APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

terça-feira, 1 de agosto de 2017

E.S.E. - CAPÍTULO V - ITEM 19 - O MAL E O REMÉDIO


19 – Vossa terra é por acaso um lugar de alegrias, um paraíso de delicias? A voz do profeta não soa ainda aos vossos ouvidos? Não clamou ele que haveria choro e ranger de dentes para os que nascessem neste vale de dores? Vós que nele viestes viver, esperai portanto lágrimas ardentes e penas amargas, e quanto mais agudas e profundas forem as vossas dores, voltai os olhos ao céu e bendizei ao Senhor, por vos ter querido provar! Oh, homens! Não reconhecereis o poder de vosso Senhor, senão quando ele curar as chagas de vosso corpo e encher os vossos dias de beatitude e de alegria? Não reconhecereis o seu amor, senão quando ele adornar vosso corpo com todas as glórias, e lhe der o seu brilho e o seu alvor? Imitai aquele que vos foi dado para exemplo. Chegado ao último degrau da abjeção e da miséria, estendido sobre um monturo, ele clamou a Deus: “Senhor! Conheci todas as alegrias da opulência, e vós me reduzistes a mais profunda miséria! Graças, graças, meu Deus, por tendes querido provar o vosso servo”! Até quando os vossos olhos só alcançarão os horizontes marcados pela morte? Quando, enfim, vossa alma quererá lançar-se além dos limites do túmulo? Mas ainda que tivésseis de sofrer uma vida inteira, que seria isso, ao lado da eternidade de glória reservada àquele que houver suportado a prova com fé, amor e resignação? Procurai, pois, a consolação para os vossos males no futuro que Deus vos prepara, e vós, os que mais sofreis, julgar-vos-eis os bem-aventurados da Terra.
Com desencarnados, quando vagáveis no espaço, escolhestes as vossas provas, porque vos consideráveis bastantes fortes para suportá-la. Por que murmurais agora? Vós que pedistes a fortuna e a glória, o fizestes para sustentar a luta com a tentação e vencê-la. Vós, que pedistes para lutar de alma e corpo contra o mal moral e físico; sabíeis que quanto mais forte fosse a prova, mais gloriosa seria a vitória, e que, se saísseis triunfantes, mesmo que vossa carne fosse lançada sobre um monturo, na ocasião da morte, ela deixaria escapar uma alma esplendente de alvura, purificada pelo batismo da expiação e do sofrimento.
Que remédios, pois, poderíamos dar aos que foram atingidos por obsessões cruéis e males pungentes? Um só é infalível: a fé, voltar os olhos para o céu. Se, no auge de vossos mais cruéis sofrimentos, cantardes em louvor ao Senhor, o anjo de vossa guarda vos mostrará o símbolo da salvação e o lugar que devereis ocupar um dia. A fé é o remédio certo para o sofrimento. Ela aponta sempre os horizontes do infinito, ante os quais se esvaem os poucos dias de sombras do presente. Não mais nos pergunteis, portanto, qual o remédio que curará tal úlcera ou tal chaga, esta tentação ou aquela prova. Lembrai-vos de que aquele que crê se fortalece com o remédio da fé, e aquele que duvida um segundo da sua eficácia é punido, na mesma hora, porque sente imediatamente as angústias pungentes da aflição.
O Senhor pôs o seu selo em todos os que crêem nele. Cristo vos disse que a fé transporta montanhas. Eu vos digo que aquele que sofre e que tiver a fé como apoio, será colocado sob a sua proteção e não sofrerá mais. Os momentos mais dolorosos serão para ele como as primeiras notas de alegria da eternidade. Sua alma se desprenderá de tal maneira de seu corpo, que, enquanto este se torcer em convulsões, ela pairará nas regiões celestes, cantando com os anjos os hinos de reconhecimento e de glória ao Senhor.
Felizes os que sofrem e choram! Que suas almas se alegrem, porque serão atendidas por Deus.


TEXTOS DE APOIO



SAIBAMOS OUVIR  E  VER
Há sempre respostas do Céu às nossas súplicas e jamais devemos interromper o culto da oração, fio divino e invisível de nossa comunhão com Deus.
Invariavelmente, fluem do Alto soluções diversas em nosso favor, à vista de nossas exigências, entretanto, é preciso acender a flama da fé no templo d’alma para ouvirmos a mensagem de Cima quando o Senhor nos diz “não”.
Decerto, se todos fossemos afirmativamente atendidos em nossos requerimentos e petitórios, a perturbação arrasaria o senso da vida e acabaríamos desnorteados nas sombras da insensatez que nos é própria.
Muitas vezes, a ausência de braços queridos, em nossa equipe familiar é a bênção do Céu para que a responsabilidade nos esqueça o destino.
Quase sempre, a moléstia do corpo é socorro às mazelas da alma.
Em muitas ocasiões, o pauperismo e a dificuldade, a aprovação e o sofrimento constituem o auxílio seguro da Eterna Providência para que o tempo nos favoreça com os tesouros da educação.
E, frequentemente, quando a morte nos visita o santuário doméstico no mundo, semelhante acontecimento vale por advertência do Céu para que estejamos acordados e valorosos na Terra.
Abramos o coração ao sol da prece e roguemos ao Pai nos conceda visão.
Em torno de nós, no campo físico e além dele, corre generoso e incansável o rio da Bondade Celeste.
Basta haja em nós o amor pelo bem e a vocação de servir para que as bênçãos desse manancial nos felicitem a vida.
Não nos levantemos, porém, na área da experiência exclamando: “Ouve Senhor, que teu servo clama”!
Antes digamos, genuflexos, no altar do espírito: “Fala, Senhor, que teu servo escuta!”
Então a humildade será luz brilhante nos escaninhos do coração, fazendo-nos enxergar nossas próprias necessidades e nossos próprios enigmas e, revelando-nos a verdade, silenciosa, far-nos-á perceber que a oração não modifica o quadro de aflição e dor que criamos por nós mesmos, mas transformar-nos-á o modo de ser, sublimando-nos sentimentos e pensamentos, diretrizes e atitudes, palavras e atos, para que as nossas experiências se desdobrem, não conforme os nossos caprichos, mas segundo a Misericórdia e a Justiça da Lei.
Emmanuel - Livro Moradas de Luz – Francisco Cândido Xavier – Espíritos Diversos




PROVAS DECISIVAS

Clamas contra o infortúnio que te visita e desespera-te, sem reação construtiva, ante as horas de luta.
Falaram-te do Senhor e dos aprendizes abnegados que o seguiram, nas horas primeiras, na senda marginada de prantos e sacrifícios...
Queres, porém, comungar-lhe a paz e viver em menor esforço...
Todavia, quase todos os grandes vultos da humanidade, em todas as épocas e em todos os povos, passaram pelo tempo das provas decisivas.
Senão observemos:
Cervantes ficou paralítico da mão esquerda e esteve preso sob a acusação de insolvente, mas sobrepairou acima da injúria e legou um tesouro à literatura da Terra.
Bernard Palissy experimentou tamanha pobreza que chegou, em certo momento, a queimar a mobília da própria casa, a fim de conseguir suficiente calor nos fornos em que fazia experiências; contudo, atingiu a perfeição que desejava em sua obra de ceramista.
Shakespeare sentiu-se em tão grande penúria, que se achou, um dia, a incendiar um teatro, tomado de desespero; entretanto, superou a crise e deixou no mundo obras-primas inesquecíveis.
Victor Hugo esteve exilado durante dezoito anos; todavia, nunca abandonou o trabalho e depôs o corpo físico,: no solo de sua pátria, sob a admiração do mundo inteiro.
Faraday, na mocidade, foi compelido a servir na condição de ajudante de ferreiro, de modo a custear os próprios estudos; no entanto, converteu-se num dos físicos mais respeitados por todas as nações.
Hertz enfrentou imensa falta de recursos e foi vendedor de revistas para sustentar-se; entretanto, venceu as dificuldades e tornou-se um dos maiores cientistas mundiais.
De igual modo, entre os espíritas as condições de existência terrestre não têm sido outras.
Na França, Allan Kardec sofreu, por mais de uma década, insultuoso sarcasmo da maioria dos contemporâneos; contudo, jamais desanimou, entregando à posteridade o luminoso patrimônio da Codificação.
Na Espanha, Amália Domingo Sóler, ainda em plenitude das forças físicas, tolerou o suplício da fome, na flagelação da cegueira; todavia, nunca duvidou da Providência Divina, consagrando ao pensamento espírita a riqueza de suas páginas imortais.
No Brasil, Bezerra de Menezes, abdicando das fulgurações da política humana e, não obstante a posição de médico ilustre, partiu da Terra, em extrema necessidade material, o que não impediu a sua elevação ao título de Apóstolo.
Em razão disso, não te deixes vencer pelos obstáculos.
A resignação humilde, a misturar lágrimas e sorrisos, anseios e ideais, consolações e esperanças, constrói sobre a criatura invisível auréola de glória que se exterioriza em ondas de simpatia e felicidade.
Quando o carro de tua vida estiver transitando pelo vale da aflição, recorda a paciência e continua trabalhando, confiando e servindo com Jesus.


Lameira de Andrade - livro O Espírito da Verdade. Psicografia de Waldo Vieira E FCX.





DOENÇA E REMÉDIO

No trato com as chagas da ignorância, na esfera da Humanidade, quais sejam a incompreensão e a vingança, a crueldade e a rebeldia, anotemos a conduta da Misericórdia Divina, no quadro das doenças terrestres.
Porque alguém acusa os reflexos tóxicos dessa ou daquela enfermidade. Não sofre condenação a permanente desajuste.
Recebem a atenção da Ciência, que lhe examina as possibilidades de cura ou melhoria.
Porque o médico deve observar detritos corruptores, não lhe impele a saúde à perturbação e ao relaxamento.
Dá-lhes luvas protetoras.
Porque processos infecciosos alteram a constituição celular nessa ou naquela parte da província corpórea, não sentencia a zona atacada a simples extirpação.
Oferta-lhe recurso adequado para que elimine a infestação virulenta.
E grandes lesões comparecem na estrutura do carro físico, ameaçando-lhes a segurança, traça o plano necessário à intervenção cirúrgica, mas não deixa o doente a insular-se no desespero, estendendo-lhe à dor o amparo da anestesia.
Se moléstias epidêmicas surgem, insidiosas, distribui a vacinação que susta o contágio.
Vemos que a Lei De Deus não se conforma com o mal; ao contrário, opõe-lhe a cada instante o socorro do bem.
Dessa forma, se os agentes da lama se te infiltram no passo, exibindo-te aos olhos perigosas ações de discórdia e infortúnio naqueles que mais amas, não podes realmente acomodar-te aos golpes com que te impulsionam à imersão na maldade, mas podes esparzir a água viva do amor, auxiliando em silêncio as vítimas do desequilíbrio que tombam sem saber que se arrastam no lodo.
Usa, pois, cada hora, a compaixão sem termos e o perdão sem limites, porque o próprio Jesus, perante os nossos males, exclamou, complacente:
- “Em verdade, eu vim para curar os sãos”.

De Canais da Vida, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel




COMO SE TRATAR DIANTE DAS FRUSTRAÇÕES

"O Cristo vos disse que com a fé se transportam montanhas e eu vos digo que aquele que sofre e tem a fé por amparo ficará sob a sua égide e não mais sofrerá."
Santo Agostinho (Paris, 1863). O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 5, item 19.

Tomar contato com a falibilidade é uma experiência comparável à dolorosa cirurgia sem o benefício da anestesia.
Sentir-se impotente, arrepender-se de más escolhas, reconhecer honestamente uma falha lamentável, ter a coragem de olhar para os erros do passado são atitudes desafiantes para nós que buscamos o aprendizado espiritual.
Quando todas as resistências do orgulho e da vaidade a respeito de nossos reais limites se quebram, a sensação de frustração costuma ser o espelho no qual enxergamos as tormentas de quem se percebe falível. E a frustração pode transformar-se na porta que se abre para a entrada do desvalor pessoal, que encarcera a mente e o coração na sensação de inutilidade e vazio interior.
Nesse quadro de provas emocionais, experimentamos a amargura da solidão e o clima da falência moral. Tudo parece uma sementeira arrasada por praga destruidora e um mal-estar toma conta da alma.
Todavia, para dimensionar nossa verdadeira estatura espiritual e ajuizar sobre quais são as reais necessidades de aprimoramento, torna-se indispensável a desilusão a respeito do que pensamos que somos. É necessário o contato com nossa falibilidade para examinar com proveito a realidade que nos cerca. A humildade só é possível quando caem todas as escamas enfermiças de nossa autoidolatria sobre supostos valores e qualidades que ainda não possuímos.
É no clima da frustração que brota a verdadeira identidade do nosso ser eterno, individual, exuberante e capaz de refletir a grandeza do criador.
Quem sofre a dor da frustração guarda, no íntimo, muitos anseios nobres que ainda não foram alcançados. Somente quem não se alimenta de boas intenções não se frustra.
Frustração pode ser também indício de que necessitamos rever posturas e reconstruir decisões, não sendo por isso, sinônimo de infelicidade. Frustração é sinal de rota mal orientada, e os infelizes não são aqueles que tentaram e falharam, mas, aqueles que sequer importam-se com os dissabores da existência, optando pela fuga na irresponsabilidade. As pessoas que se frustram o fazem porque tiveram atitude, tentaram, nutriram boas intenções, desejos e expectativas.
O encontro com nossa falibilidade só é possível porque estamos sensíveis a algo melhor e queremos avançar. Se nos importamos com as decepções da vida vinculadas à nossa responsabilidade é porque almejamos rumos melhores e mais sadios. Por essa razão, consideremo-nos vitoriosos porque tentamos, e errar faz parte da caminhada. E porque errarmos e nos frustrarmos, ainda que repetidamente, não quer dizer que não somos capazes ou que não merecemos o que buscamos. A frustração, em verdade, é um convite ao recomeço de um modo diferente e melhor, é indício de que talvez tenhamos de rever nossas expectativas ou alterar nossa forma de realizar o que desejamos.
Não confundamos frustração com derrota. Frustração é sintoma de que o resultado não foi o esperado, e a derrota só existe para quem desistiu ou nem tentou.
O fato de nos esforçarmos para alcançar o êxito não significa que o alcançaremos. Isso não basta.
Nos dias atuais, em função do imediatismo, há uma busca desenfreada de sucesso pelos caminhos da facilidade, quando, na verdade, toda conquista legítima, para valer a pena e nos pertencer de fato, solicita o concurso louvável do tempo, da paciência, da disciplina e da persistência.
Na Terra, raramente alguém se encontrará fora das provas da desilusão. Muitos sonhos, planos e revezes nada mais são que vivências para destruir as ilusões egoísticas de conquistas fáceis e apressadas. Necessariamente, elas não indicam incompetência, desvalor ou limitação, mas sim são resultados da pressa, de estratégias inadequadas e de pouca dedicação e cumplicidade.
Muitas vezes o que consideramos perda, erro e má escolha é uma alteração de curso nas lições da vida para nos aproximar ainda mais do desenvolvimento de habilidades e valores que verdadeiramente nos farão felizes e realizados.
Vamos acolher a frustração como um alerta da existência a fim de examinarmos com mais atenção a qual aprendizado estamos sendo chamados.
Lembremo-nos de que os vitoriosos não são os que sempre acertam, e sim os que não desistem. Vitoriosos perdem no mundo das ilusões e ganham no mundo da realidade, distanciam-se de expectativas impossíveis e aproximam-se do que é essencial, libertador e que satisfaz seus corações. Sendo assim, alegremo-nos conosco pelo esforço empreendido e continuemos nos tratando com carinho e aplicando as melhores energias do bem.
Se chegamos até aqui e não desistimos, imagine o quanto ainda poderemos realizar se decidirmos trilhar o terreno fértil da cumplicidade e da coragem de nos auto-avaliarmos diante das frustrações da caminhada!
Pode até ser que para muitas pessoas sejamos fracassados. Porém, nas leis de Deus, quando não alcançamos êxito, significa que estamos sendo convocados ao recomeço. Só mesmo no dicionário humano existem palavras que significam derrota e insucesso a respeito das nossas escolhas na vida. Na lei divina, impera a bondade, a misericórdia, o amor e o determinismo de atingirmos a perfeição.
Acreditar nisso significa não aceitar a opinião de quem só enxerga o nosso lado sombrio. De mãos dadas com Deus, retomemos o curso e acreditemos no bem em nós. Deus conta apenas com o nosso melhor, Ele não espera perfeição.
Cada dia é um convite ao recomeço, e o que ontem parecia sem solução hoje se transforma em resposta inesperada para a alegria e para a paz. 0 que ontem era ofuscado pela treva hoje pode se converter em luz para o caminho da realização. 0 que nos parecia fracasso pode ser apenas convite a novos rumos para o melhor em nosso favor. Mudando o ponto de vista, poderemos perceber que aquilo que parecia má-sorte e negativismo é, na verdade, a melhor forma que a vida encontrou de indicar-nos qual direção tomar para nosso crescimento e felicidade.
Livro: Emoções que Curam – Ermance Dufaux


DECÁLOGO DO BOM ÂNIMO
1 - Dificuldades?
     Não perca tempo, lamuriando.
     Trabalhe.
2 - Críticas?
     Nunca aborrecer-se com elas.
     Aproveite-as no que mostrem de útil.
3 - Incompreensões?
     Não busque torná-las maiores, através de exigências e queixas.
     Facilite o caminho.
4 - Intrigas?
     Não lhes estenda a sombra.
     Faça alguma luz com o óleo da caridade.
5 - Perseguições?
     Jamais revidá-las.
     Perdoe esquecendo.
6 - Calúnias?
      Nunca enfurecer-se contra as arremetidas do mal.
      Sirva sempre.
7 - Tristezas?
      Afaste-se de qualquer disposição ao desânimo.
      Ore abraçando os próprios deveres.
8 - Desilusões?
     Por que debitar aos outros a conta de nossos erros?
     Caminhe para frente, dando ao mundo e à vida o melhor ao seu alcance.
9 - Doenças?
      Evite a irritação e a inconformidade.
      Raciocine nos benefícios que os sofrimentos do corpo passageiro trazem à alma eterna.
10 - Fracassos?
        Não acredite em derrotas.
        Lembre-se de que, pela bênção de Deus, você está agora em seu melhor tempo – o tempo de hoje, no qual  
        você pode sorrir e recomeçar, renovar e servir, em meio de recursos imensos.


André Luiz - Do livro Coragem. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.




A PONTE

Juca e Bebeto eram irmãos e moravam com a mãe em um sítio ao pé de serra, rodeados pela natureza e abençoados pela terra fértil.

Dona Joaquina, mãe dos meninos, sentia-se orgulhosa deles, pois, eles eram extremamente amigos, se preocupavam um com o outro. Agiam assim porque se amavam.

Certa vez, ambos resolveram visitar um tio que há muito tempo não viam. Consultaram a mãe e ela preparou um delicioso bolo de fubá para os moços levarem ao parente distante.

Partiram no dia seguinte, antes do galo cantar. A certa altura do caminho, se depararam com uma ponte sobre um rio largo e fundo, e com um aviso em uma tabuleta: “Ponte quebrada. Passar uma pessoa por vez.”

Obedecendo ao aviso, Juca passou sozinho, sendo seguido pelo irmão. Chegando ao outro lado, Bebeto comentou:

– Ainda bem que lemos o aviso, pois se atravessássemos juntos, a ponte teria ruído e nos teríamos machucado na queda.

– Mesmo assim – falou Juca – uma pessoa mais pesada corre o risco de cair. E pode acontecer, ainda, que alguém não saiba ler. Acho melhor repararmos a situação!

Então, os dois se puseram ao trabalho. Trocaram as partes apodrecidas da ponte por pequenos troncos encontrados ali perto, amarrando-os muito bem com cipós. Após algum tempo, a ponte estava novamente segura.

Seguiram viagem.

Chegando à casa do tio, foram recebidos com muita alegria. A mesa foi posta para o almoço e o bolo de fubá de dona Joaquina foi a sobremesa saboreada.

À tardinha puseram-se de retorno.

De repente, foram surpreendidos por uma cobra, que avançou contra Juca, picando-o na perna.

Depois de espantar a serpente, Bebeto improvisou um torniquete, a fim de evitar que o veneno se espalhasse pelo corpo de Juca. Pôs o irmão às costas, carregando-os o resto do caminho, pois ele sentia muita dor e não podia caminhar.

Chegaram novamente à ponte e Bebeto suspirou aliviado. Se não tivessem consertado antes a ponte, eles não poderiam passar, pois Juca ia carregado pelo irmão, e precisava ser medicado logo.

Foi assim que o amor dos dois irmãos pelo próximo salvou a vida de Juca.

Ao chegarem a casa, Juca foi levado ao médico e recebeu tratamento adequado, recuperando-se logo para voltar ao trabalho e ao carinho de sua família.







O ELOGIO DA ABELHA

 Grande mosca verde-azul, mostrando envaidecida as asas douradas pelo Sol, penetrou uma sala e encontrou uma abelha humilde a carregar pequena provisão de recursos para elaborar o mel.
 A mosca arrogante aproximou-se e falou, vaidosa:
 — Onde surges, todos fogem. Não te sentes indesejável? Teu aguilhão é terrível.
 - Sim — disse a abelha com desapontamento —, creia que sofro muitíssimo quando sou obrigada a interferir. Minha defesa é, quase sempre, também a minha morte.
— Mas não podes viver com mais distinção e delicadeza? — tornou a mosca — porque ferretoar, a torto e a direito?
— Não, minha amiga — esclareceu a inter-locutora —. não é bem assim.
Não sinto prazer em perturbar. Vivo tão somente para o trabalho que Deus me confiou, que representa benefício geral. E, quando alguém me impede a execução do dever, inquieto-me e sofro, perdendo, por vezes, a própria vida.
— Creio, porém, que se tivesses modos diferentes... se polisses as asas para que brilhassem à claridade solar, se te vestisses em cores iguais às minhas, talvez não precisasses alarmar a ninguém. Pessoa alguma te recearia
a intromissão.
— Ah! não posso despender muito tempo em tal assunto — alegou a abelha criteriosa. — O serviço não me permite a apresentação exterior muito primorosa, em todas as ocasiões. A produção de mel indispensável ao sustento
de nossa colméia, e necessária a muita gente, não me oferece ensejo a excessivos cuidados comigo mesma.
— Repara! — disse-lhe a mosca, desdenhosa — tuas patas estão em lastimável estado...
— Encontro-me em serviço — explicou-se a operária humildemente.
 Não! não! — protestou a outra — isto émonturo e relaxamento.
E limpando caprichosamente as asas, a mosca recuou e aquietou-se, qual se estivesse em observação.
Nesse instante, duas senhoras e uma criança penetraram o recinto e, notando a presença da abelha que buscava sair ao encontro de companheiras distantes, uma das matronas gritou, nervosa:
— Cuidado! cuidado com a abelha! Fere sem piedade!...
A pequenina trabalhadora alada dirigiu-se para o campo e a mosca soberba passou a exibir-se, voando despreocupada.
— Que maravilha! — exclamou uma das senhoras.
— Parece uma jóia! — disse a outra.
A mosca preguiçosa planou... planou... e, encaminhando-se para a copa, penetrou o guarda-comida, deitando varejeiras na massa dos pastéis e em pratos diversos que se preparavam para o dia seguinte. Acompanhou a criança, de maneira imperceptível, e pousou-lhe na cabeça, infeccionando certa região que se achava ligeiramente ferida.
Decorridas algumas horas, sobravam preocupações para toda a família. A encantadora mosca verde-azul deixara imundície e enfermidade por onde passara.
Quantas vezes sucede isto mesmo, em plena vida?
Há criaturas simples, operosas e leais, de trato menos agradável, à primeira vista, que, à maneira da abelha, sofrem sarcasmos e desapontamentos por bem cumprir a obrigação que lhes cabe, em favor de todos; e há muita gente
de apresentação brilhante, quanto a mosca, e que, depois de seduzir-nos a atenção pela beleza da forma, nos deixa apenas as larvas da calúnia, da intriga, da maldade, da revolta e do desespero no pensamento.


ALVORADA CRISTÃ FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER PELO ESPÍRITO NEIO LÚCIO




ACUSAÇÕES E ACUSADORES
Quando o estudante da Boa Nova se adentrou pela senda luminosa do esclarecimento renovador, sentiu-se dominado por ignota emoção, permitindo-se arrastar por aspirações superiores, planejando programas abençoados a favor da própria paz e em volta dos passos que pretendia imprimir pela rota.
Tudo sorriam flores, ofertando largas dádivas de alegrias: amigos gentis, esclarecedores, de segura aparência interior, como se se encontrassem realmente forjados nos altos fornos do sofrimento e da abnegação; tarefas múltiplas favoráveis, em clima de fraternidade convidativa; oportunidades felizes de exercitar as lições vivas do Mestre no convívio comunitário...
Entusiasmo singular dominou-o com as mais agradáveis impressões que se convertiam em convites à doação total.
Legitimamente concitado à construção dos postulados formosos no dia-adia das lutas, envidou esforços e entregou-se ao labor.
A princípio, incipiente, era dirigido pelos companheiros mais experimentados, desconhecendo a escolha de serviços e a todos se entregando com alto espírito de abnegação.
Passou a despertar interêsse e granjeou simpatias, inspirando respeito A ociosidade que estava à espreita, vigilante, bradou por uma bôca malsã: "Tudo no comêço é fácil. Vejamos daqui a alguns anos".
Não obstante a decepção sofrida, o candidato ao bem afervorou-se mais e insistiu na realização dos serviços nobres.
A maledicência que lhe seguia os passos, almejando ensejo, não aguardou mais tempo e blasonou:
"Parece o dono da Casa, e apenas chegou ontem. Presunçoso e fingido, dará o golpe, quando menos se espere".
O estudante da lição evangélica anotou o apontamento soez e, embora sofrendo, superou os próprios melindres, laborando Infatigável.
A inveja que lhe não perdoava a ação elevada, surpreendeu-o através dos companheiros de trabalho e destilou veneno: "Interesseiro e falso que é. Será que pretende tomar todo o trabalho nas suas mãos? Não pergunta nada a ninguém e crê-se auto-suficiente. Merece desprezo e expulsão antes que seja tarde demais".
O servidor da gleba, coração ralado, asfixiou as lágrimas e, orando pelos ofensores, prosseguiu confiante.
A viciação segura das vitórias incessantes a que se acostumara nas continuas investidas à fraqueza humana, fez cerrado sitio e requisitou a seu serviço a sensualidade, que após os primeiros cometimentos foi rechaçada.
Ferida no brio, convocou a vaidade que envolveu o lidador no incenso da palavra vã, esparzindo os fluídos do egoísmo em forma de ardilosas insinuações que redundaram Inoperantes. O suborno pelo dinheiro foi, então, estimulado, e como não conseguisse desligar da órbita dos deveres o discípulo afervorado, êste, com os recursos de que dispunha, passou a engendrar dificuldades, multiplicando óbices e malquerenças onde medrava o despeito e campeava a disputa das cogitações inferiores.
Embrulhado, todavia, nas vibrações da prece, o seareiro da luz insistiu no serviço edificante, apesar da dor que o trespassava interiormente.
Nesse ínterim, porém, a calúnia resolveu comparecer ao campo das ações variadas, e, afrontosa, se impôs o compromisso de cravar as garras nas carnes da alma do operário incansável, O ácido da acusação indébita, produzindo a impiedade, desvelou os inimigos que jaziam ocultos e o fel do descrédito cobriu-lhe as pegadas; o enfado antecipou-lhe o avanço e malquerença, abraçada à ignorância, armou áspera e alta muralha; todavia, cansado e humilhado, o servo do Cristo se negou saltá-la, deixando-se abater, então, pelos ardis da calúnia habilmente manejada pelas mãos da mentira que, confundindo os frívolos e os vãos, estabeleceu primado, transformando o antes verde campo de esperança em caos de dor e reduto de animalidade...
Entrega-te a Deus, Nosso Pai, e deixa-te conduzir por Ele docilmente, confiantemente, até o momento da tua libertação...
Eles, também, os teus acusadores experimentarão em breve o trânsito para a própria libertação. Perdoa-os, e insiste no bem, haja o que haja, certo de que Jesus, a Quem amas, continuará com êles, mas contigo também.
"Não te envolvas na questão dêste Justo". Mateus: capítulo 27º, versículo 19.
"O Senhor apôs o seu sêlo em todos os que nêle crêem. O Cristo vos disse que com a fé se transportam montanhas e eu vos digo que aquêle que sofre, e tem a fé por amparo, ficará sob a sua égide e não mais sofrerá. Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo 5º - Item 19 parágrafo 4.

FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.



NA  GARANTIA  DO  BEM
 Se podes e quanto possas,
Auxilia aos Mensageiros do Bem, entretecendo o clima espiritual necessário à execução do bem.
Em muitos lances da vida, mormente no Plano Físico, rogamos o amparo das Forças Superiores, a fim de atravessar determinadas crises de existência, mas, em muitas ocasiões, comportamo-nos à feição do enfermo em estado grave que recebesse o oxigênio longamente esperado para a garantia da própria sobrevivência, incendiando-o, porém, antes de aproveitá-lo.
Prevenção e azedume, cólera e desânimo são obstáculos a desfazerem qualquer possibilidade de auxílio.
Se te propões a colaborar com aqueles que se empenham a servir, abençoa sempre.
Alguns minutos de tolerância, uma frase de compreensão, um gesto espontâneo de fraternidade, a gentileza natural ou a espera sem reclamação operam prodígios.
A Terra ainda está repleta de pessoas que desconhecem a importância das reações em cadeia.
Por vezes, a delinqüência está avançando, de vibração a vibração. Para o impacto do crime; no entanto, essa ou aquela pequenina manifestação de bondade ou entendimento é capaz de sopitar-lhe a marcha, tanto quanto leve intervenção no estopim aceso pode sustar o fogo, antes que o fogo alcance a bomba.
Sê o silêncio onde o tumulto ameace perturbação, a palavra de bênção onde o ódio esteja lançando condenações, a paz no lugar em que a discórdia apareça e, sobretudo, a paciência em qualquer parte onde as nuvens da incompreensão prenunciem a tempestade do desequilíbrio.
Recorda: em qualquer necessidade ou sofrimento é imprescindível podar a inquietude e o desânimo, fatores desencadeantes de excitação ou de gelo que dificultam a oportunidade de auxiliar ou receber auxílio.
Em qualquer circunstância, capacita-te de que Deus é amor para todas as criaturas e que, no esquema da justiça, basta mantenhamos a disposição de ajudar ao próximo para que nos tornemos suportes da Divina Providência, em favor dos nossos irmãos de experiência e caminho. De vez que sem a coragem de servir e sem esforço de compreender, a nossa compaixão pelos outros, em qualquer caso, não passará de mais um problema sobre os problemas que pretendamos solucionar

Do livro Momentos de Ouro. Psicografia de Frâncico Cândido Xavier.



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O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES
LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

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