APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

domingo, 30 de julho de 2017

E.S.E. – CAPÍTULO IV – ITEM 1 2 E 3 – NINGUÉM PODERÁ VER O REINO DE DEUS SE NÃO NASCER DE NOVO



1 – E veio Jesus para os lados de Cesaréia de Felipe, e interrogou seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens que é o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem que é João Batista, mas outros que é Elias, e outros que Jeremias ou algum dos Profetas. Disse-lhes Jesus: E vós, quem dizeis que sou eu? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, filho do Deus vivo. E respondendo Jesus, lhe disse: Bem aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne e o sangue que te revelaram isso, mas sim meu Pai, que está nos Céus”. (Mateus, XVI: 13-17)

2 – E chegou a Herodes, o Tetrarca notícia de tudo o que Jesus obrava, e ficou como suspenso, porque diziam uns: É João que ressurgiu dos mortos; e outros: É Elias que apareceu; e outros: É um dos antigos profetas que ressuscitou. Então disse Herodes: Eu mandei degolar a João; quem é, pois, este, de quem ouço semelhantes coisas? E buscava ocasião de o ver. (Marcos, VI: 14-15; Lucas, IX: 7-9)

3 – (Após a transfiguração). E os discípulos lhe perguntaram, dizendo: Pois por que dizem os escribas que importa vir Elias primeiro? Mas ele, respondendo, lhes disse: Elias certamente há de vir, e restabelecerá todas as coisas: digo-vos, porém, que Elias já veio, e eles não o conheceram, antes fizeram dele quanto quiseram. Assim também o Filho do Homem há de padecer às suas mãos. Então compreenderam os discípulos que de João Batista é que ele lhes falara. (Mateus, XVII: 10-13; Marcos, XVIII: 10-12)


CONTEXTO BÍBLICO


JESUS FALOU VÁRIAS VEZES SOBRE REENCARNAÇÃO

ITEM 1 – MATEUS XVI 13:17 –
JESUS QUESTIONA OS APÓSTOLOS SOBRE QUEM ELES ACHAM QUE ELE É JÁ QUE MUITOS DIZIAM QUE ERA JOÃO BATISTA RESSUSCITADO.
O RECONHECIMENTO DE PEDRO

ITEM 2 – MARCOS VI: 14,15
JESUS FOI PARA BELÉM, DEU DONS DE CURA PARA OS APÓSTOLOS, E FIZERAM ALGUMAS CURAS NUM SÁBADO, E O REI HERODES NÃO GOSTOU PORQUE IA CONTRA A LEI DE MOISÉS QUE PROIBIA QUALQUER TRABALHO AOS SÁBADOS, HERODES NÃO ENTENDIA JESUS E ACREDITOU SER JOÃO BATISTA RESSUSCITADO

ITEM 2 – LUCAS IX: 7,9
JESUS DEU O PODER SOBRE OS DEMÔNIOS E CURAREM AS ENFERMIDADES,
FIZERAM MUITAS CURAS E HERODES CONTINUAVA INTRIGADO, DIZIAM QUE PODERIA SER JOÃO BATISTA, OUTROS QUEM ERA UM PROFETA MAIS ANTIGO, HERODES PROCURAVA SABER MAIS E VER JESUS

ITEM 3 – MATEUS - XVII: 10,13
JESUS REVELA QUE JOÃO BATISTA ERA ELIAS, E FAZ PREVISÃO DE SUA PERSEGUIÇÃO, AGONIA E MORTE
ESTABELECE A MISSÃO DOS APÓSTOLOS

ITEM 3 – MARCOS XVI: 10:12
APARIÇÃO DE JESUS APÓS A SUA MORTE - AS TRÊS MULHERES MARIA MADALENA, MARIA (MÃE DE TIAGO E SALOMÉ FORAM UNGIR O CORPO DE JESUS E OUVIRAM DELE (NÃO SABIAM QUE ERA ELE) QUE O CORPO NÃO ESTAVA MAIS LÁ. JESUS RESSUSCITOU E APARECEU PARA MARIA MADALENA





TEXTOS DE APOIO


NOSSA MAIOR DEFESA

"Quem dizem que eu sou? - Eles lhe responderam: Dizem uns que és João Batista; outros, que Elias; outros, que Jeremias, ou algum dos profetas." O Evangelho Segundo o Espiritismo - capítulo IV - item 1

Eminentes cientistas consideram, sob a ótica materialista, que o fortalecimento do ego (ego estruturado) é a fonte da livre manifestação do homem na busca de seus reais objetivos. De fato, a criatura autônoma na perspectiva psicológica é dona de si mesma e reúne elementos para o alinhamento mental, que lhe permite fluir em suas metas.

Um ego estruturado, porém, pode levar-nos a estagiar nas experiências da arrogância, do personalismo, da auto-suficiência e da ostentação - traços de egocentrismo.

Muito ao contrário, quem se conecta com o self divino, capacita-se para gerenciar suas potências internas e adota a humildade como conduta, pois não sente necessidade de passar uma imagem, mas apenas ser.

Tem consciência de sua real importância perante a vida. Nem mais, nem menos valor. Apenas o que realmente é; nada além, nem aquém.

Autonomia, portanto, à luz do espírito imortal, é a habilidade de gerir bons sentimentos em relação a nós mesmos sustentando crenças, atitudes e escolhas que correspondam ao legítimo valor pessoal. É a expressão do auto-amor e o alicerce psicológico-emocional da maturidade. E' a capacidade de dilatar essa conexão com o self— fonte emissora das energias do amor.

A autonomia vem da capacidade de libertar-se dos padrões idealizados, assumindo sua realidade em busca do melhor possível. Libertar-se da correnteza da baixa autoestima proveniente do subconsciente.

A grande batalha pela autonomia não está em se libertar de pressões externas e sim das velhas programações mentais e "gatilhos emocionais" que nos escravizam aos processos de desamor e crueldade conosco. E' uma mudança na forma de relacionar-se consigo próprio através do foco mental positivo.

Contra nossos nobres propósitos de iluminação, temos variados inimigos íntimos gestores de mensagens corrosivas da auto-estima e da segurança. Somente aprendendo a nos amar, conseguiremos transformar esses clichês pessimistas em respeito, reflexão, auto-avaliação e perdão.

A saúde mental surge quando nos livramos dessas estruturas internas opressoras que são impulsos, condicionamentos, complexos, tendências, clichês emocionais, clichês intelectuais, que constituem subpersonalidades ativas na nossa vida subconsciente.

Quando não reconhecemos nosso valor, vivemos à mercê dos "estímulos-evolutivos", ou seja, pessoas, lugares, guias espirituais, cargos, instituições e filosofias que nos dizem quem somos e o que devemos fazer.

Somos todos interdependentes, precisamos uns dos outros, mas não a ponto de depositar em algo ou alguém a responsabilidade de nos fazer felizes ou determinar nossas escolhas. Ouviremos a todos e refletiremos sobre tudo que aconteça, tomando por divisa o compromisso da melhoria e do crescimento gradativo. Acima de tudo, porém, devemos guardar por guia infalível os sentimentos positivos, a consciência individual.

Os bons sentimentos são portadores de orientações do inconsciente para nosso destino particular. Quando os escutamos, tornamo-nos mais úteis a Deus, ao próximo e a nós próprios.

A atitude de autonomia pode ser sintetizada na frase: entrego-me a mim mesmo e respondo por mim. Seu princípio básico é: somente eu posso dizer o que quero e interpretar através dos meus sentimentos o que realmente necessito para crescer.

Allan Kardec, dotado de excelente senso psicológico, indagou aos Luminares Guias da Verdade:

"A obrigação de respeitar os direitos alheios tira ao homem o de pertencer-se a si mesmo?"

"De modo algum, porquanto este é um direito que lhe vem da Natureza."(1)

Pertencer-se a si mesmo é adquirir gerência sobre o repositório da vida interior. Ter domínio de si próprio. Responder por si perante o Criador.

A convivência humana na Terra é caracterizada por processos emocionais e psicológicos que, frequentemente, nos afastam da Lei de Liberdade. Raríssimas criaturas escapam da submissão e da dependência em matéria de relacionamentos. Sentimentos estruturados no processo evolutivo do egoísmo ainda nos atam aos enfermiços contágios da ilusão de galgar o progresso através do outro, delegando o direito natural de pertencer a si mesmo. Com essa atitude, atolamos no apego a pessoas e bens passageiros como únicas referências de bem-estar e equilíbrio, navegando no mar da existência como descuidados viajantes ao sabor dos fatos externos, sem posse do timão dos fenómenos internos da alma.

Fomos treinados para ter medo de pensar bem sobre nós ou sobre a capacidade de gerenciar nossos caminhos evolutivos. Fomos treinados para atender a expectativas. Até mesmo em nossos grupos de amor cristão, com assídua frequência, é enaltecida a dependência e, algumas vezes, até a submissão.

A pior consequência da falta de autonomia é medir o valor pessoal pela avaliação que as pessoas fazem de nós. Por medo de rejeição, em muitas situações, agimos contra os sentimentos apenas para agradar e sentir-se incluído, aceito. Quem se define pelo outro, necessariamente tombará em conflitos e decepções, mágoas e agastamentos.

Autonomia é a maior defesa da alma porque estabelece limites, produz a serenidade, dilata a autoconfiança e coloca-nos em contato com nossas aspirações superiores.

Em algumas ocasiões, a conquista da autogerência requer a solidão e o recomeço. As vezes precisamos de muita coragem para abandonar estruturas que construímos durante a vida e seguir os sinais que nos indicam novos caminhos. Nessa fase, seremos convocados a responder a algumas indagações originadas do medo. Conseguirei responder pelo meu futuro? Estarei dando passos seguros para meu melhoramento? Estarei fazendo escolhas por necessidade ou teimosia? Estarei fugindo de meu "projeto reencarnatório"?

Esse medo surge porque gostaríamos de contar apenas com o êxito em nossas escolhas. Adoramos respostas e soluções imediatas, prontas para usarmos. Uma leitura. Uma opinião. Uma mensagem mediúnica. Não ter riscos. Não ter que ser criticados pelos caminhos que optamos. Esse medo ainda reflete a dependência. Nessa hora, teremos que escutar nossos sentimentos e seguir. Ouvi-los não quer dizer escolher o certo, mas optar pelo caminho particular em busca da experiência sentida e conquistada dentro de sua realidade.

Esse é o "preço" que pagamos para descobrirmos quem somos verdadeiramente. Libertar-se do ego é um parto psicológico. A sensação de insegurança é eminente. Todavia, quando a alma é chamada a semelhante experiência no "relógio da evolução", a vida mental compensa essa sensação com emoções enobrecedoras que descortinam percepções ampliadas acerca das intenções mais subjetivas do Ser. E' com base na intenção que o Espírito assegura seu equilíbrio e suas escolhas no vasto aprendizado da eternidade.

Essa liberdade psíquica e emocional da alma é o resultado inevitável de algumas vivências da criatura em seu percurso evolutivo. Para alguns é a maior conquista de uma reencarnação inteira. Para outros, que já a desenvolveram com maior amplitude em outras existências, será a base para o cumprimento de exigentes missões coletivas. Podemos enumerar em quatro as principais vivências que conduzem à autonomia:

1. Auto-estima - é o aprendizado do valor pessoal. Quem se ama sabe sua real importância.

2. Resistência emocional - é a capacidade de suportar os próprios sentimentos, que muitas vezes levam-nos às crises e opressões em razão da bagagem da alma. Atravessar dores amadurece.

3. Saber o que se quer - somente fazendo escolhas, descobrimos nossas aspirações. Algumas dessas escolhas incluem a corajosa decisão de romper com velhas "muletas mentais".

4. Escutar os sentimentos - nos sentimentos está o "mapa" de nosso "Plano Divino". Aprender a ouvi- los sem os ruídos da ilusão será a nossa sintonia com o "Deus Interno".

Quem adquire autonomia fica bem consigo, torna-se ótima companhia para si e passa a buscar, automaticamente, com mais intensidade, o próximo, o trabalho.

"As pessoas, quando educadas para enxergar claramente o lado sombrio de sua própria natureza, aprendem ao mesmo tempo a compreender e amar seus semelhantes."<2>

A ausência da autonomia pode levar-ncs à condição de mendigos de amor ou vítimas do destino. Considerando-a como gestora da almejada condição de "sentir-se bem" perante a existência, na sua falta o ser humano debate-se em flagelos morais lamentáveis que o escravizam a condutas autodestrutivas, tais como conflitos crônicos, mágoas permanentes, baixa tolerância a frustrações, projeções psicológicas nos outros, vergonha de si.

O eminente Doutor Frederick Perls, criador da terapia Gestalt nos diz: "Eu faço as minhas vontades e você faz as suas. Eu não estou neste mundo para tiver de acordo com as suas expectativas, e você não está neste mundo para tiver de acordo com as minhas. Eu sou eu e você é você. Se um dia nos encontrarmos, vai ser lindo! Se não, nada há de se fazer."<3)

Jesus, a título de aferir a visão alheia, indagou: Quem dizem que eu sou?

Imperioso saber quem somos, pois, do contrário, seremos quem querem que sejamos.

Em outra ocasião, o Divino Tutor de nossos destinos asseverou: "Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?"(4)

A colocação de Jesus é rica de clareza acerca da autonomia como sendo nossa maior defesa na rota de ascensão.

Amiga (o) de caminhada,

Não confundas autonomia com recursos oferecidos a ti pela Divina Providência.

Autonomia é estágio de um processo deflagrado por ti mesmo (a). Em verdade, um efeito de tua perseverança na longa e exaustiva viagem da interiorização.

Pede a Deus para dilatar teu discernimento a fim de usá-la afinada com os propósitos do bem, entretanto, felicita a ti mesmo (a) lográ-la, porque é conquista individual, inalienável e intransferível.

De nossa parte, se algo fizemos para chegares até este ponto evolutivo, foi, tão somente, lembrar-te sempre que todos merecemos ser felizes.

(1) O Livro dos Espíritos - questão 827
(2) The Collected Works of CG Jung (CW) - 17 Vol. VII par. 28
(3) Gestalt-Terapia Explicada - Frederick Perls - 1969
(4) Mateus 16:26

Ermance Dufaux – Livro Escutando os Sentimentos cap. 13



PALAVRAS DE JESUS CONFIRMAM A REENCARNAÇÃO

MATEUS, 16º, 13 ao 20. — MARCOS, 8º, 27 ao 30. — LUCAS, 9º, 18 ao 21. Palavras de Jesus confirmativasda reencarnação. — Alusão de relações mediúnicas que podem existir entre os homens e as potências espirituais. — Missão de Pedro na igreja do Cristo. — Verdadeira confissão MATEUS: capítulo 16º, versículo 13. Chegando às cercanias de Cesaréia de Filipe Jesus perguntou a seus discípulos: Que é o que os homens dizem do filho do homem? — 14. Eles responderam: Uns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros, que é Jeremias ou um dos profetas. — 15. Jesus lhes perguntou: E vós quem dizeis que eu sou? 16. Simão Pedro respondeu: és o Cristo, filho do Deus vivo. — 17. Jesus respondeu: Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que Isso te revelaram, mas meu pai que está nos céus. — 18. E eu te digo que és Pedro e que sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e contra ela não prevalecerão as portas do inferno. 19. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na Terra será também ligado no céu e o que desligares na Terra será desligado nos céus. — 20. Ordenou em seguida aos discípulos que a ninguém dissessem ser ele Jesus o Cristo. MARCOS: capítulo 8º, versículo 27. Jesus partiu daí com seus discípulos para as aldeias dos arredores de cesaréia de Filipe e pelo caminho lhes perguntava: Quem dizem os homens que eu sou? — 28. Responderam eles: Uns dizem que João Batista; outros que Elias; outros que um como os profetas. 29. Disse-lhes então: Mas, vós, quem dizeis que eu sou? Pedro, respondendo, disse: és o Cristo. — 30. E ele lhes proibiu que o dissessem a pessoa alguma. LUCAS: capítulo 9º, versículo 18: Sucedeu que um dia, estando de parte a orar rodeado de seus discípulos, Jesus lhes perguntou: Quem diz o povo que eu sou? — 19. Eles responderam: uns — João Batista: outros — Elias; outros — algum antigo profeta que ressuscitou. — 20. Disse-lhes ele: E vós quem dizeis que eu sou? Simão Pedro respondeu: O Cristo de Deus. — 21. Ele então lhes proibiu muito expressamente que o dissessem a pessoa alguma. (105)

Estas passagens têm um duplo fim, que muito importantes as tornam: lembrar aos homens o princípio da reencarnação e não deixar esquecessem as relações medíúnicas que podem existir entre eles e as entidades espirituais.
Jesus firmava assim o que mais tarde viria a ser posto em evidência, explicado e desenvolvido, em espírito e verdade, pela Nova Revelação.
Com efeito, as perguntas formuladas pelo Divino Mestre sobre o que pensavam dele as gentes e as respostas que lhe foram dadas mostram não só que a opinião geral lhe atribuia uma origem espiritual anterior àquela sua vida terrena, vendo nesta uma existência nova num novo corpo, o que envolvia a ideia da preexistência da alma e da reencarnação, como também que os hebreus sabiam, embora confusamente, pelas tradições conservadas, que o homem pode voltar muitas vezes à Terra, para concluir uma obra começada e interrompida pela morte humana.
Ora, não contestando a opinião segundo a qual Ele podia ser a reencarnação de um Espírito, como o de Elias, João, ou outro, Jesus confirmou a hipótese do renascimento, perguntando: E vós quem dizeis que eu sou? — hipótese que também confirmou no seu colóquio com Nicodemos. “Se a crença de reviver na Terra, diz o autor da Divina Epopéia, sob o nome de ressurreição, a que hoje, pela revelação nova, chamamos reencarnação, fosse um erro, Jesus, o verbo de Deus, a luz verdadeira que alumia a todo que vem a este mundo, não teria deixado de combatê-la, como combateu tantas outras. Ao contrário, Ele a sancionou, proclamando-a como uma condição necessária e indispensável para o progresso e adiantamento da Humanidade”.
Não te admires de eu dizer: é necessário que torneis a nascer, observou o divino Mestre a Nicodemos (Evangelho de João, capítulo 3º, versículo 7). Deste modo ratificou Ele, conforme acima dissemos, a lei natural do renascimento, da reencarnação, apresentando-a como uma realidade e realidade ante a qual se dissipam todas as dúvidas oriundas dos absurdos que, sob a capa do milagre, pretendem os ortodoxos que admitamos. A reencarnação, pois, o renascimento, a obrigação que tem o Espírito de reviver, como meio de chegar ao estado de pureza integral, ideia que já se continha na revelação hebraica, que constituiu princípio fundamental na revelação messiânica, mas que não foi apreendida por virtude das interpretações literais a que estiveram sujeitas essas revelações, constitui hoje, pela revelação nova, que as vem explicar em espírito, uma verdade axiomática, expressão fiel do pensamento do Mestre Divino.
E vós quem dizeis que eu sou? — perguntou Jesus a Pedro, que lhe respondeu: És o Cristo, Filho do Deus vivo, isto é, o Enviado do Senhor.
Retrucando, Jesus lhe fez ver que o conhecimento dessa verdade lhe fora dado por uma revelação vinda do Pai que está nos céus.
De fato, como podia Pedro saber, para o afirmar com tanta segurança e firmeza, que Jesus era o Enviado de Deus, se tal coisa lhe não houvera sido revelada? E de que modo pudera ter tido essa revelação, a não ser por uma inspiração mediúnica? Ë claro que, na ocasião, ele foi apenas o instrumento que serviu para a revelação de uma verdade, ou de um médium falante.
Logo, podemos e devemos concluir não só que Pedro era médium, como que já então se davam essas revelações a que a Doutrina Espírita chama mediúnicas.
Efetivamente, dotado de uma organização física bastante maleável para se prestar a todas as influências mediúnicas, Espírito intelectualmente mais adiantado do que os dos outros apóstolos, Pedro era, dentre estes, o que possuía em maior extensão e poder os dons da mediunidade. Era, pois, o que mais se prestava a servir de pedra fundamental para a construção da Igreja do Cristo: “E eu te digo que és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”.
Quer isto dizer que sobre a mediunidade é que assenta essa Igreja, que assim repousa em alicerce inabalável, porquanto a faculdade que aquele apóstolo possuía havia de espalhar-se, como realmente aconteceu e está acontecendo, mais do que nunca, nos tempos atuais, sem que o menor dano lhe possam causar os ódios sectaristas, nem os interesses de qualquer natureza: “contra ela não prevalecerão as portas do inferno”.
Assim sendo, é claro que todos os verdadeiros espíritas e, sobretudo, os médiuns sinceros e humildes servirão para aquela construção, trazendo-lhe cada um a sua pedra.
E, de tal modo, eles poderão, como Pedro, espalhando de mais em mais, em torno de si, a luz que forem recebendo, ligar também e desligar na Terra, certos de que o Senhor ligará e desligará no céu.
Não quer isso dizer, está visto, que o homem, quem quer que ele seja, tenha o poder de absolver ou condenar, proferindo sentenças das quais não haja apelação, nem mesmo para Deus. Quer unicamente significar que, conservando a integridade da alma e a pureza do coração, obtendo, em consequência e cada vez mais, as luzes que trazem os bons Espíritos, se tornarão também cada vez mais aptos a julgar das coisas da Terra e das coisas do céu, a dirigir pelo bom caminho os outros homens, a distinguir com segurança os que se desviam e os que marcham fiéis e a poder fazer-lhes sentir isso, sem perigo de erro.
E não se argumente tampouco com as palavras de Jesus declarando Pedro a pedra fundamental da sua Igreja, para sustentar-se a infalibilidade do papa, chamado o sucessor daquele apóstolo e o vigário exclusivo do Cristo na Terra.
Aquelas palavras foram especialmente dirigidas a Pedro que, Espírito adiantado e devotado e, além disso, excelente instrumento mediúnico, conforme já dissemos, dispunha, por ser da vontade de Jesus e graças aos
Espíritos superiores que o assistiam, de uma perspicácia, que não podemos avaliar com exatidão. Sua visão penetrante descia ao fundo das consciências, sondava os mais íntimos pensamentos e constante era a sua comunicação com os emissários divinos. Ora, achando-se em tais condições, ao seu alcance estava ligar e desligar na Terra (o que também se pode traduzir por admitir ou não na Igreja do Cristo que, em sua origem, era simples reunião de fiéis, os que se propunham a ingressar nela), visto que não fazia mais do que pronunciar, em voz humana, os decretos que espiriticamente lhe eram transmitidos.
Digam-nos, porém: quantos Pedros já se contaram entre os que se hão instituído seus sucessores?
Se os dons, as virtudes e os demais predicados por que Pedro se distinguia entre os discípulos não eram inerentes à sua individualidade, mas ao encargo que o Mestre lhe conferiu de pastorear o pequeno rebanho que formava a primitiva Igreja Cristã, nem só nenhuma razão haveria para que fosse ele o escolhido e não outro, nem com os que se disseram seus sucessores se teriam dado os fatos que a história dos Papas e dos Concílios registra, fatos que mais ou menos continuam a reproduzir-se e que explicam o desprestígio da Igreja de Roma, que tende a desaparecer. Não veem os homens do Silabo, dos dogmas impostos pelo terror das fogueiras e dos martírios que, numa época como a atual, em que a razão se emancipa de todas as tutelas, já não é possível a imposição da fé cega?
Não, as coisas vão mudar. Passado o tempo das fogueiras e dos apavorantes anátemas, despojado o Chefe da Igreja do poder temporal, que mal e indevidamente exercia, porque o Mestre disse: Regnum meum non est in hoc mundo (106), o prestígio, o poder, o reinado daquele que queira ser ou haja de ser sucessor de Pedro somente poderão demonstrar-se pela caridade, pela humildade, pelo desinteresse, pela mansidão e abnegação, que foram as armas com que o Manso Cordeiro de Deus apeou potentados e derrocou tronos de déspotas, a todos se sobrepondo pela exemplificação daquelas virtudes sublimes. Mesmo, porém, que um homem aparecesse revestido de tais virtudes, ainda assim não poderia, só por isso, considerar-se sucessor de Pedro, que não mostrou apenas possuí-las, mas se distinguiu entre os demais discípulos, muito embora estes também fossem exemplificadores dos
ensinamentos de Jesus.
Não, Pedro não teve, nem tem sucessor na Terra. Quem pudera ou pode haver sucedido a esse altíssimo Espírito, que preside ao progredir da fé, ao desenvolvimento da inteligência, ao cumprimento das promessas de Jesus?
Ele continuou e continua no desempenho da sua missão espiritual, depois de haver desempenhado a sua missão humana. Desempenhando esta última, deu princípio, com o concurso dos outros apóstolos e dos discípulos que se lhe associaram, à edificação da Igreja do Cristo e, desempenhando a sua missão espiritual, prossegue na execução desta obra e a concluirá.
E as portas do inferno não prevalecerão contra ela, porque, sendo a Igreja do Cristo o conjunto dos filhos do Senhor, não será atingido pelo sofrimento e pela expiação aquele que, tendo sabido manter a integridade do coração e da alma, se esforçou por cumprir, segundo a lei divina, todas as suas obrigações, todos os seus deveres, para com Deus e para com os homens.
Pedro foi um discípulo enérgico, devotado, fiel até à morte. Quem quer que construa sobre tal base não terá que temer as portas do inferno.
Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, isto é: o conhecimento exato dos meios de chegar à perfeição moral.
Essas chaves a Igreja de Roma desprezou e deixou se perdessem. De modo algum, portanto, pode o seu chefe considerar-se sucessor do grande apóstolo. Detenha-se ela no caminho errado por onde funestamente enveredou, volte ao verdadeiro caminho e continue a percorrê-lo do ponto até onde chegaram Pedro e os apóstolos, os discípulos e seus primeiros imitadores, que achará a Igreja do Cristo cuja edificação eles começaram e que o Espírito da Verdade vem, progressivamente, ampliar e concluir.
Compreenda ela o sentido verdadeiro das palavras que Jesus dirigiu a Pedro e aos Apóstolos, sentido que espiriticamente é hoje revelado pelos enviados do Mestre Divino, e, então, como os verdadeiros espíritas, também
trabalhará, inspirada pelo Espírito da Verdade, na edificação da Igreja do Cristo. Só então poderá, realmente, ligar e desligar — o que, bem entendido, não quer dizer absolver ou condenar seus irmãos — mas tornar-se, pela integridade do coração e da alma, pela obtenção das luzes dos bons Espíritos, atraindo-os por aquela integridade, cada vez mais apta a julgar das coisas da Terra e das coisas do céu, a dirigir os homens pelo bom caminho, que é o dos mandamentos que Jesus declarou encerrarem toda a lei e os profetas, e a distinguir com exatidão os que se desviam e os que marcham fiéis pela senda que Ele traçou.
(105) JOÃO, 1º, 42; 6º, 69. — 1ª Epístola à João, 4º, 15. — Atos, 8º, 37. — Hebreus, 1º, 2, 5. — Efésios, 2º, 8. — 1ª Epístola aos Coríntios, 2º, 10. — Gálatas, 1º, 16. — Apocalipse, 21º, 14. — Isaías, 51º, 16. (106) Ao nosso ver, a privação do poder temporal, se foi, individualmente, um mal, ou uma perda sensível para o Sumo Pontífice, não o foi para a Igreja de que é ele o chefe, visto que redundou no desaparecimento do que melhor provava não ser essa Igreja a do Cristo. Não sendo deste mundo o reino do Filho de Deus, sua não podia ser a Igreja cujo reinado era todo deste mundo. O ter sido despojado daquele poder, valeu, pois. para a Igreja Romana por uma como galvanização. Graças a isso é que ainda pôde ostentar a aparência de prestígio de que gozou nestes últimos tempos. Obtendo, como recentemente obteve, em 1929, que lhe restituíssem o poder temporal é que ela decretou a sua própria e definitiva condenação, volvendo a oferecer ao mundo, quando no Espiritismo ressurge o verdadeiro Cristianismo, a demonstração iniludível de que nela não está o espírito da Doutrina Cristã, de que ela é a antítese da Igreja Universal do Cristo.
Livro: Elucidações Evangélicas cap 102 – Antonio Luiz Sayao




MATEUS, 17, 1 ao 9. — MARCOS, 9º, 1 ao 9. — LUCAS, 9º, 28-36 Transfiguração de Jesus no Tabor. — Aparição de Elias e de Moisés. — Nuvem que cobriu os discípulos —Voz que saiu dessa nuvem e palavras que proferiu
MATEUS: capítulo 17º, versículo 1. Seis dias depois, Jesus chamou a Pedro. a Tiago e a João, irmão de Tiago e, afastando-se com eles, os conduziu a um monte elevado. 2. E se transfigurou diante deles: seu rosto resplandeceu como o Sol, suas vestes se tornaram brancas como a neve. — 3. E eis lhes apareceram Elias e Moisés, que com Ele falavam. — 4. Disse então Pedro a Jesus: Senhor, estamos bem aqui; se quiseres faremos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias. — 5. Pedro ainda falava quando uma nuvem luminosa os cobriu e uma voz, que da nuvem saía, disse: Este é meu filho dileto em quem hei posto todas as minhas complacências; escutai-o. — 6. Ouvindo isso, os discípulos caíram de rosto em terra, presas de grande temor. — 7. Jesus se aproximou, tocou-os e lhes disse: Levantai-vos e não temais. — 8. Erguendo então os olhos, eles a ninguém mais viram senão somente a Jesus. — 9. Quando desciam do monte, Jesus lhes fez esta recomendação: Não faleis a pessoa alguma do que vistes, até que o filho do homem tenha ressuscitado dentre os mortos.
MARCOS: capítulo 9º, versículo 1. Seis dias depois, Jesus chamou de parte a Pedro, a Tiago e a João e os levou consigo a um alto monte e se transfigurou diante deles. — 2. Suas vestes se tornaram brilhantes e alvíssimas como a neve, de uma brancura tal como nenhum pisoeiro na terra poderia conseguir. — 3. E lhes apareceram Elias e Moisés a falarem ambos com Jesus. 4. Disse Pedro então a Jesus: Mestre, aqui estamos bem; façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias. — 5. Ele não sabia o que dizia, pois todos três estavam aterrorizados. 6. Uma nuvem se formou e os cobriu; e dela uma voz saiu, dizendo: Este é meu filho muito amado, escutai-o. — 7. Logo, porém, olhando à volta de si, a ninguém mais viram, senão a Jesus. — 8. Quando desciam do monte, Jesus lhes ordenou que a ninguém falassem do que tinham visto, até que o filho do homem houvesse ressuscitado dentre os mortos. — 9. E eles guardaram segredo do fato, excogitando entre si o que quereria dizer: Até que o filho do homem ressuscite dentre os mortos.  LUCAS: capítulo 9º, versículo 28. Cerca de oito dias depois de haver dito essas palavras, Jesus chamou a Pedro, a Tiago e a João e subiu a um monte para orar. — 29. E, enquanto orava, mudou-se-lhe o semblante; suas vestes se tornaram alvas e resplandecentes; —30, e eis que dois homens com Ele falavam, a saber: Moisés e Elias, — 31, que apareceram cheios de glória. Falavam-lhe da sua saída do mundo, a verificar-se era Jerusalém. — 32. Pedro e seus dois companheiros, que haviam adormecido, despertando, viram a majestade de Jesus e os dois homens que com Ele se achavam. — 33. Sucedeu que, quando estes se iam afastando de Jesus, Pedro, não sabendo o que dizia, propôs: Mestre, aqui estamos bem; façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias. — 34. Quando ele ainda falava, veio uma nuvem e os cobriu; e como a nuvem os envolvesse, amedrontaram-se. — 35. E uma voz saiu da nuvem dizendo: Este é meu filho bem-amado; escutai-o. — 36. Enquanto a voz falava, Jesus estava só. Os discípulos se calaram, nada disseram a ninguém, por então, do que tinham visto.

O fenômeno, que se produziu no monte Tabor, em presença de Pedro, Tiago e João, foi uma formidável manifestação espírita, que teve por fim mostrar a elevação espiritual de Jesus, afirmar a sua missão como Cristo, filho do Deus vivo, Cristo de Deus, e enunciar, sob um véu que a nova revelação levantaria mais tarde, as promessas para o futuro. Retomando, momentaneamente, diante daqueles discípulos, por meio da transfiguração, os atributos da natureza que lhe era própria, se bem que velados ainda, pois de outro modo eles não lhes teriam podido suportar o brilho, Jesus lhes dava uma ideia da sua grandeza espiritual e da glória da vida por que eles ansiavam.
A presença, visível para os discípulos, de Moisés e Elias que, como outros Espíritos, tanto e ainda mais elevados, rodeiam incessantemente a Jesus, foi um meio de que se serviu este para lhes ferir a imaginação e de, por assim dizer, confirmar, diante dos mesmos discípulos, a sua elevação espiritual e que Ele era o Cristo, o Messias prometido. Ambos, Moisés e Elias, haviam anunciado o Messias; a presença ali dos dois como que sancionava e santificava, aos olhos dos Apóstolos, a missão que Ele, Jesus, desempenhava.
A voz que saiu da nuvem e que se foi perdendo no espaço, depois de haver dito: “Este é o meu filho bem-amado, em quem pus todas as minhas complacências; escutai-o, afirmava, dessa forma, em nome do Todo-Poderoso, do Pai, a missão de Jesus, como sendo o Cristo, filho do Deus vivo.
Atestando, aquela presença, a intervenção dos Espíritos junto dos homens, o fato de que tratamos foi a revelação, aos apóstolos, da realidade das manifestações espíritas. Constituía, pois, uma promessa feita para o futuro, promessa que se cumpre agora, quando tais manifestações se produzem ostensivamente por toda a parte, explicadas e tornadas compreensíveis pela Nova Revelação outorgada ao mundo mediante tais manifestações.
Verifica-se, pois, que são chegados os tempos então preditos. Nessas condições, a Revelação Espírita é bem o outro Consolador, o Espírito da Verdade, que Jesus, o Messias prometido por Moisés e Elias, a seu turno prometeu.
Assim como há dois mil anos se cumpriu a promessa desses dois grandes profetas, hoje se cumpre o que prometeu Aquele cujo advento constituíra objeto daquela promessa.
Escolhidos por serem os que apresentavam condições físicas mais favoráveis a torná-los aptos, mediunicamente, à produção da manifestação espírita que se ia dar, os três discípulos, Pedro, Tiago e João, caíram nesse estado de sonolência, de torpor, em que ficam os médiuns, quando se dá uma forte manifestação espírita. E o fato da transfiguração se produziu para eles, com o esplendor correspondente à elevação dos Espíritos que no mesmo fato tomavam parte. Os Espíritos, como o ensina a Doutrina Espírita, têm a faculdade de tornar-se visíveis e tangíveis, sob a forma humana, e transfigurar-se, reunindo em torno de si os fluídos luminosos que sejam necessários ao fenômeno.
A resplendência que tomaram as vestes de Jesus, as quais, segundo diz o Evangelista, eram de alvura tal, que nenhum pisoeiro da Terra jamais poderia consegui-la, foi uma confirmação da elevação sem par do Cristo, pois que aquelas palavras, entendidas em espírito e verdade, significam que na Terra ninguém jamais poderia igualá-lo em elevação. Com efeito, ainda quando haja alcançado a perfeição sideral, isto é, se tenha tornado puro Espírito, qualquer dos que encarnem no nosso planeta será sempre menos adiantado do que Jesus: ser-lhe-á inferior em ciência universal. Ë que Jesus, Espírito que, como todos os demais, teve a mesma origem, partiu do mesmo ponto de inocência e ignorância, havendo chegado sem o menor desvio, sem a mais ligeira falta, sem se afastar jamais da diretriz traçada pelas leis do Pai, à suprema perfeição moral, continuou e continua a progredir em ciência universal, visto que esse progresso é indefinido. Assim sendo, nunca poderá Ele ser alcançado, na senda desse progresso, por qualquer outro Espírito que haja retardado a marcha da sua evolução, do seu aperfeiçoamento moral, por efeito de uma transgressão que seja daquelas leis.
Quanto mais elevado, tanto mais luminoso se revela o Espírito às vistas humanas. Do mesmo modo, quanto mais elevado é um planeta na escala dos mundos, tanto mais branca e refulgente é a sua luz. Os mundos espirituais, que qualificamos de celestes, aos quais só têm acesso os puros Espíritos, são, na hierarquia dos mundos, os que projetam luz mais branca e mais brilhante. Também entre os puros Espíritos, que em pureza são todos iguais, por haverem todos chegado à perfeição moral, há hierarquia, sob o ponto de vista da ciência universal, pois que se distinguem pela soma de suas aquisições intelectuais.
Todos, através da eternidade, se vão cada vez mais aproximando de Deus, tendo do Criador mais perfeito conhecimento, sem, no entanto, poderem jamais igualá-lo, nem abrangê-lo com o olhar, ou lhe suportar as irradiações, quando se acercam do foco da onipotência, para se inspirarem nas vontades daquele que é o Pai de tudo o que é.
A recomendação que Jesus fez aos discípulos, para que a ninguém falassem do que tinham visto, até que Ele houvesse ressuscitado dentre os mortos, obedeceu à razão de que, se os discípulos divulgassem imediatamente os fatos que presenciaram, antes de verificar-se o que se chamaria a “ressurreição” do mesmo Jesus, ninguém lhes daria crédito.
O fenômeno da transfiguração do Divino Mestre, assim como a de um Espírito muito elevado, nada tem de comum com o da transfiguração do ser humano. Naqueles casos, há ação exclusiva do Espírito sobre o seu corpo perispirítico; nos outros, há necessidade de uma combinação do perispírito do Espírito que opera com o do encarnado que lhe serve de instrumento, sendo, portanto, aparente a transfiguração, visto que resulta do aspecto que o desencarnado dá aos fluídos em que envolve o encarnado.
(110) Deuteronômio, 18º, 15. — Isaías, 17º, 1. — Daniel, 8º, 18; 9º, 21; 10º, 10 e 18. — Atos, 3º, 22. — 2ª Epístola à Pedro, 1º, 17 e 18. — Apocalipse, 1º, 15, 16; 10º, 1.
Livro: Elucidações Evangélicas – cap. 105 – Luiz Sayao




MATEUS, 17º, 10 ao 13. — MARCOS, 9º, 10 ao 12. O Espírito de Elias reencarnado na pessoa de João, o Precursor, filho de Zacarias e de Isabel  MATEUS: capítulo 17º, versículo 10. Seus discípulos então lhe perguntaram: Por que é que os escribas dizem ser preciso que Elias venha primeiro? — 11. Jesus lhes respondeu: Em verdade, Elias tem que vir e restabelecerá todas as coisas. — 12. Mas eu vos digo que Elias já veio; eles não o conheceram e contra ele fizeram tudo o que quiseram. Assim também farão sofrer o filho do homem. — 13. Então seus discípulos compreenderam que Ele lhes havia falado de João Batista. MARCOS: capítulo 9º, versículo 10. E o Interrogavam, dizendo: Por que é que os fariseus e os escribas dizem ser preciso que primeiro venha Elias? — 11. Jesus lhes respondeu: É verdade que Elias tem que vir primeiro e restabelecer todas as coisas; que sofrerá muito e será desprezado, como está escrito a respeito do filho do homem. — 12. Mas eu vos digo que Elias já veio e que eles o trataram como lhes aprouve, de acordo com o que a respeito dele fora escrito. (111)

Chamando a atenção dos discípulos para o fato de haver Elias voltado à Terra na pessoa de João Batista, Jesus assentava as bases da Revelação Espírita, que Ele, mais tarde, no seu colóquio com Nicodemos, deixaria veladamente entrever e que, depois, os Espíritos do Senhor trariam aos homens, nos tempos marcados por Deus, explicando-lhes, em espírito e verdade, a lei natural e imutável da reencarnação, seu princípio fundamental, suas regras, fins e consequências. Talhava assim Jesus a pedra angular sobre que repousaria o edifício do futuro.
Aquelas suas palavras que, cobertas pelo véu da letra, grande influência haviam de exercer no porvir, sob o império do espírito, pouca importância tinham para os apóstolos, dada a natureza da época em que foram ditas, pois a reencarnação, se bem não constituísse lei entre os hebreus, estava no domínio das crenças da maioria deles, embora já a houvessem combatido os “espíritos fortes”, como erros da superstição. Jesus, portanto, ressuscitando Elias na pessoa de João Batista, não fez mais do que ressuscitar essa velha crença, mostrando a lei natural e imutável do renascimento, de cuja aplicação entre nós a reencarnação daquele profeta era apenas um exemplo, dentro da ordem geral da Natureza, pelo que respeita ao reino humano.
E não nos devemos admirar de que os discípulos houvessem feito ao Mestre aquela pergunta, visto que, nas condições sociais em que viviam, pouco sabiam da história sagrada, porquanto a ciência teológica era, na Igreja Hebraica, o que ainda é em nossos dias: uma luz que se oculta, para que não esclareça a multidão e não lhe patenteie as feridas que a Escritura, essa pobre desfigurada, recebeu das interpretações humanas.
Falando de João, disse Jesus a seus discípulos que os escribas e fariseus não haviam compreendido que aquele que pregava o arrependimento e o advento do Redentor era o Elias cuja volta o Antigo Testamento prometera e os discípulos logo compreenderam que Ele se referia ao Batista, que este era o mesmo Elias que as profecias anunciavam, como tendo que ser o Precursor do Cristo.
O que, porém, Jesus, naquela ocasião, não podia, nem devia dizer, mas que hoje a Nova Revelação nos diz é que — Moisés, Elias e João Batista — são uma mesma e única entidade.
Isso os Espíritos do Senhor nos revelam agora, porque são chegados os tempos em que se tem de efetuar a “nova aliança”; em que todos os homens, Judeus e Gentios, se têm que abrigar debaixo de uma só crença, da crença num Deus uno, único, indivisível, Criador incriado, eterno, único eterno: o Pai; em Jesus Cristo, nosso Protetor, Governador e Mestre: o Filho; nos Espíritos do Senhor, Espíritos puros, Espíritos superiores, Espíritos bons, que, sob a direção do Cristo, trabalham pelo progresso do nosso planeta e da sua Humanidade: o Espírito Santo.
Sim, Moisés, Elias e João Batista são um só, são o mesmo Espírito encarnado três vezes em missão. Quando foi Moisés, preparou a vinda do Cristo e a anunciou veladamente.
Quando foi Elias, deu grande brilho à tradição hebraica e anunciou, nas suas profecias, que teria de ser o precursor do Cristo. Quando reencarnou em João, filho de Zacarias e Isabel, foi esse precursor.
Essas três figuras formam o emblema de uma tríplice missão desempenhada em três épocas diferentes, e, por meio da aparição de Moisés e de Elias, no Tabor, aos três discípulos, foram elas postas ao alcance das inteligências humanas, quando Jesus ensinou aos homens que João Batista fora Elias, que volvera à Terra. Assim, Moisés, Elias e João foram sempre o mesmo Espírito reencarnado, porém, não a mesma personalidade humana, a mesma individualidade terrena.
Haverá, talvez, quem objete que, sendo os três um só Espírito, não poderiam Moisés e Elias aparecer no Tabor como dois Espíritos distintos, conforme se verificou. Entretanto, a Nova Revelação explica o fato, ensinando que, ali, um Espírito superior, da mesma elevação que Elias e João, tomou a figura, a aparência de Moisés. Tais substituições se dão, quando necessárias, por Espíritos da mesma ordem.
O princípio da reencarnação esteve esquecido durante muito tempo e convinha que assim acontecesse, porque preciso se tornara que um véu fosse lançado entre os homens cheios de vícios, de charlatanices, de superstições, e os mistérios de além-túmulo, até que a Humanidade, pelos progressos realizados, se mostrasse apta a apreender esses mistérios e, com eles, a lei natural da reencarnação, que então lhe seria, pelos Espíritos do Senhor, revelada, como o está nos ensinos da Terceira Revelação, em espírito e verdade, no seu fundamento e nas suas consequências, lei que, de par com aqueles mistérios, desvenda aos homens as sendas da expiação, da reparação e do progresso, sempre abertas ao Espírito que, trilhando-as, chegará à perfeição moral e, assim, à realização de seus destinos, por virtude da justiça de Deus, cujos tesouros de bondade e misericórdia são inesgotáveis.
(111) Isaías, 53º. — Daniel, 9º, 26. — Malaquias, 4º, 5. — Lucas, 1º, 16, 17.— Atos, 3º, 21.
Livro: Elucidações Evangélicas – cap. 106 – Antonio Luiz Sayao





A FALSA MENDIGA

Zezélia pedia esmolas, havia muitos anos.
Não era tão doente que não pudesse trabalhar, produzindo algo de útil, mas não se animava a enfrentar qualquer disciplina de serviço.
- Esmola pelo amor de Deus! – clamava o dia inteiro, dirigindo-se aos transeuntes, sentada à porta de imundo telheiro.
De quando em quando, pessoas amigas, depois de lhe darem um níquel, aconselhavam:
- Zezélia, você não poderia plantar algum milho?
- Não posso... - respondia logo.
- Zezélia, quem sabe poderia beneficiar alguns quilos de café?
- Quem sou eu, meu filho? não tenho forças...
- Não desejaria lavar roupa e ganhar algum dinheiro? – indagavam damas bondosas.
- Nem pensar nisto. Não agüento...
- Zezélia, vamos vender flores! – convidavam algumas jovens que se compadeciam dela.
- Não posso andar, minhas filhas!... – exclamava, suspirando.
- E o bordado, Zezélia? – interrogava a vizinha, prestativa – você tem as mãos livres. A agulha é uma boa companheira. Quem sabe poderá ajudar-nos? Receberá compensadora remuneração.
- Não tenho os dedos seguros – informava, teimosa – e falta-me suficiente energia... Não posso minha senhora...
 E, assim, Zezélia vivia prostrada, sem ânimo, sem alegria.
Afirmava sentir dores por toda parte do corpo. Dava notícias da tosse, da tonteira e do resfriado com longas palavras que raras pessoas dispunham de tempo para ouvir. Além das lamentações contínuas, clamava que não bebia café por falta de açúcar, que não almoçara por não dispor de alimentação.
Tanto pediu, chorou e queixou Zezélia que, em certa manhã, foi encontrada morta e a caridade pública enterrou-lhe o corpo com muita piedade.
Todos os vizinhos e conhecidos julgaram que a alma de Zezélia fora diretamente para o Céu; entretanto, não foi assim.
Ela acordou em meio dum campo muito escuro e muito frio.
Achava-se sem ninguém e gritou, aflita pelo socorro de Deus.
Depois de muito tempo, um anjo apareceu e disse-lhe, bondoso:
- Zezélia, que deseja você?
- Ah! – observou, muito vaidosa – já sou conhecida na Casa Celestial?
- Há muito tempo – informou o emissário, compadecido.
A velha começou a chorar e rogou em pranto:
- Tenho sofrido muito!... quero o amparo do Alto!...
- Mas, ouça! – esclareceu o mensageiro – o auxílio divino é para quem trabalha. Quem não planta, nada tem a colher. Você não cavou a terra, não cuidou das plantas, não ajudou os animais, não fiou o algodão, não teceu fios, não fez pão, não lavou roupa, não varreu a casa, não cuidou das flores, não tratou nem mesmo de sua saúde e de seu corpo... Como pretende receber as bênçãos de Cima?
A infeliz observou, então:
- Não podia fazer... eu era mendiga...
O anjo, contundo, replicou:
- Não, Zezélia! – você não era mendiga. Você foi simplesmente preguiçosa. Quando aprender a trabalhar, chame por nós e receberá o socorro celeste.
Cerrou-se-lhe aos olhos o horizonte de luz e, às escuras, Zezélia voltou para a Terra, a fim de renovar-se.


Francisco Cândido Xavier, . Da obra: Alvorada Cristã. Ditado pelo Espírito Neio Lúcio..







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O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES
LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

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