APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

domingo, 20 de agosto de 2017

E.S.E. CAPÍTULO XII - ITEM 1 A 4 - AMAI OS VOSSOS INIMIGOS - PAGAR O MAL COM O BEM



1 – Tendes ouvido o que foi dito: Amarás ao teu próximo e aborrecerás ao teu inimigo. Mas eu vos digo: Amai os vossos inimigos, fazei bem ao que vos odeia, e orai pelos que vos perseguem e caluniam, para serdes filhos de vosso Pai, que está nos céus, o qual faz nascer o seu o seu sol sobre bons e maus, e vir chuva sobre justos e injustos. Porque, se não amardes senão aos que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem os publicanos também assim? E se saudardes somente aos vossos irmãos, que fazeis nisso de especial? Não fazem também assim os gentios? – Eu vos digo que, se a vossa justiça não for maior e mais perfeita que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos Céus. (Mateus, V: 20, 43-47).

2 – E se vós amais somente aos  que vos amam, que merecimento é o que vós tereis? Pois os pecadores também amam os que os amam. E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que merecimento é o que vós tereis? Porque isto mesmo fazem também os pecadores. E se emprestardes somente àqueles de quem esperais receber, que merecimento é o que vós tereis? Porque também os pecadores emprestam uns aos outros, para que se lhes faça outro tanto. Amai, pois, os vossos inimigos, façam bem, e emprestai, sem nada esperar, e tereis muito avultada recompensa, e sereis filhos do Altíssimo, que faz bem aos mesmos que lhe são ingratos e maus. Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. (Lucas, VI: 32-36).

3 – Se o amor do próximo é o princípio da caridade, amar aos inimigos é a sua aplicação sublime, porque essa virtude constitui uma das maiores vitórias conquistadas sobre o egoísmo e o orgulho.
Não obstante, geralmente nos equivocamos quanto ao sentido da palavra amor, aplicada a esta circunstância. Jesus não pretendia, ao dizer essas palavras, que se deve ter pelo inimigo a mesma ternura que se tem por um irmão ou por um amigo. A ternura pressupõe confiança. Ora, não se pode ter confiança naquele que se sabe que nos quer mal. Não se pode ter para com ele as efusões da amizade, desde que se sabe que é capaz de abusar delas. Entre pessoas que desconfiam umas das outras, não pode haver os impulsos de simpatia existentes entre aquelas que comungam nos mesmos pensamentos. Não se pode, enfim, ter a mesma satisfação ao encontrar um inimigo, que se tem com um amigo.
Esse sentimento, por outro lado, resulta de uma lei física: a da assimilação e repulsão dos fluidos. O pensamento malévolo emite uma corrente fluídica que causa penosa impressão; o pensamento benévolo envolve-nos num eflúvio agradável. Daí a diferença de sensações que se experimenta, à aproximação de um inimigo ou de um amigo. Amar aos inimigos não pode, pois, significar que não se deve fazer nenhuma diferença entre eles e os amigos. Este preceito parece difícil, e até mesmo impossível de se praticar, porque falsamente supomos que ele prescreve darmos a uns e a outros o mesmo lugar no coração. Se a pobreza das línguas humanas nos obriga a usarmos a mesma palavra, para exprimir formas diversas de sentimentos, a razão deve fazer as diferenças necessárias, segundo os casos.
Amar aos inimigos, não é, pois, ter por eles uma afeição que não é natural, uma vez que o contato de um inimigo faz bater o coração de maneira inteiramente diversa que o de um amigo. Mas é não lhes ter ódio, nem rancor, ou desejo de vingança. É perdoá-los sem segunda intenção e incondicionalmente, pelo mal que nos fizeram. É não opor nenhum obstáculo à reconciliação. É desejar-lhes o bem em vez do mal. É alegrar-nos em lugar de aborrecer-nos com o bem que os atinge. É estender-lhes a mão prestativa em caso de necessidade. É abster-nos, por atos e palavras, de tudo o que possa prejudicá-los. É, enfim, pagar-lhes em tudo o mal com o bem, sem a intenção de humilhá-los. Todo aquele que assim fizer, cumpre as condições do mandamento: Amai aos vossos inimigos.

4 – Amar aos inimigos é um absurdo para os incrédulos. Aquele para quem a vida presente é tudo, só vê no seu inimigo uma criatura perniciosa, a perturbar-lhe o sossego, e do qual somente a morte o pode libertar. Daí o desejo de vingança. Não há nenhum interesse em perdoar, a menos que seja para satisfazer o seu orgulho aos olhos do mundo. Perdoar, até mesmo lhe parece, em certos casos, uma fraqueza indigna da sua personalidade. Se não se vinga, pois, nem por isso deixa de guardar rancor e um secreto desejo de fazer o mal.
Para o crente, e mais ainda para o espírita, a maneira de ver é inteiramente diversa, porque ele dirige o seu olhar para o passado e o futuro, entre os quais, a vida presente é um momento apenas. Sabe que, pela própria destinação da Terra, nela devem encontrar homens maus e perversos; que as maldades a que está exposto fazem parte das provas que deve sofrer. O ponto de vista em que se coloca torna-lhe as vicissitudes menos amargas, quer venham dos homens ou das coisas. Se não se queixa das provas, não deve queixar-se também dos que lhe servem de instrumentos. Se, em lugar de lamentar, agradece a Deus por experimentá-lo, deve também agradecer a mão que lhe oferece a ocasião de mostrar a sua paciência e a sua resignação. Esse pensamento o dispõe naturalmente ao perdão. Ele sente, aliás, que quanto mais generoso for, mais se engrandece aos próprios olhos e mais longe se encontra do alcance dos dardos do seu inimigo.


O homem que ocupa no mundo uma posição elevada não se considera ofendido pelos insultos daquele que olha como seu inferior. Assim acontece com aquele que se eleva, no mundo moral, acima da humanidade material. Compreende que o ódio e o rancor o envileceriam e rebaixariam, pois, para ser superior ao seu adversário, deve ter a alma mais nobre, maior e mais generosa.



O LIVRO DOS ESPÍRITOS – QUESTÃO  887

Jesus também disse: Amai mesmo os vossos inimigos. Ora, o amor aos inimigos não será contrário às nossas tendências naturais e a inimizade não provirá de uma falta de simpatia entre os Espíritos?
 “Certo, ninguém pode votar aos seus inimigos um amor terno e apaixonado. Não foi isso o que Jesus entendeu de dizer. Amar os inimigos é perdoar-lhes e lhes retribuir o mal com o bem. O que assim procede se torna superior aos seus inimigos, ao passo que abaixo deles se coloca, se procura tomar vingança.”



TEXTOS DE APOIO




EM SEU BENEFÍCIO

Não se agaste com o ignorante; certamente, não dispõe ele das oportunidades que iluminaram seu caminho.
Evite aborrecimentos com as pessoas fanatizadas; permanecem no cárcere do exclusivismo e merecem compaixão como qualquer prisioneiro.
Não se perturbe com o malcriado; O irmão intratável tem, na maioria das vezes, o fígado estragado e os nervos doentes.
Ampare o companheiro inseguro; talvez não possua o necessário, quando você detém excessos.
Não se zangue com o ingrato; provavelmente, é desorientado ou inexperiente.
Ajude ao que erra; seus pés pisam o mesmo chão, e, se você tem possibilidades de corrigir, não tem o direito de censurar.
Desculpe o desertor; ele é fraco e mais tarde voltará à lição.
Auxilie o doente; agradeça ao Divino Poder o equilíbrio que você está conservando.
Esqueça o acusador; ele não conhece o seu caso desde o princípio.
Perdoe ao mau; a vida se encarregará dele.


Autor: André Luiz Psicografia de Chico Xavier. Livro: Agenda Cristã




AMAR  E  PERDOAR
Jesus nos recomendou amar-nos uns aos outros, tal qual ele mesmo nos amou, e perdoar as ofensas, setenta vezes sete vezes, não porque nos considere habilitados para semelhante comportamento, mas porque, se lhe aceitarmos as diretrizes com paciência, ele se tornará mais intimamente associado a nós e, com ele, estaremos fortes e seguros para fazer isso.
Emmanuel - Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier. Do livro “Monte Acima"-


AMOR  AOS  INIMIGOS       
Amar aos inimigos, na conceituação de Jesus, não será praticar servilismo ou bajulação.
É compreender, acima de tudo, que as faltas daqueles que não se afinam conosco poderiam ter sido nossas e imaginar quão felizes nos sentiríamos se tivéssemos, porventura, os nossos erros desculpados e esquecidos, por aqueles aos quais tenhamos ofendido.
Efetivamente, ser-nos-á possível amar aos nossos adversários, cultivando atitudes diversas, quais sejam:
Orar pela felicidade deles, no silêncio do coração, a envolvê-los em vibrações de paz e encorajamento;
Destacar-lhes as qualidades nobres, quando em conversação com pessoas amigas, ao redor de ocorrências que lhes digam respeito;
Desembargar, quanto se nos faça possível, de maneira oculta e indireta, os caminhos para as realizações que demandem;
Auxiliar-lhes os entes queridos, quando estejam à frente de problemas que lhes surjam no cotidiano, de modo a aliviar-lhes as provações;
Induzir companheiros a prestar-lhes apoio nas tarefas úteis a que se empenham;
Mentalizá-los sempre tranqüilos e felizes;
Desencorajar quaisquer campanhas negativas, tendentes a suscitar-lhes desgostos e prejuízos; sobretudo, não nos referirmos, em tempo algum, a essa ou aquela dificuldade que nos hajam causado.
Não digas, portanto, que não podes amar aos inimigos, porque existem vários meios de endereçar-lhes compreensão e afeto, sem humilhá-los com a nossa possível benevolência.
Decerto Jesus, quando nos aconselhou amar aos ofensores, não desejava transformar-nos em carpideiras, junto daqueles que, acaso, não nos entendam ou nos firam e, sim, espera que os tratemos a todos, na condição de irmãos autênticos e, tanto quanto nós, amados filhos de Deus.

Emmanuel - Do livro Monte Acima. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.




SERVIR MAIS

Efraim bem Assef, caudilho de Israel contra o poderio romano, viera a Jerusalém para levantar as forças da resistência, e, informado de que Jesus, o profeta, fora recebido festivamente na cidade, resolveu procura-lo, na casa de Obede, o guardador de cabras, a fim de ouvi-lo.
― Mestre ― falou o guerreiro ―, não te procuro como quem desconhece a justiça de Deus, que corrige os erros do mundo, todos os dias... Tenho necessidade de instrução para a minha conduta pessoal no auxílio do povo. Como agir, quando o orgulho dos outros se agiganta e nos entrava o caminho?... Quando a vaidade ostenta o poder e multiplica as lágrimas de quem chora?
― É preciso ser mais humilde e servir mais ― respondeu o Senhor, fixando nele o olhar translúcido.
― Mas... e quando a maldade se ergue, espreitando-nos a porta? Que fazer, quando os ímpios nos caluniam à feição de verdugos?
E Jesus: ― É preciso mais amor e servir mais.
― Senhor, e a palavra feroz? Que medidas tomar para coibi-la? Como proceder, quando a boca do ofensor cospe fogo de violência, qual nuvem de tempestade, arremessando raios de morte?
― É preciso mais brandura e servir mais.
― E diante dos golpes? Há criaturas que se esmeram na crueldade, ferindo-nos até o sangue... De que modo conduzir nosso passo, à frente dos que nos perseguem sem motivo e odeiam sem razão?
― É preciso mais paciência e servir mais.
― E a pilhagem Senhor? Que diretrizes buscar, perante aqueles que furtam, desapiedados  e poderosos, assegurando a própria impunidade à custa do ouro que ajuntam sobre o pranto dos semelhantes?
― É preciso mais renúncia e servir mais.
― E os assassinos? Que comportamento adotar, junto daqueles que incendeiam campos e lares, exterminando mulheres e crianças?
― É preciso mais perdão e servir mais.
Exasperado, por não encontrar alicerces ao revide político que aspirava a empreender em mais larga escala, indagou Efraim:
― Mestre, que pretendes dizer por servir mais?
Jesus afagou uma das crianças que o procuravam e replicou, sem afetação:
― Convencidos de que a justiça de Deus está regendo a vida, a nossa obrigação, no mundo íntimo, é viver retamente na prática do bem, com a certeza de que a lei cuidará de todos.
Não temos, desse modo, outro caminho mais alto se não servir ao bem dos semelhantes, sempre mais...
O chefe israelita, manifestando imenso desprezo, abandonou a pequena sala, sem despedir-se.
Decorridos dois dias, quando os esbirros do Sinédrio chegaram, em companhia de Judas, para deter o Messias, Efraim bem Assef estava à frente. E, sorrindo, ao algemar-lhe o pulso, qual se prendesse temível salteador, perguntou, sarcástico: ― Não reages, galileu?
Mas o Cristo pousou nele, de novo, o olhar tranqüilo e disse apenas: ― É preciso compreender e servir mais.

Livro: Contos Desta E De Outra Vida– Humberto de Campos –  Irmão X





APRENDIZES E ADVERSÁRIOS

Jonathan, Jessé e Eliakim, funcionários do, Templo de Jerusalém, passando por Cafarnaum, procuraram Jesus no singelo domicílio de Simão Pedro.
Recebidos pelo Senhor, entregaram-se, de imediato, à conversação.
― Mestre ― disse o primeiro ―, soubemos que a tua palavra traz ao mundo as Boas Novas do Reino de Deus e, entusiasmados com as tuas concepções, hipotecamos ao teu ministério o nosso aplauso irrestrito. Aspiramos, Senhor, à posição de discípulos teus...
 Não obstante as obrigações que nos prendem ao sagrado Tabernáculo de Israel, anelamos servir-te, aceitando-te as ideias e lições, com as quais seremos colunas de tua causa na cidade eleita do Povo Escolhido... Contudo, antes de solenizar nossos votos, desejamos ouvir-te quanto à conduta que nos compete à frente dos inimigos...
― Messias, somos hostilizados por terríveis desafetos, no Santuário ― exclamou o segundo ―, e, extasiados com os teus ensinamentos, estimaríamos acolher-te a orientação.
― Filho de Deus ― pediu o terceiro ―, ensina-nos como agir...
Jesus meditou alguns instantes, e respondeu:
― Primeiramente, é justo considerar nossos adversários como instrutores. O inimigo vê junto de nós a sombra que o amigo não deseja ver e pode ajudar-nos a fazer mais luz no caminho que nos é próprio. Cabe-nos, desse modo, tolerar-lhe as admoestações, com nobreza e serenidade, tal qual o ferro, que após sofrer, paciente, o calor da forja, ainda suporta os golpes do malho com dignidade humilde, a fim de se adaptar à utilidade e à beleza.
Os visitantes entreolharam-se, perplexos, e Jonathan retomou a palavra, perguntando:
― Senhor, e se somos injuriados?
― Adotemos o perdão e o silêncio ― disse Jesus. ― Muita gente que insulta é vítima de perturbação e enfermidade.
― E se formos perseguidos? ― indagou Jessé.
― Utilizemos a oração em favor daqueles que nos afligem, para que não venhamos a cair no escuro nível da ignorância a que se acolhem.
― Mestre, e se nos baterem, esmurrarem? ― interrogou Eliakim. ― que fazer se a violência nos avilta e confunde?
―Ainda assim ―esclareceu o brando interpelado ―, a paz íntima deve ser nosso asilo e o amor fraterno a nossa atitude, porquanto, quem procura seviciar o próximo e dilacerá-lo está louco e merece compaixão.
― Senhor ― insistiu Jonathan ―, que resposta oferecer, então, à maledicência, à calúnia e à perversidade?
O Cristo sorriu e precisou:
― O maledicente guarda consigo o infortúnio de descer à condição do verme que se alimenta
com o lixo do mundo, o caluniador traz no coração largas doses de fel e veneno que lhe flagelam a vida, e o perverso tem a infelicidade de cair nas armadilhas que tece para os outros. O perdão é a única resposta que merecem, porque são bastante desditosos por si mesmos.
― E que reação assumir perante os que perseguem? ― inquiriu Jessé, preocupado.
― Quem persegue os semelhantes tem o espírito em densas trevas e mais se assemelha ao cego desesperado que investe contra os fantasmas da própria imaginação, arrojando-se ao fosso do sofrimento.
Por esse motivo, o socorro espiritual é o melhor remédio para os que nos atormentam...
― E que punição reservar aos que nos ferem o corpo, assaltando-nos o brio? ― perguntou Eliakim espantado. ― Refiro-me àqueles que nos vergastam a face e fazem sangrar o peito...
― Quem golpeia pela espada, pela espada será golpeado também, até que reine o Amor Puro na Terra ― explicou o Mestre, sem pestanejar. ― Quem se rende às sugestões do crime é um doente perigoso que devemos corrigir com a reclusão e com o tratamento indispensável. O sangue não apaga o sangue e o mal não retifica o mal...
E, espraiando o olhar doce e lúcido pelos circunstantes, continuou:
― É imperioso saibamos amar e educar os semelhantes com a força de nossas convicções e conhecimentos, a fim de que o Reino de Deus se estenda no mundo... As Boas Novas de Salvação esperam que o santo ampare o pecador, que o são ajude o enfermo, que a vítima auxilie o verdugo...
Para isso, é imprescindível que o perdão incondicional, com o olvido de todas as ofensas, assegure a paz e a renovação de tudo...
 Nesse ínterim, uma criança doente chorou em alta voz num aposento contíguo.
O Mestre pediu alguns instantes de espera e saiu para socorrê-la, ,as, ao regressar, debalde buscou a presença dos aprendizes fervorosos e entusiastas.
Na sala modesta de Pedro não havia ninguém.

Livro: Contos Desta E De Outra Vida– Humberto de Campos –  Irmão X




ANTE O PODER DO AMOR

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna  – João, 3:16

  Ninguém conseguiria manter a ordem sem a justiça, mas ninguém constrói a paz sem amor.
  Não se negará merecimento à colônia penal que reúne os doentes de espírito, como não se recusa apreço ao hospital que congrega os doentes do corpo; mas assim como na instituição de saúde somente o desvelo do amor é capaz de assegurar o preciso êxito às instruções da medicina, nos estabelecimentos de regeneração apenas o trabalho do amor garante a recuperação da lei que traça disposições para o equilíbrio social.
  Muitos falarão de esforço corretivo perante os erros do mundo: não lhes desconsiderarás as razões, quando justas, todavia, precedendo quaisquer medidas de coerção referir-te-as ao amor que restaura.
  Muitos apontarão os perigos resultantes das deficiências do próximo; não lhes desrespeitarás a argumentação, quando sincera, mas antes de tudo providenciarás a obtenção de remédio que as reduza.
  Assim, deve ser, de vez que por enquanto, na Terra, para legiões de acusadores, diante das vítimas do mal, existem raros advogados para o socorro do bem.
  Ama sempre.
E quando estiveres a ponto de descrer do poder do amor, lembra-te do Cristo; o Senhor sabia que o mundo de seu tempo estava repleto de espíritos endividados perante a Lei, que Ele não poderia invalidar os arestos da justiça para o reajustamento dos culpados, compreendia que as criaturas hipnotizadas pelo vício não lhe dariam atenção, que deveria contar com a hostilidade daqueles mesmos a quem se propunha  beneficiar, permanecia convicto de que o extremo sacrifício lhe seria o coroamento da obra; entretanto, consubstanciando em si mesmo o infinito amor que Deus consagra à Humanidade, veio ao mundo, mesmo assim.


Emmanuel - Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier. Do livro Bênção de Paz





TRAÇOS DO INIMIGO
 Quando Jesus nos exortou ao amor pelos inimigos, indicou-nos valioso trabalho imunológico em favor de nós mesmos.
Se trazes a consciência tranquila, diante da criatura que, acaso, te injurie, estarás na mira de uma pessoa evidentemente necessitada de compreensão e de auxílio espiritual.
O adversário gratuito pode estar desinformado a teu respeito e, por isso, reclama esclarecimento e não represália.
Talvez esteja experimentando certa inveja dos recursos de que dispões e, em vista disso, necessitará de caridade e silêncio para que não seja induzido ao desespero.
Sofrerá provavelmente de miopia espiritual, diante dos objetivos superiores pelos quais te orientas e, por essa razão, aguarda tolerância, até que o entendimento se lhe amadureça.
Será possivelmente um candidato à luta competitiva com os teus esforços em realização determinada e, por isso, reclama respeito para que não caia em perdas de vulto.
Repontará do cotidiano por alguém intentando fazer a tarefa de que te incumbes e, por semelhante motivo, merece vibrações de paz, a fim de que encontre encargos idênticos aos teus.
Por fim, talvez surja na condição de doente da alma, sob a influência de obsessões ocultas e, em vista disso, precisará de compaixão.
Jesus conhecia esses lances de desequilíbrio da personalidade humana e, naturalmente, nos impulsiona ao perdão e aa prece, em auxílio de quantos se nos façam agressores.
É que não adianta passar recibos ao mal, de vez que estaríamos ambientando em nós mesmos, as dificuldades e deficiências dos nossos perseguidores.
Amar aos inimigos será abençoá-los, desejando-lhes a tranquilidade de que carecem, livrando-nos, antecipadamente, de quaisquer entraves com que nos desejem marcar o caminho.
Abençoar aos que nos insultem ou maltratem é o melhor processo de entregá-los ao mundo deles próprios, sustentando-nos em paz, ante as bênçãos das Leis de Deus.

Do livro: Amigo - Psicografia: Francisco Candido Xavier. - Pelo espírito de: Emmanuel.




NECESSITADOS DIFÍCEIS

 E - Cap. XII - Item 1

Em muitas circunstâncias na Terra, interpretamos as horas escuras como sendo unicamente aquelas em que a aflição nos atenaza a existência, em forma de tristeza, abandono, enfermidade, privação...
O espírita, porém, sabe que subsistem outras, piores talvez...
Não ignora que aparecem dias mascarados de felicidade aparente, em que o sentimento anestesiado pela ilusão se rende à sombra.
Tempos em que os companheiros enganados se julgam certos...
Ocasiões em que os irmãos saciados de reconforto sentem fome de luz e não sabem disso...
Nem sempre estarão eles na berlinda, guindados, à evidência pública ou social, sob sentenças exprobatórias ou incenso louvaminheiro da multidão...
Às vezes, renteiam conosco em casa ou na vizinhança, no trabalho ou no estudo, no roteiro ou no ideal... O espírita consciente reconhece que são eles os necessitados difíceis das horas escuras. Em muitos lances da estrada vê-se obrigado a comungar-lhes a presença, a partilhar-lhes atividade, a ouvi-los e a obedecê-los, até o ponto doméstico lhe preceituem determinadas obrigações.
Entretanto, observa que para lhes ser útil, não lhe será lícito efetivamente aplaudi-los, à maneira do caçador que finge ternura à frente da presa, afim de esmagá-la com mais segurança.
Como, porém, exercer a solidariedade, diante deles? - perguntarás. Como menosprezá-los se carecem de apoio?
Precisamos, no entanto, verificar que, em muitos requisitos do concurso real, socorrer não será sorrir.
Todos conseguimos doar cooperação fraternal aos necessitados difíceis das horas escuras, seja silenciando ou clareando situações, nas medidas do entendimento evangélico, sem destruir-lhes a possibilidade de aprender, crescer, melhorar e servir, aproveitando os talentos da vida , no encargo que desempenham e na tarefa que o Mestre lhes confiou. Mesmo quando se nos façam adversários gratuitos, podemos auxiliá-los...
Jesus não recomendou festejar os que nos apedrejem a consciência tranqüila e nem nos ensinou a arrasá-los. Mas, ciente de que não nos é possível concordar com eles e nem tampouco odiá-los, exortou-nos claramente: "amai os vossos inimigos, orai pelos que vos perseguem e caluniam!..."
É assim que a todos os necessitados difíceis das horas escuras, aos quais não nos é facultado estender os braços de pronto, podemos amar em espírito, amparando-lhes o caminho, através da oração.
De Opinião Espírita, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz




DIANTE DA JUSTIÇA
“...Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” – Jesus. (MATEUS, 5:20.)

Escribas e fariseus assumiam atitudes na pauta da Lei Antiga.
Olho por olho, dente por dente.
Atacados, devolviam insulto.
Perseguidos, revidavam, cruéis.
Com Jesus, porém, a justiça fez-se a virtude de conferir a cada qual o que lhe compete, segundo a melhor consciência.
Ele mesmo começou por aplicá-la a si próprio.
Enredado nas trevas pela imprudência de Judas, não endossa condenação ou desforço.
Abençoa-o e segue adiante, na certeza de que o amigo inconstante já carregava, consigo mesmo, infortúnio suficiente para chorar.
Ainda assim, porque o Mestre nos haja ensinado o amor sem lindes, isso não significa que os discípulos do Evangelho devam caminhar sem justiça, na esfera das próprias lutas.
 Apenas é forçoso considerar que, no padrão de Jesus, a justiça não agrava os problemas do devedor, reconhecendo-lhe, ao invés disso, as necessidades que o recomendam à compaixão, sem furtar-lhe as possibilidades de reajuste.
Se ofensas, pois, caírem-te na alma, compadece-te do agressor e prossegue à frente, dando ao mundo e à vida o melhor que possas.
Aos que tombam na estrada, basta o ferimento da queda; e aos que fazem o mal, chega o fogo do remorso a comburir-lhes o coração.
Emmanuel – Palavras de Vida Eterna – Francisco Candido Xavier



CRISTÃOS

 "Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo algum entrareis no Reino dos Céus." - Jesus. (MATEUS, 5 :20.)

 Os escribas e fariseus não eram criminosos, nem inimigos da Humanidade.
 Cumpriam deveres públicos e privados.
 Respeitavam as leis estabelecidas.
 Reverenciavam a Revelação Divina.
 Atendiam aos preceitos da fé.
 Jejuavam.
 Pagavam impostos.
 Não exploravam o povo.
 Naturalmente, em casa, deviam ser excelentes mordomos do conforto familiar.
 Entretanto, para o Emissário Celeste a justiça deles deixava a desejar.
 Adoravam o Eterno Pai, mas não vacilavam em humilhar o irmão infeliz.
 Repetiam fórmulas verbais no culto à prece, todavia, não oravam expondo o coração.
 Eram corretos na posição exterior, contudo, não sabiam descer do pedestal de orgulho falso em que se erigiam, para ajudar o próximo e desculpá-lo até o próprio sacrifício.
 Raciocinavam perfeitamente no quadro de seus interesses pessoais, todavia, eram incapazes de sentir a verdadeira fraternidade, suscetível de conduzir os vizinhos ao regaço do Supremo Senhor.
 Eis por que Jesus traça aos aprendizes novo padrão de vida.
 O cristão não surgiu na Terra para circunscrever-se à casinhola da personalidade; apareceu, com o Mestre da Cruz, para transformar vidas e aperfeiçoá-las com a própria existência que, sob a inspiração do Mentor Divino, será sempre um cântico de serviço aos semelhantes, exalçando o amor glorioso e sem-fim, na direção do Reino dos Céus que começa, invariavelmente, dentro de nós mesmos.
Livro: Vinha de Luz - Emmanuel - Psicografia de Francisco Candido Xavier



ANTE OFENSAS

“Porque vos digo que se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no Reino dos Céus.” – JESUS. (Mateus, 5:20.)

  A fim de atender à recomendação de Jesus – “amai-vos uns aos outros como eu vos amei” - , não te colocarás tão-somente no lugar do irmão necessitado de socorro material para que lhe compreendas a indigência com segurança; situar-te-ás também na posição daquele que te ofende para que lhe percebas a penúria da alma, de modo a que lhe estendas o concurso possível.
  Habitualmente aquele que te fere pode estar nos mais diversos graus de dificuldades e perturbação.
  Talvez esteja:
  no clima de enganos lastimáveis dos quais se retirará, mais tarde, em penosas condições de arrependimento;
  sofrendo a pressão de constrangedores processos obsessivos;
  carregando moléstias ocultas;
  evidenciando propósitos infelizes sob a hipnose da ambição desregrada, de que se afastará, um dia, sob os desencantos da culpa;
  agindo com a irresponsabilidade decorrente da ignorância;
  satisfazendo a compulsões da loucura ou procedendo sem autocrítica, em aflitivo momento de provação.
  Por isso mesmo, exortou-nos Jesus a amar os inimigos e a orar pelos que nos perseguem e caluniam. Isso porque somos inconseqüentes toda vez que passamos recibo a insultos e provocações com os quais nada temos que ver.
  Se remos o espírito pacificado no dever cumprido, a que título deixar a estrada real do bem, a fim de ouvir as sugestões das trevas nos despenhadeiros do mal? Além disso, se estamos em paz, à frente de irmãos nossos, envolvidos em sombra ou desespero, não seria justo nem humano agravar-lhes o desequilíbrio com reações impensadas, quando os sãos, perante Jesus, são chamados a socorrer os doentes, com a sincera disposição de compreender e servir, aliviar e auxiliar.
Francisco Cândido Xavier - Livro Ceifa de Luz - Pelo Espírito Emmanuel



CRÍTICA

Se você está na hora de criticar alguém, pense um pouco, antes de iniciar.
Se o parente está em erro, lembre-se de que você vive junto dele para ajudar.
Se o irmão revela procedimento lamentável, recorde que há moléstias ocultas que podem atingir você mesmo.
Se um companheiro faliu, é chegado o momento de substituí-lo em trabalho, até que volte.
Se o amigo está desorientado, medite nas tramas da obsessão.
Se o homem da atividade pública parece fora do eixo, o desequilíbrio é problema dele.
Se há desastres morais nos vizinhos, isso é motivo para auxílio fraterno, porquanto esses mesmos desastres provavelmente chegarão até nós.
Se o próximo caiu em falta, não é preciso que alguém lhe agrave as dores de consciência.
Se uma pessoa entrou em desespero, no colapso das próprias energias, o azedume não adianta.
Ainda que você esteja diante daqueles que se mostram plenamente mergulhados na loucura ou na delinqüência, fale no bem e fuja da crítica destrutiva, porque a sua reprovação não fará o serviço dos médicos e dos juizes indicados para socorre-los, e, mesmo que a sua opinião seja austera e condenatória, nisso ou naquilo, você não pode olvidar que a opinião de Deus, Pai de nós todos, pode ser diferente.

ANDRÉ LUIZ - Francisco Cândido Xavier Livro: Espírito da Verdade




MAIS ALTO

  "Se amais somente os que vos amam, qual é a vossa recompensa?" - JESUS. (Lucas, 6:32.).

  Evidentemente, é sempre fácil estimar os que nos amam, valorizar os que nos servem, apoiar os que nos aplaudem, alegrarmo-nos com aqueles que se nos regozijam com a presença, solidarizarmo-nos com os que nos seguem, louvar os que nos reverenciam, ajudar companheiros agradecidos e trabalhar com os que se afinam conosco.
  Em Jesus, porém, a vida nos impele a diretrizes mais altas.
  É preciso desculpar os ofensores e orar por eles, compreender os que nos desajudem, respeitar os que nos desaprovam, abençoar quantos nos criem problemas, prestigiar as causas do bem de todos, ainda quando partam daqueles que não nos comunguem os pontos de vista, admirar os opositores naquilo que demonstrem de útil, auxiliar os irmãos indiferentes ou incompreensivos e contribuir nas boas obras, junto daqueles que nos desconsiderem ou hostilizem.
  Como é fácil de anotar, tudo agrada quando se trate de agir, segundo os padrões de vivência que nos lisonjeiem a personalidade; entretanto, para servir com o Cristo, é necessário colaborar na construção do Reino do Amor, com a obrigação de erguer-nos mais alto, para esquecer o próprio egoísmo e realizar algo diferente.

 Francisco Cândido Xavier - Livro Ceifa de Luz - Pelo Espírito Emmanuel




INIMIGOS
 “Amai, pois, os vossos inimigos.” – Jesus. (Lucas, 6:35).

A afirmativa do Mestre Divino merece meditação em toda parte. Naturalmente que a recomendação, quanto ao amor aos inimigos, pede análise especial.
A multidão, em geral, não traduz o verbo amar senão pelas atividades cariciosas. Para que um homem demonstre capacidade afetiva, ante os olhos vulgares, precisará movimentar imenso cabedal de palavras e atitudes ternas, quando sabemos que o amor pode resplandecer no coração das criaturas sem qualquer exteriorização superficial. Porque o Pai nos confira experiências laboriosas e rudes, na terra ou noutros mundos, não lhe podemos atribuir qualquer negação de amor.
No terreno a que se reporta o Amigo Divino, é justo nos detenhamos em legítimas ponderações.
Onde há luta há antagonismo, revelando a existência de circunstâncias com as quais não seria lícito concordar em se tratando de bem comum. Quando o Senhor nos aconselhou amar os inimigos, não exigiu aplausos ao que rouba ou destrói, deliberadamente, nem mandou multiplicarmos as asas da perversidade ou da má fé. Recomendou, realmente, auxiliarmos os mais cruéis; no entanto, não com aprovação indébita e sim com a disposição sincera e fraterna de ajudá-los a se reerguerem para a senda divina, através da paciência, do recurso construtivo ou do trabalho restaurador. O Mestre, acima de tudo, preocupou-se em preservar-nos contra o veneno do ódio, evitando-nos a queda em disputas inferiores, inúteis ou desastrosas.
Ama, pois, os que se mostram contrários ao teu coração, amparando-os fraternalmente com todas as possibilidades de socorro ao teu alcance, convicto de que semelhante medida te livrará do calamitoso duelo do mal contra o mal.
Emmanuel

Emmanuel - Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier




 COMPAIXÃO E SOCORRO

 “Amai, pois, a vossos inimigos “ JESUS LUCAS, 6:35.

“Se o amor do próximo constitui a principio da caridade, amar os inimigos é a mais sublime aplicação desse principio, porquanto a posse de tal virtude representa uma das maiores vitórias alcançadas contra a egoísmo e o orgulho. ” - Cap.12, 3

Não apenas os nossos adversários costumam cair.
É preciso entender que as situações constrangedoras não aparecem unicamente diante daqueles que não nos comungam os ideais, cujas deficiências, por isso mesmo, estamos naturalmente inclinados a procurar e reconhecer.
As criaturas que mais amamos também erram, como temos errado e adquirem compromissos indesejáveis, como, tantas vezes, temos nós abraçado problemas difíceis de resolver.
E todos eles, - os irmãos que resvalam na estrada, decerto pedem palavras que os esclareçam e braços que os levantem.
Tanto quanto nós, na travessia das trevas interiores, quando as trevas interiores nos tomam de assalto, reclamam compaixão e socorro, ao invés de espancamento e censura.
Ainda assim, compaixão, e socorro não significam aplauso e conivência para com as ilusões de que devemos desvencilhar-nos.
Em verdade, exortou-nos Jesus a deixar conjugados, o trigo e o joio, na gleba da experiência, de vez que a Divina sabedoria separará um do outro, no dia da ceifa, mas não nos recomendou sustentar reunidos a planta útil e a praga que a destrói.
A vista disso, a compaixão e o socorro expressam-se no cultivador, através da bondade vigilante, com que libertará o vegetal proveitoso larva que o carcome.
O papel da compaixão é compreender.
A função do socorro é restaurar.
Mas se a compaixão acalenta o mal reconhecido, a título de ternura, converte-se em anestesia da consciência e se o socorro suprime o remédio necessário ao doente, a pretexto de resguardar-lhe o conforto, transforma-se na irresponsabilidade fantasiada de carinho, apressando-lhe a morte.
Reconhecendo, pois, que todos somos suscetíveis de queda, saibamos estender incessantemente compaixão e socorro, onde estivermos, sem escárnio para com as nossas feridas e sem louvor para com as nossas fraquezas, agindo por irmãos afetuosos e compassivos mas sinceros e leais uns dos outros, a fim de continuarmos, todos juntos, na construção do Bem Eterno, trabalhando e servindo, cada qual de nós, em seu próprio lugar.

Emmanuel - do livro  O Livro da Esperança - Psicografado por Francisco Cândido Xavier




UM IMPULSO NATURAL

"...Esse sentimento resulta mesmo de uma lei física: a da assimilação e da repulsão dos fluídos..." "...daí a diferença de sensações que se experimenta à aproximação de um amigo ou de um inimigo..." "...Amar os inimigos...é não ter contra eles nem ódio, nem rancor, nem desejo de vingança..." (Cap.XII, item 3)

"Amar os inimigos não é, pois, ter para com eles uma afeição que não está na Natureza, porque o contato de um inimigo faz bater o coração de maneira bem diferente do de um amigo".
Na investigação profunda da raiva, do rancor ou da ira, devemos considerar os poderosos e irracionais impulsos de agressividade, espontâneos e inatos na psique humana.
São emoções ou formações psíquicas que o espírito partilha com o mundo animal, do qual faz parte e de onde evoluiu. A moderna teoria evolucionista, deve mais a Charles Darwin do que a qualquer outro evolucionista, pois foi toda ela construída nas bases de sua obra institulada "A Origem das Espécies".
Hoje está provado cientificamente que as criaturas humanas sofreram um processo de evolução extraordinário. Somente do hominídeo pré-histórico denominado de "Java" ou "Pithecanthopus erectus" até o homem moderno, transcorreram milhares e milhares de anos de desenvolvimento e aprimoramento do organismo do ser vivo.
Dessa forma, não podemos separar a Natureza de nós mesmos, pois também somos Natureza, já que pertencemos aos mesmos departamentos da vida, desde o mineral, vegetal, animal até ao homem.
Na Natureza tudo foi criado com um objetivo e função, porque nada do que está em nós está errado. O que acontece é que, muitas vezes, usamos mal - ou seja, não aprendemos a usar convenientemente e dentro de um senso de equilíbrio — as possibilidades mais íntimas de nossa alma imortal.
Em nossos parentes distantes, os animais irracionais, existe o impulso do ataque/defesa. Manifesta-se também em nós esse mesmo impulso, denominado "instinto de destruição".
É ele uma das primeiras manifestações da lei de preservação, da sobrevivência dos animais em geral, e imprescindível defendê-los dos perigos da vida.
Nos dias atuais, o termo "raiva" talvez tenha sido interpretado como sendo somente crueldade, violência, vingança, quando, na realidade, significa primordialmente "estado de alerta", visto que essa energia emocional nos aguça todos os demais sentidos, para uma eventual necessidade de proteção e apoio a qualquer fato ou situação que nos coloque em ameaça.
Esse impulso natural possibilita à nossa mente uma maior oportunidade de elaboração, percepção e raciocíonio, deixando-nos alerta para enfrentar e sustentar as mais diversas dificuldades.
Ativa nossos desejos de realização, impulsiona ações determinantes para rompermos a timidez e constrangimentos, encoraja-nos a nos colocar no meio social e estimula-nos a defesa/fuga diante de situações de risco.
Em vista disso, entendemos que exaltação, irritação, melindre, raiva, ódio, violência ou crueldade fazem parte da mesma família desse impulso, bem como coragem, persistência, determinação, audácia, valentia.
Podemos sentir essas mesmas emoções, em níveis diversos de intensidade, de conformidade com nosso grau de evolução, conceituando esse ímpeto com nomenclaturas diversificadas.
A etimologia da palavra "emoção" significa "movimento para fora" e pode ser conceituada como sendo "movimento que sobe ou emerge em face de um possível estado de prazer ou dor".
Emoções de "construção", assim denominadas a simpatia e o afeto, aparecem com a "antecipação do prazer"; já as emoções de "destruição", também conhecidas como raiva ou irritação, surgem com a "antecipação da dor".
Destruição e construção, isto é, raiva e prazer, são os grandes impulsos de onde derivam todos os demais. Os instintos de construção e destruição são as fontes primitivas às quais todo o processo da vida está ligado e, por certo, o seu controle e direcionamento darão um melhor ou pior curso em nossa existência e em nosso crescimento pessoal.
Portanto, quando ao ser humano é negado o direito de expressar sua raiva ou prazer, castrado nos seus primeiros anos de vida, torna-se uma criança indefesa, com tendência a ter uma personalidade tímida, medrosa e passiva.
Já as "tolerâncias ilimitadas" dos pais nessas áreas induzirão o menor a se confundir com o uso de seus impulsos de agressividade e afeto, podendo atingir igualmente, em seu estado adulto, comportamentos apáticos e demonstrar uma enorme falta de iniciativa, infantilização ou superlativa dependência do lar.
Grande parte dos professores, tios, pais e avós mantêm uma forma de visão preconceituosa e obstinada sobre a "raiva", soterrando os instintos inatos da criança, castigando-a vendo-a como criatura má e imperfeita, a qual atribuem atitudes reprováveis.
Por acreditarem que tais energias emocionais sejam completamente condenáveis e inadmissíveis, é que forçam os pequenos a ser, a qualquer preço, "adaptados" e "bem comportados", à maneira deles.
Isso irá gerar mais adiante posturas de isolamento e distanciamento dos adultos, por lhes ter sido negado o exercício de aprender a comandar suas mais importantes e primitivas emoções.
Na contenção da raiva no adulto, notamos o escoamento do instinto para outros órgãos do corpo físico, surgindo sim a somatização com o aparecimento neles dos primeiros sinais de doença, pois para lá que a energia reprimida se transferiu e se localizou.
Em outras situações, as manifestações do descontrole dessas energias geram crises de fúria, predisposições ao suicídio, apatias, acerbações sexuais, paralisias histéricas, sentimentos de culpa, fobias e outros tantos transtornos espirituais e mentais.
Todas as vezes que somos incomodados ou defrontados com agressores, o impulso de raiva vai surgir. Ele é automático, é nosso "estado de alerta", que nos vigia e que nos defende de de tudo aquilo que pode nos comprometer ou destruir.
Nas criaturas mais amadurecidas, contudo, os impulsos instintivos moldaram-se à sua mentalidade superior, e passaram a controlá-los, canalizando-os de forma mais adequada e coerente.
Esses dois impulsos fundamentais, o prazer e a raiva, nesses mesmos indivíduos foram depurados em seus estados primitivos - atividades eróticas e violentas - e transformados nas atividades das áreas afetiva e de iniciativa com determinação.
Essencialmente, porém, é preciso dizer que o ato de transformação do impulso de destruição não requer a "anulação" ou "extinção" dele em nossa intimidade, e sim o aprendizado de transmutá-lo, observando o que diz literalmente a palavra "transformação", oriunda do latim: "trans" quer dizer "através de"; "forma", o modo pelo qual uma coisa existe ou se manifesta; e "actio", "ação".
Entendemos por fim que, "através de novas ações, mudaremos as formas pelas quais a raiva se manifesta", sem, todavia, aniquilá-las ou exterminá-las. Com essa visão, a proposta salutar de canalizar e sublimar a agressividade é promover-nos profissionalmente, criando atividades educativas, usando práticas do esporte e outras tantas realizações.
Todos aqueles que se dedicam às atividades nas áreas da criatividade, como poetas, pintores, oradores, escultores, artesãos, escritores, compositores e outros, fazem parte das criaturas que direcionam seus impulsos de agressividade para as artes em geral, sublimando-os.
Por sua vez, os que se exercitam fisicamente constituem exemplos clássicos daqueles que escoam naturalmente para o esporte sua energia de raiva. Outros tantos a transformam, redirecionando-a para as atividades junto aos carentes, nas obras e instituições de promoção e assistência social.
Quando as crianças insistirem em cortar, destruir, quebrar, arrancar, esmagar, torcer, bater ou amassar, estão apenas manuseando suas emoções emergentes de raiva ou seus impulsos agressivos, para que saibam usá-los no futuro com controle e conveniência. Em vez de censurá-los e criticá-los, devemos oferecer-lhes um "material adequado", para que essas manifestações possam ocorrer plenamente, sem dissabores ou demais prejuízos.
Desse modo, "amar os inimigos não é, pois, ter para com eles uma afeição que não está na Natureza". Nossas emoções são energias que obedecem às leis naturais da vida, são previstas nos estatutos da "Lei de destruição" e da "Lei de conservação e agem mecanicamente, pois são disparadas ao detectarmos nossos adversários.
Não obstante, "o contato de um inimigo faz bater o coração de maneira bem diferente do de um amigo", quer dizer, a emoção energética da raiva ativa a glândula supra-renal que libera a adrenalina no sangue. O coração acelera, a pressão arterial sobe, a respiração se intensifica, os músculos se contraem; daí sentirmos essa sensação estranha e incômoda.
Em síntese, "amar" os inimigos ou adversários, na interpretação do ensino de Jesus Cristo, não é nutrir por eles ódio ou qualquer propósito de vingança, nem mesmo desejar-lhe mal algum. Acima de tudo, o Mestre queria dizer que nas emoções inatas de raiva, em nosso atual contexto evolutivo não querem, em verdade, destruir nada do que está "fora nós", como se fazia nos primórdios da evolução.
Ao contrário, elas querem nos defender, destruindo conceitos, atitudes e pensamentos "dentro de nós", os quais nos tornam suscetíveis e vulneráveis ao mundo e, conseqüentemente, nos fazem ser atacados, machucados e ofendidos.
Livro: Renovando Atitudes - Hammed – Francisco do Espírito Santo Neto



AMBIENTE ESPIRITUAL

Há, sem dúvida, uma tarefa especial, particularmente destinada aos espíritas, à margem das obrigações que lhes são peculiares: a formação de ambiente adequado ao trabalho edificante dos Bons Espíritos.
Conscientes de que somos sustentados por legiões de instrutores, domiciliados em planos sublimes, e informados de que eles se propõem amparar a humanidade, será justo relegar tão-somente a médiuns e fenômenos a cooperação com eles? Aliás, é necessário considerar que a mediunidade deve ser laboriosamente burilada, a fim de refleti-los, e que os fenômenos quase sempre se perdem na cinza da dúvida ou na corrente tumultuária da discussão.
Todos nós estamos convocados a colaborar com os mensageiros do Senhor, notadamente no sentido de preparar-lhes ambiente favorável à manifestação.
Para isso, principiemos por banir do cérebro toda idéia de crueldade, violência, pessimismo, azedume. . . Diante de qualquer pessoa, sintamo-nos à frente de criatura irmã que aguarda de nossa parte o amor com que fomos aquinhoados pela Providência Divina.
No repouso ou na atividade, no lar ou na via pública, atendamos à harmonização e à serenidade. Conversando, evitemos imagens de irritação ou de maledicência. Fujamos de repisar comentários em torno de escândalos e crimes, detendo-nos em casos escabrosos apenas o tempo imprescindível ao esclarecimento da verdade, sem converter a sinceridade em botija de fel. Comuniquemos alegria e confiança aos que convivem conosco. Tenhamos a coragem de praticar o bem que apregoamos, buscando com diligência a ocasião de servir.
Se surge o impositivo de alguma retificação, em nosso círculo de trabalho, coloquemo-nos no lugar do corrigido para que a brandura nos aconselhe, e, doando algo, situemo-nos na posição de quem recebe, para que a vaidade não se nos insinue na plantação de solidariedade.
É forçoso recordar, sobretudo, que os alicerces de qualquer ambiente espiritual começam nas forças do pensamento.
Todos nós, os desencarnados e encarnados que nos vinculamos à seara espírita-cristã, contamos com o apoio dos Instrutores da Vida Maior. Isso é mais que natural, ante as necessidades que nos assinalam a senda, mas não nos será lícito esquecer que eles também esperam por nosso auxílio, a fim de que possam mais amplamente auxiliar.
Livro: Estude E Viva - Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel E André Luiz


INFLUENCIAÇÕES ESPIRITUAIS SUTIS

Sempre que você experimente um estado de espírito tendente ao derrotismo, perdurado há várias horas, sem causa orgânica ou moral de destaque, avente a hipótese de uma influenciação espiritual sutil.
Seja claro consigo para auxiliar os Mentores Espirituais a socorrer você. Essa é a verdadeira ocasião de humildade, da prece, do passe.
Dentre os fatores que mais revelam essa condição da alma, incluem-se: dificuldade de concentrar idéias em motivos otimistas; ausência de ambiente íntimo para elevar sentimentos em oração ou concentrar-se em leitura edificante;
indisposição inexplicável, tristeza sem razão aparente e pressentimentos de desastres
imediatos; aborrecimentos imanifestos por não encontrar semelhantes ou assuntos sobre quem ou o que descarregá-los; pessimismos sub-reptícios, irritações surdas, queixas, exageros de sensibilidade e
aptidão a condenar quem não tem culpa; interpretação forçada de fatos e atitudes suas ou dos outros, que você sabe não corresponder à realidade; hiperemotividade ou depressão raiando na iminência de pranto; ânsia de investir-se no papel de vítima ou de tomar uma posição absurda de auto martírio; teimosia em não aceitar, para você mesmo, que haja influenciação espiritual para consigo, mas passados minutos ou horas do acontecimento, vêm-lhe a mudança de impulsos, o arrependimento, a recomposição do tom mental e, não raro, a constatação de
que é tarde para desfazer o erro consumado.
São sempre acompanhamentos discretos e eventuais por parte do desencarnado e imperceptíveis ao encarnado pela finura do processo.
O Espírito pode estar tão inconsciente de seus atos que os efeitos negativos se fazem sentir como se fossem desenvolvidos pela própria pessoa.
Quando o influenciador é consciente, a ocorrência é preparada com antecedência e meticulosidade, às vezes, dias e semanas antes do sorrateiro assalto, marcado para a oportunidade de encontro em perspectiva, conversação, recebimento de carta clímax de negócio ou crise imprevista de serviço.
Não se sabe o que tem causado maior dano à Humanidade: se as obsessões espetaculares, individuais e coletivas, que todos percebem e ajudam a desfazer ou isolar, ou se essas meio-obsessões de quase obsidiados, despercebidas, contudo bem mais freqüentes, que minam as energias de uma só criatura incauta, mas influenciando o roteiro de legiões de outras.
Quantas desavenças, separações e fracassos não surgem assim?
Estude em sua existência se nessa última quinzena você não esteve em alguma circunstância com características de influenciação espiritual sutil. Estude e ajude a você mesmo.
Livro: Estude E Viva - Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel E André Luiz







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O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES
LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

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