TEXTOS PARA GRUPOS DO WATZAP
CAP I – 13/07
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP I – NÃO VIM DESTRUIR A LEI
Um dia, Deus em sua inesgotável caridade, permitiu ao
homem ver a verdade através das trevas.
Esse dia foi o do advento de Cristo.
Depois do vivo clarão, as trevas se fecharam de novo.
O mundo, após alternativas de verdade e obscuridade,
novamente se perdia.
Então, semelhantes aos profetas do Antigo Testamento, os
Espíritos começaram a falar e a vos advertir.
O mundo foi abalado nas suas bases: o trovão ribombará;
sedes firmes!
O Espiritismo é de ordem divina, pois repousa sobre as
próprias leis da natureza.
E crede que tudo o que é de ordem divina tem um objetivo
elevado e útil.
Vosso mundo se perdia.
A ciência, desenvolvida com o sacrifício dos interesses
morais, vos conduzia unicamente ao bem estar material, revertendo-se em
proveito do espírito das trevas.
Vós o sabeis, cristão; o coração e o amor devem marchar
unidos à ciência.
O Reino do Cristo, ai de nós! após dezoito séculos, e
apesar do sangue de tantos mártires, ainda não chegou.
Cristãos, voltai para o Mestre que vos quer salvar.
Tudo é fácil para aquele que crê e que ama: o amor o
enche de gozo inefável.
Sim, meus filhos, o mundo está abalado.
Os bons Espíritos vo-lo dizem sempre.
Curvai-vos ao sopro precursor da tempestade, para não
serdes derrubados.
Quero dizer: preparai-vos e não vos assemelheis às
virgens loucas, que foram apanhadas desprevenidas à chegada do esposo.
(parábola das sete virgens)
A revolução que se prepara é mais moral do que material.
Os grandes Espíritos, mensageiros divinos, insuflam a fé,
para que todos vós, obreiros esclarecidos e ardentes, façais ouvir vossa
humilde voz.
Porque vós sois o grão de areia, mas sem os grãos de
areia não haveria montanhas.
Assim, portanto, que estas palavras: “Nós somos
pequenos”, não tenha sentido para vós.
A cada um a sua missão, a cada um o seu trabalho.
A formiga não constrói o seu formigueiro, e animaizinhos
insignificantes não formam continentes?
A nova cruzada começou: apóstolos da paz universal, e não
da guerra, modernos São Bernardos, olhai para frente e marchai!
A lei dos mundos é a lei do progresso.
ERASTO, discípulo de São Paulo - Paris, 1863
E.S.E. CAP IITEM 10
O GRANDE TESOURO
Um velho Belanca (avião de pequeno ´porte) cortava os
céus.
Embaixo, o rio seco estava salpicado de ilhotas.
De repente a pressão do óleo começou a baixar e o piloto
resolveu pousar no primeiro lugar que aparecesse.
E este lugar surgiu sob a forma de uma ilha de tamanho
considerável, que, imponentemente e sobrepujando todas as outras, era o lugar
ideal para um pouso.
As rodas do Balanca tocaram suavemente o solo arenoso,
num pouso perfeito.
A pane foi sanada com a colocação do óleo que,
previdentemente, existia no avião para situações de tal natureza.
Antes de reiniciar a viagem, o piloto examinou aquele
lugar.
A ilha, como as demais que a cercavam, só aparecia na
época da seca e, em situação normal, era parte do leito do Araguaia.
Lugar belíssimo, de uma areia alva e fina, cercado por
águas barrentas e coberto com pedrinhas multicores, parecia um oásis perdido no
deserto verde da mata ribeirinha.
O piloto decolou, levando consigo dez pedrinhas,
escolhidas a dedo, que teriam finalidade dupla: seriam recordação daquele lugar
fabuloso e excelente presente para sua filhinha.
Assim, a ilha ficou para trás, ela pertencia ao passado;
agora só uma coisa realmente interessava, a pressão do óleo, que deveria
permanecer normal até a próxima etapa da rota.
O tempo passou...
Um tenente continuava vivendo a sua vida e uma garota
loura juntara à sua coleção de bonecas um punhado de pedrinhas.
A ilha fora esquecida!
Certo dia, um joalheiro famoso, ao visitar o oficial,
teve a sua atenção despertada para as pedrinhas, que no momento serviam de
peças num jogo de três-marias.
- "Tenente, onde o senhor encontrou estes
cascalhos?"
Essa pergunta saiu dos lábios do visitante numa forma de
súplica e intensa curiosidade.
O tenente explicou então a sua rápida permanência na
ilha.
- "Pois saiba", concluiu o joalheiro, "que
essas pedras são pedras preciosas!"
E, separando uma menor, preta, brilhante e luzidia,
disse:
- "Isto é satélite de diamante; sua filha brinca de
três-marias com uma autêntica fortuna."
Não é preciso dizer o que se passou com aquele oficial,
nem afirmar que, a partir de então, ele foi o mais constante piloto daquela
rota.
O destino colocou-lhe nas mãos uma fortuna imensa;
durante uma fração de tempo ele teve aos seus pés milhares e milhares de pedras
preciosas e foi um autêntico Ali Babá na caverna dos quarenta ladrões.
Talvez tenha sido o homem mais rico da terra naquele
quarto de hora em que permaneceu na ilha! Mas o seu garimpo, aquele tesouro
imenso, e a sua ilha existiam agora apenas na imaginação.
O Araguaia sepultara para sempre aquele lugar e nunca
mais foi possível localizá-lo.
Todos nós, como aquele piloto, encontraremos, se já não
encontramos, uma ilha no vôo de nossas vidas.
Ela conterá também um rico garimpo, o garimpo do amor, e
talvez seja mais preciosa do que a ilha encontrada no Araguaia. Como aquele
piloto, pousaremos despreocupados, conheceremos a ilha.
Mas, se a ilusão e a ânsia por sensações novas nos
fizerem decolar, sem ao menos procurarmos guardar o local onde estivemos ou
deixar nele a marca de nossa presença então levaremos somente algumas pedras
preciosas, sob a forma de recordações.
E quando um joalheiro famoso, conhecido como o senhor
Tempo, nos disser que perdemos o garimpo, voltaremos atrás, como aquele
oficial, mas será tarde, porque nossa ilha poderá não ser mais encontrada. Ficarão
apenas as pedras como lembranças de um dia...
Autor Desconhecido
CAP II – 14/07
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP II – MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO
Os judeus tinham ideias muito imprecisas sobre a vida
futura.
Acreditavam nos anjos, que consideravam como os seres
privilegiados da criação, mas não sabiam que os homens, um dia, pudessem
tornar-se anjos e participar da felicidade angélica.
Segundo pensavam, a observação das leis de Deus era
recompensada pelos bens terrenos, pela supremacia de sua nação no mundo, pelas
vitórias que obteriam sobre os inimigos.
As calamidades públicas e as derrotas eram os castigos da
desobediência.
Moisés o confirmou ao dizer essas coisas ainda mais
fortemente a um povo ignorante de pastores, que precisava ser tocado antes de
tudo pelos interesses deste mundo.
Mais tarde, Jesus veio lhes revelar que existe outro
mundo, onde a justiça de Deus se realiza.
É esse mundo que ele promete aos que observam os
mandamentos de Deus.
É nele que os bons são recompensados.
Esse mundo é o seu reino, no qual se encontra em toda a
sua glória, e para o qual voltará ao deixar a Terra.
Jesus, entretanto, conformando o seu ensino ao estado dos
homens da época, evitou lhes dar os esclarecimentos completos, que os
deslumbraria em vez de iluminar, porque eles não o teriam compreendido.
Ele se limitou a colocar, de certo modo, a vida futura como
um princípio, uma lei da natureza, à qual ninguém pode escapar.
Todo cristão, portanto, crê forçosamente na vida futura,
mas a ideia que muitos fazem dela é vaga, incompleta, e por isso mesmo falsa em
muitos pontos.
Para grande número, é apenas uma crença, sem nenhuma
certeza decisiva, e daí as dúvidas, e até mesmo a incredulidade.
O Espiritismo veio completar, nesse ponto, como em muitos
outros, o ensinamento do Cristo, quando os homens se mostraram maduros para
compreender a verdade.
Com o Espiritismo, a vida futura não é mais simples
artigo de fé, ou simples hipótese.
É uma realidade material, provada pelos fatos.
Porque são as testemunhas oculares que a vêm descrever em
todas as suas fases e peripécias, de tal maneira, que não somente a dúvida já
não é mais possível, como a inteligência mais vulgar pode fazer uma ideia dos
seus mais variados aspectos, da mesma forma que imaginaria um país do qual se
lê uma descrição detalhada.
Ora, esta descrição da vida futura é de tal maneira
circunstanciada, são tão racionais as condições da existência feliz ou infeliz
dos que nela se encontram, que acabamos por concordar que não podia ser de
outra maneira, e que ela bem representa a verdadeira justiça de Deus.
E.S.E. CAP I ITEM 3
QUE TIPO DE PESSOAS VIVEM NESTE LUGAR?
Conta uma popular lenda do Oriente, que um jovem chegou à
beira de um oásis, junto a um povoado e, aproximando-se de um velho,
perguntou-lhe:
“Que tipo de pessoas vive neste lugar?”
Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem? -
Perguntou pôr sua vez o ancião.
Oh! Um grupo de egoístas e malvados - replicou-lhe o
rapaz - estou satisfeito de haver saído de lá.
A isso o velho replicou: a mesma coisa você haverá de
encontrar pôr aqui.
No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para
beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:
“Que tipo de pessoas vive pôr aqui?”
O velho respondeu com a mesma pergunta:
“Que tipo de
pessoas vive no lugar de onde você vem?”
O rapaz respondeu:
“Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras.
Fiquei muito triste pôr ter de deixá-las”.
“O mesmo encontrará pôr aqui”, respondeu o ancião.
Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou
ao velho:
“Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma
pergunta?”
Ao que o velho respondeu:
- Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que
vive.
Aquele que nada encontrou de bom nos lugares pôr onde
passou, não poderá encontrar outra coisa pôr aqui.
Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará
aqui.
Somos todos viajantes no tempo e o futuro de cada um de
nós está escrito no passado.
Ou seja, cada um encontra na vida exatamente aquilo que
traz dentro de si mesmo.
O ambiente, o presente e o futuro somos nós que criamos e
isso só depende de nós mesmos.
Preciosa Colaboração de Antonio Vasconcelos
CAP III – 15/07
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP III – HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU
PAI
Os mundos regeneradores servem de transição entre os
mundos de expiação e os felizes.
A alma que se arrepende, neles encontra a paz e o
descanso, acabando por se purificar.
Sem dúvida, mesmo nesses mundos, o homem ainda está
sujeito às leis que regem a matéria.
A humanidade experimenta as vossas sensações e os vossos
desejos, mas está isenta das paixões desordenadas que vos escravizam.
Neles, não há mais o orgulho que emudece o coração, a
inveja que o tortura e o ódio que os asfixia.
A palavra amor está escrita em todas as frontes; uma
perfeita equidade regula as relações sociais; todos manifestam a Deus e
procuram elevar-se a Ele, seguindo as suas leis.
Nesses mundos, contudo, ainda não existe a perfeita
felicidade, mas a aurora da felicidade.
O homem ainda é carnal, e por isso mesmo sujeito às
vicissitudes de que só estão isentos os seres completamente desmaterializados.
Ainda tem provas a sofrer, mas estas não se revestem das
pungentes angústias da expiação.
Comparados à Terra, esses mundos são mais felizes, e
muito de vós gostariam de habitá-los, porque representa a calma após a
tempestade, a convalescença após uma doença cruel.
Menos absorvido pelas coisas materiais, o homem entrevê
melhor o futuro do que vós, compreende que são outras as alegrias prometidas
pelo Senhor aos que tornam dignos, quando a morte ceifar novamente os seus
corpos, para lhes dar a verdadeira vida.
É então que a alma liberta poderá pairar sobre os
horizontes.
Não mais os sentidos materiais e grosseiros, mas os
sentidos de um perispírito puro e celeste, aspirando às emanações de Deus, sob
os aromas do amor e da caridade, que se expandem do seu seio.
E.S.E.
CAP III ITEM 17
O SAPATO
Um dia um homem já de certa idade abordou um ônibus.
Enquanto subia, um de seus sapatos escorregou para o lado
de fora.
A porta se fechou e o ônibus saiu; então ficou impossível
recuperá-lo.
O homem tranquilamente retirou seu outro sapato e jogou-o
pela janela.
Um rapaz no ônibus, vendo o que aconteceu e não podendo
ajudar ao homem, perguntou:
- Notei o que o senhor fez. Por que jogou fora seu outro
sapato?
O homem prontamente respondeu
- Para que quem o encontrar seja capaz de usá-los.
Provavelmente apenas alguém necessitado dará importância
a um sapato usado encontrado na rua.
E de nada lhe adiantará apenas um pé de sapato.
O homem mostrou ao jovem que não vale a pena agarrar-se a
algo simplesmente para possui-lo e nem porque você não deseja que outro o
tenha.
Perdemos coisas o tempo todo.
A perda pode nos parecer penosa e injusta inicialmente,
mas a perda só acontece de modo que mudanças, na maioria das vezes positivas,
possam ocorrer em nossa vida.
Acumular posses não nos faz melhores e nem faz o mundo
melhor.
Todos temos que decidir constantemente se algumas coisas
devem manter seu curso em nossa vida ou se estariam melhor com outros.
Autor desconhecido Enviada por: Edeli Arnaldi
CAP IV – 16/07
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP IV – NINGUÉM PODRÁ VER O REINO DE DEUS
SE NÃO NASCER DE NOVO
A encarnação é uma punição, e somente os Espíritos
culpados é que lhe estão sujeitos?
A passagem dos Espíritos pela vida corpórea é necessária,
para que eles possam realizar, com a ajuda do elemento material, os propósitos
cuja execução Deus lhes confiou.
É ainda necessária por eles mesmos, pois a atividade que
então se vêem obrigados a desempenhar ajuda-os a desenvolver a inteligência.
Deus, sendo soberanamente justo, deve aquinhoar equitativamente
a todos os seus filhos.
É por isso que Ele concede a todos o mesmo ponto de
partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de
ação.
Todo privilégio seria uma preferência, e toda preferência
uma injustiça.
Mas a encarnação, para todos os Espíritos, é apenas um
estado transitório.
É uma tarefa que Deus lhes impõe, no princípio da
existência, como primeira prova do uso que farão do seu livre arbítrio.
Os que executam essa tarefa com zelo, sobem rapidamente,
e de maneira menos penosa, os primeiros degraus da iniciação, e gozam mais cedo
o resultado do seu trabalho.
Os que, ao contrário, fazem mau uso da liberdade que Deus
lhes concede, retardam o seu progresso.
E é assim que por sua obstinação, podem prolongar
indefinidamente a necessidade de se reencarnarem.
E é então que a encarnação se torna um castigo.
E.S.E
CAP IV ITEM 25
VIVEREMOS SEMPRE
Filho, não humilhes os ignorantes e os fracos, todos
somos viajores da vida eterna.
Do berço ao túmulo atravessamos apenas um ato de imenso
drama de nossa evolução para Deus.
Por vezes, o senhor veste o traje pobre do operário
humilde para conhecer-lhe as duras necessidades, e o operário humilde veste o
suntuoso traje do senhor para conhecer-lhe as duras obrigações na tarefa
administrativa.
Quando um homem menospreza as oportunidades de tempo e
dinheiro que o Céu lhe confia, volta ao mundo em outro corpo, experimentando a
escassez de tudo.
Não escarneças do aleijado. Tua boca poderá cobrir-se de
cicatrizes.
Não recolhas os bens que te não pertencem. Teus braços
são suscetíveis de caírem paralíticos, sem que possas acariciar o que é teu
provisoriamente.
Não caminhes ao encontro do mal, porque o mal dispõe de
recursos para surpreender-te, talvez com a perturbação e com a morte.
Ajuda e passa adiante, expandindo um coração compassivo
para com todas as dores e cheio de amor e perdão para todas as ofensas.
Quando não puderes, louvar cala-te e espera, porque a
língua viciada na definição dos defeitos alheios regressa ao mundo em plena
mudez.
Quem chega através de um berço risonho, na maioria dos
casos é alguém que torna ao campo da carne a fim de restaurar-se e aprender.
Assim como a flor se destina ao fruto que alimenta, o teu
conhecimento deve produzir a bondade que constrói e santifica.
Lembra-te de que longo é o caminho e que necessitaremos
trocar de corpo. Na direção da vitória final, tantas vezes quantas forem
precisas, até que a indispensabilidade da vestimenta física se desvaneça com as
encarnações sucessivas...
Colheremos da sementeira que fizermos. Não desprezes,
assim, os menos felizes.
O malfeitor e o vagabundo que se deixaram escravizar
pelos demônios da preguiça são igualmente nossos irmãos. Ajudemo-los, através
de todos os meios ao nosso alcance.
Nem sempre o verdadeiro infortunado é aquele que se debate
num leito de sofrimento. Não olvides o infeliz bem trajado que cruza as
avenidas da ignorância, sem paz e sem luz.
Filho meu, voltaremos ainda a terra, provavelmente,
muitas vezes...
O serviço de redenção assim o exige.
Ama a todos.
Auxilia indistintamente.
Semeia o bem, à margem de todas as estradas.
Recorreremos ao amparo de muitos.
É da Lei do Senhor que não avancemos sem os braços
fraternos uns dos outros.
Prepara, desde agora, a colaboração de que necessitarás,
a fim de prosseguirmos, em paz, montanha acima!
Se irmão de todos, para que te sintas, desde hoje, no
centro da grande família humana, e o Senhor Supremo te abençoará.
Neio Lúcio - Do
livro Alvorada cristã. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
CAP V – 17/07
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP V – BEM AVENTURADOS OS AFLITOS
Pelas palavras: Bem-aventurados os aflitos, porque eles
serão consolados, Jesus indica, ao mesmo tempo, a compensação que espera os que
sofrem e a resignação que nos faz bendizer o sofrimento, como o prelúdio da
cura.
Essas palavras podem, também, ser traduzidas assim:
deveis considerar-vos felizes por sofrer, porque as vossas dores neste mundo
são as dívidas de vossas faltas passadas, e essas dores, suportadas
pacientemente na Terra, vos poupam séculos de sofrimento na vida futura.
Deveis, portanto, estar felizes por Deus ter reduzido
vossa dívida, permitindo-vos quitá-las no presente, o que vos assegura a
tranquilidade para o futuro.
O homem que sofre é semelhante a um devedor de grande
soma, a quem o credor dissesse: “Se me pagares hoje mesmo a centésima parte,
darei quitação do resto e ficarás livre; se não, vou perseguir-te até que
pagues o último centavo”.
O devedor não ficaria feliz de submeter-se a todas as
privações, para se livrar da dívida, pagando somente a centésima parte da
mesma? Em vez de queixar-se do credor, não lhe agradeceria?
É esse o sentido das palavras: “Bem-aventurados os
aflitos, porque eles serão consolados”.
Eles são felizes porque pagam suas dívidas, e porque,
após a quitação, estarão livres.
Mas se, ao procurar quitá-las de um lado, de outro se
endividarem, nunca se tornarão livres.
Ora, cada nova falta aumenta a dívida, pois não existe
uma única falta, qualquer que seja, que não traga consigo a própria punição,
necessária e inevitável.
Se não for hoje, será amanhã; se não for nesta vida, será
na outra.
Entre essas faltas, devemos colocar em primeiro lugar a
falta de submissão à vontade de Deus, de maneira que, se reclamamos das
aflições, se não as aceitamos com resignação, como alguma coisa que merecemos,
se acusamos a Deus de injusto, contraímos uma nova dívida, que nos faz perder
os benefícios do sofrimento.
Eis por que precisamos recomeçar, exatamente como se, a
um credor que nos atormenta, enquanto pagamos as contas, vamos pedindo novos
empréstimos.
Ao entrar no Mundo dos Espíritos, o homem é semelhante ao
trabalhador que comparece no dia de pagamento.
A uns, dirá o patrão: “Eis a paga do teu dia de
trabalho”.
A outros, aos felizes da Terra, aos que viveram na
ociosidade, que puseram a sua felicidade na satisfação do amor próprio e dos
prazeres mundanos, dirá: “Nada tendes a receber, porque já recebestes o vosso
salário na Terra.
Ide, e recomeçai a vossa tarefa”.
E.S.E.
CAP V ITEM 12
CONSTRUA COM SABEDORIA
Um velho carpinteiro estava pronto para se aposentar.
Ele informou ao chefe seu desejo de sair da indústria de
construção e passar mais tempo com sua família.
Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas
realmente queria se aposentar.
A empresa não seria muito afetada pela saída do
carpinteiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e ele
pediu ao carpinteiro para trabalhar em mais um projeto como um favor.
O carpinteiro concordou, mas era fácil ver que ele não
estava entusiasmado com a ideia. Começou a construir sem o menor cuidado,
acreditando que era só mais um trabalho e não via a hora de terminar para ir de
vez.
Ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e
usando materiais inadequados.
Foi uma maneira negativa dele terminar sua carreira.
Quando o carpinteiro acabou, o chefe veio fazer a
inspeção da casa.
E depois ele deu a chave da casa para o carpinteiro e
disse: - Bem, se você construiu dessa
maneira é porque fez o melhor. Essa é sua casa. Ela é o meu presente para você.
O carpinteiro ficou muito surpreso. Que pena! Se ele
soubesse que ele estava construindo sua própria casa, ele teria feito tudo
diferente.
O mesmo acontece conosco. Nós construímos nossa vida, um
dia de cada vez e muitas vezes fazendo menos que o melhor possível na
construção. Depois com surpresa nós descobrimos que nós precisamos viver na
casa que nós construímos. Se nós pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo
diferente. Mas não podemos voltar atrás.
Você é o carpinteiro. Todo dia você martela pregos,
ajusta tábuas e constrói paredes. Alguém disse que “A vida é um projeto que
você mesmo constrói”. As atitudes e escolhas de hoje estão construindo a “casa”
que você vai morar amanhã.
Construa
com Sabedoria!
Valtair
Freitas
CAP VI – 18/07
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP VI - O CRISTO CONSOLADOR
Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e
sobrecarregados, que Eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando
e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu
jugo e leve o meu fardo. (Mateus, 11:28 a 30.)
Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas,
perda de seres amados, encontram consolação na fé no futuro, na confiança na
Justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens.
Sobre aquele que, ao contrário, nada espera após esta
vida, ou que simplesmente duvida, as aflições caem com
todo o seu peso e nenhuma esperança lhe mitiga o amargor.
Foi isso que levou Jesus a dizer: “Vinde a mim todos vós
que estais fatigados, que Eu vos aliviarei.”
Entretanto, faz depender de uma condição a sua
assistência e a felicidade que promete aos aflitos. Essa condição está na lei
por Ele ensinada.
Seu jugo é a observância dessa lei; mas esse jugo é leve
e a lei é suave, pois que apenas impõe, como dever, o amor e a caridade.
E.S.E. CAP VI ITEM 1 E 2
O AMAR E O AMOR
U homem procurou um sábio para aconselhar-se sobre a vida
junto a sua mulher, que era dedicada a família e não lhe causava mais a
sensação de outrora.
O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas
uma palavra:
- Ame-a! E logo se calou.
- Mas, já não sinto nada por ela!
- Ame-a! disse novamente o sábio.
E diante do desconcerto do esposo, depois de um breve silêncio,
disse-lhe o seguinte:
"Amar é uma decisão, não apenas um sentimento;
amar é dedicação e entrega.
Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor.
O amor é um substantivo, um exercício de jardinagem:
arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e
cuide.
Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excessos
de chuvas, mas, nem por isso, abandone o seu jardim.
Ame seu par, ou seja, aceite-o, valorize-o, respeite-o,
dê afeto e ternura, admire e compreenda-o.
Isso é tudo.
Ame, simplesmente ame!"
A inteligência sem amor, te faz perverso.
A justiça sem amor faz você implacável.
A diplomacia sem amor faz você hipócrita.
O êxito sem amor faz você arrogante.
A riqueza sem amor faz você avaro.
A docilidade sem amor, faz você servil.
A pobreza sem amor faz você orgulhoso.
A beleza sem amor faz você fútil.
A autoridade sem amor faz você tirano.
O trabalho sem amor faz você escravo.
A simplicidade sem amor deprecia você.
A oração sem amor faz você introvertido e sem propósito.
A lei sem amor escraviza você.
A política sem amor deixa você egoísta.
A fé sem amor deixa você fanático.
A cruz sem amor se converte em tortura.
A vida sem amor não tem sentido.
E torna-se um fardo pesado demais....
Autor desconhecido Enviada por: Edeli Arnaldi
CAP VII – 19/07
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP VII – BEM AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO
Os homens de saber e de espírito, no entender do mundo,
formam geralmente tão alto conceito de si próprios e da sua superioridade, que
consideram as coisas divinas como indignas de lhes merecer a atenção.
Concentrando sobre si mesmos os seus olhares, eles não os
podem elevar até Deus.
Essa tendência, de se acreditarem superiores a tudo,
muito amiúde os leva a negar aquilo que, estando-lhes acima, os depreciaria, a
negar até mesmo a Divindade.
Ou, se condescendem em admiti-la, contestam-lhe um dos
mais belos atributos: a ação providencial sobre
as coisas deste mundo, persuadidos de que eles são
suficientes para bem governá-lo.
Tomando a inteligência que possuem para medida da
inteligência universal, e julgando-se aptos a tudo compreender, não podem crer
na possibilidade do que não compreendem.
Consideram sem apelação as sentenças que proferem.
Se se recusam a admitir o mundo invisível e uma potência
extra-humana, não é que isso lhes esteja fora do alcance; é que o orgulho se
lhes revolta à ideia de uma coisa acima da qual não possam colocar-se e que os
faria descer do pedestal onde se contemplam.
Daí o só terem sorrisos de mofa para tudo o que não
pertence ao mundo visível e tangível.
Eles se atribuem espírito e saber em tão grande cópia,
que não podem crer em coisas, segundo pensam, boas apenas para gente simples,
tendo por pobres de espírito os que as tomam a sério.
Entretanto, digam o que disserem, forçoso lhes será
entrar, como os outros, nesse mundo invisível de que escarnecem. É lá que os
olhos se lhes abrirão e eles reconhecerão o erro em que caíram.
Deus, porém, que é justo, não pode receber da mesma forma
aquele que lhe desconheceu a majestade e outro que humildemente se lhe submeteu
às leis, nem os aquinhoar em partes iguais.
E.S.E.
CAP VII ITEM 2
COMO CONSERTAR O MUNDO
Era uma vez, um cientista que vivia preocupado com os
problemas do mundo e decidido a encontrar meios de melhorá-los.
Passava dias e
dias no seu laboratório à procura de respostas.
Um dia, o seu filho de sete anos invadiu o seu santuário
querendo ajudar o pai.
Claro que o cientista não queria ser interrompido e, por
isso, tentou que o filho fosse brincar em vez de ficar ali, atrapalhando-o.
Mas, como o menino era persistente, o pai teve de
arranjar uma maneira de entretê-lo no laboratório.
Foi, então, que reparou num mapa do mundo que estava na
página de uma revista.
Lembrou-se de cortar o mapa em vários pedaços e depois
apresentou o desafio ao filho:
– Filho, você vai me ajudar a consertar o mundo! Aqui
está o mundo todo partido. E você vai arrumá-lo para que ele fique bem outra
vez! Quando você terminar, me chame, ok?
O cientista estava convencido que a criança levaria dias
para resolver o quebra-cabeças que ele tinha construído.
Mas surpreendentemente, poucas horas depois, o filho já
chamava por ele:
– Pai, pai, já fiz tudo. Consegui consertar o mundo!
O pai não queria acreditar, achava que era impossível um
miúdo daquela idade ter conseguido montar o quebra-cabeças de uma imagem que
ele nunca tinha visto antes.
Por isso, apenas levantou os olhos dos seus cálculos para
ver o trabalho do filho que, pensava ele, não era mais do que um disparate
digno de uma criança daquela idade.
Porém, quando viu o mapa completamente montado, sem
nenhum erro, perguntou ao filho como é que ele tinha conseguido sem nunca ter
visto um mapa do mundo anteriormente.
– Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você
tirou o papel da revista para recortar, eu vi que, do outro lado da página,
havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para eu consertar, eu
tentei, mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem; virei os pedaços de
papel ao contrário e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando
consegui consertar o homem, virei a folha e vi que tinha consertado o mundo.
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CAP VIII – 20/07
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP VIII – BEM AVENTURADOS OS QUE TEM O
CORAÇÃO PURO
A verdadeira pureza não está somente nos atos; está
também no pensamento, porquanto aquele que tem puro o coração, nem sequer pensa
no mal. Foi o que Jesus quis dizer: Ele condena o pecado, mesmo em pensamento,
porque é sinal de impureza.
Esse princípio suscita naturalmente a seguinte questão:
Sofrem-se as consequências de um pensamento mau, embora nenhum efeito produza?
Cumpre se faça aqui uma importante distinção.
À medida que avança na vida espiritual, a alma que
enveredou pelo mau caminho se esclarece e despoja pouco a pouco de suas
imperfeições, conforme a maior ou menor boa vontade que demonstre, em virtude
do seu livre-arbítrio.
Todo pensamento mau resulta, pois, da imperfeição da
alma; mas, de acordo com o desejo que alimenta de depurar-se, mesmo esse mau
pensamento se lhe torna uma ocasião de adiantar-se, porque ela o repele com
energia.
É indício de esforço por apagar uma mancha. Não cederá,
se se apresentar oportunidade de satisfazer a um mau desejo. Depois que haja
resistido, sentir-se-á mais forte e contente com a sua vitória.
Aquela que, ao contrário, não tomou boas resoluções,
procura ocasião de praticar o mau ato e, se não o leva a efeito, não é por
virtude da sua vontade, mas por falta de ensejo.
É, pois, tão culpada quanto o seria se o cometesse.
Em resumo, naquele que nem sequer concebe a ideia do mal,
já há progresso realizado; naquele a quem essa ideia acode, mas que a repele,
há progresso em vias de realizar-se; naquele, finalmente, que pensa no mal e
nesse pensamento se compraz, o mal ainda existe na plenitude da sua força.
Num, o trabalho está feito; no outro, está por fazer-se.
Deus, que é justo, leva em conta todas essas gradações na responsabilidade dos
atos e dos pensamentos do homem.
E.S.E. CAP VIII ITEM 6 E 7
PROGRAMA AMOR
ATENDENTE: Boa tarde Senhora. Em que posso ser útil?
CLIENTE: Comprei o seu programa AMOR, mas até agora não
consegui instalar. Eu não sou técnica no assunto, mas
acho que posso instalar com a sua ajuda. O que eu devo
fazer primeiro?
ATENDENTE: O primeiro passo é abrir o seu CORAÇÃO. A
senhora encontrou seu CORAÇÃO?
CLIENTE: Sim, encontrei. Mas há diversos programas
funcionando agora. Tem algum problema em instalar o AMOR enquanto outros
programas estão funcionando?
ATENDENTE: Que programas estão funcionando, senhora?
CLIENTE: Deixe-me ver... Eu tenho BAIXAESTIMA.EXE,
RESSENTIMENTO.COM, ODIO.EXE e RANCOR.EXE funcionando agora.
ATENDENTE: Nenhum problema. O AMOR apagará
automaticamente RANCOR.EXE de seu sistema operacional atual. Pode ficar em sua
memória permanente, mas não vai causar problemas por muito tempo para outros
programas. O AMOR vai reescrever BAIXAESTIMA.EXE em uma versão melhor, chamada
AUTOESTIMA.EXE. Entretanto, a senhora tem que desligar completamente o ODIO.EXE
e RESSENTIMENTO.COM. Esses programas impedem que o AMOR seja instalado corretamente.
A senhora pode desligá-los?
CLIENTE: Eu não sei como desligá-los. Você pode me dizer
como?
ATENDENTE: Com prazer! Vá ao Menu e clique em PERDAO.EXE.
Faça isso quantas vezes forem necessárias, até o ODIO.EXE e RESSENTIMENTO.COM
serem apagados completamente.
CLIENTE: Okay! Terminei! O AMOR começou a instalar-se
automaticamente. Isso é normal?
ATENDENTE: Sim, é
normal. A senhora deverá receber uma mensagem dizendo que reinstalará a vida de
seu coração. A senhora tem essa mensagem?
CLIENTE: Sim, eu tenho. Está completamente instalado?
ATENDENTE: Sim. Mas lembre-se: a senhora só tem o
programa de modelo básico. A senhora precisa começar a se conectar com outros
CORAÇÕES a fim de obter melhoramentos.
CLIENTE: Oh! Meu Deus! Eu já tenho uma mensagem de erro.
Que devo fazer?
ATENDENTE: O que
diz a mensagem?
CLIENTE: Diz:
"ERRO 412 - O PROGRAMA NÃO FUNCIONA EM COMPONENTES INTERNOS". O que
isso significa?
ATENDENTE: Não se
preocupe, senhora. Este é um problema comum. Significa que o programa do AMOR
está ajustado para funcionar em CORAÇÕES externos, mas ainda não está
funcionando em seu CORAÇÃO. É uma daquelas complicadas coisas de programação,
mas em termos não-técnicos, significa que a senhora tem que "AMAR"
sua própria máquina antes que possa amar outra.
CLIENTE: Então, o
que devo fazer?
ATENDENTE: A senhora pode achar o diretório chamado
"AUTO-ACEITACAO"?
CLIENTE: Sim,
encontrei.
ATENDENTE: Excelente! A senhora está ficando ótima nisso!
CLIENTE: Obrigada!
ATENDENTE: De nada. Faça o seguinte: clique nos arquivos
BONDADE.DOC, AUTOESTIMA.TXT, VALORIZE-SE.TXT, PERDAO.DOC e copie-os para o
diretório "MEU CORAÇÃO". O sistema irá reescrever todos os arquivos
em conflito e começará a consertar a programação defeituosa. Também a senhora
precisa apagar AUTOCRITICA.EXE de todos os diretórios e depois esvazie a sua
lixeira para certificar-se de que nunca voltem.
CLIENTE: Consegui! Meu CORAÇÃO está cheio de arquivos
realmente puros! E tenho no meu monitor, agora, o SORRISO.MPG e está mostrando
que PAZ.EXE, CONTENTAMENTO.COM e BONDADE.COM foram instalados automaticamente
no meu CORAÇÃO.
ATENDENTE: Então, terminamos! O AMOR está instalado e
funcionando, Ah! Mais uma coisa antes de eu ir.
CLIENTE: Sim?
ATENDENTE: O AMOR
é um programa grátis. Faça o possível para distribuir uma cópia de seus vários
modelos a quem a senhora encontrar e, dessa forma, a senhora receberá de volta
dessas pessoas novos modelos verdadeiramente puros.
CLIENTE: Obrigada por sua ajuda!
Desconheço o autor
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CAP IX – 21/07
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP IX – BEM AVENTURADOS OS MANSOS E
PACÍFICOS
A benevolência para com os seus semelhantes, fruto do
amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são as formas de
manifestar-se.
Entretanto, nem sempre há que fiar nas aparências.
A educação e a frequentação do mundo podem dar ao homem o
verniz dessas qualidades.
Quantos há cuja fingida bonomia não passa de máscara para
o exterior, de uma roupagem cujo talhe primoroso dissimula as deformidades
interiores!
O mundo está cheio dessas criaturas que têm nos lábios o
sorriso e no coração o veneno; que são brandas, desde que nada as agaste, mas
que mordem à menor contrariedade; cuja
língua, de ouro quando falam pela frente, se muda em dardo peçonhento, quando
estão por detrás.
A essa classe também pertencem esses homens, de exterior
benigno, que, tiranos domésticos, fazem que suas famílias e seus subordinados
lhes sofram o peso do orgulho e do despotismo, como a quererem desforrar-se do
constrangimento que, fora de casa, se impõem a si mesmos.
Não se atrevendo a usar de autoridade para com os
estranhos, que os chamariam à ordem, acham que pelo menos devem fazer-se
temidos daqueles que lhes não podem resistir.
Envaidecem-se de poderem dizer: “Aqui mando e sou
obedecido”, sem lhes ocorrer que poderiam acrescentar: “E sou detestado.”
Não basta que dos lábios manem leite e mel.
Se o coração de modo algum lhes está associado, só há
hipocrisia.
Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas nunca
se desmente: é o mesmo, tanto em sociedade, como na intimidade.
Esse, ademais, sabe que se, pelas aparências, se consegue
enganar os homens, a Deus ninguém engana.
– Lázaro. (Paris,
1861.)
E.S.E. CAP IX ITEM 6
SER DÓCIL
Havia um museu com o piso completamente coberto por
belíssimos azulejos de mármore e com uma estátua, toda em mármore, enorme,
exibida no meio do salão de entrada.
Muitas pessoas vinham do mundo inteiro para admirar a
bonita estátua de mármore.
Uma noite, os azulejos de mármore começaram a falar e
reclamar com a estátua de mármore:
- Estátua, isto não é justo, não é justo! Por que vem
gente do mundo inteiro, pisa e pisa em todos nós e só para admirá-la? Não é
justo!
- Meu querido amigo azulejo de mármore. Você ainda se
lembra de quando estávamos de fato, na mesma caverna? Respondeu a estátua.
- Sim! É por isso que eu acho tudo muito injusto. Nós
nascemos da mesma caverna e agora recebemos tratamento tão diferente. Não é
justo! Ele chorou novamente.
- Então, você ainda se lembra do dia que o artista tentou
trabalhar em você, mas você resistiu bravamente às ferramentas?
- Sim, claro que eu me lembro. Eu odiei aquele sujeito!
Como pôde ele usar aquelas ferramentas em mim, doeu muito!
- Ele não pôde trabalhar nada em você, porque você
resistiu em ser trabalhado.
- Sim, e daí?
- Quando ele desistiu de você e veio para cima de mim ao
invés de resistir como você, eu soube imediatamente que me tornaria algo
diferente depois dos esforços dele. Eu não resisti, ao invés disso aguentei
todas as ferramentas dolorosas que ele usou em mim.
- Mmmmmm........ Resmungou o azulejo.
- Meu amigo, há um preço para tudo na vida. E nem sempre
é fácil. Às vezes é muito difícil, doloroso. Mas temos que aprender e suportar
os sofrimentos, procurando crescer e aprender para nos transformarmos em algo
mais belo.
Já que você desistiu de tudo no meio do caminho, você não
pode culpar qualquer pessoa que agora pisa em você.
(Sueli Almeida Bom)
CAP X – 22/07
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP X – BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS
A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto
aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacífico.
Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas.
O ódio e o rancor denotam alma sem elevação, nem
grandeza.
O esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada, que
paira acima dos golpes que lhe possam desferir.
Uma é sempre ansiosa, de sombria suscetibilidade e cheia
de fel; a outra é calma, toda mansidão e caridade.
Ai daquele que diz: nunca perdoarei.
Esse, se não for condenado pelos homens, sê-lo-á por
Deus.
Com que direito reclamaria ele o perdão de suas próprias
faltas, se não perdoa as dos outros?
Jesus nos ensina que a misericórdia não deve ter limites,
quando diz que cada um perdoe ao seu irmão, não sete vezes, mas setenta vezes
sete vezes.
Há, porém, duas maneiras bem diferentes de perdoar:
uma, grande, nobre, verdadeiramente generosa, sem
pensamento oculto, que evita, com delicadeza, ferir o amor-próprio e a
suscetibilidade do adversário, ainda quando este último nenhuma justificativa
possa ter;
a segunda é a em que o ofendido, ou aquele que tal se
julga, impõe ao outro condições humilhantes e lhe faz sentir o peso de um
perdão que irrita, em vez de acalmar; se estende a mão ao ofensor, não o faz
com benevolência, mas com ostentação, a fim de poder dizer a toda gente: vede
como sou generoso!
Nessas circunstâncias, é impossível uma reconciliação
sincera de parte a parte.
Não, não há aí generosidade; há apenas uma forma de
satisfazer ao orgulho.
Em toda contenda, aquele que se mostra mais conciliador,
que demonstra mais desinteresse, caridade e verdadeira grandeza da alma
granjeará sempre a simpatia das pessoas imparciais.
E.S.E.
CAP X ITEM 4
TORRADAS QUEIMADAS
"Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente,
minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E
eu me lembro de especialmente uma noite, quando ela fez um lanche desses,
depois de um dia de trabalho, muito duro.
Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos,
linguiça e torradas muito queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter
esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez,
foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o
meu dia, na escola.
Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter
olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geleia e engolindo cada
bocado.
Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se
desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele
disse:
“- Amor, eu adoro torrada queimada...”.
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa
noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada
queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:
“- Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito
pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal
a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu
também não sou o melhor marido, empregado ou cozinheiro!"
O que tenho aprendido através dos anos é que saber
aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre umas e
outras, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis
e duradouros.
Desde que eu e tua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a
suprir um as falhas do outro. Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar
uma panela de alumínio brilhando. Ela não sabe usar a furadeira, mas após
minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo.
Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe
assar uma carne como eu. Eu nunca soube te fazer dormir, mas comigo você tomava
banho rapidamente e sem resmungar. A soma de nós dois faz o mundo que você
recebeu e que te apoia, eu e ela nos completamos.
A nossa família deve aproveitar este nosso universo,
enquanto estamos os dois presentes. Não que mais tarde, no dia que um partir,
este mundo vá desmoronar, não vai.
Novamente teremos que aprender e adaptarmo-nos para fazer o melhor.
Filho, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo
de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e até
com amigos.
Então, esforça-te para ser sempre tolerante,
principalmente com quem dedicas o precioso tempo da vida, a ti e ao próximo.”
"As pessoas sempre se esquecerão do que tu lhes
fizeste ou do que lhes disseste. Mas nunca esquecerão o modo como tu as fizeste
sentir-se."
Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra
pessoa, mas no seu próprio. Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração dele;
você apreciará o calor de cada alma, incluindo a sua.
Antes de brigarmos ou reclamarmos por qualquer coisa, vamos
nos colocar no lugar do outro, pois não sabemos os problemas e dificuldades que
aquela pessoa está passando.
Essa é uma mensagem que nos faz refletir por toda a vida
o que realmente tem valor: as pessoas à nossa volta, são os verdadeiros
presentes que temos de mais caro e precioso...
https://sites.google.com/site/terradeimaculada/reflexoes/material-reflexoes/torradasqueimadas
CAP XI – 23/07
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP XI – AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO
“Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que
quereríamos que os outros fizessem por nós”, é a expressão mais completa da caridade,
porque resume todos os deveres do homem para com o próximo.
Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito,
que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós
desejamos.
Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes,
melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para
conosco, do que os temos para com eles?
A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo.
Quando as adotarem para regra de conduta e para base de
suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que
entre eles reinem a paz e a justiça.
Não mais haverá ódios, nem dissensões, mas tão somente
união, concórdia e benevolência mútua.
E.S.E.
CAP XI ITEM 4
A PERFEIÇÃO DE DEUS
Em Brooklyn, Nova Iorque, Chush é uma escola que se
dedica ao ensino de crianças deficientes. Algumas crianças permanecem em Chush
por toda a vida escolar, enquanto outras podem ser educadas em escolas normais.
Em um jantar beneficente de Chush, o pai de uma criança
fez um discurso que nunca seria esquecido pelos que estavam presentes.
Depois de elogiar a escola e seu dedicado pessoal, clamou
ele: "Onde está a perfeição em meu filho Shaya? Tudo o que Deus faz, é
feito com perfeição. Mas meu filho não pode entender as coisas como outras
crianças entendem. Meu filho não pode se lembrar de fatos e números como as
outras crianças. Onde está a perfeição de Deus?"
Todos estavam chocados com a pergunta, com o sofrimento
do pai.
Ele continuou: "Eu acredito que, quando Deus traz
uma criança assim no mundo, a perfeição que ele busca está no modo como as
pessoas reagem a esta criança".
E contou, então, a seguinte história sobre o seu filho
Shaya.
Uma tarde, Shaya e eu caminhávamos por um parque onde
alguns meninos que Shaya conhecia estavam jogando beisebol. Shaya me perguntou:
- Você acha que eles me deixarão jogar?
Eu sabia que meu filho não era atlético e que a maioria
dos meninos não o queria no time. Mas entendi que se o meu filho fosse
escolhido para jogar, lhe daria uma confortável sensação de participação.
Aproximei-me de um dos meninos no campo e perguntei-lhe
se Shaya poderia jogar.
O menino deu uma olhada ao redor procurando pela
aprovação dos seus companheiros de time. Mesmo não conseguindo nenhuma aprovação,
ele assumiu a responsabilidade em suas próprias mãos e disse: "Nós estamos
perdendo por seis rodadas e o jogo está na oitava rodada. Eu acho que ele pode
estar em nosso time e nós tentaremos colocá-lo para bater até a nona
rodada".
Fiquei exaltado quando Shaya abriu um grande sorriso.
Pediram a Shaya para vestir uma luva e ir ao campo para
jogar.
No final da oitava rodadada, o time de Shaya marcou
alguns pontos, mas ainda estava perdendo por três.
No final da nona rodada, o time de Shaya marcou novamente
e agora com dois fora e as bases com potencial para a rodada decisiva, Shaya
foi escalado para continuar.
O time deixaria Shaya de fato bater nesta circunstância e
jogar fora a chance de ganhar o jogo?
Surpreendentemente, foi dado o bastão a Shaya.
Todo o mundo sabia que era quase impossível porque Shaya
nem mesmo sabia segurar o bastão.
Porém, quando Shaya tomou posição, o lançador se moveu
alguns passos para arremessar a bola suavemente, de maneira que Shaya pudesse
ao menos rebater.
Foi feito o primeiro arremesso e Shaya balançou
desajeitadamente e perdeu.
Um dos companheiros do time de Shaya foi até ele e juntos
seguraram o bastão e encararam o lançador.
O lançador deu novamente alguns passos para lançar a bola
suavemente para Shaya.
Quando veio o lance, Shaya e o seu companheiro de time
balançaram o bastão e juntos eles rebateram a lenta bola do lançador.
O lançador apanhou a suave bola e poderia tê-la lançado
facilmente ao primeiro homem de base.
Shaya estaria fora e isso teria terminado o jogo.
Ao invés, o lançador pegou a bola e lançou-a em uma curva
longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro homem de base.
Todo o mundo começou a gritar: "Shaya, corra para a
primeira base. - Corra para a primeira".
Nunca na vida dele ele tinha corrido... Ele saiu em
disparada para a linha de base, com os olhos arregalados e assustado. Até que
ele alcançasse a primeira base, o jogador da direita teve a posse da bola.
Ele poderia ter lançado a bola ao segundo homem de base
que colocaria Shaya para fora, pois ele ainda estava correndo.
Mas o jogador entendeu quais eram as intenções do
lançador, assim, ele lançou a bola alta e distante, acima da cabeça do terceiro
homem de base.
Todo o mundo gritou, "Corra para a segunda, corra
para a segunda".
Shaya correu para a segunda base enquanto os jogadores à
frente dele circulavam deliberadamente para a base principal.
Quando Shaya alcançou a segunda base, a curta parada
adversária colocou-o na direção de terceira base e todos gritaram, "Corra
para a terceira".
Quando Shaya contornou a terceira base, os meninos de
ambos os times correram atrás dele gritando:
"Shaya, corra para a base principal".
Shaya correu para a base principal, pisou nela e todos os
18 meninos o ergueram nos ombros fazendo dele o herói, como se ele tivesse
vencido um "Campeonato" e ganho o jogo para o time dele.
"Aquele dia," disse o pai docemente com
lágrimas caindo sobre sua face, "esses 18 meninos alcançaram a perfeição
de Deus".
"Eu nunca tinha visto um sorriso tão lindo no rosto
do meu filho!"
Texto enviado por Maria José Contreras
CAP XII – 24/07
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP XII – AMAI OS VOSSOS INIMIGOS
Amar os inimigos é, para o incrédulo, um contrassenso,
aquele para quem a vida presente é tudo, vê no seu inimigo um ser nocivo, que
lhe perturba o repouso e do qual unicamente a morte, pensa ele, o pode livrar.
Daí, o desejo de vingar-se.
Nenhum interesse tem em perdoar, senão para satisfazer o
seu orgulho perante o mundo.
Em certos casos, perdoar-lhe parece mesmo uma fraqueza
indigna de si.
Se não se vingar, nem por isso deixará de conservar
rancor e um secreto desejo de mal para o outro.
Para o crente e, sobretudo, para o espírita, muito
diversa é a maneira de ver, porque suas vistas se lançam sobre o passado e
sobre o futuro, entre os quais a vida atual não passa de um simples ponto.
Sabe ele que, pela mesma destinação da Terra, deve
esperar topar aí com homens maus e perversos; que as maldades com que se
defronta fazem parte das provas que lhe cumpre suportar e o elevado ponto de
vista em que se coloca lhe
torna menos amargas as vicissitudes, quer advenham dos
homens, quer das coisas.
Se não se queixa das provas, tampouco deve queixar-se dos
que lhe servem de instrumento.
Se, em vez de se queixar, agradece a Deus o
experimentá-lo, deve também agradecer a mão que lhe dá ensejo de demonstrar a
sua paciência e a sua resignação.
Esta ideia o dispõe naturalmente ao perdão.
Sente, além disso, que quanto mais generoso for, tanto
mais se engrandece aos seus próprios olhos e se põe fora do alcance dos dardos
do seu inimigo.
O homem que no mundo ocupa elevada posição não se julga
ofendido com os insultos daquele a quem considera seu inferior.
O mesmo se dá com o que, no mundo moral, se eleva acima
da humanidade material.
Este compreende que o ódio e o rancor o aviltariam e
rebaixariam. Ora, para ser superior ao seu adversário, preciso é que tenha a
alma maior, mais nobre, mais generosa do que a desse último.
E.S.E.
CAP XII ITEM 4
A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO
O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte
com seus pés no assoalho da sala. Seu pai, que estava indo para o quintal fazer
alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.
Zeca, de apenas oito anos de idade, o acompanha
desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa; fala irritado o garoto:
- Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter
feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele.
Seu pai, um homem simples, mas cheio de sabedoria,
escuta, calmamente, o filho que continua a reclamar:
- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não
aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.
O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo
onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o
menino o acompanhou calado.
Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse
fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que
está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau
pensamento seu endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na
camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs
mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços
acertavam o alvo.
Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai
que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta:
- Filho como está se sentindo agora?
- Estou cansado, mas estou alegre porque acertei muitos
pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão
daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:
- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma
coisa.
O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na
frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Só se
conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos.
O pai, então, lhe diz ternamente:
- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas,
olhe só para você. O mau que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu.
Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a
borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.
Autor desconhecido.
https://sites.google.com/site/terradeimaculada/reflexoes/material-reflexoes/aimportanciadoperdao
CAP XIII – 25/07
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP XIII – QUE A MÃO ESQUERDA NÃO SAIBA O
QUE FAZ A DIREITA
Em fazer o bem sem ostentação há grande mérito; ainda
mais meritório é ocultar a mão que dá; constitui marca incontestável de grande
superioridade moral, porquanto, para encarar as coisas de mais alto do que o
faz o vulgo, mister se torna abstrair da vida presente e identificar-se com a
vida futura; numa palavra, colocar-se acima da Humanidade, para renunciar à
satisfação que advém do testemunho dos homens e esperar a aprovação de Deus.
Aquele que prefere ao de Deus o sufrágio dos homens prova
que mais fé deposita nestes do que na Divindade e que mais valor dá à vida
presente do que à futura.
Se diz o contrário, procede como se não cresse no que
diz.
Quantos há que só dão na esperança de que o que recebe
irá bradar por toda a parte o benefício recebido! Quantos os que, de público,
dão grandes somas e que, entretanto, às ocultas, não dariam uma só moeda!
Foi por isso que Jesus declarou: “Os que fazem o bem
ostentosamente já receberam sua recompensa.”
Com efeito, aquele que procura a sua própria glorificação
na Terra, pelo bem que pratica, já pagou a si mesmo; Deus
nada mais lhe deve; só lhe resta receber a punição do seu
orgulho.
Não saber a mão esquerda o que dá a mão direita é uma
imagem que caracteriza admiravelmente a beneficência modesta.
Mas, se há a modéstia real, também há a falsa modéstia, o
simulacro da modéstia.
Há pessoas que ocultam a mão que dá, tendo, porém, o
cuidado de deixar aparecer um pedacinho, olhando em volta para verificar se
alguém não o terá visto ocultá-la.
Indigna paródia das máximas do Cristo!
Se os benfeitores orgulhosos são depreciados entre os
homens, que não será perante Deus?
Também esses já receberam na Terra sua recompensa. Foram
vistos; estão satisfeitos por terem sido vistos.
É tudo o que terão.
E qual poderá ser a recompensa do que faz pesar os seus
benefícios sobre aquele que os recebe, que lhe impõe, de certo modo,
testemunhos de reconhecimento, que lhe faz sentir a sua posição, exaltando o
preço dos sacrifícios a que se vota para beneficiá-lo?
Oh! para esse, nem mesmo a recompensa terrestre existe,
porquanto ele se vê privado da grata satisfação de ouvir bendizer-lhe do nome e
é esse o primeiro castigo do seu orgulho.
As lágrimas que secam por vaidade, em vez de subirem ao
Céu, recaíram sobre o coração do aflito e o ulceraram.
Do bem que praticou nenhum proveito lhe resulta, pois que
ele o deplora, e todo benefício deplorado é moeda falsa e sem valor.
A beneficência praticada sem ostentação tem duplo mérito.
Além de ser caridade material, é caridade moral, visto que
resguarda a suscetibilidade do beneficiado, faz-lhe aceitar o benefício, sem
que seu amor-próprio se ressinta e salvaguardando-lhe a dignidade de homem,
porquanto aceitar
um serviço é coisa bem diversa de receber uma esmola.
Ora, converter em esmola o serviço, pela maneira de
prestá-lo, é humilhar o que o recebe, e, em humilhar a outrem, há sempre
orgulho e maldade.
A verdadeira caridade, ao contrário, é delicada e
engenhosa no dissimular o benefício, no evitar até as simples aparências
capazes de melindrar, dado que todo atrito moral aumenta o sofrimento que se
origina da necessidade.
Ela sabe encontrar palavras brandas e afáveis que colocam
o beneficiado à vontade em presença do benfeitor, ao passo que a caridade
orgulhosa o esmaga.
A verdadeira generosidade adquire toda a sublimidade,
quando o benfeitor, invertendo os papéis, acha meios de figurar como
beneficiado diante daquele a quem presta serviço.
Eis o que significam estas palavras: “Não saiba a mão
esquerda o que dá a direita.”
E.S.E.
CAP XIII ITEM 3
A JANELA PARA O MUNDO
Dois homens estavam seriamente doentes na mesma
enfermaria de um grande hospital. O cômodo era bastante pequeno e nele havia
uma janela que dava para o mundo.
Um dos homens tinha, como parte do seu tratamento,
permissão para sentar-se na cama por uma hora durante as tardes (algo a ver com
a drenagem de fluido de seus pulmões). Sua cama ficava perto da janela. O
outro, contudo, tinha de passar todo o seu tempo deitado de barriga para cima.
Todas as tardes, quando o homem cuja cama ficava perto da
janela era colocado em posição sentada, ele passava um tempo descrevendo o que
via lá fora.
A janela aparentemente dava para um parque onde havia um
lago. Havia patos e cisnes no lago, e as crianças iam atirar-lhes pão e colocar
na água barcos de brinquedo. Jovens namorados caminhavam de mãos dadas entre as
árvores, e havia flores, gramados e jogos de bola. E ao fundo, por trás da
fileira de árvores, avistava-se o belo contorno dos prédios da cidade.
O homem deitado ouvia o sentado descrever tudo isso,
apreciando todos os minutos. Ouviu sobre como uma criança quase caiu no lago e
sobre como as garotas estavam bonitas em seus vestidos de verão. As descrições
do seu amigo eventualmente o fizeram sentir que quase podia ver o que estava
acontecendo lá fora...
Então, em uma bela tarde, ocorreu-lhe um pensamento: Por
que o homem que ficava perto da janela deveria ter todo o prazer de ver o que
estava acontecendo? Por que ele não podia ter essa chance? Sentiu-se
envergonhado, mas quanto mais tentava não pensar assim, mais queria uma
mudança.
Numa noite, enquanto olhava para o teto, o outro homem
subitamente acordou tossindo e sufocando, suas mãos procurando o botão que
fazia a enfermeira vir correndo. Mas ele o observou, sem se mover... mesmo
quando o som de sua respiração parou.
De manhã, a enfermeira encontrou o outro homem morto e,
silenciosamente, levou embora o seu corpo.
Logo que pareceu apropriado, o homem perguntou se poderia
ser colocado na cama perto da janela. Então colocaram-no lá, aconchegaram-no
sob as cobertas e fizeram com que se sentisse bastante confortável. No minuto
em que saíram, ele apoiou-se sobre um cotovelo, com dificuldade e sentindo
muita dor, olhou para fora da janela.
Viu apenas um muro...
E a vida é, sempre foi e será aquilo que nós a tornamos.
"Valorize as pessoas que fazem o possível para
tornar a sua vida melhor!"
Enviado por Helio Biagio - Paraná
CAP XIV – 26/07
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP XIV – HONRA TEU PAI E TUA MÃE
O mandamento: “Honrai a vosso pai e a vossa mãe” é um
corolário da lei geral de caridade e de amor ao próximo, visto que não pode
amar o seu próximo aquele que não ama a seu pai e a sua mãe; mas o termo honrai
encerra um dever a mais para com eles: o da piedade filial.
Quis Deus mostrar por essa forma que ao amor se devem
juntar o respeito, as atenções, a submissão e a condescendência, o que envolve
a obrigação de cumprir-se para com eles, de modo ainda mais rigoroso, tudo o
que a
caridade ordena relativamente ao próximo em geral.
Esse dever se estende naturalmente às pessoas que fazem
as vezes de pai e de mãe, as quais tanto maior mérito têm, quanto menos
obrigatório é para elas o devotamento.
Deus pune sempre com rigor toda violação desse
mandamento.
Honrar a seu pai e a sua mãe não consiste apenas em
respeitá-los; é também assisti-los na necessidade; é proporcionar-lhes repouso
na velhice; é cercá-los de cuidados como eles fizeram conosco na infância.
Sobretudo para com os pais sem recursos é que se
demonstra a verdadeira piedade filial.
Obedecem a esse mandamento os que julgam fazer grande
coisa porque dão a seus pais o estritamente necessário para não morrerem de
fome, enquanto eles de nada se privam, atirando-os para os cômodos mais ínfimos
da casa, apenas por não os deixar na rua, reservandopara si o que há de melhor,
de mais confortável?
Ainda bem quando não o fazem de má vontade e não os
obrigam a comprar caro o que lhes resta a viver, descarregando sobre eles o
peso do governo da casa!
Será então aos pais velhos e fracos que cabe servir a
filhos jovens e fortes?
Ter-lhes-á a mãe vendido o leite quando os amamentava?
Contou porventura suas vigílias, quando eles estavam
doentes, os passos que deram para lhes obter o de que
necessitavam?
Não, os filhos não devem a seus pais pobres só o
estritamente necessário, devem-lhes também, na medida do que puderem, os
pequenos nadas supérfluos, as solicitudes, os cuidados amáveis, que são apenas
o juro do que receberam, o pagamento de uma dívida sagrada.
Unicamente essa é a piedade filial grata a Deus.
Ai, pois, daquele que olvida o que deve aos que o
ampararam em sua fraqueza, que com a vida material lhe deram a vida moral, que
muitas vezes se impuseram duras privações para lhe garantir o bem-estar.
Ai do ingrato: será punido com a ingratidão e o abandono;
será ferido nas suas mais caras afeições, algumas vezes já na existência atual,
mas com certeza noutra, em que sofrerá o que houver feito aos outros.
Alguns pais, é certo, descuram de seus deveres e não são
para os filhos o que deviam ser; mas a Deus é que compete puni-los e não a seus
filhos.
Não compete a estes censurá-los, porque talvez hajam
merecido que aqueles fossem quais se mostram.
Se a lei da caridade manda se pague o mal com o bem, se
seja indulgente para as imperfeições de outrem, se não
diga mal do próximo, se lhe esqueçam e perdoem os
agravos, se ame até os inimigos, quão maiores não hão de ser essas obrigações,
tratando-se de filhos para com os pais!
Devem, pois, os filhos tomar como regra de conduta para
com seus pais todos os preceitos de Jesus concernentes ao próximo e ter
presente que todo procedimento censurável, com relação aos estranhos, ainda
mais censurável se torna relativamente aos pais; e que o que talvez não passe
de simples falta, no primeiro caso, pode ser considerado um
crime, no segundo, porque, aqui, à falta de caridade se
junta a ingratidão.
E.S.E.
CAP XIV ITEM 3
O BORDADO
Quando eu era pequeno, minha Mãe costurava muito.
Sentávamos um perto do outro e, quando lhe perguntava o
que estava fazendo, ela me respondia que estava bordando.
Eu observava seu trabalho de uma posição mais baixa de
onde ela estava sentada e sempre indagava o que estava fazendo, porque o que
ela fazia me parecia muito confuso!
Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente dizia:
- Filho, saia um pouco para brincar e, quando terminar
meu bordado, eu o chamarei e o colocarei em meu colo, para que veja o bordado
da minha posição.
Não entendia porque ela usava alguns fios de cores
escuras e porque me pareciam tão desordenados de onde eu estava. Minutos mais
tarde, escutava-a me chamando:
- Filho, vem e senta em meu colo.
Eu fazia isso de imediato e me surpreendia e emocionava
ao ver a formosa flor e o belo entardecer no bordado. Não podia crer: de baixo
parecia tão confuso...
Então, minha Mãe explicava:
- Filho, olhando de baixo para cima estava confuso e
desordenado, e não lhe ocorria que no plano acima havia um desenho; eu via esse
desenho e só o estava seguindo! Agora, olhando-o da minha posição, sabe o que
eu estava fazendo.
Muitas vezes, ao longo dos anos tenho olhado para o céu e
dito:
- Pai, o que estás fazendo???
Ele responde:
- Estou bordando sua vida.
E eu Lhe replico:
- Mas, está tudo tão confuso; em desordem. Os fios
parecem tão escuros, porque não são mais brilhantes?
O Pai parece dizer-me:
- Meu filho, ocupe-se de seu trabalho... e Eu farei o
Meu; um dia, trarei você ao céu e o colocarei em meu colo... quando, então,
verá o Plano, da Minha posição.
Texto enviado por Zezé Pinho
CAP XV – 27/07
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP XV – FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO
Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e a
língua dos próprios anjos,
se eu não tiver caridade, serei como o bronze que soa e
um címbalo que retine;
ainda quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse
todos os mistérios,
e tivesse perfeita ciência de todas as coisas;
ainda quando tivesse toda a fé possível, até o ponto de
transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou.
E, quando houvesse distribuído os meus bens para
alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não
tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria.
A caridade é paciente; é branda e benfazeja; a caridade
não é injubilosa; não é temerária, nem precipitada; não se enche de orgulho;
não é desdenhosa; não cuida de seus interesses; não se agasta, nem se azeda com
coisa alguma; não suspeita mal; não se rejubila com a injustiça, mas se
rejubila com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.
Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a
caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais excelente é a caridade. (Paulo,
1a Epístola aos Coríntios, 13:1 a 7 e 13.)
De tal modo compreendeu Paulo essa grande verdade, que
disse:
Quando mesmo eu tivesse a linguagem dos anjos; quando
tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios; quando tivesse
toda a fé possível, até o ponto de transportar montanhas, se não tiver
caridade, nada sou.
Dentre estas três virtudes: a fé, a esperança e a
caridade, a mais excelente é a caridade.
Coloca assim, sem equívoco, a caridade acima até da fé.
É que a caridade está ao alcance de toda gente: do
ignorante, como do sábio, do rico, como do pobre, e independe de qualquer
crença particular.
Faz mais: define a verdadeira caridade, mostra-a não só
na beneficência, como também no conjunto de todas as qualidades do coração, na
bondade e na benevolência para com o próximo.
E.S.E. CAO XV ITEM 6 E 7
A VIDRAÇA E OS LENÇÓIS
Um casal, recém-casado, mudou-se para um bairro muito
tranquilo.
Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam
café, a mulher reparou através da janela numa vizinha que pendurava lençóis no
varal e comentou com o marido:
- Que lençóis tão sujos ela está a pendurar no varal!
Está a precisar de um sabão novo! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela
quer que eu a ensine a lavar as roupas!
O marido tudo escutava, calado.
Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a
vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:
- A nossa vizinha continua a pendurar os lençóis sujos!
Se eu tivesse intimidade, perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as
roupas!
E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu
discurso, enquanto a vizinha pendurava as suas roupas no varal.
Passado um mês, a mulher surpreendeu-se ao ver que os
lençóis que eram estendidos eram muito brancos e, toda empolgada, foi dizer ao
marido:
- Olha, ela aprendeu a lavar as roupas! Será que a outra
vizinha a ensinou? Porque eu é que não fiz nada!
O marido calmamente respondeu:
- Não, hoje, eu levantei-me mais cedo e lavei os vidros
da nossa janela!
E assim é.
Tudo depende da janela, através da qual observamos os
fatos.
Antes de condenar, verifica se tu fizeste alguma coisa
para contribuir; depois, verifique os teus próprios defeitos e limitações.
E, se necessitares, não te acanhe: lava a tua vidraça.
Tu jamais serás o único a ter de fazê-lo...
https://sites.google.com/site/terradeimaculada/reflexoes/material-reflexoes/avidracaeoslencois
CAP XVI – 28/07
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP XVI – SERVIR A DEUS E A MAMON
7. Se a riqueza houvesse de constituir obstáculo absoluto
à salvação dos que a possuem, conforme se poderia inferir de certas palavras de
Jesus, interpretadas segundo a letra e não segundo o espírito, Deus, que a
concede, teria posto nas mãos de alguns um instrumento de perdição, sem
apelação nenhuma, ideia que repugna à razão.
Sem dúvida, pelos arrastamentos a que dá causa, pelas
tentações que gera e pela fascinação que exerce, a riqueza constitui uma prova
muito arriscada, mais perigosa do que a miséria.
É o supremo excitante do orgulho, do egoísmo e da vida
sensual.
É o laço mais forte que prende o homem à Terra e lhe
desvia do céu os pensamentos.
Produz tal vertigem que, muitas vezes, aquele que passa
da miséria à riqueza esquece de pronto a sua primeira condição, os que com ele
a partilharam, os que o ajudaram, e faz-se insensível, egoísta e vão.
Ao fato, porém, de a riqueza tornar difícil a jornada,
não se segue que a torne impossível e não possa vir a ser um meio de salvação
para o que dela sabe servir-se, como certos venenos podem restituir a saúde, se
empregados a propósito e com discernimento.
Quando Jesus disse ao moço que o inquiria sobre os meios
de ganhar a vida eterna: “Desfaze-te de todos os teus bens e segue-me”, não
pretendeu, decerto, estabelecer como princípio absoluto que cada um deva
despojar-se do que possui e que a salvação só a esse preço se obtém; mas apenas
mostrar que o apego aos bens terrenos é um obstáculo à salvação.
Aquele moço, com efeito, se julgava quite porque
observara certos mandamentos e, no entanto, recusava-se à ideia de abandonar os
bens de que era dono.
Seu desejo de obter a vida eterna não ia até o extremo de
adquiri-la com sacrifício.
O que Jesus lhe propunha era uma prova decisiva,
destinada a pôr a nu o fundo do seu pensamento.
Ele podia, sem dúvida, ser um homem perfeitamente honesto
na opinião do mundo, não causar dano a ninguém, não maldizer do próximo, não
ser vão, nem orgulhoso, honrar a seu pai e a sua mãe, mas não tinha a
verdadeira caridade; sua virtude não chegava até a abnegação. Isso o que Jesus
quis demonstrar.
Fazia uma aplicação do princípio: “Fora da caridade não
há salvação.”
A consequência dessas palavras, em sua acepção rigorosa,
seria a abolição da riqueza por prejudicial à felicidade futura e como causa de
uma imensidade de males na Terra; seria, ademais, a condenação do trabalho que
a pode granjear; consequência absurda, que reconduziria o homem à vida selvagem
e que, por isso mesmo, estaria em contradição com a lei do progresso, que é Lei
de Deus.
Se a riqueza é causa de muitos males, se exacerba tanto
as más paixões, se provoca mesmo tantos crimes, não é a ela que devemos
inculpar, mas ao homem, que dela abusa, como de todos os dons de Deus.
Pelo abuso, ele torna pernicioso o que lhe poderia ser de
maior utilidade.
É a consequência do estado de inferioridade do mundo
terrestre.
Se a riqueza somente males houvesse de produzir, Deus não
a teria posto na Terra.
Compete ao homem fazê-la produzir o bem.
E.S.E.
CAP XVI ITEM 7
MEU BAMBU AMADO
Era uma vez um maravilhoso jardim, situado bem no centro
de um campo.
O dono costumava passear pelo jardim, ao sol do meio dia…
Um esbelto bambu era para ele a mais bela e estimada de
todas as árvores e plantas do seu jardim.
Este bambu crescia e se tornava cada vez mais lindo.
Ele sabia que o seu Senhor o amava e que ele era sua
alegria.
Um dia, o dono, pensativo aproximou-se do seu amado
bambu.
Num sentimento de profunda veneração, o bambu inclinou
sua cabeça imponente.
O Senhor disse ao bambu: - “Querido bambu, eu preciso de
ti”.
O bambu respondeu: - “Senhor, estou pronto. Faz de mim o
uso que quiseres”.
O bambu estava feliz, parecia Ter chegado a grande hora
de sua vida: o seu dono precisava e ele ia servi-lo.
Com voz grave o Senhor disse: “Bambu, só poderei usar-te,
se te podar”.
- “Podar? Podar a mim, Senhor, por favor, não fala isso.
Deixe a minha bela figura. Tu vês como todos me admiram”. - “Meu amado bambu” —
a voz do Senhor tornou-se mais grave ainda — “Não importa que te admirem ou
não. Se eu não te podar, não poderei usar-te”.
No jardim tido ficou silencioso…
O vento segurou a respiração…
Finalmente o lindo bambu se inclinou e sussurrou:- “Senhor, se não me podes usar sem podar,
então… faze o que queres”. “Meu querido bambu, devo também cortar as suas
folhas...”
O sol escondeu-se atrás das nuvens…
Umas borboletas afastaram-se assustadas...
O bambu trêmulo, à meia voz, disse: - “Senhor, corta-as”.
Disse o Senhor novamente: “Ainda não basta, meu querido
bambu, devo também cortar-te pelo meio e tomar-te o coração. Seu não faço isto,
não poderei usar-te”.
- “Por favor, Senhor!”, disse o bambu. “Eu não poderei
mais viver. Como poderei viver sem o coração?”.
- “Devo tirar-te o coração, caso contrário não poderei
usar-te”.
Houve um profundo silêncio…
Alguns soluços de lágrimas abafadas… depois o bambu
inclinou-se até o chão e disse: - “Senhor, poda, corta, parte, divide, tome por
inteiro, reparte”.
O Senhor desfolhou.
O Senhor decepou.
O Senhor partiu.
O Senhor tirou-lhe o coração.
Depois levou-o para o meio de um campo ressequido, a uma
fonte de onde brotava água fresca.
Lá o Senhor deitou cuidadosamente o seu querido bambu no
chão…
Ligou uma das extremidades do tronco decepado à fonte e a
outra levou até o campo.
A fonte cantou boas vindas ao bambu decepado.
As águas cristalinas se precipitaram alegres pelo corpo
despedaçado do bambu, correram sobre os campos ressequidos que por elas tanto
havia suplicado.
Ali, plantou-se trigo… arroz… milho… feijão…
Os dias se passaram, a sementeira brotou, cresceu, tudo
ficou verde, veio o tempo da colheita…
Assim, o tão maravilhoso bambu de outrora, em seu
despojamento, em seu aniquilamento e humildade, transformou-se numa Grande
Benção para toda aquela região.
Quando ele era grande e belo, crescia somente para si e
se alegrava com sua própria beleza.
No seu despojamento, no seu aniquilamento, na sua
entrega, ele se tornou o canal do qual o Senhor se serviu para tornar fecundas
as suas terras.
E muitos, muitos homens e mulheres encontraram Vida e
viveram deste tronco de um bambu podado, cortado, decepado, partido.
Para servir a Deus precisamos transformar nossos dons em
dádivas para os outros.
https://sites.google.com/site/terradeimaculada/reflexoes/material-reflexoes/meubambuamado
CAP XVII – 29/07
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP XVII – SEDE PERFEITOS
Pois que Deus possui a perfeição infinita em todas as
coisas, esta proposição: “Sede perfeitos, como perfeito é o vosso Pai
celestial”, tomada ao pé da letra, pressuporia a possibilidade de atingir-se a
perfeição absoluta.
Se à criatura fosse dado ser tão perfeita quanto o
Criador, tornar-se-ia ela igual a este, o que é inadmissível. Os homens a quem
Jesus falava não compreenderiam essa nuança, pelo que Ele se limitou a lhes
apresentar um modelo e a dizer-lhes que se esforçassem pelo alcançar.
Aquelas palavras, portanto, devem entender-se no sentido
da perfeição relativa, a de que a Humanidade é suscetível e que mais a aproxima
da Divindade.
Em que consiste essa perfeição? Jesus o diz: “Em amarmos
os nossos inimigos, em fazermos o bem aos que nos odeiam, em orarmos pelos que
nos perseguem.”
Mostra Ele desse modo que a essência da perfeição é a
caridade na sua mais ampla acepção, porque implica a prática de todas as outras
virtudes.
Com efeito, se se observam os resultados de todos os
vícios e, mesmo, dos simples defeitos, reconhecer-se-á nenhum haver que não
altere mais ou menos o sentimento da caridade, porque todos têm seu princípio
no egoísmo e no orgulho, que lhes são a negação; e isso porque tudo o que
sobre-excita o sentimento da personalidade destrói, ou, pelo menos, enfraquece
os elementos da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, a
abnegação e o devotamento.
Não podendo o amor do próximo, levado até o amor dos
inimigos, aliar-se a nenhum defeito contrário à caridade, aquele amor é sempre,
portanto, indício de maior ou menor superioridade moral, donde decorre que o
grau da perfeição está na razão direta da sua extensão.
Foi por isso que Jesus, depois de haver dado a seus
discípulos as regras da caridade, no que tem de mais sublime, lhes disse: “Sede
perfeitos, como perfeito é vosso Pai celestial.”
E.S.E.
CAP XVII ITEM 2
O LÁPIS
O menino observava seu avô, escrevendo em um caderno, e
perguntou:
- Vovô, você está escrevendo algo sobre mim?
- Sim, estou escrevendo algo sobre você. Entretanto, mais
importante do que as palavras que estou escrevendo é este lápis que estou
usando. Espero que você seja como ele, quando crescer.
O menino olhou para o lápis, e não vendo nada de
especial, intrigado, comentou:
- Mas este lápis é igual a todos os que eu já vi. O que ele tem de tão especial?
-Bem, depende do modo como você olha. Há cinco qualidades
nele que, se você conseguir vivê-las, será uma pessoa de bem e em paz com o
mundo. – respondeu o avô.
- Primeira qualidade: Assim como o lápis, você pode fazer
coisas grandiosas, mas nunca se esqueça de que existe uma “mão” que guia os
seus passos, e que sem ela o lápis não tem qualquer utilidade: a mão de Deus.
- Segunda qualidade: Assim como o lápis, de vez em quando
você vai ter que parar o que está escrevendo, e usar um “apontador”. Isso faz
com que o lápis sofra um pouco, mas ao final, ele se torna mais afiado.
Portanto, saiba suportar as adversidades da vida, porque elas farão de você uma
pessoa mais forte e melhor.
- Terceira qualidade: Assim como o lápis, permita que se
apague o que está errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é
necessariamente algo mau, mas algo importante para nos trazer de volta ao
caminho certo.
- Quarta qualidade: Assim como no lápis, o que realmente
importa não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro
dele. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você. O seu caráter
será sempre mais importante que a sua aparência.
Finalmente, a quinta qualidade do lápis: Ele sempre deixa
uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida deixará
traços e marcas nas vidas das pessoas, portanto, procure ser consciente de cada
ação, deixe um legado, e marque positivamente a vida das pessoas.
https://sites.google.com/site/terradeimaculada/reflexoes/material-reflexoes/olapis
CAP XVIII – 30/07
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP XVIII – MUITOS OS CHAMADOS E POUCOS OS
ESCOLHIDOS
Era crença comum aos judeus de então que a nação deles
tinha de alcançar supremacia sobre todas as outras. Deus, com efeito, não
prometera a Abraão que a sua posteridade cobriria toda a Terra?
Como sempre, porém, atendo-se à forma, sem atentarem ao
fundo, eles acreditavam tratar-se de uma dominação efetiva e material.
Antes da vinda do Cristo, com exceção dos hebreus, todos
os povos eram idólatras e politeístas.
Se alguns homens superiores ao vulgo conceberam a ideia
da unidade de Deus, essa ideia permaneceu no estado
de sistema pessoal, em parte nenhuma foi aceita como
verdade fundamental, a não ser por alguns iniciados que ocultavam seus
conhecimentos sob um véu de mistério, impenetrável para as massas populares.
Os hebreus foram os primeiros a praticar publicamente o
monoteísmo; é a eles que Deus transmite a sua lei, primeiramente por via de
Moisés, depois por intermédio de Jesus.
Foi daquele pequenino foco que partiu a luz destinada a
espargir-se pelo mundo inteiro, a triunfar do paganismo e a dar a Abraão uma
posteridade espiritual “tão numerosa quanto as estrelas do firmamento”.
Entretanto, abandonando de todo a idolatria, os judeus
desprezaram a lei moral, para se aferrarem ao mais fácil: à prática do culto
exterior.
O mal chegara ao cúmulo; a nação, além de escravizada,
era esfacelada pelas facções e dividida pelas seitas; a incredulidade atingira
mesmo o santuário.
Foi então que apareceu Jesus, enviado para os chamar à
observância da Lei e para lhes rasgar os horizontes novos da vida futura.
Dos primeiros a ser convidados para o grande banquete da
fé universal, eles repeliram a palavra do Messias celeste, e o imolaram.
Perderam assim o fruto que teriam colhido da iniciativa
que lhes coubera.
Fora, contudo, injusto acusar-se o povo inteiro de tal
estado de coisas.
A responsabilidade tocava principalmente aos fariseus e
saduceus, que sacrificaram a nação por efeito do orgulho e do fanatismo de uns
e pela incredulidade dos outros.
São, pois, eles, sobretudo, que Jesus identifica nos
convidados que recusam comparecer ao festim das bodas.
Depois, acrescenta:
“Vendo isso, o Senhor mandou convidar a todos os que
fossem encontrados nas encruzilhadas, bons e maus.” Queria dizer desse modo que
a palavra ia ser pregada a todos os outros povos, pagãos e idólatras, e estes,
acolhendo-a,
seriam admitidos ao festim, em lugar dos primeiros
convidados.
No entanto, não basta a ninguém ser convidado; não basta
dizer-se cristão, nem sentar-se à mesa para tomar parte no banquete celestial.
É preciso, antes de tudo e sob condição expressa, estar
revestido da túnica nupcial, isto é, ter puro o coração e cumprir a lei segundo
o espírito.
Ora, a lei toda se contém nestas palavras: Fora da
caridade não há salvação.
Entre todos, porém, que ouvem a palavra divina, quão
poucos são os que a guardam e a aplicam proveitosamente! Quão poucos se tornam
dignos de entrar no Reino dos Céus! Eis por que disse Jesus: “Chamados haverá muitos;
poucos, no entanto, serão os escolhidos.”
E.S.E.
CAP XVIII ITEM 2
O REMADOR E O CONSELHEIRO
Os dois primos tinham quase a mesma idade. Ambos haviam
nascidos numa pequena aldeia de um grande reino. Cresceram juntos, na mesma
vida simples de filhos de pobres camponeses.
Só que tinham visão diferente do mundo. Enquanto um deles
era curioso, buscando sempre saber o porquê das coisas, sempre se aprofundando
no conhecimento, o outro era displicente, se preocupando somente com os
folguedos e brincadeiras.
Quando atingiram a idade dos estudos, as diferenças de
caráter se acentuaram. O primeiro se dedicava aos estudos, abandonando as
brincadeiras para estudar e fazer as lições, nunca faltando às aulas; o
segundo, ao contrário, não gostava de estudar, não fazia suas lições e faltava
muito às aulas.
Discutiam muito por causa disso. O segundo criticava o
primo por ser tão diligente, por deixar de aproveitar a vida, lançando–se aos
estudos. Este lhe replicava, explicando que eles não seriam sempre crianças e
adolescentes. Dia chegaria que se tornariam adultos, assumindo
responsabilidades familiares e, somente a dedicação aos estudos lhes proporcionaria
uma vida futura melhor e mais feliz.
Na busca de uma melhor formação, o estudioso acabou
saindo da aldeia, mudando-se para a cidade, na busca de seus objetivos. Seu
primo continuou na aldeia, terminando, com muita deficiência, seus estudos
básicos.
A distância os separou, de forma que, durante muito
tempo, os primos não tiveram mais contato.
O estudioso, em razão de sua dedicação, se formou na
faculdade, adquirindo notoriedade e acabou sendo contratado pelo Rei, para ser
seu conselheiro.
O primo displicente, por sua vez, acabou como remador de
barcos.
Certo dia, precisando fazer uma viagem marítima para
inspecionar seus domínios, o Rei convocou seus conselheiros para acompanhá-lo e
ajudá-lo a resolver os problemas que por ventura encontrassem no reino.
Quando ingressaram no barco, o primo que virara
conselheiro encontrou seu parente operando um dos remos da embarcação.
Durante a viagem, o primo remador ficava resmungando em
seu posto, queixando-se de sua sorte e amaldiçoando o primo conselheiro, pois
que ambos, nascidos na mesma aldeia e nas mesmas condições de pobreza, não
deveriam estar em condições tão diferentes. Chamava o outro de vagabundo, pois
enquanto ele estava ali, remando com enorme esforço, o primo estava refestelado
ao lado do rei e de outros conselheiros, comendo e bebendo do bom e do melhor,
admirando a bela paisagem.
Seus resmungos perduraram durante todo o dia, pois não se
conformava com aquela situação e achava que o primo deveria ajudá-lo, tirando-o
de sua insignificante condição de remador.
Quando anoiteceu, o Rei determinou que o barco fosse
ancorado numa pequena praia, onde passariam a noite, para seguir viagem no dia
seguinte.
Em certa hora da noite, o primo remador foi acordado pelo
próprio Rei, que lhe disse:
- Olha, não estou conseguindo dormir por causa de um
barulho que vem daquele morro ali. Levante-se, vá até lá e veja o que está
causando esse barulho.
- Sim senhor, Majestade. Já estou indo.
O remador subiu o morro correndo, demorou alguns minutos
e retornou todo esbaforido pelo cansaço da subida.
- Majestade, quem está causando este barulho é uma gata e
seus filhotes. Ela deve ter dado cria recentemente e seus filhotes estão
fazendo muito ruído.
- Muito bem, disse o Rei, de que raça é essa gata?
- Hum, não sei, Majestade, não me preocupei com isso, mas
vou subir lá e verificar.
Voltou minutos depois, ainda mais cansado:
- E então, perguntou o Rei.
- Olha, majestade, a gata é da raça siamesa.
- Ótimo, mas quantos são os filhotes?
- Não tenho certeza, mas acho que são seis.
- Quantos machos e quantas fêmeas, perguntou o Rei.
- Não sei, Majestade, não verifiquei, mas volto lá e já
lhe dou a resposta.
Voltou minutos depois, quase sufocado de cansaço.
- Majestade, são realmente seis filhotes, sendo três
machos e três fêmeas.
- Certo. E o que você fez para que eles parassem de fazer
barulho e me deixassem dormir.
- Errr, bom, Majestade, o que eu poderia fazer? Eu os
deixei da mesma maneira que encontrei. Não há nada que eu poderia fazer para
que se calassem.
- Está bem, disse o Rei, espere um pouco.
O rei se encaminhou para o local onde seus conselheiros
dormiam e acordou o primo do remador, trazendo-o para fora do barco,
ordenando-lhe:
- Olha, não estou conseguindo dormir por causa de um
barulho que vem daquele morro ali. Vá até lá e veja o que está causando esse
barulho.
- Imediatamente, majestade.
O remador estranhou a atitude do Rei, pois ele já havia
verificado o que estava acontecendo e não entedia porque seu primo tinha que
fazer a mesma coisa.
Passaram muitos minutos, sem que seu primo voltasse. O
remador começou a ruminar seu contentamento, pensando: “Ta vendo, aquele
incompetente está demorando muito para resolver um pequeno problema. Está
provado que eu sou melhor do que ele. Quem sabe agora o Rei vai me dar o devido
valor?”
Passado uns vinte minutos, o conselheiro voltou ao barco
e disse ao Rei.
- Majestade, o barulho que vos perturbava era causado por
uma ninhada de gatos. Uma gata siamesa deu cria a seis filhotes, sendo três
machos e três fêmeas. Eles nasceram num velho tonel de madeira, que está
tombado no alto daquele morro. Eu fui até a aldeia próxima, que fica logo
abaixo, do outro lado do morro e acordei o prefeito para saber de quem eram
aqueles gatos que estavam incomodando Vossa Majestade. Os gatos são do próprio
prefeito, que pede mil desculpas ao Rei, pois ignorava que estávamos atracados
aqui. O prefeito já providenciou a retirada dos gatinhos e pediu que Vossa
Excelência aceitasse como presente um dos filhotes como bicho de estimação,
escolhendo o mais bonito entre eles, me pedindo que o entregasse ao Rei. Aqui
está o lindo gatinho, Majestade.
O Rei agradeceu ao seu conselheiro e o dispensou, para
que voltasse a dormir. Quando ele se afastou, o Rei voltou-se para o remador,
que a tudo presenciara e lhe disse:
- Meu jovem, durante a viagem, sem que você percebesse,
ouvi suas imprecações contra seu primo. Eu já sabia que você e meu conselheiro
eram primos, pois ele me contou no início da viagem e também me contou a
história de vocês. Isto que fiz, foi para lhe demonstrar o quanto você está
sendo injusto com seu primo. Veja que, para obter algumas simples informações,
você teve que retornar ao morro por três vezes e ainda por cima, não resolveu o
problema. Seu primo, ao contrário, de uma só vez trouxe todas as informações,
resolveu o problema e ainda me trouxe um belo presente.
- A verdade, meu amigo, continuou o Rei, é que você nunca
aproveitou as chances que a vida lhe deu e nem correu atrás de seus ideais.
Aliás, acho que você nem sabe o que quer dizer “ideais”. As chances sempre
estiveram na sua frente, como hoje. Bastava apenas um pouco de boa vontade,
para você fazer o que seu primo fez. Mas sua costumeira acomodação não deixou
você enxergar as informações e a solução do problema.
- Não é a vida e nem seu primo que são injustos contra
você. Mas é você que é injusto contra a vida, contra aqueles que o cercam e
contra você mesmo. Você quer ser um vencedor? Então lute para isso. Não espere
que as coisas caiam do céu. Não se esqueça que Deus, na sua incomparável
justiça, dá a recompensa a cada um, de acordo com seu merecimento. Então, faça
por merecer a sua recompensa, sem esperar que outros a obtenham para você –
arrematou o Rei e foi dormir...
https://sites.google.com/site/terradeimaculada/reflexoes/material-reflexoes/oremadoreoconselheiro
CAP XIX – 31/07
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP XIX – A FÉ TRANSPORTA MONTANHAS
As montanhas que a fé desloca são as dificuldades, as
resistências, a má vontade, em suma, com que se depara da parte dos homens,
ainda quando se trate das melhores coisas.
Os preconceitos da rotina, o interesse material, o
egoísmo, a cegueira do fanatismo e as paixões orgulhosas são outras tantas
montanhas que barram o caminho a quem trabalha pelo progresso da Humanidade.
A fé robusta dá a perseverança, a energia e os recursos
que fazem se vençam os obstáculos, assim nas pequenas coisas,
que nas grandes.
Da fé vacilante resultam a incerteza e a hesitação de que
se aproveitam os adversários que se têm de combater; essa fé não procura os
meios de vencer, porque não acredita que possa vencer.
Noutra acepção, entende-se como fé a confiança que se tem
na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim.
Ela dá uma espécie de lucidez que permite se veja, em
pensamento, a meta que se quer alcançar e os meios de chegar lá, de sorte que
aquele que a possui caminha, por assim dizer, com absoluta segurança.
Num como noutro caso, pode ela dar lugar a que se
executem grandes coisas.
A fé sincera e verdadeira é sempre calma; faculta a
paciência que sabe esperar, porque, tendo seu ponto de apoio na inteligência e
na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao objetivo visado.
A fé vacilante sente a sua própria fraqueza; quando a
estimula o interesse, torna-se irada e julga suprir, com a violência, a força
que lhe falece.
A calma na luta é sempre um sinal de força e de
confiança; a violência, ao contrário, denota fraqueza e dúvida de si mesmo.
Cumpre não confundir a fé com a presunção.
A verdadeira fé se conjuga à humildade; aquele que a
possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que,
simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus.
Por essa razão é que os bons Espíritos lhe vêm em
auxílio.
A presunção é menos fé do que orgulho, e o orgulho é
sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelos malogros que lhe são
infligidos.
O poder da fé se demonstra, de modo direto e especial, na
ação magnética; por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente
universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível.
Daí decorre que aquele que a um grande poder fluídico
normal junta ardente fé, pode, só pela força da sua vontade dirigida para o bem,
operar esses singulares fenômenos de cura e outros, tidos antigamente por
prodígios, mas que não passam de efeito de uma lei natural.
Tal o motivo por que Jesus disse a seus apóstolos: se não
o curastes, foi porque não tínheis fé.
E.S.E. CAP XIX ITEM 2 A 5
A VACA NO PRECIPÍCIO
Um anjo e seu discípulo resolveram fazer uma pesquisa e
saber como viviam as pessoas na região que lhes tinha sido dado proteger.
Chegando à primeira residência, foram recebidos pelos
moradores: um casal com cinco filhos - todos com roupas limpas, porém rasgadas.
O senhor está no meio desta floresta, não há nenhum
comércio nas redondezas - observou o anjo disfarçado ao pai de família. - Como
sobrevivem aqui?
E o homem, calmamente, respondeu:
- Meu amigo, a situação é muito difícil. Graças a Deus,
temos aqui uma vaquinha que não nos deixa passar fome. Às vezes sobra um pouco
de leite e fazemos um pouco de queijo e vendemos na cidade vizinha. E assim
vamos sobrevivendo.
O anjo despediu-se, agradeceu pela informação, comtemplou
o lugar por um momento e foi embora. No meio do caminho, disse ao discípulo:
- Jogue a vaquinha deste pobre homem no precipício.
- Não posso fazer isso, é a única forma de sustento da
família! - Espantou-se o discípulo.
O anjo permaneceu calado.
Sem alternativa, o rapaz fez o que lhe mandara o
anjo-mestre, e a vaquinha morreu na queda.
Anos depois, eles voltaram ao mesmo lugar, para ver como
estavam todos.
Chegando lá, para sua surpresa, encontraram o local
transformado num belíssimo sítio, com árvores floridas, carro na garagem e
rapazes e moças bem vestidos e felizes.
O discípulo ficou desesperado, imaginando que a humilde
família tivesse precisado vender o sítio para sobreviver.
Apertou o passo e foi recebido por um caseiro muito
simpático.
- Para onde foi a família que vivia aqui? - perguntou.
- Continuam donos do sítio - foi a resposta.
Espantado, ele entrou correndo na casa, e o senhor logo o
reconheceu.
Perguntou como estava o outro amigo, mas o rapaz nem
respondeu, pois se achava por demais ansioso para saber como o homem conseguira
melhorar tanto o sítio e ficar tão bem de vida.
- Bem, nós tinhamos uma vaquinha, mas ela caiu no
precipício e morreu - disse o senhor.
- Então, para sustentar minha família, tive que plantar
ervas e legumes.
- Como as plantas demoravam a crescer, comecei a cortar
madeira para vender.
- Ao fazer isso, tive que replantar as árvores e precisei
comprar mudas.
- Ao comprar mudas, lembrei-me da roupa de meus filhos e
pensei que talvez pudesse cultivar algodão.
- Passei um ano difícil, mas quando a colheita chegou, eu
já estava exportando legumes, algodão e ervas aromáticas. –
- Nunca havia me dado conta de todo o meu potencial e o
daqui, ainda bem que aquela vaquinha morreu. Era um atraso em nossas vidas.
https://sites.google.com/site/terradeimaculada/reflexoes/material-reflexoes/avacanoprecipicio
CAP XX – 01/08
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP XX – OS TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA
Jesus gostava da simplicidade dos símbolos e, na sua
linguagem máscula, os obreiros que chegaram na primeira hora são os profetas,
Moisés e todos os iniciadores que marcaram as etapas do progresso, as quais
continuaram a ser assinaladas através dos séculos pelos apóstolos, pelos
mártires, pelos Pais da Igreja, pelos sábios, pelos filósofos e, finalmente,
pelos espíritas.
Estes, que por último vieram, foram anunciados e preditos
desde a aurora do advento do Messias e receberão a mesma
recompensa.
Que digo? recompensa maior.
Últimos chegados, eles aproveitam dos labores
intelectuais dos seus predecessores, porque o homem tem de herdar do homem e
porque coletivos são os trabalhos humanos: Deus abençoa a solidariedade.
Aliás, muitos dentre aqueles revivem hoje, ou reviverão
amanhã, para terminarem a obra que começaram outrora.
Mais de um patriarca, mais de um profeta, mais de um
discípulo do Cristo, mais de um propagador da fé cristã, se encontram no meio
deles, porém, mais esclarecidos, mais adiantados, trabalhando, não já na base,
e sim na cumeeira do edifício. Receberão, pois, salário proporcionado ao valor
da obra.
O belo dogma da reencarnação eterniza e precisa a
filiação espiritual.
Chamado a prestar contas do seu mandato terreno, o
Espírito se apercebe da continuidade da tarefa interrompida, mas sempre
retomada.
Ele vê, sente que apanhou, de passagem, o pensamento dos
que o precederam.
Entra de novo na liça, amadurecido pela experiência, para
avançar mais.
E todos, trabalhadores da primeira e da última hora, com
os olhos bem abertos sobre a profunda Justiça de Deus, não mais reclamam: mas
se põe a adora-lo.
Tal um dos verdadeiros sentidos desta parábola, que
encerra, como todas as de que Jesus se utilizou falando ao povo, o gérmen do
futuro e também, sob todas as formas, sob todas as imagens, a revelação da
magnífica unidade que harmoniza todas as coisas no Universo, da solidariedade
que liga todos os seres presentes ao passado e ao futuro. – Henri Heine.
(Paris, 1863.)
E.S.E. CAP XX ITEM 3
O COMPROMISSO DE CADA UM
Nos Alpes italianos existia um pequeno vilarejo que se
dedicava ao cultivo de uvas para a produção de vinho.
Uma vez por ano, lá ocorria uma festa para comemorar o
sucesso da colheita.
A tradição exigia que nessa festa cada morador do
vilarejo trouxesse uma garrafa de seu melhor vinho para colocar dentro de um
grande barril, que ficava na praça central.
Entretanto, um dos moradores pensou: “Por que deverei eu
levar uma garrafa do meu mais puro vinho? Levarei uma d'água, pois no meio de
tanto vinho o meu não fará falta”.
Assim pensou e assim o fez.
No auge das comemorações, como era de costume, todos se
reuniram na praça, cada um com sua caneca para pegar uma porção daquele vinho
cuja fama se estendia além das fronteiras do país. Contudo, ao abrir a torneira
do barril, um silêncio tomou conta da multidão.
Daquele barril saiu apenas água!
E de todos os outros também.....
Todos ficaram admirados, se perguntando o que teria
acontecido.
Mas isso não foi difícil de descobrir.
Foi porque todos pensaram como aquele morador: “A
ausência da minha parte não fará falta!”.
Nós somos muitas vezes conduzidos a pensar assim: “Tantas
pessoas exIstem neste mundo que, se eu não fizer a minha parte, isso não terá a
mínima importância”.
Mas o que aconteceria com o mundo se todos pensassem
assim?
Da mesma forma, imaginem se todos agissem assim quanto à
obra de Deus?
https://sites.google.com/site/terradeimaculada/reflexoes/material-reflexoes/ocompromissodecadaum
CAP XXI – 02/08
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP XXI – FALSOS CRISTOS E FALSOS PROFETAS
“Levantar-se-ão falsos cristos e falsos profetas, que
farão grandes prodígios e coisas de espantar, a ponto de seduzirem os próprios
escolhidos.”
Estas palavras dão o verdadeiro sentido do termo
prodígio.
Na acepção teológica, os prodígios e os milagres são
fenômenos excepcionais, fora das Leis da Natureza.
Sendo estas, exclusivamente, obra de Deus, pode Ele, sem
dúvida, derrogá-las, se lhe apraz; o simples bom senso, porém, diz que não é
possível haja Ele dado a seres inferiores e perversos um poder igual ao seu,
nem, ainda menos, o direito de desfazer o que Ele tenha feito.
Semelhante princípio não pode Jesus ter consagrado.
Se, portanto, de acordo com o sentido que se atribui a
essas palavras, o Espírito do mal tem o poder de fazer prodígios tais que os
próprios escolhidos se deixem enganar, o resultado seria que, podendo fazer o
que Deus faz, os prodígios e os milagres não são privilégio exclusivo dos
enviados de Deus e nada provam, pois que nada distingue os milagres dos santos
dos milagres do demônio.
Necessário, então, se torna procurar um sentido mais
racional para aquelas palavras.
Para o vulgo ignorante, todo fenômeno cuja causa é
desconhecida passa por sobrenatural, maravilhoso e miraculoso; uma vez
encontrada a causa, reconhece-se que o fenômeno, por muito extraordinário que
pareça, mais não é do que aplicação de uma Lei da Natureza.
Assim, o círculo dos fatos sobrenaturais se restringe à
medida que o da Ciência se alarga.
Em todos os tempos, homens houve que exploraram, em
proveito de suas ambições, de seus interesses e do seu anseio de dominação,
certos conhecimentos que possuíam, a fim de alcançarem o prestígio de um pseudo
poder sobre-humano, ou de uma pretendida missão divina.
São esses os falsos cristos e falsos profetas.
A difusão das luzes lhes aniquila o crédito, donde
resulta que o número deles diminui à proporção que os homens se esclarecem.
O fato de operar o que certas pessoas consideram
prodígios não constitui, pois, sinal de uma missão divina, visto que pode
resultar de conhecimento cuja aquisição está ao alcance de qualquer um, ou de
faculdades orgânicas especiais, que o mais indigno não se acha inibido de
possuir, tanto quanto o mais digno.
O verdadeiro profeta se reconhece por mais sérios
caracteres e exclusivamente morais.
E.S.E.
CAP XXI ITEM 5
A MORADA DO CÉU
Um homem muito rico morreu e foi recebido no céu. O anjo guardião levou-o por várias alamedas e
foi lhe mostrando as moradias que ali existiam.
Passaram por uma linda casa com belos jardins.
O homem, admirado, perguntou:
- Que linda casa, quem mora aí?
O anjo respondeu:
- É o Raimundo, aquele seu motorista que morreu no ano
passado.
O homem ficou pensando:
"Puxa! Se o Raimundo tem uma casa dessas, aqui deve
ser muito bom!"
Logo a seguir, surgiu uma outra casa muito mais bonita e
ele perguntou mais admirado ainda:
- E aqui, quem mora?
O anjo respondeu:
- Aqui é a casa da Rosalina, aquela que foi sua
cozinheira.
O homem ficou imaginando que, seus empregados tendo
magníficas residências, a sua morada deveria ser, no mínimo, um palácio, e
estava ansioso por vê-la.
Nisso, o anjo parou diante de um pequeno barraco
construído com tábuas e disse:
- Esta é a sua casa.
O homem ficou indignado!
- Como é possível? Vocês sabem construir coisa muito
melhor!!!
- Sabemos, respondeu o anjo, mas nós construímos apenas a
casa. O material é selecionado e enviado por vocês mesmos. E você só enviou
isso!
https://sites.google.com/site/terradeimaculada/reflexoes/material-reflexoes/amoradadoceu
CAP XXII – 03/08
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP XXII – O QUE DEUS UNIU O HOMEM NÃO
SEPARA
Será então supérflua a lei civil e dever-se-á volver aos
casamentos segundo a Natureza?
Não, decerto.
A lei civil tem por fim regular as relações sociais e os
interesses das famílias, de acordo com as exigências da civilização; por isso,
é útil, necessária, mas variável.
Deve ser previdente, porque o homem civilizado não pode
viver como selvagem; nada, entretanto, nada absolutamente se opõe a que ela
seja um corolário da Lei de Deus.
Os obstáculos ao cumprimento da Lei divina promanam dos
prejuízos, e não da lei civil.
Esses prejuízos, se bem ainda vivazes, já perderam muito
do seu predomínio no seio dos povos esclarecidos; desaparecerão com o progresso
moral que, por fim, abrirá os olhos aos homens para os males sem conto, as
faltas, mesmo os crimes que decorrem das uniões contraídas com vistas unicamente
nos interesses materiais.
Um dia perguntar-se-á o que é mais humano, mais caridoso,
mais moral: se encadear um ao outro dois seres que não podem viver juntos, se
restituir-lhes a liberdade; se a perspectiva de uma cadeia indissolúvel não
aumenta o número de uniões irregulares.
E.S.E.
CAP XXII ITEM 4
A ARTE DE VIVER JUNTO
Conta uma lenda dos índios Sioux que, certa vez, Touro
Bravo e Nuvem Azul chegaram de mãos dadas à tenda do velho feiticeiro da tribo
e pediram:
– Nós nos amamos e vamos nos casar. Mas nos amamos tanto
que queremos um conselho que nos garanta ficar sempre juntos, que nos assegure
estar um ao lado do outro até a morte. Há algo que possamos fazer?
E o velho, emocionado ao vê-los tão jovens, tão
apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse-lhes:
– Há o que possa ser feito, ainda que sejam tarefas muito
difíceis. Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte da aldeia apenas com
uma rede, caçar o falcão mais vigoroso e trazê-lo aqui, com vida, até o
terceiro dia depois da lua cheia. E tu, Touro Bravo, deves escalar a montanha
do trono; lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias. Somente com
uma rede deverás apanhá-la, trazendo-a para mim viva!
Os jovens se abraçaram com ternura e logo partiram para
cumprir a missão.
No dia estabelecido, na frente da tenda do feiticeiro, os
dois esperavam com as aves. O velho tirou-as dos sacos e constatou que eram
verdadeiramente formosos exemplares dos animais que ele tinha pedido.
– E agora, o que faremos? – os jovens perguntaram.
– Peguem as aves e amarrem uma à outra pelos pés com
essas fitas de couro. Quando estiverem amarradas, soltem-nas para que voem
livres.
Eles fizeram o que lhes foi ordenado e soltaram os
pássaros.
A águia e o falcão tentaram voar, mas conseguiram apenas
saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela impossibilidade do voo, as
aves arremessaram-se uma contra a outra, bicando-se até se machucar.
Então, o velho disse:
– Jamais se esqueçam do que estão vendo, esse é o meu
conselho. Vocês são como a águia e o falcão. Se estiverem amarrados um ao
outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou
tarde, começarão a machucar um ao outro. Se quiserem que o amor entre vocês
perdure, voem juntos, mas jamais amarrados. Libere a pessoa que você ama para
que ela possa voar com as próprias asas. Essa é uma verdade no casamento e
também nas relações familiares, de amizade e profissionais.
Respeite o direito das pessoas de voar rumo ao sonho
delas, somente livres as pessoas são capazes de amar.
Autor Desconhecido
CAP XXIII – 04/08
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP XXIII – MORAL ESTRANHA
O Espiritismo vem realizar, na época prevista, as
promessas do Cristo.
Entretanto, não o pode fazer sem destruir os abusos.
Como Jesus, ele topa com o orgulho, o egoísmo, a ambição,
a cupidez, o fanatismo cego, os quais, levados às suas últimas trincheiras,
tentam barrar-lhe o caminho e lhe suscitam entraves e perseguições.
Também ele, portanto, tem de combater; mas o tempo das
lutas e das perseguições sanguinolentas passou; são todas de ordem moral as que
terá de sofrer e próximo lhes está o termo.
As primeiras duraram séculos; estas durarão apenas alguns
anos, porque a luz, em vez de partir de um único foco, irrompe de todos os
pontos do globo e abrirá mais de pronto os olhos aos cegos.
Essas palavras de Jesus devem, pois, entender-se com
referência às cóleras que a sua doutrina provocaria, aos conflitos momentâneos
a que ia dar causa, às lutas que teria de sustentar antes de se firmar, como
aconteceu aos hebreus antes de entrarem na Terra Prometida, e não como
decorrentes de um desígnio premeditado de sua parte de semear a desordem e a
confusão.
O mal viria dos homens, e não dele, que era como o médico
que se apresenta para curar, mas cujos remédios provocam uma crise salutar,
atacando os maus humores do doente.
E.S.E. CAP XXIII ITEM 17 E 18
A HISTÓRIA DA BORBOLETA
Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo.
Um homem sentou-se e ficou observando a borboleta por
várias horas.
Ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse
através daquele pequeno buraco, porém não tinha qualquer progresso.
Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não
conseguia ir mais além.
Então o homem decidiu ajudar a borboleta.
Pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo.
A borboleta então saiu facilmente.
Mas seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas
amassadas.
O homem continuou a observar a borboleta porque ele
esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para
serem capazes de suportar o corpo, que iria se afirmar a tempo.
Nada aconteceu.
Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida
rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas.
Ela nunca foi capaz de voar.
O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não
compreendia era que o casulo apertado é o esforço necessário à borboleta para
passar através da pequena abertura, era o modo com que Deus fazia com que o
fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas de modo que ela estaria
pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em
nossa vida.
Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem
quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados.
Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ser.
https://sites.google.com/site/terradeimaculada/reflexoes/material-reflexoes/ahistoriadaborboleta
CAP XXIV – 05/08
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP XXIV – NÃO COLOCAR A CANDEIA DEBAIXO DO
ALQUEIRE
Se, pois, em sua previdente sabedoria, a Providência só
gradualmente revela as verdades, é claro que as desvenda à proporção que a
Humanidade se vai mostrando amadurecida para as receber.
Ela [a Providência] as mantém de reserva, e não sob o
alqueire.
Os homens, porém, que entram a possuí-las, quase sempre
as ocultam do vulgo com o intento de o dominarem. São esses os que,
verdadeiramente, colocam a luz debaixo do alqueire.
É por isso que todas as religiões têm tido seus
mistérios, cujo exame proíbem.
Todavia, ao passo que essas religiões iam ficando para
trás, a Ciência e a inteligência avançaram e romperam o véu misterioso.
Havendo-se tornado adulto, o vulgo entendeu de penetrar o
fundo das coisas e eliminou de sua fé o que era contrário à observação.
Não podem existir mistérios absolutos e Jesus está com a
razão quando diz que nada há secreto que não venha a ser conhecido.
Tudo o que se acha oculto será descoberto um dia e o que
o homem ainda não pode compreender lhe será sucessivamente desvendado, em
mundos mais adiantados, quando se houver purificado.
Aqui na Terra, ele ainda se encontra em pleno nevoeiro.
E.S.E.
CAP XXIV ITEM 5
OUÇA O SÁBIO
Era uma vez um rei que, há muito tempo, governava um
país.
Um dia, ele saiu em viagem para algumas áreas bem
distantes.
Quando retornou ao palácio, reclamou que seus pés estavam
terrivelmente doloridos, porque era a primeira vez que fazia uma viagem tão
longa e que havia muitos pedregulhos pela áspera estrada.
Ele ordenou a seus servos que cobrissem toda a estrada,
por todo o país com couro.
Definitivamente, essa obra necessitaria de milhares de
vacas esfoladas e custaria uma quantia enorme de dinheiro.
Então, um dos mais sábios entre os criados ousou falar ao
rei:
— Por que o rei tem que gastar essa quantia desnecessária
de dinheiro?
- Por que, simplesmente, não manda cortar um pequeno
pedaço de couro para cobrir seus pés?
Para fazer deste mundo um lugar feliz para se viver, é
melhor mudar a si próprio e não o mundo!
Ouvir os mais experientes, será sempre melhor que testar
soluções.
As pessoas que já viveram muito sabem que o valor do
trabalho está em valorizar e melhorar o que já se tem...
Aceitar opiniões e informações pode simplificar muito a
vida.
Autor Desconhecido
CAP XXV – 06/08
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP XXV – BUSCAI E ACHAREIS
2. Do ponto de vista terreno, a máxima: Buscai e achareis
é análoga a esta outra: Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará.
É o princípio da lei do trabalho e, por conseguinte, da
lei do progresso, porquanto o progresso é filho do trabalho, visto que este põe
em ação as forças da inteligência.
Na infância da Humanidade, o homem só aplica a
inteligência à cata do alimento, dos meios de se preservar das intempéries e de
se defender dos seus inimigos.
Deus, porém, lhe deu, a mais do que outorgou ao animal, o
desejo incessante do melhor, e é esse desejo que o impele à pesquisa dos meios
de melhorar a sua posição, que o leva às descobertas, às invenções, ao aperfeiçoamento
da Ciência, porquanto é a Ciência que lhe proporciona o que lhe falta.
Pelas suas pesquisas, a inteligência se lhe engrandece, o
moral se lhe depura.
Às necessidades do corpo sucedem as do espírito: depois
do alimento material, precisa ele do alimento espiritual.
É assim que o homem passa da selvageria à civilização.
Mas bem pouca coisa é, imperceptível mesmo, em grande
número deles, o progresso que cada um realiza individualmente no curso da vida.
Como poderia então progredir a Humanidade, sem a
preexistência e a re-existência da alma?
Se as almas se fossem todos os dias, para não mais voltarem,
a Humanidade se renovaria incessantemente com os elementos primitivos, tendo de
fazer tudo, de aprender tudo.
Não haveria, nesse caso, razão para que o homem se
achasse hoje mais adiantado do que nas primeiras idades do mundo, uma vez que a
cada nascimento todo o trabalho intelectual teria de recomeçar.
Ao contrário, voltando com o progresso que já realizou e
adquirindo de cada vez alguma coisa a mais, a alma passa
gradualmente da barbárie à civilização material e desta à
civilização moral.
E.S.E. CAP
XXV ITEM 2
A PISCINA E A CRUZ
Um de meus amigos ia toda quinta-feira a noite a uma
piscina coberta.
Ele sempre via ali um homem que lhe chamava a atenção:
ele tinha o costume de correr até a água e molhar só o dedão do pé.
Depois subia no trampolim mais alto e com um esplêndido
salto mergulhava na água.
Era um excelente nadador.
Não era de estranhar, pois, que meu amigo ficasse
intrigado com esse costume de molhar o dedão antes de saltar na água.
Um dia tomou coragem e perguntou-lhe a razão daquele
hábito. O homem sorriu e respondeu:
- “Sim, eu tenho
um motivo para fazer isso. Há alguns anos, eu era professor de natação de um
grupo de homens. Meu trabalho era ensiná-los a nadar e a saltar de trampolim.
Certa noite não conseguia dormir e fui à piscina para nadar um pouco; sendo o
professor de natação, eu tinha uma chave para entrar no clube. Não acendi a luz
porque conhecia bem o lugar. A luz da lua brilhava através do teto de vidro.
Quando estava sobre o trampolim, vi minha sombra na parede em frente. Com os
braços abertos, minha silhueta formava uma magnífica cruz. Em vez de saltar,
fiquei ali parado, contemplando aquela imagem”.
O professor de natação continuou:
"Nesse momento, pensei na cruz de Jesus Cristo e em
seu significado. Eu não era um cristão, mas quando criança eu aprendi um
cântico cujas palavras me vieram a mente e me fizeram recordar que Jesus tinha
morrido para nos salvar por meio de seu precioso sangue.
Não sei quanto tempo fiquei parado sobre o trampolim com
os braços estendidos e nem compreendo por que não pulei na água. Finalmente
voltei, desci do trampolim e fui até a escada para mergulhar na água. Desci a
escada e meus pés tocaram o piso duro e liso... Na noite anterior haviam
esvaziado a piscina e eu não tinha percebido!
Tremi todo e senti um calafrio na espinha. Se eu tivesse
saltado, seria meu último salto. Naquela noite, a imagem da cruz na parede
salvou a minha vida.
Fiquei tão agradecido a Deus, que por me amar permitiu
que eu continuasse vivo que me ajoelhei na beira da piscina. Tomei consciência
de que não somente a minha vida física, mas minha alma também precisava ser
salva. Para que isso acontecesse, foi necessária outra cruz, aquela na qual
Jesus morreu para nos salvar. Ele me salvou me entreguei a Ele.
Naquela noite fui salvo duas vezes, física e
espiritualmente. Agora tenho um corpo sadio, porém o mais importante é que sou
eternamente salvo. Talvez agora você compreenda porque eu molho o dedão antes
de saltar na água.”
https://sites.google.com/site/terradeimaculada/reflexoes/material-reflexoes/apiscinaeacruz
CAP XXVI – 07/08
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP XXVI – DAR DEM GRAÇA O QUE DE GRAÇA
RECEBER
Os médiuns atuais — pois que também os apóstolos tinham
mediunidade — igualmente receberam de Deus um dom gratuito: o de serem
intérpretes dos Espíritos, para instrução dos homens, para lhes mostrar o
caminho do bem e conduzi-los à fé, não para lhes vender palavras que não lhes
pertencem, a eles médiuns, visto que não são fruto de
suas concepções, nem de suas pesquisas, nem de seus
trabalhos pessoais.
Deus quer que a luz chegue a todos; não quer que o mais
pobre fique dela privado e possa dizer: não tenho fé, porque não a pude pagar;
não tive o consolo de receber os encorajamentos e os testemunhos de afeição dos
que pranteio, porque sou pobre.
Tal a razão por que a mediunidade não constitui
privilégio e se encontra por toda parte.
Fazê-la paga seria, pois, desviá-la do seu providencial
objetivo.
E.S.E.
CAP XXVI ITEM 7
A PONTE DE MADEIRA
Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas
apenas por um riacho, entraram em conflito.
Foi a primeira grande desavença em toda uma vida de
trabalho lado a lado.
Mas agora tudo havia mudado.
O que começou com um pequeno mal entendido, finalmente
explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total
silêncio.
Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta.
Ao atender viu um estranho que lhe disse:
- Sou carpinteiro. Estou procurando trabalho. Talvez você
tenha algum serviço para mim.
- Sim, disse o fazendeiro. Claro! Vê aquela fazenda ali,
além do riacho? É do meu vizinho. Na realidade do meu irmão mais novo. Nós
brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira ali no
celeiro? Pois use-a para construir uma cerca bem alta.
- Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. - Mostre-me onde estão a pá e os pregos.
O irmão mais velho entregou o material e foi para a
cidade.
O homem ficou ali cortando, medindo, trabalhando o dia
inteiro.
Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em
vez de uma cerca, uma ponte foi construída ali, ligando as duas margens do
riacho.
Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e
falou:
- Você foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo
que lhe contei.
Mas as surpresas não pararam aí. Ao olhar novamente para
a ponte viu o seu irmão aproximar-se de braços abertos.
Por um instante permaneceu imóvel do seu lado do rio. O
irmão mais novo então falou:
- Você realmente foi muito amigo construindo esta ponte
mesmo depois do que eu lhe disse.
De repente, num só impulso, o irmão mais velho correu na
direção do outro e abraçaram-se, chorando no meio da ponte.
O carpinteiro que fez o trabalho, partiu com sua caixa de
ferramentas.
- Espere, fique conosco! Tenho outros trabalhos para você.
E o carpinteiro respondeu:
- Eu adoraria, mas tenho outras pontes a construir...
(Autor Desconhecido)
https://sites.google.com/site/terradeimaculada/reflexoes/material-reflexoes/apontedemadeira
CAP XXVII – 08/08
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP XXVII – PEDI E OBTEREIS
Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis
e concedido vos será o que pedirdes. (Marcos, 11:24.)
Há quem conteste a eficácia da prece, com fundamento no
princípio de que, conhecendo Deus as nossas necessidades, inútil se torna
expor-lhas. E acrescentam os que assim pensam que, achando-se tudo no Universo
encadeado por leis eternas, não podem as nossas súplicas mudar os decretos de
Deus.
Sem dúvida alguma há leis naturais e imutáveis que não
podem ser ab-rogadas ao capricho de cada um; mas daí a crer-se que todas as
circunstâncias da vida estão submetidas à fatalidade, vai grande distância.
Se assim fosse, nada mais seria o homem do que
instrumento passivo, sem livre-arbítrio e sem iniciativa. Nessa hipótese, só
lhe caberia curvar a cabeça ao jugo dos acontecimentos, sem cogitar de
evitá-los; não deverá ter
procurado desviar o raio. Deus não lhe outorgou a razão e
a inteligência, para que ele as deixasse sem serventia; a vontade, para não
querer; a atividade, para ficar inativo.
Sendo livre o homem de agir num sentido ou noutro, seus
atos lhe acarretam, e aos demais, consequências subordinadas ao que ele faz ou
não.
Há, pois, devidos à sua iniciativa, sucessos que
forçosamente escapam à fatalidade e que não quebram a harmonia das leis
universais, do mesmo modo que o avanço ou o atraso do ponteiro de um relógio
não anula a lei do movimento sobre a qual se funda o mecanismo.
Possível é, portanto, que Deus aceda a certos pedidos,
sem perturbar a imutabilidade das leis que regem o conjunto, subordinada sempre
essa anuência à sua vontade.
E.S.E. CAP XXVII ITEM 5 E 6
A PRECE DO ATEU
Deus? Um mito? Espírito? - uma abstração. Tudo é matéria,
visível, palpável, concreta, cuja realidade os nossos orgãos sensoriais
percebem.
A própria energia, invisível, etérea, e sempre matéria,
embora quintessenciada, mas, de qualquer
modo, mensurável pelos aparelhos de precisão. O resto não passa de invencionice
de cérebros mentecáptos incapazes de assimilar os ensinamentos da Ciência
positiva. A morte? O Nada, o fim de tudo.Assim pensava o farmacêutico Reginaldo
Sapienza, que se dizia ateu e de seu ateísmo se vangloriava. Não perdia
oportunidade de ridicularizar os profitentes de qualquer religião ou quem quer
que não "rezasse" pela sua cartilha, isto é, não comungasse de suas
concepções.
Mas há certos fatos, aparentemente acidentais e
corriqueiros, na vida do homem, capazes de abalar convicções e quebrar bastões
de qualquer incredulidade. Um dia, já ao pôr-do-sol, Reginaldo estava a cerrar
as portas da Farmácia, quando chega uma
menina, cabelos louros desgrenhados,pobremente trajada, que, apresentando uma
receita médica, pede, aflita:
- Meu senhor, prepare este remédio, que é para a mamãe
que está passando muito mal. Implora a garotinha, em pranto:
- Por amor de Deus! Prepare, senão a mãezinha vai morrer.
Há sempre um reserva de piedade no coração humano. O
farmacêutico era ateu, mas não se tornara impassível ante o sofrimento alheio.
Num instante, freguesa, manipulou o medicamento e fez-lhe
a entrega mediante o respectivo pagamento.
A menina saiu, apressada, em demanda da casa e Reginaldo
foi repor nas prateleiras os vidros dos quais havia retirado os ingredientes
para aviar a receita. É quando verifica, estarrecido, que cometera um engano
clamoroso: ao invés de usar certa dosagem de uma substância tonificante,
adequadamente indicada para a enferma, usara a mesma quantidade de um violento
veneno, capaz de causar a morte imediata a qualquer pessoa.
O boticário quase perde o juizo.
- Que fazer? Ir ao encalço da menina? Mas como, se ela
não deixara o endereço? Aguardar as consequências e procurar reparar depois, o
mal?
De que jeito, se tudo é matéria e o corpo que morre é
irrecurável?
O dinheiro, talvez...Uma mesada para a orfãnzinha...Não!
Dinheiro não substitui o amor materno.
Nesta ordem de pensamentos, prossegue num solilóquio
aflito e apressado, já confundindo as idéias e antevendo o fim de seus dias no
cárcere, por crime de envenenamento.
De repente, como que tocado por uma força misteriosa,
incontrolável,
Reginaldo tem a sensação de um leve estremecimento e
indaga de si para si:
- E se Deus existir...?
Medita um pouco, enxuga as lágrimas que lhe inundam a
face e repete:
- E se Deus existir? Quem sabe se não estarei errado?
Talvez orando...
Assume, então, uma atitude "corajosa", posta-se
de joelhos no chão frio da Farmácia e ora, estático e expectante:
- Deus! se realmente existes, perdoa meu ceticismo, mas
faze que aconteça algo, seja lá o que for, contudo que aquele veneno não seja
usado. Se existes, tudo podes, Salva-me, Senhor, de um homicídio involuntário!
Permanece mais algum tempo a refletir no caso ocorrido de
maneira tão insólida, quando houve batidas na porta. Apressa-se em abrí-la.
Era a menina de cabelos dourados que estava de volta,
olhos vermelhos e lacrimejantes, tendo nas mãos os pedaços de um vidro
quebrado.
- Dei uma queda e quebrei o vidro do remédio da mãezinha.
Tenha pena de mim, meu senhor! Prepare outra vez a
receita.
Reanima-se o farmacêutico.
Prepara novamente, desta vez com maior cuidado, a fórmula
medicamentosa, e, sorridente, entrega o remédio à garota.
- Leva minha filha. Não custa nada. Que tua mãe fique
curada.
Nesse dia Reginaldo Sapienza, encontrou a sua Estrada de
Damasco.
A partir de então nunca mais desdenhou das crenças
alheias, passando a cultivar uma fé sem limites no poderda prece e a ter a
certeza da existência de Deus, todo Amor e Misericórdia.
Esta historieta, nem nos lembramos de quem nos contou,
onde nem quando. Ao reproduzi-la agora, ligeiramente modificada, não é outro o
nosso intuito, senão alertar aos estimados, para a eficiência da prece, quando
sincera e fervorosa.
Já dizia Lacordaire: "A prece é o ato poderoso que
coloca as forças do céu à disposição do homem. O céu é inacessível à violência;
a prece o faz descer até nós".
Aureliano Alves Neto - Nova Alvorada.
CAP XXVIII – 09/08
TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS
VIBRAÇÕES DA NOITE
BASEADO NO CAP XXVIII – COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS
Os Espíritos hão dito sempre: “A forma nada vale, o
pensamento é tudo.
Ore, pois, cada um segundo suas convicções e da maneira
que mais o toque.
Um bom pensamento vale mais do que grande número de
palavras com as quais nada tenha o coração.”
Os Espíritos jamais prescreveram qualquer fórmula
absoluta de preces.
Quando dão alguma, é apenas para fixar as ideias e,
sobretudo, para chamar a atenção sobre certos princípios da Doutrina Espírita.
Fazem-no também com o fim de auxiliar os que sentem
embaraço para externar suas ideias, pois alguns há que não acreditariam ter
orado realmente, desde que não formulassem seus pensamentos.
E.S.E.
CAP XXVIII – ITEM 1
A ENCHENTE
Num certo dia uma chuva torrencial causou forte enchente
arrasou toda uma cidade.
O nível da água subiu tanto que os moradores começaram a
abandonar as suas casas, utilizando botes e canoas para isso.
Um homem que dizia acreditar muito em Deus subiu ao
telhado da sua casa e ficou lá, esperando que a enchente acabasse.
Enquanto ele esperava, passaram uns vizinhos, numa canoa,
que lhe disseram:
- Venha, depressa, venha conosco, senão você vai morrer
afogado!
E ele respondeu:
- Não, obrigado! Deus virá me salvar!
Entretanto o nível da água subiu mais um pouco, alcançou
a altura do telhado em que estava esse homem.
Eis que passou uma outra canoa em que muitas pessoas
gritavam:
- Venha rápido! Você vai morrer!
E ele novamente respondeu:
- Não! Deus virá me salvar!
A água já estava já cobrindo o telhado quando passou um
helicóptero que tentava resgatar as vítimas. O helicóptero parou sobre a casa
desse homem e depois lançou uma corda para o resgatar. Alguém do helicóptero
gritou:
- Rápido! Segura a corda para que possamos salvá-lo!
Mas novamente o homem respondeu:
- Não! Deus virá me salvar!
Por fim, o homem morreu afogado, levado pelas águas da
enchente. E foi para o Céu. Ao chegar ao Céu, ele encontrou-se com Deus e
disse-Lhe:
- Oh! Senhor meu Deus, eu acreditava tanto em Ti! Por que
não me salvaste?
Então Deus respondeu:
- O quê? Não te salvei? Você não imagina, naquela
confusão, como foi difícil arrumar duas canoas e um helicóptero para tentar te
salvar... mas você não quis!
https://sites.google.com/site/terradeimaculada/reflexoes/material-reflexoes/aenchente
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