1 – Porque não é boa a árvore a que dá maus frutos, nem
má árvore a que dá bons frutos. Porquanto cada árvore é conhecida pelo seu
fruto. Porque nem os homens colhem figos dos espinheiros, nem dos abrolhos
vindimam uvas. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem
mau, do mau tesouro tira o mal. Porque, do que está cheio o coração, disso é
que fala a boca. (Lucas, VI: 43-45).
2 – Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós com
vestidos de ovelhas, e por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os
conhecereis. Porventura os homens colhem uvas dos espinheiros, ou figos dos
abrolhos? Assim, toda árvore boa dá bons frutos, e a árvore má dá maus frutos.
Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar bons frutos. Toda
árvore que não dá bons frutos será cortada e lançada no fogo. Assim, pois,
pelos seus frutos os conhecereis. (Mateus, VII: 15-20).
3 – E respondendo Jesus, lhes disse: Vede, não vos engane
alguém; porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão
a muitos. – E levantar-se-ão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E
porquanto multiplicar-se-á a iniqüidade, se resfriará a caridade de muitos. Mas
o que perseverar até o fim, esse será salvo. – Então, se alguém vos disser:
Olhai, aqui está o Cristo; ou, ei-lo acolá, não lhe deis crédito. Porque se
levantarão falsos cristos e falsos profetas, que farão grandes prodígios, e
maravilhas tais, que, se fora possível, até os escolhidos se enganariam.
(Mateus, XXIV: 4-5, 11-13, 23-24; Marcos, XIII: 5-6, 21-22)
TEXTOS DE APOIO
FRUTOS
“Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.” — Jesus.
(MATEUS. Capítulo 7, versículo 20.)
O mundo atual, em suas elevadas características de
inteligência, reclama frutos para examinar as sementes dos princípios.
O cristão, em razão disso, necessita aprender com a boa
árvore que recebe os elementos da Providência Divina, através da seiva, e
converte-os em utilidades para as criaturas.
Convém o esforço de auto-análise, a fim de identificarmos
a qualidade das próprias ações.
Muitas palavras sonoras proporcionam simplesmente a
impressão daquela figueira condenada.
É indispensável conhecermos os frutos de nossa vida, de
modo a saber se beneficiam os nossos irmãos.
A vida terrestre representa oportunidade vastíssima,
cheia de portas e horizontes para a eterna luz.
Em seus círculos, pode o homem receber diariamente a
seiva do Alto, transformando-a em frutos de natureza divina.
Indiscutivelmente, a atualidade reclama ensinos
edificantes, mas nada compreenderá sem demonstrações práticas, mesmo porque,
desde a antigüidade, considera a sabedoria que a realização mais difícil do
homem, na esfera carnal, é viver e morrer fiel ao supremo bem.
Emmanuel - Do livro Caminho Verdade e Vida. Psicografia
de Francisco Cândido Xavier.
APARÊNCIAS
" A árvore que produz maus frutos não é boa, e a
árvore que produz bons frutos não é má; porque cada árvore se conhece pelo seu
próprio fruto. Não se colhem figos dos espinheiros e não se cortam cachos de
uva de sobre as sarças..." (Cap. XXI, item 1)
Fugimos constantemente de nossos sentimentos interiores
por não confiarmos em nosso poder pessoal de transformação e, dessa forma,
forjamos um "disfarce" para sermos apresentados perante os outros.
Anulamos qualquer emoção que julgamos ser inconveniente
dizendo para nós mesmos: "Eu nunca sinto raiva", "Nunca guardo
mágoa de ninguém", vestindo assim uma aparência de falsa humildade e
compreensão.
Máscaras fazem parte de nossa existência, porque todos
nós não somos totalmente bons ou totalmente maus e não podemos fugir de nossas
lutas internas. Temos que confrontá-las, porque somente assim é que desbloquearemos
nossos conflitos, que são as causas que nos mantêm prisioneiros diante da vida.
Devemos nos analisar como realmente somos. Nossos
problemas íntimos, se resolvidos com maturidade, responsabilidade e aceitação,
são ferramentas facilitadoras para construirmos alicerces mais vigorosos e
adquirirmos um maior nível de lucidez e crescimento.
Não devemos nunca mantê-los escondidos de nós próprios,
como se fossem coisas hediondas, e sim aceitar essas emoções que emergem do
nosso lado escuro, para que possamos nos ver como somos realmente.
Por não admitirmos que evoluir é experimentar choques
existenciais e promover um constante estado de transformação interior é que, às
vezes, deixamos que os outros decidam quem relmente somos, colocando-nos,
então, num estado de enorme impotência perante nossas vidas.
A maneira como os outros nos percebem tem grande
influência sobre nós. Amigos opressores, religiosos fanáticos, pais dominadores
e cônjuges inflexíveis podem ter exercido muita influência sobre nossas aptidões
e até sobre nossa personalidade.
Portanto, não nos façamos de superiores, aparentando
comportamentos de "perfeição apressada"; isso não nos fará bem
psiquicamente nem ao menos nos dará a oportunidade de fazer autoburilamento.
Deixemos de falsas aparências e analisemos nossas emoções
e sentimentos, aprimorando-os. Canalizadas nossas energias, faremos delas uma
catarse dos fluxos negativos, transmutando-as a fim de integrá-las
adequadamente.
Aceitar nossa porção amarga é o primeiro passo para a
transformação, sem fugirmos para novo local, emprego ou novos afetos, porque
isso não nos curará do sabor indesejável, mas somente nos transportará a um
novo quadro exterior. Os nosso conflitos não conhecem as divisas da geografia,
e, se não encarados de frente e resolvidos, eles permanecerão conosco onde quer
que estejamos na Terra.
Para que possamos fazer alquímia das correntes
energéticas que circulam em nossa alma, procedamos à auto-observação e à
auto-análise de nossa vida interior, sem jamais negar a nós mesmos o produto
delas.
Lembremo-nos de que, por mais que se esforcem as más
árvores para parecer boas, mesmo assim elas não produzirão bons frutos. Também
os homens serão reconhecidos, não pelos aparentes "frutos", não por
manifestarem atos e atitudes mascarados de virtudes, mas por serem criaturas
resolvidas interiormente e conscientes de como funciona sem mundo emocional.
Somente pessoas com esse comportamento estarão aptas a
ser árvores produtoras de frutos realmente bons.
Livro: Renovando Atitudes - Hammed – Francisco do
Espírito Santo Neto
ESPINHEIROS
“Nem se vindimam
uvas dos abrolhos.”— Jesus. (LUCAS, capítulo 6, versículo 44.)
O cristão é um combatente ativo.
Despertando no campo do Senhor, aturde-se-lhe a visão com
a amplitude e complexidade do trabalho.
Dificuldades, tropeços, cipoais, ervas daninhas...
E o Evangelho, com propriedade de conceituação, elucida
que não se pode vindimar nos espinheiros.
Entretanto, teria Jesus assumido a paternidade de
semelhante afirmativa para que cruzemos os braços em falsa beatitude?
Se o terreno permanece absorvido pelos abrolhos, o
discípulo recebeu inúmeras ferramentas do Mestre dos mestres.
Indispensável, pois, enfrentar o serviço.
O Cristo encarou, face a face, o sacrifício pela
Humanidade inteira.
Será a existência de alguns espinheiros a causa de nossos
obstáculos insuperáveis?
Não. Se hoje é impossível a vindima, ataquemos o chão
duro. Lavremos o solo árido. Adubemos com suor e lágrimas.
Haverá sempre chuvas fecundantes do Céu ou generosos
mananciais da Terra, abençoando-nos o esforço.
A Divina Providência reside em toda parte.
Não olvidemos o imperativo do trabalho e, depois, em
lugar dos abrolhos, colheremos o fruto suave e doce da videira.
Emmanuel - Do livro Caminho Verdade e Vida. Psicografia
de Francisco Cândido Xavier.
PARA OS MONTES
"Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes."
Jesus (Mateus - 24:16)
Referindo-se aos instantes dolorosos que assinalaria a
renovação planetária, aconselhou o Mestre aos que estivessem na Judéia procurar
os montes. A advertência é profunda, porque, pelo termo "Judéia",
devemos tomar a "região espiritual" de quantos, pelas aspirações
íntimas, se aproximem do Mestre para a suprema iluminação.
E a atualidade da Terra é dos mais fortes quadros nesse
gênero. Em todos os recantos, estabelecem-se lutas e ruínas. Venenos mortíferos
são inoculados pela política inconsciente nas massas populares. A baixada está
repleta de nevoeiros tremendos. Os lugares santos permanecem cheios de trevas
abomináveis. Alguns homens caminham ao sinistro clarão de incêndios. Aduba-se o
chão com sangue e lágrimas, para a semeadura do porvir.
É chegado o instante de se retirarem os que permanecem na
Judéia para os "montes" das idéias superiores. É indispensável
manter-se o discípulo do bem nas alturas espirituais, sem abandonar a
cooperação elevada que o Senhor exemplificou na Terra; que ai consolide a sua
posição de colaborador fiel, invencível na paz e na esperança, convicto de que,
após a passagem dos homens da perturbação, portadores dos destroços e lágrimas,
são os filhos do trabalho que semeiam a alegria, de novo, e reconstroem o
edifício da vida.
Emmanuel - Do livro Caminho, Verdade e Vida. Psicografia
de Francisco C. Xavier
SEARA ESPÍRITA
“Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois
não se colhem figos no espinheiro nem uvas nos abrolhos.” - JESUS - LUCAS, 6:
44.
“É assim, meus irmãos, que deveis julgar examinando as
obras. Se os que se dizem Investidos de poder divino revelam sinais de uma
missão de natureza elevada, isto é, se possuem no mais alto grau as virtudes
cristãs e eternas: a caridade, o amor, a indulgência, a bondade que concilia os
corações; se, em apoio das palavras, apresentam os atos, podereis então dizer:
Estes são realmente enviados de Deus.” - Cap.21, e.
Penetrando a seara espírita, rememora o Cristianismo
Redivivo, que se lhe configura nas menores atividades, e não te circunscrevas à
expectação.
Em semelhante campo de fé, sem rituais e sem símbolos,
sem convenções e sem exigências, descobrirás facilmente os recomendados do
Senhor, a surgirem naqueles companheiros cujas dificuldades ultrapassam as
nossas.
Pleiteias a mensagem dos entes queridos que te
antecederam na viagem do túmulo, entretanto basta procures e divisarás amigos
diversos que não somente perderam a presença de seres inesquecíveis, mas também
as possibilidades primárias da intimidade doméstica.
Solicitas proteção para os filhos educados nos primores
de tua bênção, agora em obstáculos inquietantes no estudo ou na profissão,
contudo distinguirás, ao teu lado, pais valorosos e incapazes de aliviar as
necessidades singelas dos rebentos da própria carne, sem a assistência do
amparo público.
Diligencias a cura da enfermidade ligeira que te
apoquenta e contemplarás muitos daqueles que trazem moléstias irreversíveis,
para os quais chega uma frase de esperança, a fim de louvarem as dores da
própria vida.
Pedes,
mentalmente, arrimo à solução de negócios materiais que te propiciem finança
mais dilatada, no entanto, surpreenderás os pés desnudos de irmãos que vieram
de longe, à busca de um simples pensamento confortador, vencendo, passo a
passo, largas distâncias, por lhes faltarem quaisquer recursos para o custeio
da condução.
Rogas conselho em assunto determinado, não obstante o
arsenal dos conhecimentos de que dispões, todavia, reconhecerás, frente a
frente, amigos diversos que nunca tiveram, em toda a existência física, a
bendita oportunidade de um livro às mãos.
Se o Plano Superior já te permite pisar na seara espírita
não te limites à prece.
Todos os tipos de rogativa que se voltem para o Bem
Infinito são respeitáveis, no entanto, pensa em nosso Divino Mestre que orou
auxiliando e realiza algo de bom, em favor dos irmãos em Humanidade, que ele
mesmo nos apresenta.
Espiritismo é Cristianismo e Cristianismo quer dizer
Cristo em nós para estender o Reino de Deus e servir em seu nome.
Emmanuel - do
Livro da Esperança. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
BENÇÃO DE DEUS
“Assim toda árvore
boa produz bons frutos”... JESUS-
MATEUS, 7: 7.
“Venho, meus irmãos e meus amigos, trazer-vos o meu
óbolo, a fim de vos ajudar a avançar, desassombradamente, pela senda do aperfeiçoamento
em que entrastes. Nós nos devemos uns aos outros; somente pela união sincera e
fraternal entre os Espíritos e os encarnados será possível a regeneração. ” -
Cap. XVI, 14.
Muitas vezes, criticamos o dinheiro, malsinando-lhe a
existência, no entanto, é lícito observá-lo através da justiça.
O dinheiro não compra a harmonia, contudo, nas mãos da
caridade, restaura o equilíbrio do pai de família, onerado em dívidas
escabrosas.
Não compra o sol, mas nas mãos da caridade, obtém o
cobertor, destinado a aquecer o corpo enregelado dos que tremem de frio.
Não compra a saúde, entretanto, nas mãos da caridade,
assegura proteção ao enfermo desamparado.
Não compra a visão, todavia, nas mãos da caridade,
oferece óculos aos olhos deficientes do trabalhador de parcos recursos.
Não compra a euforia, contudo, nas mãos da caridade,
improvisa a refeição, devida aos companheiros que enlanguescem de tome.
Não compra a luz espiritual, mas, nas mãos da caridade,
propaga a página edificante que reajusta o pensamento a tresmalhar-se nas
sombras.
Não compra a fé, entretanto, nas mãos da caridade, ergue
a esperança, junto de corações tombados em sofrimento e penúria.
Não compra a alegria, no entanto, nas mãos da caridade,
garante a consolação para aqueles que choram, suspirando por migalha de
reconforto.
Dinheiro em si e por si é moeda seca ou papel insensível
que, nas garras da sovinice ou da crueldade é capaz de criar o infortúnio ou
acobertar o vício.
Mas o dinheiro do trabalho e da honestidade, da paz e da
beneficência, que pode ser creditado no banco da consciência tranqüila, toda
vez que surja unido ao serviço e à caridade, será sempre bênção de Deus,
fazendo prodígios.
Emmanuel do livro:
O Livro da Esperança - Psicografado por Francisco Cândido Xavier
PELOS FRUTOS
“Por seus frutos os conhecereis”-Jesus (MATEUS, 7:16).
Nem pelo tamanho.
Nem pela configuração.
Nem pelas ramagens.
Nem pela imponência de copa.
Nem pelos rebentos verdes.
Nem pelas pontas ressequidas.
Nem pelo aspecto brilhante.
Nem pela apresentação desagradável.
Nem pala vetustez do tronco.
Nem pela fragilidade das folhas.
Nem pela casca rústica ou delicada.
Nem pelas flores perfumadas ou inodoras.
Nem pelo aroma atraente.
Nem pelas emanações repulsivas.
Árvore alguma será conhecida ou amada pelas aparências
exteriores, mas sim pelos frutos, pela utilidade, pela produção.
Assim também nosso espírito em plena jornada...
Ninguém que se consagre realmente à verdade dará
testemunho de nós pelo que parecemos, pela superficialidade de nossa vida, pela
epiderme de nossas atitudes ou expressões individuais percebidas ou apreciadas
de passagem, mais sim pela substância de nossa colaboração no progresso comum,
pela importância de nosso concurso no bem geral.
- “PELOS FRUTOS OS CONHECEREIS” – disse o Mestre.
- “PELAS NOSSAS AÇÕES SEREMOS CONHECIDOS” – repetiremos
nós.
Livro Fonte Viva.
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia Francisco C. Xavier
NAS DIRETRIZES DO
EVANGELHO
"Assim, pois, pelos seus frutos os
conhecereis." - Jesus, (Mateus, 7:20)
O Senhor não nos induziu a conhecer o valor da árvore
pelas exterioridades ou dificuldades de sua vinculação com a terra.
Não pela configuração morfológica do tronco.
Nem pelo tecido da folhagem.
Nem pelas flores.
Não mandou se lhe pesquisasse os defeitos de
apresentação, muitas vezes criados pela fúria das tempestades que o exame
posterior dos melhores botânicos não consegue determinar.
Nem recomendou se lhe fixassem as desvantagens causadas
pelos insetos que lhe carcomem as energias e que os obreiros do bem saberão
extirpar a preço de amor.
Nem exigiu se inventariasse o número de viajores que lhe
espancaram ou quebraram os ramos a fim de que lhe apropriarem dos recursos.
O Mestre apenas anunciou que a árvore será sempre
conhecida pelos frutos.
Quando as circunstâncias nos impelirem a julgar ou
analisar os irmãos de experiência e caminho esqueçamos as figurações
passageiras que repontem no lado externo da vida e recordemos o ensino de
Jesus:
- "Pelos frutos os conhecereis."
Emmanuel – Livro Segue-me – Francisco C Xavier
AMIGOS DA GALHOFA
Francisco Candido Xavier.
A página de Albino Teixeira terá nascido de um assunto
que muitas vezes nos preocupa no campo das tarefas espirituais.
Num grupo de amigos íntimos, antes da nossa reunião
costumeira, falávamos a respeito das pessoas menos responsáveis que procuram os
médiuns dedicados a causa espírita, mais no intuito de prejudicar as boas obras
ou desmoralizá-las do que no sadio propósito de colaborar na difusão das
realidades e bênçãos da vida espiritual.
O médium está em serviço ouvindo, por vezes, dezenas e
até mesmo centenas de pessoas. Está imbuído da maior boa vontade para servir,
sem qualquer idéia de remuneração ou destaque pessoal. Em meio as criaturas
sinceras que o procuram, buscando instrução e reconforto, surgem os
companheiros interessados em perturbação e ironia. O médium está ali - ele
mesmo, o médium - evidentemente amparado pela cobertura indireta dos Bons
Espíritos, dos Mensageiros da Vida Maior, informando, cooperando, esclarecendo,
servindo, enfim.
Os amigos da galhofa surgem dizendo-se necessitados.
Inventam nomes supostos de parentes ou amigos, carregam a voz de aflição ou de
choro que não sentem. O médium se enternece. Ele mesmo responde com boa
intenção procurando ajudar, seja com uma frase oral ou com um bilhete escrito
ao suposto necessitado. No caso, o médium é um trabalhador humano procurando
colaborar com os Bons Espíritos e prestar ajuda aos que o buscam, sem
pedir-lhes sequer a identidade. Mas tão logo o médium preste o auxílio de que
possa dispor, declaram os galhofeiros que tudo não passa de mentira que eles
próprios inventaram.
Com essa preocupação fomos as tarefas da noite. Aberto O
Evangelho Segundo o Espiritismo tivemos para estudo os itens 1 e 2 do capitulo
XXI. Ao termino da reunião o devotado missionário do bem, Albino Teixeira, escreveu
por nosso intermédio a página que lhe estou enviando.
Do livro Diálogo
dos Vivos. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier e J.
Herculano Pires.
A MAIOR DIFERENÇA
Albino Teixeira
Aquilo que mais te diferencia na Terra, perante a Vida
Superior, para efeito de promoção espiritual, não será tanto:
haver renascido em um corpo mutilado ou enfermiço;
trazer graves conflitos psicológicos;
residir num lar difícil;
inquietar-te com familiares-problemas;
agüentar frustrações e contratempos;
experimentar o sarcasmo publico;
facear criticas injustas;
tolerar humilhações e pedradas;
suportar injurias ou acusações descabidas;
conhecer a deserção de colaboradores e companheiros;
lutar incessantemente contra as próprias tendências
inferiores;
observar-te sob constante processo obsessivo; carregar
tropeços e
desenganos.
O que mais te destaca, no Plano Físico, ante a Vida
Maior, com vistas a aquisição de melhoria e aperfeiçoamento, no rumo da
Espiritualidade Superior, será sofrer na área de semelhantes provações e
prosseguir trabalhando e servindo, em auxilio aos outros, na prosperidade do
Bem Eterno.
Do livro Diálogo
dos Vivos. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier e J.
Herculano Pires.
O VALOR DO AUXILIO
Irmão Saulo
O valor do auxilio não está na intenção do pedinte, mas
na intenção do doador. Quem trabalha no bem deve dar sem olhar a quem. Ante a
Vida Maior, como ensina Albino Teixeira, o que vale e' o que fazemos em favor
do bem. Se os que nos procuram trazem o coração envenenado, a mente cheia de
suspeitas injustas e o ardil nos lábios, é evidente que são os mais
necessitados. Pois pode haver maior necessidade do que aquela que ignora a si
mesma?
Se os Espíritos Superiores não advertem o médium quanto
às más intenções do consulente, é porque este deve ser socorrido e o médium
precisa aprender a auxiliar até mesmo quando enganado.
O resultado das boas ações é computado pela evolução. O
galhofeiro de hoje evoluirá amanhã e acabara por envergonhar-se de si próprio.
Precisamos considerar que a Terra é ainda um reduto da
ignorância. O consulente ardiloso ignora a extensão da sua maldade. Tanto assim
que busca a verdade através da mentira. Não compreende a importância do ato
mediúnico e por isso não pode avaliar o que faz. Age inconscientemente no uso
da própria consciência. Pode haver maior alienação do que essa? O médium, pelo
contrário, está na plena posse da sua consciência voltada para o bem. Pode
haver maior integridade moral no comportamento humano?
Que importa se o consulente alardear que enganou o
médium? Acaso o médium não é uma criatura humana e, portanto, falível? Quer o
médium gozar da infalibilidade, quer ter algum privilegio na sua condição
humana? Mediunidade a serviço do bem é aprendizado como qualquer outro. Se o
médium se sentisse infalível, estaria à beira da falência é melhor falir entre
os homens ou perante os homens, por amor, do que falir ante a Espiritualidade
Superior por vaidade e orgulho.
A obra mediúnica sincera e nobre não é afetada por alguns
episódios de prova. Os benefícios semeados através do trabalho digno não são
depreciados pela maledicência e a ignorância. Os que receberam o bem de que
necessitavam saberão multiplicá-lo ao seu redor. Porque grande e' o clamor dos
que sofrem e mesquinho o esgar dos zombeteiros. Prosseguir no bom combate, 'a
maneira de Paulo, é o dever de todos os médiuns a serviço do bem.
Do livro Diálogo dos Vivos. Espíritos Diversos. Psicografia
de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires.
ATÉ O FIM
“Mas aquele que
perseverar até o fim será salvo.” – Jesus. (Mateus, 24:13).
Aqui não vemos Jesus referir-se a um fim que simbolize
término e, sim, à finalidade, ao alvo, ao objetivo.
O Evangelho será pregado aos povos para que as criaturas
compreendam e alcancem os fins superiores da vida.
Eis porque apenas conseguem quebrar o casulo da condição
de animalidade aqueles Espíritos encarnados que sabem perseverar.
Quando o Mestre louvou a persistência, evidenciava a
tarefa árdua dos que procuram as excelências do caminho espiritual.
É necessário apagar as falsas noções de favores gratuitos
da Divindade.
Ninguém se furtará, impune, à percentagem de esforço que
lhe cabe na obra de aperfeiçoamento próprio.
As portas do Céu permanecem abertas. Nunca foram
cerradas. Todavia, para que o homem se eleve até lá, precisa asas de amor e
sabedoria. Para isto, concede o Supremo Senhor extensa cópia do material de
misericórdia a todas as criaturas, conferindo, entretanto, a cada um o dever de
talhá-las. Semelhante tarefa, porém, demanda enorme esforço. A fim de
concluí-la, recruta-se a contribuição dos dias e das existências. Muita gente
se desanima e prefere estacionar, séculos a fio, nos laboratórios da
inferioridade; todavia, os bons trabalhadores sabem perseverar, até atingirem
as finalidades divinas do caminho terrestre, continuando em trajetória sublime
para a perfeição.
Emmanuel - Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido
Xavier
QUEM LÊ, ATENDA
"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)
Assim como as
criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de
perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência
aos frutos do pensamento.
Freqüentemente as
mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às
sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença
pelas obrigações mais justas.
Raríssimos são os
leitores que buscam a realidade da vida.
O próprio
Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações
pouco dignas.
Quantos olhos
passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou
catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e
perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a
malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e
dadivosas da fé renovadora.
A recomendação de
Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.
É razoável que a
leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas
brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria,
com real atitude de elevação.
O problema do
discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou
conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o
de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.
Livro: Vinha de Luz - Emmanuel - Psicografia de Chico
Xavier
A FUGA
"E orai para que a vossa fuga não aconteça no
inverno, nem no sábado." - Jesus.
(MATEUS, 24:20.)
A permanência nos
círculos mais baixos da natureza institui para a alma um segundo modo de ser,
em que a viciação se faz obsidente e imperiosa.
Para que alguém se
retire de semelhantes charcos do espírito é imprescindível que fuja.
Raramente, porém,
a vitima conseguirá libertar-se, sem a disciplina de si mesma.
Muita vez, é
preciso violentar o próprio coração.
Somente assim
demandará novos planos.
Justo, pois,
recorrer à imagem do Mestre, quando se reportou ao Planeta em geral,
salientando as necessidades do indivíduo.
É conveniente a
todo aprendiz a fuga proveitosa da região lodacenta da vida, enquanto não chega
o "inverno" ou os derradeiros recursos de tempo, recebidos para o
serviço humano.
Cada homem possui,
com a existência, uma série de estações e uma relação de dias, estruturadas em
precioso cálculo de probabilidades.
Razoável se torna
que o trabalhador aproveite a primavera da mocidade, o verão das forças físicas
e o outono da reflexão, para a grande viagem do inferior para o superior;
entretanto, a maioria aguarda o inverno da velhice ou do sofrimento
irremediável na Terra, quando o ensejo de trabalho está findo.
As possibilidades
para determinada experiência jazem esgotadas.
Não é o fim da
vida, mas o termo de preciosa concessão.
E, naturalmente, o
servidor descuidado, que deixou para sábado o trabalho que deveria executar na
segunda-feira, será obrigado a recapitular a tarefa, sabe Deus quando!
Livro: Vinha de Luz - Emmanuel - Psicografia de Chico
Xavier
VIGILÂNCIA
"Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora virá o
vosso Senhor." - Jesus. (MATEUS, 24:42.)
Ninguém alegue o
título de aprendiz de Jesus para furtar-se ao serviço ativo na luta do bem
contra o mal, da luz contra a sombra.
A determinação de
vigilância partiu dos próprios lábios do Mestre Divino.
Como é possível
preservar algum patrimônio precioso sem vigiá-lo atentamente? O homem de
consciência retilínea, em todas as épocas, será obrigado a participar do
esforço de conservação, dilatação e defesa do bem.
É verdade indiscutível
que marchamos todos para a fraternidade universal, para a realização concreta
dos ensinamentos cristãos; todavia, enquanto não atingirmos a época em que o
Evangelho se materializará na Terra, não será justo entregar ao mal, à desordem
ou à perturbação a parte de serviço que nos compete.
Para defender-se
de intempéries, de rigores climáticos, o homem edificou o lar e vestiu-se,
convenientemente.
Semelhante lei de
preservação vigora em toda esfera de trabalho no mundo.
As coletividades
exigem instituições que lhes garantam o bem-estar e o trabalho digno, sem
aflições de cativeiro.
As nações requerem
"casas" de princípios nobilitantes, em que se refugiem contra as
tormentas da ignorância ou da agressividade, do desespero ou da decadência.
E no serviço de
construção cristã do mundo futuro, é indispensável vigiar o campo que nos
compete.
O apostolado é de
Jesus; a obra pertence-lhe.
Ele virá, no
momento oportuno, a todos os departamentos de serviço, orientando as particularidades
do ministério de purificação e sublimação da vida, contudo, ninguém se esqueça
de que o Senhor não prescinde da colaboração de sentinelas.
Livro: Vinha de Luz - Emmanuel - Psicografia de Chico
Xavier
NO BURILAMENTO
ÍNTIMO
“Bem-aventurado
aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.” – JESUS.
(Mateus, 24:46)
Suspiramos por
burilamento pessoal; entretanto, para atingi-lo, urge não esquecer as
disciplinas que lhe antecedem a formação.
Á vista disso,
recordemos que a essência da educação reside nas diretrizes de vida superior
que adotamos para nós mesmos. Daí,o impositivo de cultivar-se o hábito:
De ser fiel ao
desempenho dos próprios deveres;
de fazer o melhor
que pudermos, no setor de ação em que a vida nos situe;
de auxiliar a
outrem, sem expectativa de recompensa;
de aperfeiçoar as
palavras que nos escapem da boca;
de desculpar
incondicionalmente quaisquer ofensas;
de buscar a “boa
parte” das situações e das pessoas, olvidando tudo o que tome a feição de
calamidade ou de sombra;
de procurar o bem
com a disposição de realizá-lo;
de nunca
desesperar;
de que os outros,
sejam quais forem, são nossos irmãos e filhos de Deus, constituindo conosco a
família da Humanidade.
Para isso, é
forçoso lembrar, sobretudo, que a alavanca da sustentação dos hábitos
enobrecedores está em nós e somente vale se manejada por nós.
Francisco Cândido
Xavier - Livro Ceifa de Luz - Pelo Espírito Emmanuel
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