarecidos

Os Espíritos em expiação aí estão, se assim nos podemos exprimir como estrangeiros. Já viveram em outros mundos, dos quais foram excluídos por sua obstinação do mal, que os tornava causa de perturbação para os bons. Foram relegados, por algum tempo, entre os Espíritos mais atrasados, tendo por missão fazê-los avançar, porque trazem uma inteligência desenvolvida e os germes dos conhecimentos adquiridos. È por isso que os Espíritos punidos se encontram entre as raças mais inteligentes, pois são estas também as que sofrem mais amargamente as misérias da vida, por possuírem mais sensibilidade e serem mais atingidas pelos atritos do que as raças primitivas, cujo senso moral é mais obtuso.


15 – A Terra nos oferece, pois, um dos tipos de mundos expiatórios, em que as variedades são infinitas, mas têm por caráter comum servirem de lugar de exílio para os Espíritos rebeldes à lei de Deus. Nesses mundos, os Espíritos exilados têm de lutar, ao mesmo tempo, contra a perversidade dos homens e a inclemência da natureza, trabalho duplamente penoso, que desenvolve a uma só vez as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, na sua bondade, torna o próprio castigo proveitoso para o progresso do Espírito.



TEXTOS DE APOIO




NO REINO EM CONSTRUÇÃO

 “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se assim não fosse, já eu vo-lo feria dito, pois me vou para vos preparar o lugar.”  - JESUS -JOAO, 14: 2.

“Entretanto, nem todos os Espíritos que encarnam na Terra vão para ai em expiação “ -.1 Cap. III, 14.

Escutaste o pessimismo que se esmera em procurar as deficiências da Humanidade, como quem se demora deliberadamente nas arestas agressivas do mármore de obra-prima Inacabada e costumas dizer que a Terra está perdida.
Observa, porém, as multidões que se esforçam silenciosamente pela santificação do porvir.
Compulsaste as folhas da imprensa, lendo a história do autor de homicídio lamentável e sob a extrema revolta, trouxeste ao labirinto das opiniões contraditórias a tua própria versão do acontecimento, asseverando que estamos todos no teatro do crime.
Recorda, contudo, os milhões de pais e mães, tocados de abnegação e heroísmo, que abraçam todos os sacrifícios no lar para que a delinqüência desapareça.
Conheceis jovens que se transviaram. na leviandade, desvairando-se em golpes de selvageria e loucura e, examinando acremente determinados sucessos que devem estar catalogados na patologia da mente, admites que a juventude moderna se encontra em adiantado processo de desagregação do caráter.
Relaciona, todavia, os milhões de rapazes e meninas, debruçados sobre livros e máquinas, através do labor e do estudo, em muitas circunstâncias imolando o próprio corpo à fadiga precoce, para integrarem dignamente a legião do progresso.
Sabes que há companheiros habituados aos prazeres noturnos e, ao vê-los comprando o próprio desgaste a prego de ouro, acreditas que toda a comunidade humana jaz entregue à demência e ao desperdício.
Reflete, entretanto, nos milhões de cérebros e braços que atravessam a noite, no recinto das fábricas e junto dos linotipos, em hospitais e escritórios, nas atividades da limpeza e da vigilância,  de modo a que a produção e a cultura, a saúde e a tranqüilidade do povo sejam asseguradas.
Marcaste o homem afortunado que enrijeceu mãos e bolsos, na sovinice, e esposas a convicção de que todas as pessoas abastadas são modelos completos; de avareza e crueldade.
Considera, no entanto, os milhões de tarefeiros do serviço e da beneficência, que diariamente colocam o dinheiro em circulação, a fim de que os homens conheçam a honra de trabalhar e a alegria de viver.
Não condenes a Terra pelo desequilíbrio de alguns.
Medita, em todos os que se encontram suando e sofrendo, lutando e amando, no levantamento do futuro melhor, e reconhecerás que o Divino Construtor do Reino de Deus no mundo está esperando também por ti.
Emmanuel -  do Livro da Esperança. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.





FÉ, COMBUSTÍVEL DO ATO DE VIVER - PARTE I

"A Terra, consequintemente, oferece um dos tipos de mundos expiatórios, cuja variedade é infinita, mas revelando todos, como caráter comum, o servirem de lugar de exílio para Espíritos rebeldes à lei de Deus." Santo Agostinho, O ESE, cap. III, ítem 15

Exílio para Espíritos rebeldes à Lei de Deus, que traço poderia definir mais claramente a nossa condição moral na Terra?

Por vezes sucessivas, após o desenlace carnal, deparamos com o remorso e, mais recentemente, alguns de nós, com o arrependimento sincero. Renascemos trazendo impresso na alma um ansioso desejo de recomeço. Chegando ávida física, encontramos com as frustrações necessárias. Caímos no desapontamento e, por fim, na rebeldia, negando-nos a aceitar nossas necessidades espirituais.

Surgem os conflitos com o corpo, a sociedade, a profissão e a família. Em verdade, o maior adversário somos nós mesmos. A resistência declarada em aceitar quem somos. A rebeldia de ser, existir e viver.

lnstala-se, nesse passo, um terrível estado de insatisfação crônica com a vida. Sentimentos de culpa, tristeza e medo delineiam estados mentais doentios de punição, perfeccionismo e baixa autoestima, conduzindo-nos aos dramas dolorosos da angústia e da depressão - um verdadeiro leque de mutações emocionais. Posteriormente, esgotadas pelos conflitos interiores ao longo do tempo, as criaturas ainda se aninham nas perturbadoras crises de descrença e vazio existencial, e vamos em direção a novos ciclos de dor, que desabrocham de atitudes e escolhas enfermiças.

Raríssimos escapam de semelhante "roda da vida". Isso é o carma, a teia da existência tecida por nós mesmos nos roteiros da reencarnação.

Carma não é por fora, é por dentro de nós. As insatisfações de fora espelham a rebeldia interior. A vida por fora reflete programações da vida mental. Surge de dentro o que temos no exterior. Velhos modelos mentais alicerçados em crenças e valores.

Pela forma como reagimos aos episódios da existência, determinamos o curso dos prazeres e desgostos de nossa vida.

O rebelde, por exemplo, agrava seus passos em autênticos torvelinhos de emoções perturbadoras. A rebeldia é apressada, inquieta, arrogante e revoltada. É a feição comportamental de almas que não aceitam a realidade. Daí tanta amargura, pois a vida é e será sempre o que tem de ser, considerando que tudo o que nos cerca reflete o que somos ou seremos.

Rebeldia significa relutância, teimosia, inconformação.

Há quem nela veja uma virtude, conceituando-a como um ato de resistência, bravura e coragem em não se abater diante dos reveses. Estreito limite existe entre o caráter patológico da rebeldia e esse aspecto que alguns tomam como qualidade. Analisemos o tema.

O rebelde paralisa. O corajoso avança.

O rebelde sofre. O corajoso liberta-se.

A rebeldia torna a criatura apressada, agitada interiormente e com avançados níveis de ansiedade ou depressão. Uma personalidade rebelde debate-se intimamente, tem baixíssimo nível de tolerância às frustrações e uma conduta irritável. Uma personalidade corajosa avança com serenidade, ultrapassando sua zona mental de conforto com moderação e lucidez.

A rebeldia tira a condição de pessoa centrada em valores e metas para situá-la nos dois extremos do psiquismo revoltado: ora na arrogância, ora na descrença. A arrogância é a atitude daqueles que ainda encontram energia para expressar sua inconformação. A descrença é o estado de quantos já se encontram exauridos de tanto reagir aos alvitres da existência.

Quando na arrogância, a alma se afoga nas vertigens da insensatez.

Quando na descrença, tomba nas armadilhas do medo.

Na arrogância, nossa maior ilusão é não aceitar o eu real em detrimento do eu ideal. Romper com a imagem que o ego construiu sobre nós, para nos defender da angustiante realidade do que somos.

Na descrença, nossa maior dificuldade é aceitar que a vida jamais será como queremos. Nisso reside nossa incapacidade em lidar com perdas e sonhos desfeitos ou não alcançados.

A arrogância traz a sofreguidão das metas que se desfazem como bolhas de sabão aos nossos olhos, levando--nos ao vício de sermos exímios fabricantes de sentidos para a vida pessoal e para a daqueles que nos cercam.

A descrença traz a paralisia da depressão que nos aprisiona no catre da ausência de sentido, subtraindo-nos a alegria do ato de viver.

O arrogante é um inveterado "criador de destinos", com os quais procura atender a sua inesgotável tendência de gerir a vida alheia, na condição de um semideus.

O descrente é um cultor da revolta que está atemorizado com a morte de sua vida idealizada e impossível.

Arrogância e descrença são extremos psicológicos e emocionais de um mesmo motivo: a ação de não aceitar os processos necessários da vida e suas leis de progresso.

Ambos, arrogantes e descrentes, são pessoas que temem ardentemente a queda, o fracasso, o desacerto. O arrogante, com medo de errar, tenta demais e tomba na prepotência. O descrente, com medo do erro, evita arriscar e escolher.

O arrogante se vê além do que é. O descrente foge de quem é.

Estar em quaisquer destas extremidades significa limite e nível patológico da vida mental. Nesse clima da vida interior, a maior enfermidade dos dias atuais instala-se sorrateira e decisiva: a ausência de sentido para os dias da nossa existência. Arrogantes e descrentes caminham ao sabor de intermináveis combates íntimos que sugam as forças morais e minam os ideais possíveis. Estabelece-se uma lastimável pressão sobre os pensamentos, causando um estado de confusão mental. Um desgosto, abrupto e dominador, subtrai significativa parcela do afeto e da sensibilidade. Cansadas, tais criaturas correm atrás do dever ao peso de dor e desânimo, cobrança e rigidez.

Rebeldia é resultante da ausência de habilidade em movimentar o mais sublime patrimônio conferido pelo Criador à criatura: a fé.

A fé é o combustível do ato de viver. A energia interior que vem das profundezas inabordáveis da alma para equilibrar nossa mente e nos nutrir com a energia da vida, a energia de Deus, que sustenta o universo em profusão.

Fé é essa força que está no íntimo de nós mesmos qual uma pepita reluzente acomodada no lago pantanoso de nossa sombra. A luz escondida que necessita ser colocada no velador, onde possa iluminar nossa vida consciente. A sombra é também um centro de talentos e qualidades ocultas que solicitam manifestação.

O contato com a energia da fé desperta o estado de otimismo, irradia a paciência, espalha a confiança e fortalece a resignação nas atitudes, levando-nos a aceitar a vida como ela é.

A fé mantém a mente em harmonia e domínio interior, por consequência, habituando-nos a agir com foco no presente, sem as agonias com o futuro ou os descontentamentos do passado. Estar no presente significa viver, ter sentido para continuar um dia após o outro na busca consciente por metas e motivações.

Uma de suas propriedades energéticas mais importantes é a função seletiva. Como fosse uma batéia - recipiente para garimpar metais preciosos nos rios -, ela seleciona o que há de melhor em nosso campo psíquico. É uma chave para abrir o Self divino que está adormecido em nosso íntimo.

Ela é a base da vida em toda parte. É a alma da esperança, sem a qual não conseguimos enxergar a trilha excelsa traçada por Deus para a nossa felicidade. É a fonte do prazer de viver.

Sem esperança como viver? Ela é o efeito no campo dos sentimentos quando encontramos o ritmo vibratório de Deus na vida. Surge quando identificamos o fluxo de energias divinas que conspiram para a nossa ascensão. Dizem os Sábios Instrutores:

"Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem.

É a base da regeneração. Preciso é, pois, que essa base seja forte e durável, porquanto, se a mais ligeira dúvida a abalar, que será do edifício que sobre ela construirdes?"2323. O evangelho segundo o espiritismo, capítulo xix, item II.

Toda a nobreza espiritual da qual somos herdeiros de Deus somente poderá se expressar sob o influxo da fé. Todos os instintos em nós colocados para o progresso, sob sua tutela são dirigidos para tornar a nossa vida um ato de dignidade repleto de alegria e prazer de viver.

WANDERLEY OLIVEIRA + ERMANCE DUFAUX - CAPÍTULO 11 – LIVRO PRAZER DE VIVER



FÉ, COMBUSTÍVEL DO ATO DE VIVER - PARTE II

"Indeterminada é a duração do castigo, para qualquer falta; fica subordinada ao arrependimento do culpado e ao seu retorno à senda do bem; a pena dura tanto quanto a obstinação no mal; seria perpétua; se perpétua fosse a obstinação; dura pouco, se pronto é o arrependimento." O ESE, capítulo XXVII, ítem 21

Na década de 40, fizemos um resgate nas regiões sombrias da erraticidade que jamais sairá de nossa tela mental.

Uma alma querida do coração de Eurípedes Barsanulfo compunha as milícias nazistas que incendiaram o mundo de ódio e racismo ao findar dos anos 30.

O soldado Matias era um escritor das trevas, assessor de ideias nocivas sobre a psicologia da maldade. Autor do livro Porta larga: o caminho da perdição humana, no qual desenvolveu um modelo de colonização do mundo mediante um estudo profundo da natureza humana.

Sua tese está resumida na parte 1 desta mensagem. O fundamento básico do livro é o remorso, a fixação prolongada no sentimento de culpa. Com base nessa teoria, até hoje as sombras se arregimentam em suas ações, sejem que campo for do pensamento social.

Quando resgatado, Matias trouxe em seus pertences um exemplar do livro, que está arquivado na biblioteca do Hospital Esperança. Na medida de sua conversão ao bem, o autor continuou seus estudos e passou a ser um colaborador ativo na preparação de servidores que vão reencarnar com missões educativas. Todos os que se preparam para essa finalidade fazem cursos com base no conhecimento desta obra.

Matias regressou ao corpo na década de 50 com o objetivo de levar ao mundo melhores noções sobre a substância enobrecedora de sua inteligência e de sua argúcia psicológica. Na condição de médium, enfrentou os mais severos embates com seus vínculos das regiões abismais, onde deixou uma família extensa de laços sagrados.

Antes de seu regresso, deixou em nossa casa de amor vários títulos com conteúdo moral e psicológico avançado.

Tomando por base alguns desses volumes educativos, vamos agora, nesta parte II, registrar a antítese da mensagem anterior. Se o remorso é o núcleo do derrotismo, o arrependimento é a alavanca de motivação para a remissão da consciência.

O fundamento filosófico e psicológico de todas as plataformas intelectuais das organizações da maldade assenta-se em um só princípio: travar a libertação da consciência.

Na consciência encontram-se as leis de Deus, segundo O livro dos Espíritos, questão 621.

No Self glorioso está a chama da alegria de viver. Impedir o contato com esta fonte permanente de luz e sabedoria é reprimir a pulsão da vida até que o homem venha a tombar na descrença, isto é, a imantação mental sob os comandos do ego.

Muito antes de Freud, as teorias psicanalíticas já eram estudadas no século XIX nas esferas urbanas da semi civilização. O inconsciente, a parte menos conhecida da criatura, tornou-se alvo dos velhos alquimistas e magos que servem a essas hordas. Conhecidos como magister, um cargo de honra nas trevas, esses cultores do domínio psicológico das sociedades mundiais só não previam que a ciência, a tecnologia e a própria noção de Deus, alargadas com as conquistas do século XX, viriam a balançar as estruturas mais secretas de suas teses.

Ainda assim, o contingente de almas atingidas no mundo pela doença do remorso é de estarrecer. Diante disso, urge disseminar roteiros luminosos no desenvolvimento das soluções íntimas em busca de uma vida mais rica de prazeres da alma.

No remorso, a doença básica da ausência de sentido corrói os mais firmes propósitos de vitória e progresso do ser humano. As sensações de medo, insegurança e incompletude podem gerar o surgimento da angústia patológica.

Sempre que os conteúdos velados do inconsciente forem ameaças ao nosso ego, surgirá a angústia necessária. Os mecanismos de defesa intrapsíquicos decorrem da tentativa de proteção natural a essas ameaças. Todavia, a fuga sistemática à interiorização ou à descoberta das origens destes avisos angustiantes conduz ao adoecimento emocional e psicológico. O remorso é exatamente o quadro mental da criatura aprisionada em suas próprias criações, que durante longo tempo usou para se proteger ou esconder.

Arrepender é o oposto. Significa partir para um recomeço em bases novas. E todo recomeço implica alguma perda. Esse o maior receio de qualquer pessoa habituada a fugir. Eis o maior medo que acomete a criatura diante das mudanças necessárias em sua vida.

A palavra mudança, para quem se acha adoecido psiquicamente, é um desastre de proporções incalculáveis. Sem arrependimento legítimo, porém, não há cura, não há melhora.

Arrependimento quer dizer, antes de tudo, coragem para dar nova direção à vida. Remorso é ruminar culpas, algemar-se à dor, fazer-se de vítima da vida e fugir das responsabilidades pessoais.

No arrependido encontramos algumas características marcantes que refletem o estado íntimo de quem realmente quer recomeçar, tais como: honestidade emocional, intensa capacidade produtiva, reconhecimento de seus limites humanos com vigorosa aceitação de si mesmo, autoconfiança e independência emotiva, distância do conformismo, orientação psicológica para a realidade.

O Espírito arrependido na vida espiritual reencarna com mais dilatada sensibilidade para realizar esse redirecionamento. Ainda assim, não escapa ao caleidoscópio de sentimentos e emoções em céleres mutações mentais. Culpa, medo e tristeza aqui também comparecem, com a diferença de que, neste clima psíquico, são vetores de orientação que criam estado de pressão íntima com fins educativos. A culpa sob comando torna-se motivação para rever crenças e valores, inspirando novas condutas. O medo, ao invés de paralisar, vai trazer um convite para a reflexão dos desafios e testes e como superá-los. A tristeza é a introspecção, algo que centra a mente em si própria, tornando-se igualmente um convite a repensar caminhos e a buscar novas soluções diante de perdas ou situações imprevisíveis.

Esse quadro interior configura uma silenciosa expiação que, suportada com resistência mental, enrijece o poder de realização. Contudo, resistência sem auto amor é caminho para a arrogância e a prepotência. Com afeto a si mesmo, por meio de cuidadosos costumes de docilidade no tratamento a si próprio e honestidade emocional, a força de realização fortalece a fé - base segura e essencial para a liberdade íntima na aquisição do prazer de viver.

A análise sábia de Allan Kardec, em nossa referência de apoio acima, deixa claro: "(...) dura pouco, se pronto é o arrependimento". A sanção interior é relativa ao ato de arrepender-se.

E Jesus, Sábio Cuidador de Almas, deixou claro o valor do arrependimento ao esclarecer, em Lucas, capítulo 15, versículo 7:

"Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento".

Somente nesse clima de íntima liberdade e conexão com o Self a criatura consegue qualidade de vida, fazendo do ato de viver um poema de gratidão diária à vida, guardando fé em tudo o que pense, sinta ou faça.

Com afeto a si mesmo, por meio de cuidadosos costumes de docilidade no tratamento a si próprio e honestidade emocional, a força de realização fortalece a fé - base segura e essencial para a liberdade íntima na aquisição do prazer de viver.

WANDERLEY OLIVEIRA - ERMANCE DUFAUX – LIVRO PRAZER DE VIVER CAP. 12






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O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES
LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

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