1 – Bem-aventurados os misericordiosos porque eles
alcançarão misericórdia. (Mateus, V: 7).
2 – Se perdoardes aos homens as ofensas que vos fazem,
também vosso Pai celestial vos perdoará os vossos pecados. Mas se não
perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará os vossos pecados.
(Mateus, VI: 14 e 15).
3 – Se vosso irmão pecar contra ti, vai, e corrige-o
entre ti e ele somente; se te ouvir, ganhado terás a teu irmão. Então,
chegando-se Pedro a ele, perguntou: Senhor, quantas vezes poderá pecar meu
irmão contra mim, para que eu lhe perdoe? Será até sete vezes? Respondeu-lhe
Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes.
(Mateus, XVIII: 15, 21e 22).
4 – A misericórdia é o complemento da mansuetude, pois os
que não são misericordiosos também não são mansos e pacíficos. Ela consiste no
esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio e o rancor denotam uma alma sem
elevação e sem grandeza. O esquecimento das ofensas é próprio das almas elevadas,
que pairam acima do mal que lhes quiseram fazer. Uma está sempre inquieta, é de
uma sensibilidade sombria e amargurada. A outra é calma, cheia de mansuetude e
caridade.
Infeliz daquele que diz: Eu jamais perdoarei! Porque, se
não for condenado pelos homens, o será certamente por Deus. Com que direito
pedirá perdão de suas próprias faltas, se ele mesmo não perdoa aos outros?
Jesus nos ensina que a misericórdia não deve ter limites, quando diz que se
deve perdoar ao irmão, não sete vezes, mas setenta vezes sete.
Mas há duas maneiras bem diferentes de perdoar. Uma é
grande nobre, verdadeiramente generosa, sem segunda intenção, tratando com
delicadeza o amor próprio e a suscetibilidade do adversário, mesmo quando a
culpa foi inteiramente dele. A outra é quando o ofendido, ou aquele que assim
se julga, impõe condições humilhantes ao adversário, fazendo-o sentir o peso de
um perdão que irrita, em vez de acalmar. Se estender a mão, não é por
benevolência, mas por ostentação, a fim de poder dizer a todos: Vede quanto sou
generoso!
Nessas circunstâncias, é impossível que a reconciliação
seja sincera, de uma e de outra parte. Não, isso não é generosidade, mas apenas
uma maneira de satisfazer o orgulho. Em todas as contendas, aquele que se
mostra mais conciliador, que revela mais desinteresse próprio, mais caridade e
verdadeira grandeza de alma, conquistará sempre a simpatia das pessoas
imparciais.
TEXTOS DE APOIO
NO REINO DA AÇÃO
Não condene.
Ajuda ao outro.
Cultive serenidade.
Use os propósitos recursos para fazer o bem.
Proceda com bondade, sem exibição de virtude.
Seja qual for o problema, faça o melhor que você puder.
Não admita a supremacia do mal.
Fuja de todo pensamento, palavras atitudes ou gesto que
possam agravar as complicações de alguém.
Ouça com paciência e fale amparando.
Recorde que você amanhã, talvez esteja precisando também
de auxilio e, em toda situação indesejável que o Próximo demonstre necessidade
de reprimenda, observe Conforme a lição de Jesus, se você em condições de
Atirar a pedra.
André Luiz - Do Livro O Espírito da Verdade. Psicografia
de Francisco Cândido Xavier.
NA LUZ DA COMPAIXÃO
"Bem-aventurados os misericordiosos, porque
alcançarão misericórdia" Jesus (MATEUS, V:7)
Deixa que a luz da compaixão te clareie a rota para que a
sombra te não envolva.
Sofres a presença dos que te pisam as esperanças?
Compaixão para eles.
Ouves a palavra dos que te ironizam?
Compaixão para eles.
Padeces o assalto moral dos que te perturbam?
Compaixão para eles.
Recebes a farpa dos que te perseguem?
Compaixão para eles.
A crueldade e o sarcasmo, a demência e a vileza são
chagas que o tempo cura.
Rende graças a Deus por lhes suportares assédio sem que
partam de ti.
No fundo são males que surgem da ignorância, como a
cegueira nasce das trevas.
Não sanarás o desequilíbrio do louco, zurzindo-lhe a
cabeça, nem expulsarás a criminalidade do malfeitor, cortando-lhe os braços.
Diante de todos os desajustamentos alheios, compadece-te
e ampara sempre.
Perante todos os disparates do próximo, compadece-te e
faz o melhor que possas.
Todos somos alunos do educandário da vida e todos somos
susceptíveis de queda moral no erro.
Usa, pois, a misericórdia com os outros e acharás nos
outros a misericórdia para contigo.
Do livro Palavras de Vida Eterna. Espírito Emmanuel.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
PERANTE OFENSAS
Tema – Compreensão e Tolerância
Reportando-nos às ofensas que porventura nos conturbem a
caminhada, recordemos os tesouros de orientação e discernimento que nos
felicitam a alma.
Compete-nos a obrigação de reconhecer que nós, os
espíritos encarnados e desencarnados que hoje nos devotamos ao Evangelho
explicado pela Codificação Kardequiana, guardamos elucidações em torno das
realizações essenciais da Vida e do Universo em grau de esclarecimento e
convicção que a maioria dos profitentes de muitas das escolas religiosas da
Terra estão longe de alcançar.
Conhecemos, raciocinadamente:
· a vida
além da mortes;
· a
responsabilidade compulsória da consciência da cada um, na lei de causa e
efeito;
·
intercâmbio do mundo espiritual com o mundo físico;
· a
reencarnação;
· problema
das provas;
· impositivo
de esquecimento de todo mal;
· a
necessidade constante da prática do bem;
· a mediunidade
com os fatos que lhe são conseqüentes;
· princípio
das afinidades com os imperativos da sintonização fluídica;
· a obsessão
visível e a obsessão oculta;
· degrau
evolutivo em que cada criatura se coloca;
· a
diferença entre cultura do cérebro e direção do sentimento;
Por outro lado, recebemos favores constantes, como sejam:
a interpretação clara das lições de Jesus;
· consolo e
a advertência de amigos domiciliados em planos superiores;
· benefício
da prece espontânea sem o constrangimento de quaisquer preceitos convencionais;
· a
intervenção fraternal no socorro aos Espíritos infelizes;
· a
cooperação do magnetismo sublimando e múltiplas expressões de auxílio que vão
da palestra doutrinária às mais elevadas demonstrações de carinho e abnegação
da Espiritualidade Maior.
É razoável concluir, assim, que se nós os que sabemos
tanto da verdade e recolhemos tanto amparo, ainda ofendemos a outrem sem
perceber, como exibir demasiada severidade perante aqueles irmãos da Humanidade
que nada recebem do muito que conhecemos e recebemos?
Reflitamos nisso e abramos o coração ao entendimento e à
misericórdia, porquanto somente pelo cultivo da misericórdia e do entendimento
é que encontraremos, em nós mesmos, a força do amor capaz de garantir em nós e
fora de nós a construção do Reino de Deus.
Emmanuel - Livro
Encontro Marcado - Francisco Cândido Xavier
DONATIVO DA ALMA
“Bem-aventurados
os que são misericordiosos, por- que alcançarão misericórdia.” - JESUS - MATEUS, X 5: 7.
“A misericórdia o
complemento do brandura, porquanto aquele que não for misericordioso não poderá
ser brando e pacifico.” – cap 10, 4.
Reflete nas
provações alheias e auxilia incessantemente.
Louvado para
sempre o trabalho honesto com que te dispões a minorar as dificuldades dos
semelhantes, ensinando-lhes a encontrar a felicidade, através do esforço digno.
Bendita a moeda
que deixas escorregar nas mãos fatigadas que se constrangem a implorar o
socorro publico.
Inesquecível a
operação da beneficência, com a qual te desfazes de recursos diversos para que
não haja penúria na vizinhança.
Abençoado o dia de
serviço gratuito que prestas no amparo aos companheiros menos felizes.
Enaltecido o
devotamento que empregas na instrução aos viajores do mundo,que ainda se
debatem nos labirintos da ignorância.
Glorificado o
conselho fraterno com que te decides a mostrar o melhor caminho.
Santo o remédio
com que alivias a dor.
Inolvidáveis todos
os investimentos que realizes no Instituto Universal da Providência Divina,
quando entregas a beneficio dos outros o concurso financeiro, a pagina
educativa, a peça de roupa, o litro de leite, o cobertor aconchegante, o
momento de consolo, o gesto de solidariedade, o prato de pão...
Não se pode
esquecer que Jesus consignou por crédito sublime da alma, no Reino de Deus, o
simples copo de água que se dê no mundo em seu nome.
Entretanto, mil
vezes bem-aventurada seja cada hora de tua paciência diante daqueles que não te
compreendam ou te esqueçam, te firam ou te achincalhem, porque a paciência,
invariavelmente feita de bondade e silêncio, abnegação e esquecimento do mal, é
donativo essencialmente da alma, benção da fonte divina do amor, que jorra das
nascentes do sacrifício, seja formada no suor da humildade ou no pranto oculto
do coração.
Emmanuel - Extraído do livro - O Livro da Esperança - Psicografado
Por Francisco Cândido Xavier
APRENDENDO A
PERDOAR
"Se perdoardes aos homens as faltas que eles fazem
contra vós, vosso Pai celestial vos perdoará também vossos pecados, mas se não
perdoardes aos homens quando eles vos ofendem, vosso Pai, também não vos
perdoará os pecados". (Cap. X, ítem 2)
Nosso conceito de perdão tanto pode facilitar quanto
limitar nossa capacidade de perdoar. Por possuirmos crenças negativas de que
perdoar é "ser apático" com os erros alheios, ou mesmo, é aceitar de
forma passiva tudo o que os outros nos fazem, é que supomos estar perdoando
quando aceitamos agressões, abusos, manipulações e desrespeito aos nossos
direitos e limites pessoais, como se nada estivesse acontecendo.
Perdoar não é apoiar comportamentos que nos tragam dores
físicas ou morais, não é fingir que tudo corre muito bem quando sabemos que
tudo em nossa volta está em ruínas. Perdoar não é "ser conivente" com
as condutas inadequadas de parentes e amigos, mas ter compaixão, ou seja,
entendimento maior através do amor incondicional. Portanto, é um "modo de
viver".
O ser humano, muitas vezes, confunde o "O ATO DE
PERDOAR" com a negação dos próprios sentimentos, emoções e anseios,
reprimindo mágoas e usando supostamente o "perdão" como desculpa para
fugir da realidade que, se assumida, poderia como consequência alterar toda uma
vida de relacionamento.
Uma das ferramentas básicas para alcançarmos o perdão
real é manter-nos a uma certa "distância psíquica" da pessoa —
problema, ou das discussões, bem como dos diálogos mentais que giram de modo
constante no nosso psiquismo, porque estamos engajados emocionalmente nesses
envolvimentos neuróticos.
Ao desprendermo-nos mentalmente, passamos a usar de modo
construtivo os poderes do nosso pensamento, evitando os "deveria ter
falado ou agido" e eliminando de nossa produção imaginativa os
acontecimentos infelizes e destrutivos que ocorreram conosco. Em muitas
ocasiões, elaboramos interpretações exageradas de suscetibilidade e caímos em
impulsos estranhos e desequilibrados, que causam em nossa energia mental uma
sobrecarga, fazendo com que o cansaço tome conta do cérebro.
A exaustão íntima é profunda. A mente recheada de idéias
desconexas dificulta o perdão, e somente desligando-nos da agressão ou do
desrespeito ocorrido é que o pensamento sintoniza com as faixas da clareza e da
nitidez, no processo denominado "renovação da atmosfera mental".
É fator imprescindível, ao "separar-nos"
emocionalmente de acontecimentos e de criaturas em desequilíbrio, a terapia da
prece, como forma de resgatar a harmonização de nosso "halo mental".
Método sempre eficaz, restaura-nos os sentimentos de paz e serenidade,
propiciando-nos maior facilidade de harmonização interior.
A qualidade do pensamento determina a "ideação"
construtiva ou negativa, isto é, somos arquitetos de verdadeiros 'quadros
mentais" que circulam sistematicamente em nossa própria órbita áurica. Por
nossa capacidade de "gerar imagens" ser fenomenal, é que essas mesmas
criações nos fazem licar presos em "monoidéias". Desejaríamos tanto
esquecer, mas somos forçados a lembrar, repetidas vezes, pelo fenômeno
"produção/consequência".
Desligar-se ou desconectar-se não é um processo que nos
torna insensíveis e frios, como criaturas totalmente impermeáveis às ofensas e
críticas e que vivem sempre numa atmosfera do tipo "ninguém mais vai me
atingir ou machucar", desligar-se quer dizer deixar de alimentar-se das
emoções alheias, desvinculando-se mentalmente dessas relações doentias de
hipnoses magnéticas, de alucinações íntimas, de represálias, de desforras de qualquer
matiz ou de problemas se não podemos solucionar no momento.
Ao soltar-nos vibracionalmente desses contextos
complexos, ao desatar-nos desses fluidos que nos amarram a essas crises e
conflitos existenciais, poderemos ter a grande chance enxergar novas formas de
resolver dificuldades com uma são mais generalizada das coisas e de encontrar,
cada vez mais, instrumentos adequados para desenvolvermos a nobre tarefa de nos
compreender e de compreender os outros.
Quando acreditamos que cada ser humano é capaz de
resolver seus dramas e é responsável pelos seus feitos na vida, aceitamos fazer
esse "distanciamento" mais facilmente, permitindo que ele seja e se
comporte como queira, dando-nos também essa mesma liberdade.
Viver impondo certa "distância psicológica" às
pessoas e às coisas problemáticas, seja entes queridos difíceis, seja
companheiros complicados, não significa que deixaremos de nos importar com
eles, ou de amá-los ou de perdoar-lhes, mas sim que viveremos sem enlouquecer
pela ânsia de tudo compreender, padecer, suportar e admitir.
Além do que, desligamento nos motiva ao perdão com maior
facilidade, pelo grau de libertação mental, que nos induz a viver sintonizados
em nossa própria vida e na plena afirmação positiva de que "tudo deverá
tomar o curso certo, se minha mente estiver em serenidade".
Compreendendo por fim que, ao promovermos
"desconexão psicológica", teremos sempre mais habilidade e
disponibilidade para perceber o processo que há por trás dos comportamentos
agressivos, o que nos permitará não reagir da maneira como o fazíamos, mas
olhar "como é e como está sendo feito" nosso modo de nos relacionar
com os outros. Isso nos leva, consequentemente, a começar a entender a
"dinâmica do perdão".
Uma das mais eficientes técnicas de perdoar é retomar o
vital contato com nós mesmos, desligando-nos de toda e qualquer "intrusão
mental", para logo em seguida buscar uma real empatia com as pessoas.
Deixamos de ser vítimas de forças fora de nosso controle para transformar-nos
em pessoas que criam sua própria realidade de vida, buscadas não nas críticas e
ofensas do mundo, mas na sua percepção da verdade e na vontade própria.
Hammed – Livro Renovando Atitudes – Francisco do Espírito
Santo Neto
PERDOA SEMPRE
Perdoa sempre.
Auxilia aos outros, sem a preocupação de receber o amparo
alheio.
Tudo aquilo que fizermos agora, será aquilo que
colheremos depois.
... Consideremos, porém, que a fim de sanar os desajustes
na engrenagem de nosso relacionamento recíproco, o Senhor nos concede a bênção
da compaixão.
Se anotas a presença de amigos candidatos ao
discernimento maior com as falhas naturais pelas quais se identificam,
compadece-te deles e ampara-os com as forças ao teu alcance.
Abraça o trabalho do bem aos outros com alegria.
Aprende a colocar com o bem do próximo, na convicção de
que ninguém progride a sós.
Trabalha e serve constantemente.
E certifica-te de que, onde o pensamento positivo do bem
prevaleça, aí brilha o caminho do aperfeiçoamento de nossas alma para Deus,
fortalecendo-nos para que estejamos na realização do melhor.
Em qualquer situação difícil, aparentemente insolúvel,
usa mais paciência, porque a paciência é construção da alma sobre os alicerces
da fé em Deus e, aplicando mais paciência onde estiveres, em quaisquer
tribulações que, porventura, te apareçam, claramente vencerás.
Emmanuel - Livro: Caminho Iluminado - Francisco Cândido
Xavier
HOJE E NÓS
Tempo e nós, vida e alma. Nós e hoje, alma e vida.
Tempo capital
inesgotável ao nosso dispor hoje , cheque em branco que podemos emitir, sacando
recursos, conforme a nossa vontade.
Comparemos a
Providência Divina a estabelecimento bancário, operando com reservas
ilimitadas, em todos os domínios do mundo.
Pela Bolsa de Causa e Efeito, cada criatura retém
depósito particular, com especificação de débitos e haveres, nitidamente diversos,
mas, pela Carteira do Tempo, todas as concessões são iguais para todos.
Para sábios e
ignorantes, felizes ou menos felizes, a hora constitui do valor matemático e
invariável de sessenta minutos.
Hoje é a partícula
de crédito que possuis, em condomínio perfeito com todos aqueles que conheces e
desconheces, que estimas ou desestimas, dom que te cabe, a fim de angariares
novos dons.
Aproveita, assim,
o agora em renovação e promoção. Renovação é progresso, promoção é serviço.
Não te prendas ao
passado por aquilo que o passado te apresente de cadeias e sombras e nem te
transtornes pelo futuro por aquilo que o futuro encerre de fantasia ou de
incerteza.
Pelas forças do
espírito, estamos enredados aos pensamentos do pretérito, à feição do corpo
físico que permanece saturado de agentes da hereditariedade.
Conquanto vinculados aos nossos ancestrais, nenhum de nós
é chamado aterra para reproduzir a existência deles, e, por muito devamos às
idéias dos instrutores que nos estenderam auxílio, estamos convocados a
expressar as nossas.
Respeitemos
quantos nos ajudaram e dignifiquemos os pioneiros do bem que nos prepararam
caminho; no entanto, sejamos nós próprios.
Espíritos eternos,
saibamos construir a nossa felicidade pelo atendimento às leis do amor e
justiça.
Esquecer o mal e fazer o bem, estudar e realizar,
trabalhar e servir, renovar e aperfeiçoar sempre e infatigavelmente. Para isso,
reflitamos: o ontem ter-nos-á trazido a luz da experiência e amanhã decerto nos
sugere luminosa esperança.
A melhor oportunidade, entretanto, não se chama ontem nem
amanhã. Chama-se hoje. Hoje é o dia.
EM TUDO
Em tudo o aprendiz do Evangelho encontra ensejo de
empregar a orientação da fraternidade pura:
- Escolhendo métodos para estudo.
- Mantendo persistência no serviço em favor do próximo.
- Elegendo a serenidade por norma de cada dia.
- Elegendo a serenidade por norma de cada dia.
- Burilando ideais sadios na ação de interesses gerais.
- Aplicando teoria e prática do bem nas tarefas mais
simples.
- Anotando por si mesmo a verificação das próprias
deficiências.
- Exprimindo gratidão operante.
- Sustentando intenções nobres constantemente.
- Defendendo a valorização efetiva das qualidades
respeitáveis dos companheiros que o cercam.
- Apresentando a doação espontânea de concurso pessoal a
benefício dos outros.
Portanto, jamais percamos a visão central da meta
superior a que nos dirigimos.
Com Jesus, estamos empenhados em trabalho ideal de
equipe, no esforço máximo de construtividade pela eficiência da alma no culto
do amor vivo, e pela criação da felicidade para todas as criaturas.
Livro: Estude E Viva - Francisco Cândido Xavier E Waldo
Vieira - Pelos Espíritos Emmanuel E André Luiz
DESCULPA SEMPRE
"Se perdoardes aos homens as suas ofensas, também
vosso Pai Celestial vos perdoará." -
Jesus.(MATEUS, 6:14)
Por mais graves te pareçam as faltas do próximo, não te
detenhas na reprovação.
Condenar é cristalizar as trevas, opondo barreiras ao
serviço da luz.
Procura nas vítimas da maldade algum bem com que possas
soerguê-las, assim como a vida opera o milagre do reverdecimento nas árvores
aparentemente mortas.
Antes de tudo, lembra quão difícil é julgar as decisões
de criaturas em experiências que divergem da nossa!
Como refletir, apropriando-nos da consciência alheia, e
como sentir a realidade, usando um coração que não nos pertence?
Se o mundo, hoje, grita alarmado, em derredor de teus
passos, faze silêncio e espera...
A observação justa é impraticável quando a neblina nos
cerca.
Amanhã, quando o equilíbrio for restaurado, conseguirás
suficiente clareza para que a sombra te não altere o entendimento.
Além disso, nos problemas de crítica, não te suponhas isento
dela.
Através da nociva complacência para contigo mesmo, não
percebes quantas vezes te mostras menos simpático aos semelhantes!
Se há quem nos ame as qualidades louváveis, há quem nos
destaque as cicatrizes e os defeitos.
Se há quem ajude; exaltando-nos o porvir luminoso, há
quem nos perturbe, constrangendo-nos à revisão do passado escuro.
Usa, pois, a bondade, e desculpa incessantemente.
Ensina-nos a Boa Nova que o Amor cobre a multidão dos
pecados.
Quem perdoa, esquecendo o mal e avivando o bem, recebe do
Pai Celestial, na simpatia e na cooperação do próximo, o alvará da libertação
de si mesmo habilitando-se a sublimes renovações
Livro Fonte Viva.
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia Francisco C. Xavier
O MELHOR PARA NÓS
“Porque se
perdoares aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celeste vos perdoará -
JESUS. (Mateus, 6:14.)”.
Muito e sempre
importante para nós o esquecimento de todos aqueles que assumam para conosco
essa ou aquela atitude desagradável.
Ninguém possui
medida bastante capaz, a fim de avaliar as dificuldades alheias.
Aquele que, a
nosso ver, nos terá ferido, estaria varando esfogueado obstáculo quando nos deu
a impressão disso. E, em superando semelhante empeço, haverá deixado cair sobre
nós alguma ponta de seus próprios constrangimentos, transformando-se nos muito
mais em credor de apoio que em devedor de atenção.
Em muitos
episódios da vida, aqueles que nos prejudicam, ou nos magoam, freqüentemente se
encontram de tal modo jungidos à tribulação que, no fundo, sofrem muito mais,
pelo fato de nos criarem problemas, que nós mesmos, quando nos supomos vitimadas
deles.
Quem saberia
enumerar as ocasiões em que determinado companheiro terá sustado a própria
queda, sob a força compulsiva da tentação, até que viesse a escorregar no
caminho? Quem disporá de meios para reconhecer se o perseguidor está realmente lúcido
ou conturbado, obsesso ou doente? Quem poderá desentranhar a verdade da
mentira, nas crises de perturbação ou desordem? e quando a nuvem do crime se
abate sobre a comunidade, que pessoa deterá tanta percuciência para conhecer o
ponto exato em que se haverá originado o fio tenebroso da culpa?
A vista disso,
compreendamos que o esquecimento dos males que nos assediam é defesa de nosso
próprio equilíbrio, e que, nos dias em que a injúria nos bata em rosto, o
perdão, muito mais que uma benção para os nossos supostos ofensores, é e será
sempre o melhor para nós.
Francisco Cândido
Xavier - Livro Ceifa de Luz - Pelo Espírito Emmanuel
DE TOCAIA
Luis Borges, denotado tarefeiro da Causa Espírita, em São
Paulo, atravessava calmamente a Avenida São João, na capital bandeirante,
quando foi alvejado por um tiro de revólver, estabelecendo-se o rebuliço.
Populares e guardas. Assobios e exclamações.
Pobre moço desconhecido e armado foi preso e trazido à
presença da vítima.
Borges mostrava-se assustado, mas sereno. A bala atingira
simplesmente o livro que sobraçava de mão encostada ao peito. E esse livro era
"O Evangelho segundo o Espiritismo", com que se dirigia a certa
reunião em favor de um enfermo.
- Peço desculpas. O tiro foi casual - rogou o jovem,
pálido.
Os policiais contudo, retinham-no furiosos.
Luis Borges, no entanto, buscando a paz, abriu o volume
chamuscado e falou:
- Vejamos a mensagem do Evangelho:
E ante o assombro geral, leu, na página aberta, as belas
referências do capítulo X, "Bem-aventurados os que são
misericordiosos":
- "Então, aproximando dele, disse-lhe Pedro:-
Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão quando houver pecado contra mim?
Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus:- Não vos digo que perdoeis até sete vezes,
mas até setenta vezes sete vezes".
Quando Borges terminou a ligeira leitura, o moço preso
ajoelhou-se na rua e começou a soluçar. Só então explicou que ali se achava de
tocaia para assassinar o próprio irmão que o havia prejudicado num processo de
herança e prometeu desistir de semelhante propósito para sempre.
Hilário Silva - Do livro O Espírito da Verdade.
Psicografia de Waldo Vieira.
O OFENDIDO
"Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou:Senhor,
até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe ? Até sete vezes
?"- Mateus, 18:21.
"Se alguém te
ofendeu, perdoa, não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes."
O ensinamento do Cristo define com clareza as vantagens
potenciais da criatura insultada ou incompreendida.
Por isso mesmo, não traça o Divino Mestre quaisquer
obrigações de caráter imediato para os ofensores, de vez que todos aqueles que
ferem os outros esculpem para logo, na própria alma, os estígmas da culpa.
E toda culpa é
sempre fator de enfermidade ou perturbação.
Em todo processo de ofensa, quem a recebe se encontra num
significativo momento de Vida Espiritual;
é quem dispõe do privilégio de desfazer as trevas dos
gestos impensados, suscetíveis de se alastrarem em desequilíbrio;
quem guarda a possibilidade de preservar a coesão e a
harmonia do grupo em que se integra;
quem conserva as rédeas da defesa íntima de quantos lhe
usufruam a amizade e a convivência, ainda capazes de reações inconvenientes ou
negativas à frente da injúria;
quem efetivamente pode auxiliar o ofensor, através da
bondade e do entendimento com que lhe acolhe as agressões;
e quem, por fim, consegue beneficiar-se, resguardando o
próprio coração, por imunizá-lo contra a queda em revide ou violência.
O ofendido, entretanto, tão somente obterá tudo isso,
caso se disponha a esquecer o mal e perdoar o adversário, prosseguindo sem
reclamar na construção incessante do bem e na sustentação da harmonia, porque,
toda vez em que nos transformamos levianamente em ofensores, passamos à posição
de doentes da alma, necessitados de compaixão e de socorro, a fim de que não
venhamos a cair em condição pior.
Emmanuel - Francisco Cândido Xavier - Livro: Perante Jesus
DESCULPAR
"Jesus lhe disse: Não te digo até sete, mas até
setenta vezes sete" (Mateus,
18:22.)
Atende ao dever da
desculpa infatigável diante de todas as vitimas do mal para que a vitória do
bem não se faça tardia.
Decerto que o mal
contará com os empreiteiros que a Lei do Senhor julgará no momento oportuno,
entretanto, em nossa feição de criaturas igualmente imperfeitas, suscetíveis de
acolher-lhe a influência, vale perdoar sem condição e sem preço, para que o
poder de semelhantes intérpretes da sombra se reduza até a integral extinção.
Recorda que acima
da crueldade encontramos, junto de nós a ignorância e o infortúnio que nos cabe
socorrer cada dia.
Quem poderá, com
os olhos do corpo físico, medir a extensão da treva sobre as mãos que se envolvem no espinheiral
do crime? Quem, na sombra terrestre,
distinguirá toda a percentagem de dor e necessidade que produz o desespero e a
revolta.
Dispõe-te a
desculpar hoje, infinitamente, para que amanhã sejas também desculpado.
Observa o quadro
em que respiras e reconhecerás que a natureza é pródiga de lições no capítulo
da bondade.
O sol releva,
generoso, o monturo que o injuria, convertendo-o sem alarde em recurso
fertilizante.
O odor miasmático
do pântano, para aquele que entende as angústias da gleba, não será mensagem de
podridão, mas sim rogativa comovente, para que se lhe dê a benção do reajuste,
de modo a transformar-se em terra produtiva.
Tudo na vida roga
entendimento e caridade para que a caridade e o entendimento nos orientem as
horas.
Não olvides que a
própria noite na terra uma pausa de esquecimento para que aprendemos a ciência
do recomeço, em cada alvorada nova.
"Faze a
outrem aquilo que desejas te seja feito"
- advertiu-nos o
Amigo Excelso.
E somente na
desculpa incessante de nossas faltas recíprocas, com o amparo do silêncio e com
a força de humildade, é que atingiremos, em passo definitivo, o reino do eterno
bem com a ausência de todo mal.
Francisco Cândido Xavier
- Livro Ceifa de Luz - Pelo Espírito Emmanuel
O PERDÃO JUSTO
Em certa cidade européia, um homem ignorante, considerado
malfeitor, foi condenado à morte na forca.
O juiz fora severo no julgamento.
Afirmava que o infeliz era grande criminoso e que só a
pena última podia solucionar-lhe a situação.
Alguns dias antes do enforcamento, o magistrado veio ao
cárcere, em companhia de um filho, jovem alegre e de bom coração que, em se
aproximando de velho soldado, pôs-se a examinar-lhe a arma de fogo.
Sem que o rapaz pudesse refletir no perigo do objeto que
revirava nas mãos, um tiro escapou, rápido, e, com espanto de todos, a bala, em
disparada, alojou-se num dos braços do condenado à morte, que observava a cena,
tranquilamente, da grade.
Banhado em sangue, foi socorrido pelo juiz e pelos
circunstantes e, porque a palavra do magistrado fosse dura e cruel para o filho
irrefletido, o prisioneiro lembrou os ensinamentos de Jesus, ajoelhou-se aos
pés do visitante ilustre e suplicou-lhe desculpas para o moço em lágrimas,
afirmando que o jovem não tivera a mínima intenção de magoá-lo.
O juiz notou a profunda sinceridade da rogativa e, em
silêncio, passou a reparar que o condenado era portador de nobre coração e de
inexprimível bondade.
No dia imediato, promoveu medidas para a revisão do
processo que lhe dizia respeito e, em pouco tempo, a pena de morte era comutada
para somente alguns meses de prisão.
Perdoando ao rapaz que o ferira, o prisioneiro encontrou
o perdão justo para as suas faltas, conseguindo, desse modo, recomeçar a vida,
em bases mais sólidas de paz, confiança, trabalho e alegria.
Meimei - Do livro “Pai Nosso”. Psicografia de Francisco
Cândido Xavier.
COMO PERDOAR
Na maioria dos casos, o impositivo do perdão surge entre
nós e os companheiros de nossa intimidade, quando o suco adocicado da confiança
se nos azeda no coração.
Isso acontece porque, geralmente, as mágoas mais
profundas repontam entre os Espíritos vinculados uns aos outros na esteira da
convivência.
Quando nossas relações adoeçam, no intercâmbio com
determinados amigos que, segundo a nossa opinião pessoal, se transfiguram em
nossos opositores, perguntemo-nos com sinceridade: “como perdoar, se perdoar
não se resume à questão de lábios e sim a problema que afeta os mais íntimos
mecanismos do sentimento?”.
Feito isso, demo-nos pressa em reconhecer que as
criaturas em desacerto pertencem a Deus e não a nós; que também temos erros a
corrigir e reajustes em andamento; que não é justo retê-las em nossos pontos de
vista, quando estão, qual nos acontece, sob os desígnios da Divina Sabedoria
que mais convém a cada um, nas trilhas do burilamento e do progresso. Em
seguida, recordemos as bênçãos de que semelhantes criaturas nos terão
enriquecido no passado e conservemo-las em nosso culto de gratidão, conforme a
vida nos preceitua.
Lembremo-nos também de que Deus já lhes terá concedido
novas oportunidades de ação e elevação em outros setores de serviço e que será
desarrazoado de nossa parte manter processos de queixa contra elas, no tribunal
da vida, quando o próprio Deus não lhes sonega Amor e Confiança.
Quando te entregares realmente a Deus, a Deus entregando
os teus adversários como autênticos irmãos teus, - tão necessitados do Amparo
Divino quanto nós mesmos, penetrarás a verdadeira significação das palavras de
Cristo: “Pai, perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos
devedores”, reconciliando-te com a vida e com a tua própria alma.
Então, saberás oscular de novo a face de quem te ofendeu,
e quem te ofendeu encontrará Deus contigo e te dirá com a mais pura alegria no
coração: “bendito sejas...”.
Emmanuel - Livro: Alma e Coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier
OFENSAS E OFENSORES
Tão logo apareçam diante de nós quaisquer problemas de
injúria, prejuízo, discórdia ou incompreensão, é imperioso observar quão importante
para o espírito é o estudo das próprias reações, a fim de que a mágua não entre
em condomínio com as forças que nos habitam a mente.
Ressentir-nos é cortar nos tecidos da própria alma ou
acomodar-nos com o veneno que se nos atira, acalentando sofrimento
desnecessário ou atraindo a presença da morte. Isso porque, à face da lógica,
todas as desvantagens no capítulo das ofensas pesam naqueles que tornam a
iniciativa do mal.
O ofensor pode ser a criatura que está sob lastimáveis
processos obsessivos, que carrega enfermidades ocultas, que age ao impulso de
tremendos enganos, que atravessa a nuvem do chamado momento infeliz, e, quando
assim não seja, é alguém que traz a visão espiritual enevoada pela poeira da
ignorância, o que, no mundo, é uma infelicidade como qualquer outra. Cabem,
ainda, ao ofensor o pesadelo do arrependimento, o desgosto íntimo, o anseio de
reequilíbrio e a frustração agravada pela certeza de haver lesado
espiritualmente a si próprio.
Aos corações ofendidos resta unicamente um perigo – o
perigo do ressentimento, que aliás, não tem a menor significação quando
trazemos a consciência pacificada no dever cumprido.
Entendendo isso, nunca respondas ao mal com o mal.
Considera que os ofensores são, quase sempre,
companheiros obsessos ou desorientados, enfermos ou francamente infelizes, a
quem não podemos atribuir responsabilidades maiores pelas condições difíceis em
que se encontram.
Recomendou-nos Jesus: “Amai os vossos inimigos”.
A nosso ver, semelhante instrução, além de impelir-nos à
virtude da tolerância, faz-nos sentir que os ofendidos devem acautelar-se,
usando a armadura do amor e da paciência, a fim de que não sofram os golpes do
ressentimento, de vez que os ofensores já carregam consigo o fogo do remorso e
o fel da reprovação.
Emmanuel - Do
livro “Alma e Coração”. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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