APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

 TEXTOS PARA GRUPOS DO WATZAP


CAP I – 13/07

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP I – NÃO VIM DESTRUIR A LEI

 

Um dia, Deus em sua inesgotável caridade, permitiu ao homem ver a verdade através das trevas.

Esse dia foi o do advento de Cristo.

Depois do vivo clarão, as trevas se fecharam de novo.

O mundo, após alternativas de verdade e obscuridade, novamente se perdia.

Então, semelhantes aos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos começaram a falar e a vos advertir.

O mundo foi abalado nas suas bases: o trovão ribombará; sedes firmes!

O Espiritismo é de ordem divina, pois repousa sobre as próprias leis da natureza.

E crede que tudo o que é de ordem divina tem um objetivo elevado e útil.

Vosso mundo se perdia.

A ciência, desenvolvida com o sacrifício dos interesses morais, vos conduzia unicamente ao bem estar material, revertendo-se em proveito do espírito das trevas.

Vós o sabeis, cristão; o coração e o amor devem marchar unidos à ciência.

O Reino do Cristo, ai de nós! após dezoito séculos, e apesar do sangue de tantos mártires, ainda não chegou.

Cristãos, voltai para o Mestre que vos quer salvar.

Tudo é fácil para aquele que crê e que ama: o amor o enche de gozo inefável.

Sim, meus filhos, o mundo está abalado.

Os bons Espíritos vo-lo dizem sempre.

Curvai-vos ao sopro precursor da tempestade, para não serdes derrubados.

Quero dizer: preparai-vos e não vos assemelheis às virgens loucas, que foram apanhadas desprevenidas à chegada do esposo. (parábola das sete virgens)

A revolução que se prepara é mais moral do que material.

Os grandes Espíritos, mensageiros divinos, insuflam a fé, para que todos vós, obreiros esclarecidos e ardentes, façais ouvir vossa humilde voz.

Porque vós sois o grão de areia, mas sem os grãos de areia não haveria montanhas.

Assim, portanto, que estas palavras: “Nós somos pequenos”, não tenha sentido para vós.

A cada um a sua missão, a cada um o seu trabalho.

A formiga não constrói o seu formigueiro, e animaizinhos insignificantes não formam continentes?

A nova cruzada começou: apóstolos da paz universal, e não da guerra, modernos São Bernardos, olhai para frente e marchai!

A lei dos mundos é a lei do progresso.   

ERASTO, discípulo de São Paulo - Paris, 1863

E.S.E. CAP IITEM 10

 

 

O GRANDE TESOURO

Um velho Belanca (avião de pequeno ´porte) cortava os céus. 

Embaixo, o rio seco estava salpicado de ilhotas.

De repente a pressão do óleo começou a baixar e o piloto resolveu pousar no primeiro lugar que aparecesse. 

E este lugar surgiu sob a forma de uma ilha de tamanho considerável, que, imponentemente e sobrepujando todas as outras, era o lugar ideal para um pouso.

As rodas do Balanca tocaram suavemente o solo arenoso, num pouso perfeito. 

A pane foi sanada com a colocação do óleo que, previdentemente, existia no avião para situações de tal natureza.

Antes de reiniciar a viagem, o piloto examinou aquele lugar. 

A ilha, como as demais que a cercavam, só aparecia na época da seca e, em situação normal, era parte do leito do Araguaia.

Lugar belíssimo, de uma areia alva e fina, cercado por águas barrentas e coberto com pedrinhas multicores, parecia um oásis perdido no deserto verde da mata ribeirinha.

O piloto decolou, levando consigo dez pedrinhas, escolhidas a dedo, que teriam finalidade dupla: seriam recordação daquele lugar fabuloso e excelente presente para sua filhinha.

Assim, a ilha ficou para trás, ela pertencia ao passado; agora só uma coisa realmente interessava, a pressão do óleo, que deveria permanecer normal até a próxima etapa da rota.

O tempo passou...

Um tenente continuava vivendo a sua vida e uma garota loura juntara à sua coleção de bonecas um punhado de pedrinhas. 

A ilha fora esquecida!

Certo dia, um joalheiro famoso, ao visitar o oficial, teve a sua atenção despertada para as pedrinhas, que no momento serviam de peças num jogo de três-marias.

- "Tenente, onde o senhor encontrou estes cascalhos?"

Essa pergunta saiu dos lábios do visitante numa forma de súplica e intensa curiosidade. 

O tenente explicou então a sua rápida permanência na ilha.

- "Pois saiba", concluiu o joalheiro, "que essas pedras são pedras preciosas!"

E, separando uma menor, preta, brilhante e luzidia, disse:

- "Isto é satélite de diamante; sua filha brinca de três-marias com uma autêntica fortuna."

Não é preciso dizer o que se passou com aquele oficial, nem afirmar que, a partir de então, ele foi o mais constante piloto daquela rota.

O destino colocou-lhe nas mãos uma fortuna imensa; durante uma fração de tempo ele teve aos seus pés milhares e milhares de pedras preciosas e foi um autêntico Ali Babá na caverna dos quarenta ladrões.

Talvez tenha sido o homem mais rico da terra naquele quarto de hora em que permaneceu na ilha! Mas o seu garimpo, aquele tesouro imenso, e a sua ilha existiam agora apenas na imaginação. 

O Araguaia sepultara para sempre aquele lugar e nunca mais foi possível localizá-lo.

Todos nós, como aquele piloto, encontraremos, se já não encontramos, uma ilha no vôo de nossas vidas. 

Ela conterá também um rico garimpo, o garimpo do amor, e talvez seja mais preciosa do que a ilha encontrada no Araguaia. Como aquele piloto, pousaremos despreocupados, conheceremos a ilha.

Mas, se a ilusão e a ânsia por sensações novas nos fizerem decolar, sem ao menos procurarmos guardar o local onde estivemos ou deixar nele a marca de nossa presença então levaremos somente algumas pedras preciosas, sob a forma de recordações.

E quando um joalheiro famoso, conhecido como o senhor Tempo, nos disser que perdemos o garimpo, voltaremos atrás, como aquele oficial, mas será tarde, porque nossa ilha poderá não ser mais encontrada. Ficarão apenas as pedras como lembranças de um dia...

Autor Desconhecido


CAP II – 14/07

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP II – MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO

 

Os judeus tinham ideias muito imprecisas sobre a vida futura.

Acreditavam nos anjos, que consideravam como os seres privilegiados da criação, mas não sabiam que os homens, um dia, pudessem tornar-se anjos e participar da felicidade angélica.

Segundo pensavam, a observação das leis de Deus era recompensada pelos bens terrenos, pela supremacia de sua nação no mundo, pelas vitórias que obteriam sobre os inimigos.

As calamidades públicas e as derrotas eram os castigos da desobediência.

Moisés o confirmou ao dizer essas coisas ainda mais fortemente a um povo ignorante de pastores, que precisava ser tocado antes de tudo pelos interesses deste mundo.

Mais tarde, Jesus veio lhes revelar que existe outro mundo, onde a justiça de Deus se realiza.

É esse mundo que ele promete aos que observam os mandamentos de Deus.

É nele que os bons são recompensados.

Esse mundo é o seu reino, no qual se encontra em toda a sua glória, e para o qual voltará ao deixar a Terra.

Jesus, entretanto, conformando o seu ensino ao estado dos homens da época, evitou lhes dar os esclarecimentos completos, que os deslumbraria em vez de iluminar, porque eles não o teriam compreendido.

Ele se limitou a colocar, de certo modo, a vida futura como um princípio, uma lei da natureza, à qual ninguém pode escapar.

Todo cristão, portanto, crê forçosamente na vida futura, mas a ideia que muitos fazem dela é vaga, incompleta, e por isso mesmo falsa em muitos pontos.

Para grande número, é apenas uma crença, sem nenhuma certeza decisiva, e daí as dúvidas, e até mesmo a incredulidade.

O Espiritismo veio completar, nesse ponto, como em muitos outros, o ensinamento do Cristo, quando os homens se mostraram maduros para compreender a verdade.

Com o Espiritismo, a vida futura não é mais simples artigo de fé, ou simples hipótese.

É uma realidade material, provada pelos fatos.

Porque são as testemunhas oculares que a vêm descrever em todas as suas fases e peripécias, de tal maneira, que não somente a dúvida já não é mais possível, como a inteligência mais vulgar pode fazer uma ideia dos seus mais variados aspectos, da mesma forma que imaginaria um país do qual se lê uma descrição detalhada.

Ora, esta descrição da vida futura é de tal maneira circunstanciada, são tão racionais as condições da existência feliz ou infeliz dos que nela se encontram, que acabamos por concordar que não podia ser de outra maneira, e que ela bem representa a verdadeira justiça de Deus.

E.S.E. CAP I ITEM 3

 

 

QUE TIPO DE PESSOAS VIVEM NESTE LUGAR?

Conta uma popular lenda do Oriente, que um jovem chegou à beira de um oásis, junto a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:

“Que tipo de pessoas vive neste lugar?”

Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem? - Perguntou pôr sua vez o ancião.

Oh! Um grupo de egoístas e malvados - replicou-lhe o rapaz - estou satisfeito de haver saído de lá.

A isso o velho replicou: a mesma coisa você haverá de encontrar pôr aqui.

No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:

“Que tipo de pessoas vive pôr aqui?”

O velho respondeu com a mesma pergunta:

 “Que tipo de pessoas vive no lugar de onde você vem?”

O rapaz respondeu:

“Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste pôr ter de deixá-las”.

“O mesmo encontrará pôr aqui”, respondeu o ancião.

Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:

“Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta?”

Ao que o velho respondeu:

- Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive.

Aquele que nada encontrou de bom nos lugares pôr onde passou, não poderá encontrar outra coisa pôr aqui.

Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui.

Somos todos viajantes no tempo e o futuro de cada um de nós está escrito no passado.

Ou seja, cada um encontra na vida exatamente aquilo que traz dentro de si mesmo.

O ambiente, o presente e o futuro somos nós que criamos e isso só depende de nós mesmos.

 

Preciosa Colaboração de Antonio Vasconcelos 


CAP III – 15/07

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP III – HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI

 

Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os felizes.

A alma que se arrepende, neles encontra a paz e o descanso, acabando por se purificar.

Sem dúvida, mesmo nesses mundos, o homem ainda está sujeito às leis que regem a matéria.

A humanidade experimenta as vossas sensações e os vossos desejos, mas está isenta das paixões desordenadas que vos escravizam.

Neles, não há mais o orgulho que emudece o coração, a inveja que o tortura e o ódio que os asfixia.

A palavra amor está escrita em todas as frontes; uma perfeita equidade regula as relações sociais; todos manifestam a Deus e procuram elevar-se a Ele, seguindo as suas leis.

Nesses mundos, contudo, ainda não existe a perfeita felicidade, mas a aurora da felicidade.

O homem ainda é carnal, e por isso mesmo sujeito às vicissitudes de que só estão isentos os seres completamente desmaterializados.

Ainda tem provas a sofrer, mas estas não se revestem das pungentes angústias da expiação.

Comparados à Terra, esses mundos são mais felizes, e muito de vós gostariam de habitá-los, porque representa a calma após a tempestade, a convalescença após uma doença cruel.

Menos absorvido pelas coisas materiais, o homem entrevê melhor o futuro do que vós, compreende que são outras as alegrias prometidas pelo Senhor aos que tornam dignos, quando a morte ceifar novamente os seus corpos, para lhes dar a verdadeira vida.

É então que a alma liberta poderá pairar sobre os horizontes.

Não mais os sentidos materiais e grosseiros, mas os sentidos de um perispírito puro e celeste, aspirando às emanações de Deus, sob os aromas do amor e da caridade, que se expandem do seu seio.

E.S.E. CAP III ITEM 17

 

 

O SAPATO

Um dia um homem já de certa idade abordou um ônibus.

Enquanto subia, um de seus sapatos escorregou para o lado de fora.

A porta se fechou e o ônibus saiu; então ficou impossível recuperá-lo.

O homem tranquilamente retirou seu outro sapato e jogou-o pela janela.

Um rapaz no ônibus, vendo o que aconteceu e não podendo ajudar ao homem, perguntou:

- Notei o que o senhor fez. Por que jogou fora seu outro sapato?

O homem prontamente respondeu

- Para que quem o encontrar seja capaz de usá-los.

Provavelmente apenas alguém necessitado dará importância a um sapato usado encontrado na rua.

E de nada lhe adiantará apenas um pé de sapato.

O homem mostrou ao jovem que não vale a pena agarrar-se a algo simplesmente para possui-lo e nem porque você não deseja que outro o tenha.

Perdemos coisas o tempo todo.

A perda pode nos parecer penosa e injusta inicialmente, mas a perda só acontece de modo que mudanças, na maioria das vezes positivas, possam ocorrer em nossa vida.

Acumular posses não nos faz melhores e nem faz o mundo melhor.

Todos temos que decidir constantemente se algumas coisas devem manter seu curso em nossa vida ou se estariam melhor com outros.

Autor desconhecido Enviada por: Edeli Arnaldi


CAP IV – 16/07

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP IV – NINGUÉM PODRÁ VER O REINO DE DEUS SE NÃO NASCER DE NOVO

 

A encarnação é uma punição, e somente os Espíritos culpados é que lhe estão sujeitos?

A passagem dos Espíritos pela vida corpórea é necessária, para que eles possam realizar, com a ajuda do elemento material, os propósitos cuja execução Deus lhes confiou.

É ainda necessária por eles mesmos, pois a atividade que então se vêem obrigados a desempenhar ajuda-os a desenvolver a inteligência.

Deus, sendo soberanamente justo, deve aquinhoar equitativamente a todos os seus filhos.

É por isso que Ele concede a todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de ação.

Todo privilégio seria uma preferência, e toda preferência uma injustiça.

Mas a encarnação, para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório.

É uma tarefa que Deus lhes impõe, no princípio da existência, como primeira prova do uso que farão do seu livre arbítrio.

Os que executam essa tarefa com zelo, sobem rapidamente, e de maneira menos penosa, os primeiros degraus da iniciação, e gozam mais cedo o resultado do seu trabalho.

Os que, ao contrário, fazem mau uso da liberdade que Deus lhes concede, retardam o seu progresso.

E é assim que por sua obstinação, podem prolongar indefinidamente a necessidade de se reencarnarem.

E é então que a encarnação se torna um castigo. 

E.S.E CAP IV ITEM 25

 

 

VIVEREMOS SEMPRE

 

Filho, não humilhes os ignorantes e os fracos, todos somos viajores da vida eterna.

Do berço ao túmulo atravessamos apenas um ato de imenso drama de nossa evolução para Deus.

Por vezes, o senhor veste o traje pobre do operário humilde para conhecer-lhe as duras necessidades, e o operário humilde veste o suntuoso traje do senhor para conhecer-lhe as duras obrigações na tarefa administrativa.

Quando um homem menospreza as oportunidades de tempo e dinheiro que o Céu lhe confia, volta ao mundo em outro corpo, experimentando a escassez de tudo.

Não escarneças do aleijado. Tua boca poderá cobrir-se de cicatrizes.

Não recolhas os bens que te não pertencem. Teus braços são suscetíveis de caírem paralíticos, sem que possas acariciar o que é teu provisoriamente.

Não caminhes ao encontro do mal, porque o mal dispõe de recursos para surpreender-te, talvez com a perturbação e com a morte.

Ajuda e passa adiante, expandindo um coração compassivo para com todas as dores e cheio de amor e perdão para todas as ofensas.

Quando não puderes, louvar cala-te e espera, porque a língua viciada na definição dos defeitos alheios regressa ao mundo em plena mudez.

Quem chega através de um berço risonho, na maioria dos casos é alguém que torna ao campo da carne a fim de restaurar-se e aprender.

Assim como a flor se destina ao fruto que alimenta, o teu conhecimento deve produzir a bondade que constrói e santifica.

Lembra-te de que longo é o caminho e que necessitaremos trocar de corpo. Na direção da vitória final, tantas vezes quantas forem precisas, até que a indispensabilidade da vestimenta física se desvaneça com as encarnações sucessivas...

Colheremos da sementeira que fizermos. Não desprezes, assim, os menos felizes.

O malfeitor e o vagabundo que se deixaram escravizar pelos demônios da preguiça são igualmente nossos irmãos. Ajudemo-los, através de todos os meios ao nosso alcance.

Nem sempre o verdadeiro infortunado é aquele que se debate num leito de sofrimento. Não olvides o infeliz bem trajado que cruza as avenidas da ignorância, sem paz e sem luz.

Filho meu, voltaremos ainda a terra, provavelmente, muitas vezes...

O serviço de redenção assim o exige.

Ama a todos.

Auxilia indistintamente.

Semeia o bem, à margem de todas as estradas.

Recorreremos ao amparo de muitos.

É da Lei do Senhor que não avancemos sem os braços fraternos uns dos outros.

Prepara, desde agora, a colaboração de que necessitarás, a fim de prosseguirmos, em paz, montanha acima!

Se irmão de todos, para que te sintas, desde hoje, no centro da grande família humana, e o Senhor Supremo te abençoará.

 Neio Lúcio - Do livro Alvorada cristã. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

 


CAP V – 17/07

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP V – BEM AVENTURADOS OS AFLITOS

 

Pelas palavras: Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados, Jesus indica, ao mesmo tempo, a compensação que espera os que sofrem e a resignação que nos faz bendizer o sofrimento, como o prelúdio da cura.

Essas palavras podem, também, ser traduzidas assim: deveis considerar-vos felizes por sofrer, porque as vossas dores neste mundo são as dívidas de vossas faltas passadas, e essas dores, suportadas pacientemente na Terra, vos poupam séculos de sofrimento na vida futura.

Deveis, portanto, estar felizes por Deus ter reduzido vossa dívida, permitindo-vos quitá-las no presente, o que vos assegura a tranquilidade para o futuro.

O homem que sofre é semelhante a um devedor de grande soma, a quem o credor dissesse: “Se me pagares hoje mesmo a centésima parte, darei quitação do resto e ficarás livre; se não, vou perseguir-te até que pagues o último centavo”.

O devedor não ficaria feliz de submeter-se a todas as privações, para se livrar da dívida, pagando somente a centésima parte da mesma? Em vez de queixar-se do credor, não lhe agradeceria?

É esse o sentido das palavras: “Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados”.

Eles são felizes porque pagam suas dívidas, e porque, após a quitação, estarão livres.

Mas se, ao procurar quitá-las de um lado, de outro se endividarem, nunca se tornarão livres.

Ora, cada nova falta aumenta a dívida, pois não existe uma única falta, qualquer que seja, que não traga consigo a própria punição, necessária e inevitável.

Se não for hoje, será amanhã; se não for nesta vida, será na outra.

Entre essas faltas, devemos colocar em primeiro lugar a falta de submissão à vontade de Deus, de maneira que, se reclamamos das aflições, se não as aceitamos com resignação, como alguma coisa que merecemos, se acusamos a Deus de injusto, contraímos uma nova dívida, que nos faz perder os benefícios do sofrimento.

Eis por que precisamos recomeçar, exatamente como se, a um credor que nos atormenta, enquanto pagamos as contas, vamos pedindo novos empréstimos.

Ao entrar no Mundo dos Espíritos, o homem é semelhante ao trabalhador que comparece no dia de pagamento.

A uns, dirá o patrão: “Eis a paga do teu dia de trabalho”.

A outros, aos felizes da Terra, aos que viveram na ociosidade, que puseram a sua felicidade na satisfação do amor próprio e dos prazeres mundanos, dirá: “Nada tendes a receber, porque já recebestes o vosso salário na Terra.

Ide, e recomeçai a vossa tarefa”.

E.S.E. CAP V ITEM 12

 

 

CONSTRUA COM SABEDORIA

Um velho carpinteiro estava pronto para se aposentar.

Ele informou ao chefe seu desejo de sair da indústria de construção e passar mais tempo com sua família.

Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar.

A empresa não seria muito afetada pela saída do carpinteiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e ele pediu ao carpinteiro para trabalhar em mais um projeto como um favor.

O carpinteiro concordou, mas era fácil ver que ele não estava entusiasmado com a ideia. Começou a construir sem o menor cuidado, acreditando que era só mais um trabalho e não via a hora de terminar para ir de vez.

Ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados.

Foi uma maneira negativa dele terminar sua carreira.

Quando o carpinteiro acabou, o chefe veio fazer a inspeção da casa.

E depois ele deu a chave da casa para o carpinteiro e disse: -  Bem, se você construiu dessa maneira é porque fez o melhor. Essa é sua casa. Ela é o meu presente para você.

O carpinteiro ficou muito surpreso. Que pena! Se ele soubesse que ele estava construindo sua própria casa, ele teria feito tudo diferente.

O mesmo acontece conosco. Nós construímos nossa vida, um dia de cada vez e muitas vezes fazendo menos que o melhor possível na construção. Depois com surpresa nós descobrimos que nós precisamos viver na casa que nós construímos. Se nós pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente. Mas não podemos voltar atrás.

Você é o carpinteiro. Todo dia você martela pregos, ajusta tábuas e constrói paredes. Alguém disse que “A vida é um projeto que você mesmo constrói”. As atitudes e escolhas de hoje estão construindo a “casa” que você vai morar amanhã.

Construa com Sabedoria!

Valtair Freitas


CAP VI – 18/07

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP VI - O CRISTO CONSOLADOR

 

Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que Eu vos aliviarei.

Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo. (Mateus, 11:28 a 30.)

Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perda de seres amados, encontram consolação na fé no futuro, na confiança na Justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens.

Sobre aquele que, ao contrário, nada espera após esta vida, ou que simplesmente duvida, as aflições caem com

todo o seu peso e nenhuma esperança lhe mitiga o amargor.

Foi isso que levou Jesus a dizer: “Vinde a mim todos vós que estais fatigados, que Eu vos aliviarei.”

Entretanto, faz depender de uma condição a sua assistência e a felicidade que promete aos aflitos. Essa condição está na lei por Ele ensinada.

Seu jugo é a observância dessa lei; mas esse jugo é leve e a lei é suave, pois que apenas impõe, como dever, o amor e a caridade.

E.S.E. CAP VI ITEM 1 E 2

 

 

O AMAR E O AMOR

U homem procurou um sábio para aconselhar-se sobre a vida junto a sua mulher, que era dedicada a família e não lhe causava mais a sensação de outrora.

O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas uma palavra:

- Ame-a! E logo se calou.

- Mas, já não sinto nada por ela!

- Ame-a! disse novamente o sábio.

E diante do desconcerto do esposo, depois de um breve silêncio, disse-lhe o seguinte:

"Amar é uma decisão, não apenas um sentimento;

amar é dedicação e entrega.

Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor.

O amor é um substantivo, um exercício de jardinagem: arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide.

Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excessos de chuvas, mas, nem por isso, abandone o seu jardim.

Ame seu par, ou seja, aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê afeto e ternura, admire e compreenda-o.

Isso é tudo.

Ame, simplesmente ame!"

A inteligência sem amor, te faz perverso.

A justiça sem amor faz você implacável.

A diplomacia sem amor faz você hipócrita.

O êxito sem amor faz você arrogante.

A riqueza sem amor faz você avaro.

A docilidade sem amor, faz você servil.

A pobreza sem amor faz você orgulhoso.

A beleza sem amor faz você fútil.

A autoridade sem amor faz você tirano.

O trabalho sem amor faz você escravo.

A simplicidade sem amor deprecia você.

A oração sem amor faz você introvertido e sem propósito.

A lei sem amor escraviza você.

A política sem amor deixa você egoísta.

A fé sem amor deixa você fanático.

A cruz sem amor se converte em tortura.

A vida sem amor não tem sentido.

E torna-se um fardo pesado demais....

 

Autor desconhecido Enviada por: Edeli Arnaldi


CAP VII – 19/07

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP VII – BEM AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO

 

Os homens de saber e de espírito, no entender do mundo, formam geralmente tão alto conceito de si próprios e da sua superioridade, que consideram as coisas divinas como indignas de lhes merecer a atenção.

Concentrando sobre si mesmos os seus olhares, eles não os podem elevar até Deus.

Essa tendência, de se acreditarem superiores a tudo, muito amiúde os leva a negar aquilo que, estando-lhes acima, os depreciaria, a negar até mesmo a Divindade.

Ou, se condescendem em admiti-la, contestam-lhe um dos mais belos atributos: a ação providencial sobre

as coisas deste mundo, persuadidos de que eles são suficientes para bem governá-lo.

Tomando a inteligência que possuem para medida da inteligência universal, e julgando-se aptos a tudo compreender, não podem crer na possibilidade do que não compreendem.

Consideram sem apelação as sentenças que proferem.

Se se recusam a admitir o mundo invisível e uma potência extra-humana, não é que isso lhes esteja fora do alcance; é que o orgulho se lhes revolta à ideia de uma coisa acima da qual não possam colocar-se e que os faria descer do pedestal onde se contemplam.

Daí o só terem sorrisos de mofa para tudo o que não pertence ao mundo visível e tangível.

Eles se atribuem espírito e saber em tão grande cópia, que não podem crer em coisas, segundo pensam, boas apenas para gente simples, tendo por pobres de espírito os que as tomam a sério.

Entretanto, digam o que disserem, forçoso lhes será entrar, como os outros, nesse mundo invisível de que escarnecem. É lá que os olhos se lhes abrirão e eles reconhecerão o erro em que caíram.

Deus, porém, que é justo, não pode receber da mesma forma aquele que lhe desconheceu a majestade e outro que humildemente se lhe submeteu às leis, nem os aquinhoar em partes iguais.

E.S.E. CAP VII ITEM 2

 

 

COMO CONSERTAR O MUNDO

Era uma vez, um cientista que vivia preocupado com os problemas do mundo e decidido a encontrar meios de melhorá-los.

 Passava dias e dias no seu laboratório à procura de respostas.

Um dia, o seu filho de sete anos invadiu o seu santuário querendo ajudar o pai.

Claro que o cientista não queria ser interrompido e, por isso, tentou que o filho fosse brincar em vez de ficar ali, atrapalhando-o.

Mas, como o menino era persistente, o pai teve de arranjar uma maneira de entretê-lo no laboratório.

Foi, então, que reparou num mapa do mundo que estava na página de uma revista.

Lembrou-se de cortar o mapa em vários pedaços e depois apresentou o desafio ao filho:

– Filho, você vai me ajudar a consertar o mundo! Aqui está o mundo todo partido. E você vai arrumá-lo para que ele fique bem outra vez! Quando você terminar, me chame, ok?

O cientista estava convencido que a criança levaria dias para resolver o quebra-cabeças que ele tinha construído.

Mas surpreendentemente, poucas horas depois, o filho já chamava por ele:

– Pai, pai, já fiz tudo. Consegui consertar o mundo!

O pai não queria acreditar, achava que era impossível um miúdo daquela idade ter conseguido montar o quebra-cabeças de uma imagem que ele nunca tinha visto antes.

Por isso, apenas levantou os olhos dos seus cálculos para ver o trabalho do filho que, pensava ele, não era mais do que um disparate digno de uma criança daquela idade.

Porém, quando viu o mapa completamente montado, sem nenhum erro, perguntou ao filho como é que ele tinha conseguido sem nunca ter visto um mapa do mundo anteriormente.

– Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que, do outro lado da página, havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para eu consertar, eu tentei, mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem; virei os pedaços de papel ao contrário e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que tinha consertado o mundo.

 

Desconheço o autor - Lendas e contos - Magical-Story-Image


CAP VIII – 20/07

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP VIII – BEM AVENTURADOS OS QUE TEM O CORAÇÃO PURO

 

A verdadeira pureza não está somente nos atos; está também no pensamento, porquanto aquele que tem puro o coração, nem sequer pensa no mal. Foi o que Jesus quis dizer: Ele condena o pecado, mesmo em pensamento,

porque é sinal de impureza.

Esse princípio suscita naturalmente a seguinte questão: Sofrem-se as consequências de um pensamento mau, embora nenhum efeito produza?

Cumpre se faça aqui uma importante distinção.

À medida que avança na vida espiritual, a alma que enveredou pelo mau caminho se esclarece e despoja pouco a pouco de suas imperfeições, conforme a maior ou menor boa vontade que demonstre, em virtude do seu livre-arbítrio.

Todo pensamento mau resulta, pois, da imperfeição da alma; mas, de acordo com o desejo que alimenta de depurar-se, mesmo esse mau pensamento se lhe torna uma ocasião de adiantar-se, porque ela o repele com energia.

É indício de esforço por apagar uma mancha. Não cederá, se se apresentar oportunidade de satisfazer a um mau desejo. Depois que haja resistido, sentir-se-á mais forte e contente com a sua vitória.

Aquela que, ao contrário, não tomou boas resoluções, procura ocasião de praticar o mau ato e, se não o leva a efeito, não é por virtude da sua vontade, mas por falta de ensejo.

É, pois, tão culpada quanto o seria se o cometesse.

Em resumo, naquele que nem sequer concebe a ideia do mal, já há progresso realizado; naquele a quem essa ideia acode, mas que a repele, há progresso em vias de realizar-se; naquele, finalmente, que pensa no mal e nesse pensamento se compraz, o mal ainda existe na plenitude da sua força.

Num, o trabalho está feito; no outro, está por fazer-se. Deus, que é justo, leva em conta todas essas gradações na responsabilidade dos atos e dos pensamentos do homem.

E.S.E. CAP VIII ITEM 6 E 7

 

 

PROGRAMA AMOR

 

ATENDENTE: Boa tarde Senhora. Em que posso ser útil?

 

CLIENTE: Comprei o seu programa AMOR, mas até agora não consegui instalar. Eu não sou técnica no assunto, mas

acho que posso instalar com a sua ajuda. O que eu devo fazer primeiro?

 

ATENDENTE: O primeiro passo é abrir o seu CORAÇÃO. A senhora encontrou seu CORAÇÃO?

 

CLIENTE: Sim, encontrei. Mas há diversos programas funcionando agora. Tem algum problema em instalar o AMOR enquanto outros programas estão funcionando?

 

ATENDENTE: Que programas estão funcionando, senhora?

 

CLIENTE: Deixe-me ver... Eu tenho BAIXAESTIMA.EXE, RESSENTIMENTO.COM, ODIO.EXE e RANCOR.EXE funcionando agora.

 

ATENDENTE: Nenhum problema. O AMOR apagará automaticamente RANCOR.EXE de seu sistema operacional atual. Pode ficar em sua memória permanente, mas não vai causar problemas por muito tempo para outros programas. O AMOR vai reescrever BAIXAESTIMA.EXE em uma versão melhor, chamada AUTOESTIMA.EXE. Entretanto, a senhora tem que desligar completamente o ODIO.EXE e RESSENTIMENTO.COM. Esses programas impedem que o AMOR seja instalado corretamente. A senhora pode desligá-los?

 

CLIENTE: Eu não sei como desligá-los. Você pode me dizer como?

 

ATENDENTE: Com prazer! Vá ao Menu e clique em PERDAO.EXE. Faça isso quantas vezes forem necessárias, até o ODIO.EXE e RESSENTIMENTO.COM serem apagados completamente.

 

CLIENTE: Okay! Terminei! O AMOR começou a instalar-se automaticamente. Isso é normal?

 

ATENDENTE:  Sim, é normal. A senhora deverá receber uma mensagem dizendo que reinstalará a vida de seu coração. A senhora tem essa mensagem?

 

CLIENTE: Sim, eu tenho. Está completamente instalado?

 

ATENDENTE: Sim. Mas lembre-se: a senhora só tem o programa de modelo básico. A senhora precisa começar a se conectar com outros CORAÇÕES a fim de obter melhoramentos.

 

CLIENTE: Oh! Meu Deus! Eu já tenho uma mensagem de erro. Que devo fazer?

 

ATENDENTE:  O que diz a mensagem?

 

CLIENTE:  Diz: "ERRO 412 - O PROGRAMA NÃO FUNCIONA EM COMPONENTES INTERNOS". O que isso significa?

 

ATENDENTE:  Não se preocupe, senhora. Este é um problema comum. Significa que o programa do AMOR está ajustado para funcionar em CORAÇÕES externos, mas ainda não está funcionando em seu CORAÇÃO. É uma daquelas complicadas coisas de programação, mas em termos não-técnicos, significa que a senhora tem que "AMAR" sua própria máquina antes que possa amar outra.

 

CLIENTE:  Então, o que devo fazer?

 

ATENDENTE: A senhora pode achar o diretório chamado "AUTO-ACEITACAO"?

 

CLIENTE:  Sim, encontrei.

 

ATENDENTE: Excelente! A senhora está ficando ótima nisso!

 

CLIENTE: Obrigada!

 

ATENDENTE: De nada. Faça o seguinte: clique nos arquivos BONDADE.DOC, AUTOESTIMA.TXT, VALORIZE-SE.TXT, PERDAO.DOC e copie-os para o diretório "MEU CORAÇÃO". O sistema irá reescrever todos os arquivos em conflito e começará a consertar a programação defeituosa. Também a senhora precisa apagar AUTOCRITICA.EXE de todos os diretórios e depois esvazie a sua lixeira para certificar-se de que nunca voltem.

 

CLIENTE: Consegui! Meu CORAÇÃO está cheio de arquivos realmente puros! E tenho no meu monitor, agora, o SORRISO.MPG e está mostrando que PAZ.EXE, CONTENTAMENTO.COM e BONDADE.COM foram instalados automaticamente no meu CORAÇÃO.

 

ATENDENTE: Então, terminamos! O AMOR está instalado e funcionando, Ah! Mais uma coisa antes de eu ir.

 

CLIENTE: Sim?

 

ATENDENTE:  O AMOR é um programa grátis. Faça o possível para distribuir uma cópia de seus vários modelos a quem a senhora encontrar e, dessa forma, a senhora receberá de volta dessas pessoas novos modelos verdadeiramente puros.

 

CLIENTE: Obrigada por sua ajuda!

 

Desconheço o autor

 

Lendas e contos - Magical-Story-Image


CAP IX – 21/07

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP IX – BEM AVENTURADOS OS MANSOS E PACÍFICOS

 

A benevolência para com os seus semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são as formas de manifestar-se.

Entretanto, nem sempre há que fiar nas aparências.

A educação e a frequentação do mundo podem dar ao homem o verniz dessas qualidades.

Quantos há cuja fingida bonomia não passa de máscara para o exterior, de uma roupagem cujo talhe primoroso dissimula as deformidades interiores!

O mundo está cheio dessas criaturas que têm nos lábios o sorriso e no coração o veneno; que são brandas, desde que nada as agaste, mas que  mordem à menor contrariedade; cuja língua, de ouro quando falam pela frente, se muda em dardo peçonhento, quando estão por detrás.

A essa classe também pertencem esses homens, de exterior benigno, que, tiranos domésticos, fazem que suas famílias e seus subordinados lhes sofram o peso do orgulho e do despotismo, como a quererem desforrar-se do constrangimento que, fora de casa, se impõem a si mesmos.

Não se atrevendo a usar de autoridade para com os estranhos, que os chamariam à ordem, acham que pelo menos devem fazer-se temidos daqueles que lhes não podem resistir.

Envaidecem-se de poderem dizer: “Aqui mando e sou obedecido”, sem lhes ocorrer que poderiam acrescentar: “E sou detestado.”

Não basta que dos lábios manem leite e mel.

Se o coração de modo algum lhes está associado, só há hipocrisia.

Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas nunca se desmente: é o mesmo, tanto em sociedade, como na intimidade.

Esse, ademais, sabe que se, pelas aparências, se consegue enganar os homens, a Deus ninguém engana.

 – Lázaro. (Paris, 1861.)

E.S.E. CAP IX ITEM 6

 

 

SER DÓCIL

Havia um museu com o piso completamente coberto por belíssimos azulejos de mármore e com uma estátua, toda em mármore, enorme, exibida no meio do salão de entrada.

Muitas pessoas vinham do mundo inteiro para admirar a bonita estátua de mármore.

Uma noite, os azulejos de mármore começaram a falar e reclamar com a estátua de mármore:

- Estátua, isto não é justo, não é justo! Por que vem gente do mundo inteiro, pisa e pisa em todos nós e só para admirá-la? Não é justo!

- Meu querido amigo azulejo de mármore. Você ainda se lembra de quando estávamos de fato, na mesma caverna? Respondeu a estátua.  

- Sim! É por isso que eu acho tudo muito injusto. Nós nascemos da mesma caverna e agora recebemos tratamento tão diferente. Não é justo! Ele chorou novamente.

- Então, você ainda se lembra do dia que o artista tentou trabalhar em você, mas você resistiu bravamente às ferramentas?

- Sim, claro que eu me lembro. Eu odiei aquele sujeito! Como pôde ele usar aquelas ferramentas em mim, doeu muito!

- Ele não pôde trabalhar nada em você, porque você resistiu em ser trabalhado.

- Sim, e daí?

- Quando ele desistiu de você e veio para cima de mim ao invés de resistir como você, eu soube imediatamente que me tornaria algo diferente depois dos esforços dele. Eu não resisti, ao invés disso aguentei todas as ferramentas dolorosas que ele usou em mim.

- Mmmmmm........ Resmungou o azulejo.

- Meu amigo, há um preço para tudo na vida. E nem sempre é fácil. Às vezes é muito difícil, doloroso. Mas temos que aprender e suportar os sofrimentos, procurando crescer e aprender para nos transformarmos em algo mais belo.

Já que você desistiu de tudo no meio do caminho, você não pode culpar qualquer pessoa que agora pisa em você.

 

 (Sueli Almeida Bom)


CAP X – 22/07

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP X – BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS

 

A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacífico.

Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas.

O ódio e o rancor denotam alma sem elevação, nem grandeza.

O esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada, que paira acima dos golpes que lhe possam desferir.

Uma é sempre ansiosa, de sombria suscetibilidade e cheia de fel; a outra é calma, toda mansidão e caridade.

Ai daquele que diz: nunca perdoarei.

Esse, se não for condenado pelos homens, sê-lo-á por Deus.

Com que direito reclamaria ele o perdão de suas próprias faltas, se não perdoa as dos outros?

Jesus nos ensina que a misericórdia não deve ter limites, quando diz que cada um perdoe ao seu irmão, não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.

Há, porém, duas maneiras bem diferentes de perdoar:

uma, grande, nobre, verdadeiramente generosa, sem pensamento oculto, que evita, com delicadeza, ferir o amor-próprio e a suscetibilidade do adversário, ainda quando este último nenhuma justificativa possa ter;

a segunda é a em que o ofendido, ou aquele que tal se julga, impõe ao outro condições humilhantes e lhe faz sentir o peso de um perdão que irrita, em vez de acalmar; se estende a mão ao ofensor, não o faz com benevolência, mas com ostentação, a fim de poder dizer a toda gente: vede como sou generoso!

Nessas circunstâncias, é impossível uma reconciliação sincera de parte a parte.

Não, não há aí generosidade; há apenas uma forma de satisfazer ao orgulho.

Em toda contenda, aquele que se mostra mais conciliador, que demonstra mais desinteresse, caridade e verdadeira grandeza da alma granjeará sempre a simpatia das pessoas imparciais.

E.S.E. CAP X ITEM 4

 

 

TORRADAS QUEIMADAS

"Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro de especialmente uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.

Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas muito queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.

Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geleia e engolindo cada bocado.

Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:

“- Amor, eu adoro torrada queimada...”.

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:

“- Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado ou cozinheiro!"

O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre umas e outras, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.

Desde que eu e tua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir um as falhas do outro. Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando. Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo.

Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu. Eu nunca soube te fazer dormir, mas comigo você tomava banho rapidamente e sem resmungar. A soma de nós dois faz o mundo que você recebeu e que te apoia, eu e ela nos completamos.

A nossa família deve aproveitar este nosso universo, enquanto estamos os dois presentes. Não que mais tarde, no dia que um partir, este mundo vá desmoronar,  não vai. Novamente teremos que aprender e adaptarmo-nos para fazer o melhor.

Filho, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e até com amigos.

Então, esforça-te para ser sempre tolerante, principalmente com quem dedicas o precioso tempo da vida, a ti e ao próximo.”

"As pessoas sempre se esquecerão do que tu lhes fizeste ou do que lhes disseste. Mas nunca esquecerão o modo como tu as fizeste sentir-se."

Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu próprio. Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração dele; você apreciará o calor de cada alma, incluindo a sua.

Antes de brigarmos ou reclamarmos por qualquer coisa, vamos nos colocar no lugar do outro, pois não sabemos os problemas e dificuldades que aquela pessoa está passando.

Essa é uma mensagem que nos faz refletir por toda a vida o que realmente tem valor: as pessoas à nossa volta, são os verdadeiros presentes que temos de mais caro e precioso...

https://sites.google.com/site/terradeimaculada/reflexoes/material-reflexoes/torradasqueimadas


CAP XI – 23/07

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP XI – AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO

 

“Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós”, é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo.

Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos.

Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes, melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para conosco, do que os temos para com eles?

A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo.

Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça.

Não mais haverá ódios, nem dissensões, mas tão somente união, concórdia e benevolência mútua.

 

E.S.E. CAP XI ITEM 4

 

 

A PERFEIÇÃO DE DEUS

Em Brooklyn, Nova Iorque, Chush é uma escola que se dedica ao ensino de crianças deficientes. Algumas crianças permanecem em Chush por toda a vida escolar, enquanto outras podem ser educadas em escolas normais.

Em um jantar beneficente de Chush, o pai de uma criança fez um discurso que nunca seria esquecido pelos que estavam presentes.

Depois de elogiar a escola e seu dedicado pessoal, clamou ele: "Onde está a perfeição em meu filho Shaya? Tudo o que Deus faz, é feito com perfeição. Mas meu filho não pode entender as coisas como outras crianças entendem. Meu filho não pode se lembrar de fatos e números como as outras crianças. Onde está a perfeição de Deus?"

Todos estavam chocados com a pergunta, com o sofrimento do pai.

Ele continuou: "Eu acredito que, quando Deus traz uma criança assim no mundo, a perfeição que ele busca está no modo como as pessoas reagem a esta criança".

E contou, então, a seguinte história sobre o seu filho Shaya.

Uma tarde, Shaya e eu caminhávamos por um parque onde alguns meninos que Shaya conhecia estavam jogando beisebol. Shaya me perguntou: - Você acha que eles me deixarão jogar?

Eu sabia que meu filho não era atlético e que a maioria dos meninos não o queria no time. Mas entendi que se o meu filho fosse escolhido para jogar, lhe daria uma confortável sensação de participação.

Aproximei-me de um dos meninos no campo e perguntei-lhe se Shaya poderia jogar.

O menino deu uma olhada ao redor procurando pela aprovação dos seus companheiros de time. Mesmo não conseguindo nenhuma aprovação, ele assumiu a responsabilidade em suas próprias mãos e disse: "Nós estamos perdendo por seis rodadas e o jogo está na oitava rodada. Eu acho que ele pode estar em nosso time e nós tentaremos colocá-lo para bater até a nona rodada".

Fiquei exaltado quando Shaya abriu um grande sorriso.

Pediram a Shaya para vestir uma luva e ir ao campo para jogar.

No final da oitava rodadada, o time de Shaya marcou alguns pontos, mas ainda estava perdendo por três.

No final da nona rodada, o time de Shaya marcou novamente e agora com dois fora e as bases com potencial para a rodada decisiva, Shaya foi escalado para continuar.

O time deixaria Shaya de fato bater nesta circunstância e jogar fora a chance de ganhar o jogo?

Surpreendentemente, foi dado o bastão a Shaya.

Todo o mundo sabia que era quase impossível porque Shaya nem mesmo sabia segurar o bastão.

Porém, quando Shaya tomou posição, o lançador se moveu alguns passos para arremessar a bola suavemente, de maneira que Shaya pudesse ao menos rebater.

Foi feito o primeiro arremesso e Shaya balançou desajeitadamente e perdeu.

Um dos companheiros do time de Shaya foi até ele e juntos seguraram o bastão e encararam o lançador.

O lançador deu novamente alguns passos para lançar a bola suavemente para Shaya.

Quando veio o lance, Shaya e o seu companheiro de time balançaram o bastão e juntos eles rebateram a lenta bola do lançador.

O lançador apanhou a suave bola e poderia tê-la lançado facilmente ao primeiro homem de base.

Shaya estaria fora e isso teria terminado o jogo.

Ao invés, o lançador pegou a bola e lançou-a em uma curva longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro homem de base.

Todo o mundo começou a gritar: "Shaya, corra para a primeira base. - Corra para a primeira".

Nunca na vida dele ele tinha corrido... Ele saiu em disparada para a linha de base, com os olhos arregalados e assustado. Até que ele alcançasse a primeira base, o jogador da direita teve a posse da bola.

Ele poderia ter lançado a bola ao segundo homem de base que colocaria Shaya para fora, pois ele ainda estava correndo.

Mas o jogador entendeu quais eram as intenções do lançador, assim, ele lançou a bola alta e distante, acima da cabeça do terceiro homem de base.

Todo o mundo gritou, "Corra para a segunda, corra para a segunda".

Shaya correu para a segunda base enquanto os jogadores à frente dele circulavam deliberadamente para a base principal.

Quando Shaya alcançou a segunda base, a curta parada adversária colocou-o na direção de terceira base e todos gritaram, "Corra para a terceira".

Quando Shaya contornou a terceira base, os meninos de ambos os times correram atrás dele gritando:  "Shaya, corra para a base principal". 

Shaya correu para a base principal, pisou nela e todos os 18 meninos o ergueram nos ombros fazendo dele o herói, como se ele tivesse vencido um "Campeonato" e ganho o jogo para o time dele.

"Aquele dia," disse o pai docemente com lágrimas caindo sobre sua face, "esses 18 meninos alcançaram a perfeição de Deus".

"Eu nunca tinha visto um sorriso tão lindo no rosto do meu filho!"

 

Texto enviado por Maria José Contreras


CAP XII – 24/07

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP XII – AMAI OS VOSSOS INIMIGOS

 

Amar os inimigos é, para o incrédulo, um contrassenso, aquele para quem a vida presente é tudo, vê no seu inimigo um ser nocivo, que lhe perturba o repouso e do qual unicamente a morte, pensa ele, o pode livrar.

Daí, o desejo de vingar-se.

Nenhum interesse tem em perdoar, senão para satisfazer o seu orgulho perante o mundo.

Em certos casos, perdoar-lhe parece mesmo uma fraqueza indigna de si.

Se não se vingar, nem por isso deixará de conservar rancor e um secreto desejo de mal para o outro.

Para o crente e, sobretudo, para o espírita, muito diversa é a maneira de ver, porque suas vistas se lançam sobre o passado e sobre o futuro, entre os quais a vida atual não passa de um simples ponto.

Sabe ele que, pela mesma destinação da Terra, deve esperar topar aí com homens maus e perversos; que as maldades com que se defronta fazem parte das provas que lhe cumpre suportar e o elevado ponto de vista em que se coloca lhe

torna menos amargas as vicissitudes, quer advenham dos homens, quer das coisas.

Se não se queixa das provas, tampouco deve queixar-se dos que lhe servem de instrumento.

Se, em vez de se queixar, agradece a Deus o experimentá-lo, deve também agradecer a mão que lhe dá ensejo de demonstrar a sua paciência e a sua resignação.

Esta ideia o dispõe naturalmente ao perdão.

Sente, além disso, que quanto mais generoso for, tanto mais se engrandece aos seus próprios olhos e se põe fora do alcance dos dardos do seu inimigo.

O homem que no mundo ocupa elevada posição não se julga ofendido com os insultos daquele a quem considera seu inferior.

O mesmo se dá com o que, no mundo moral, se eleva acima da humanidade material.

Este compreende que o ódio e o rancor o aviltariam e rebaixariam. Ora, para ser superior ao seu adversário, preciso é que tenha a alma maior, mais nobre, mais generosa do que a desse último.

E.S.E. CAP XII ITEM 4

 

 

A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO

O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte com seus pés no assoalho da sala. Seu pai, que estava indo para o quintal fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.

Zeca, de apenas oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa; fala irritado o garoto:

- Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele.

Seu pai, um homem simples, mas cheio de sabedoria, escuta, calmamente, o filho que continua a reclamar:

- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.

O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou calado.

Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:

- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.

O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo.

Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta:

- Filho como está se sentindo agora?

- Estou cansado, mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.

O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:

- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.

O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Só se conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos.

O pai, então, lhe diz ternamente:

- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas, olhe só para você. O mau que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.

 

Autor desconhecido.

https://sites.google.com/site/terradeimaculada/reflexoes/material-reflexoes/aimportanciadoperdao


CAP XIII – 25/07

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP XIII – QUE A MÃO ESQUERDA NÃO SAIBA O QUE FAZ A DIREITA

 

Em fazer o bem sem ostentação há grande mérito; ainda mais meritório é ocultar a mão que dá; constitui marca incontestável de grande superioridade moral, porquanto, para encarar as coisas de mais alto do que o faz o vulgo, mister se torna abstrair da vida presente e identificar-se com a vida futura; numa palavra, colocar-se acima da Humanidade, para renunciar à satisfação que advém do testemunho dos homens e esperar a aprovação de Deus.

Aquele que prefere ao de Deus o sufrágio dos homens prova que mais fé deposita nestes do que na Divindade e que mais valor dá à vida presente do que à futura.

Se diz o contrário, procede como se não cresse no que diz.

Quantos há que só dão na esperança de que o que recebe irá bradar por toda a parte o benefício recebido! Quantos os que, de público, dão grandes somas e que, entretanto, às ocultas, não dariam uma só moeda!

Foi por isso que Jesus declarou: “Os que fazem o bem ostentosamente já receberam sua recompensa.”

Com efeito, aquele que procura a sua própria glorificação na Terra, pelo bem que pratica, já pagou a si mesmo; Deus

nada mais lhe deve; só lhe resta receber a punição do seu orgulho.

Não saber a mão esquerda o que dá a mão direita é uma imagem que caracteriza admiravelmente a beneficência modesta.

Mas, se há a modéstia real, também há a falsa modéstia, o simulacro da modéstia.

Há pessoas que ocultam a mão que dá, tendo, porém, o cuidado de deixar aparecer um pedacinho, olhando em volta para verificar se alguém não o terá visto ocultá-la.

Indigna paródia das máximas do Cristo!

Se os benfeitores orgulhosos são depreciados entre os homens, que não será perante Deus?

Também esses já receberam na Terra sua recompensa. Foram vistos; estão satisfeitos por terem sido vistos.

É tudo o que terão.

E qual poderá ser a recompensa do que faz pesar os seus benefícios sobre aquele que os recebe, que lhe impõe, de certo modo, testemunhos de reconhecimento, que lhe faz sentir a sua posição, exaltando o preço dos sacrifícios a que se vota para beneficiá-lo?

Oh! para esse, nem mesmo a recompensa terrestre existe, porquanto ele se vê privado da grata satisfação de ouvir bendizer-lhe do nome e é esse o primeiro castigo do seu orgulho.

As lágrimas que secam por vaidade, em vez de subirem ao Céu, recaíram sobre o coração do aflito e o ulceraram.

Do bem que praticou nenhum proveito lhe resulta, pois que ele o deplora, e todo benefício deplorado é moeda falsa e sem valor.

A beneficência praticada sem ostentação tem duplo mérito.

Além de ser caridade material, é caridade moral, visto que resguarda a suscetibilidade do beneficiado, faz-lhe aceitar o benefício, sem que seu amor-próprio se ressinta e salvaguardando-lhe a dignidade de homem, porquanto aceitar

um serviço é coisa bem diversa de receber uma esmola.

Ora, converter em esmola o serviço, pela maneira de prestá-lo, é humilhar o que o recebe, e, em humilhar a outrem, há sempre orgulho e maldade.

A verdadeira caridade, ao contrário, é delicada e engenhosa no dissimular o benefício, no evitar até as simples aparências capazes de melindrar, dado que todo atrito moral aumenta o sofrimento que se origina da necessidade.

Ela sabe encontrar palavras brandas e afáveis que colocam o beneficiado à vontade em presença do benfeitor, ao passo que a caridade orgulhosa o esmaga.

A verdadeira generosidade adquire toda a sublimidade, quando o benfeitor, invertendo os papéis, acha meios de figurar como beneficiado diante daquele a quem presta serviço.

Eis o que significam estas palavras: “Não saiba a mão esquerda o que dá a direita.”

E.S.E. CAP XIII ITEM 3

 

 

A JANELA PARA O MUNDO

Dois homens estavam seriamente doentes na mesma enfermaria de um grande hospital. O cômodo era bastante pequeno e nele havia uma janela que dava para o mundo.

Um dos homens tinha, como parte do seu tratamento, permissão para sentar-se na cama por uma hora durante as tardes (algo a ver com a drenagem de fluido de seus pulmões). Sua cama ficava perto da janela. O outro, contudo, tinha de passar todo o seu tempo deitado de barriga para cima.

Todas as tardes, quando o homem cuja cama ficava perto da janela era colocado em posição sentada, ele passava um tempo descrevendo o que via lá fora.

A janela aparentemente dava para um parque onde havia um lago. Havia patos e cisnes no lago, e as crianças iam atirar-lhes pão e colocar na água barcos de brinquedo. Jovens namorados caminhavam de mãos dadas entre as árvores, e havia flores, gramados e jogos de bola. E ao fundo, por trás da fileira de árvores, avistava-se o belo contorno dos prédios da cidade.

O homem deitado ouvia o sentado descrever tudo isso, apreciando todos os minutos. Ouviu sobre como uma criança quase caiu no lago e sobre como as garotas estavam bonitas em seus vestidos de verão. As descrições do seu amigo eventualmente o fizeram sentir que quase podia ver o que estava acontecendo lá fora...

Então, em uma bela tarde, ocorreu-lhe um pensamento: Por que o homem que ficava perto da janela deveria ter todo o prazer de ver o que estava acontecendo? Por que ele não podia ter essa chance? Sentiu-se envergonhado, mas quanto mais tentava não pensar assim, mais queria uma mudança.

Numa noite, enquanto olhava para o teto, o outro homem subitamente acordou tossindo e sufocando, suas mãos procurando o botão que fazia a enfermeira vir correndo. Mas ele o observou, sem se mover... mesmo quando o som de sua respiração parou.

De manhã, a enfermeira encontrou o outro homem morto e, silenciosamente, levou embora o seu corpo.

Logo que pareceu apropriado, o homem perguntou se poderia ser colocado na cama perto da janela. Então colocaram-no lá, aconchegaram-no sob as cobertas e fizeram com que se sentisse bastante confortável. No minuto em que saíram, ele apoiou-se sobre um cotovelo, com dificuldade e sentindo muita dor, olhou para fora da janela.

Viu apenas um muro...

E a vida é, sempre foi e será aquilo que nós a tornamos.

"Valorize as pessoas que fazem o possível para tornar a sua vida melhor!"

Enviado por Helio Biagio - Paraná

 


CAP XIV – 26/07

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP XIV – HONRA TEU PAI E TUA MÃE

 

O mandamento: “Honrai a vosso pai e a vossa mãe” é um corolário da lei geral de caridade e de amor ao próximo, visto que não pode amar o seu próximo aquele que não ama a seu pai e a sua mãe; mas o termo honrai encerra um dever a mais para com eles: o da piedade filial.

Quis Deus mostrar por essa forma que ao amor se devem juntar o respeito, as atenções, a submissão e a condescendência, o que envolve a obrigação de cumprir-se para com eles, de modo ainda mais rigoroso, tudo o que a

caridade ordena relativamente ao próximo em geral.

Esse dever se estende naturalmente às pessoas que fazem as vezes de pai e de mãe, as quais tanto maior mérito têm, quanto menos obrigatório é para elas o devotamento.

Deus pune sempre com rigor toda violação desse mandamento.

Honrar a seu pai e a sua mãe não consiste apenas em respeitá-los; é também assisti-los na necessidade; é proporcionar-lhes repouso na velhice; é cercá-los de cuidados como eles fizeram conosco na infância.

Sobretudo para com os pais sem recursos é que se demonstra a verdadeira piedade filial.

Obedecem a esse mandamento os que julgam fazer grande coisa porque dão a seus pais o estritamente necessário para não morrerem de fome, enquanto eles de nada se privam, atirando-os para os cômodos mais ínfimos da casa, apenas por não os deixar na rua, reservandopara si o que há de melhor, de mais confortável?

Ainda bem quando não o fazem de má vontade e não os obrigam a comprar caro o que lhes resta a viver, descarregando sobre eles o peso do governo da casa!

Será então aos pais velhos e fracos que cabe servir a filhos jovens e fortes?

Ter-lhes-á a mãe vendido o leite quando os amamentava?

Contou porventura suas vigílias, quando eles estavam doentes, os passos que deram para lhes obter o de que

necessitavam?

Não, os filhos não devem a seus pais pobres só o estritamente necessário, devem-lhes também, na medida do que puderem, os pequenos nadas supérfluos, as solicitudes, os cuidados amáveis, que são apenas o juro do que receberam, o pagamento de uma dívida sagrada.

Unicamente essa é a piedade filial grata a Deus.

Ai, pois, daquele que olvida o que deve aos que o ampararam em sua fraqueza, que com a vida material lhe deram a vida moral, que muitas vezes se impuseram duras privações para lhe garantir o bem-estar.

Ai do ingrato: será punido com a ingratidão e o abandono; será ferido nas suas mais caras afeições, algumas vezes já na existência atual, mas com certeza noutra, em que sofrerá o que houver feito aos outros.

Alguns pais, é certo, descuram de seus deveres e não são para os filhos o que deviam ser; mas a Deus é que compete puni-los e não a seus filhos.

Não compete a estes censurá-los, porque talvez hajam merecido que aqueles fossem quais se mostram.

Se a lei da caridade manda se pague o mal com o bem, se seja indulgente para as imperfeições de outrem, se não

diga mal do próximo, se lhe esqueçam e perdoem os agravos, se ame até os inimigos, quão maiores não hão de ser essas obrigações, tratando-se de filhos para com os pais!

Devem, pois, os filhos tomar como regra de conduta para com seus pais todos os preceitos de Jesus concernentes ao próximo e ter presente que todo procedimento censurável, com relação aos estranhos, ainda mais censurável se torna relativamente aos pais; e que o que talvez não passe de simples falta, no primeiro caso, pode ser considerado um

crime, no segundo, porque, aqui, à falta de caridade se junta a ingratidão.

E.S.E. CAP XIV ITEM 3

 

 

O BORDADO

Quando eu era pequeno, minha Mãe costurava muito.

Sentávamos um perto do outro e, quando lhe perguntava o que estava fazendo, ela me respondia que estava bordando.

Eu observava seu trabalho de uma posição mais baixa de onde ela estava sentada e sempre indagava o que estava fazendo, porque o que ela fazia me parecia muito confuso!

Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente dizia:

- Filho, saia um pouco para brincar e, quando terminar meu bordado, eu o chamarei e o colocarei em meu colo, para que veja o bordado da minha posição.

Não entendia porque ela usava alguns fios de cores escuras e porque me pareciam tão desordenados de onde eu estava. Minutos mais tarde, escutava-a me chamando:

- Filho, vem e senta em meu colo.

Eu fazia isso de imediato e me surpreendia e emocionava ao ver a formosa flor e o belo entardecer no bordado. Não podia crer: de baixo parecia tão confuso...

Então, minha Mãe explicava:

- Filho, olhando de baixo para cima estava confuso e desordenado, e não lhe ocorria que no plano acima havia um desenho; eu via esse desenho e só o estava seguindo! Agora, olhando-o da minha posição, sabe o que eu estava fazendo.

Muitas vezes, ao longo dos anos tenho olhado para o céu e dito:

- Pai, o que estás fazendo???  

Ele responde:

- Estou bordando sua vida.  

E eu Lhe replico:

- Mas, está tudo tão confuso; em desordem. Os fios parecem tão escuros, porque não são mais brilhantes?

O Pai parece dizer-me:

- Meu filho, ocupe-se de seu trabalho... e Eu farei o Meu; um dia, trarei você ao céu e o colocarei em meu colo... quando, então, verá o Plano, da Minha posição.  

 

Texto enviado por Zezé Pinho


CAP XV – 27/07

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP XV – FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

 

Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos,

se eu não tiver caridade, serei como o bronze que soa e um címbalo que retine;

ainda quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios,

e tivesse perfeita ciência de todas as coisas;

ainda quando tivesse toda a fé possível, até o ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou.

E, quando houvesse distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria.

A caridade é paciente; é branda e benfazeja; a caridade não é injubilosa; não é temerária, nem precipitada; não se enche de orgulho; não é desdenhosa; não cuida de seus interesses; não se agasta, nem se azeda com coisa alguma; não suspeita mal; não se rejubila com a injustiça, mas se rejubila com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.

Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais excelente é a caridade. (Paulo, 1a Epístola aos Coríntios, 13:1 a 7 e 13.)

 

De tal modo compreendeu Paulo essa grande verdade, que disse:

Quando mesmo eu tivesse a linguagem dos anjos; quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios; quando tivesse toda a fé possível, até o ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou.

Dentre estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade, a mais excelente é a caridade.

Coloca assim, sem equívoco, a caridade acima até da fé.

É que a caridade está ao alcance de toda gente: do ignorante, como do sábio, do rico, como do pobre, e independe de qualquer crença particular.

Faz mais: define a verdadeira caridade, mostra-a não só na beneficência, como também no conjunto de todas as qualidades do coração, na bondade e na benevolência para com o próximo.

E.S.E. CAO XV ITEM 6 E 7

 

 

A VIDRAÇA E OS LENÇÓIS

Um casal, recém-casado, mudou-se para um bairro muito tranquilo.

Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou através da janela numa vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:

- Que lençóis tão sujos ela está a pendurar no varal! Está a precisar de um sabão novo! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!

O marido tudo escutava, calado.

Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:

- A nossa vizinha continua a pendurar os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade, perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!

E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava as suas roupas no varal.

Passado um mês, a mulher surpreendeu-se ao ver que os lençóis que eram estendidos eram muito brancos e, toda empolgada, foi dizer ao marido:

- Olha, ela aprendeu a lavar as roupas! Será que a outra vizinha a ensinou? Porque eu é que não fiz nada!

O marido calmamente respondeu:

- Não, hoje, eu levantei-me mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!

E assim é.

Tudo depende da janela, através da qual observamos os fatos.

Antes de condenar, verifica se tu fizeste alguma coisa para contribuir; depois, verifique os teus próprios defeitos e limitações.

E, se necessitares, não te acanhe: lava a tua vidraça.

Tu jamais serás o único a ter de fazê-lo...

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CAP XVI – 28/07

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP XVI – SERVIR A DEUS E A MAMON

 

7. Se a riqueza houvesse de constituir obstáculo absoluto à salvação dos que a possuem, conforme se poderia inferir de certas palavras de Jesus, interpretadas segundo a letra e não segundo o espírito, Deus, que a concede, teria posto nas mãos de alguns um instrumento de perdição, sem apelação nenhuma, ideia que repugna à razão.

Sem dúvida, pelos arrastamentos a que dá causa, pelas tentações que gera e pela fascinação que exerce, a riqueza constitui uma prova muito arriscada, mais perigosa do que a miséria.

É o supremo excitante do orgulho, do egoísmo e da vida sensual.

É o laço mais forte que prende o homem à Terra e lhe desvia do céu os pensamentos.

Produz tal vertigem que, muitas vezes, aquele que passa da miséria à riqueza esquece de pronto a sua primeira condição, os que com ele a partilharam, os que o ajudaram, e faz-se insensível, egoísta e vão.

Ao fato, porém, de a riqueza tornar difícil a jornada, não se segue que a torne impossível e não possa vir a ser um meio de salvação para o que dela sabe servir-se, como certos venenos podem restituir a saúde, se empregados a propósito e com discernimento.

Quando Jesus disse ao moço que o inquiria sobre os meios de ganhar a vida eterna: “Desfaze-te de todos os teus bens e segue-me”, não pretendeu, decerto, estabelecer como princípio absoluto que cada um deva despojar-se do que possui e que a salvação só a esse preço se obtém; mas apenas mostrar que o apego aos bens terrenos é um obstáculo à salvação.

Aquele moço, com efeito, se julgava quite porque observara certos mandamentos e, no entanto, recusava-se à ideia de abandonar os bens de que era dono.

Seu desejo de obter a vida eterna não ia até o extremo de adquiri-la com sacrifício.

O que Jesus lhe propunha era uma prova decisiva, destinada a pôr a nu o fundo do seu pensamento.

Ele podia, sem dúvida, ser um homem perfeitamente honesto na opinião do mundo, não causar dano a ninguém, não maldizer do próximo, não ser vão, nem orgulhoso, honrar a seu pai e a sua mãe, mas não tinha a verdadeira caridade; sua virtude não chegava até a abnegação. Isso o que Jesus quis demonstrar.

Fazia uma aplicação do princípio: “Fora da caridade não há salvação.”

A consequência dessas palavras, em sua acepção rigorosa, seria a abolição da riqueza por prejudicial à felicidade futura e como causa de uma imensidade de males na Terra; seria, ademais, a condenação do trabalho que a pode granjear; consequência absurda, que reconduziria o homem à vida selvagem e que, por isso mesmo, estaria em contradição com a lei do progresso, que é Lei de Deus.

Se a riqueza é causa de muitos males, se exacerba tanto as más paixões, se provoca mesmo tantos crimes, não é a ela que devemos inculpar, mas ao homem, que dela abusa, como de todos os dons de Deus.

Pelo abuso, ele torna pernicioso o que lhe poderia ser de maior utilidade.

É a consequência do estado de inferioridade do mundo terrestre.

Se a riqueza somente males houvesse de produzir, Deus não a teria posto na Terra.

Compete ao homem fazê-la produzir o bem.

E.S.E. CAP XVI ITEM 7

 

 

MEU BAMBU AMADO

Era uma vez um maravilhoso jardim, situado bem no centro de um campo.

O dono costumava passear pelo jardim, ao sol do meio dia…

Um esbelto bambu era para ele a mais bela e estimada de todas as árvores e plantas do seu jardim.

Este bambu crescia e se tornava cada vez mais lindo.

Ele sabia que o seu Senhor o amava e que ele era sua alegria.

Um dia, o dono, pensativo aproximou-se do seu amado bambu.

Num sentimento de profunda veneração, o bambu inclinou sua cabeça imponente.

O Senhor disse ao bambu: - “Querido bambu, eu preciso de ti”.

O bambu respondeu: - “Senhor, estou pronto. Faz de mim o uso que quiseres”.

O bambu estava feliz, parecia Ter chegado a grande hora de sua vida: o seu dono precisava e ele ia servi-lo.

Com voz grave o Senhor disse: “Bambu, só poderei usar-te, se te podar”.

- “Podar? Podar a mim, Senhor, por favor, não fala isso. Deixe a minha bela figura. Tu vês como todos me admiram”. - “Meu amado bambu” — a voz do Senhor tornou-se mais grave ainda — “Não importa que te admirem ou não. Se eu não te podar, não poderei usar-te”.

No jardim tido ficou silencioso…

O vento segurou a respiração…

Finalmente o lindo bambu se inclinou e sussurrou:-  “Senhor, se não me podes usar sem podar, então… faze o que queres”. “Meu querido bambu, devo também cortar as suas folhas...”

O sol escondeu-se atrás das nuvens…

Umas borboletas afastaram-se assustadas...

O bambu trêmulo, à meia voz, disse: - “Senhor, corta-as”.

Disse o Senhor novamente: “Ainda não basta, meu querido bambu, devo também cortar-te pelo meio e tomar-te o coração. Seu não faço isto, não poderei usar-te”.

- “Por favor, Senhor!”, disse o bambu. “Eu não poderei mais viver. Como poderei viver sem o coração?”.

- “Devo tirar-te o coração, caso contrário não poderei usar-te”.

Houve um profundo silêncio…

Alguns soluços de lágrimas abafadas… depois o bambu inclinou-se até o chão e disse: - “Senhor, poda, corta, parte, divide, tome por inteiro, reparte”.

O Senhor desfolhou.

O Senhor decepou.

O Senhor partiu.

O Senhor tirou-lhe o coração.

Depois levou-o para o meio de um campo ressequido, a uma fonte de onde brotava água fresca.

Lá o Senhor deitou cuidadosamente o seu querido bambu no chão…

Ligou uma das extremidades do tronco decepado à fonte e a outra levou até o campo.

A fonte cantou boas vindas ao bambu decepado.

As águas cristalinas se precipitaram alegres pelo corpo despedaçado do bambu, correram sobre os campos ressequidos que por elas tanto havia suplicado.

Ali, plantou-se trigo… arroz… milho… feijão…

Os dias se passaram, a sementeira brotou, cresceu, tudo ficou verde, veio o tempo da colheita…

Assim, o tão maravilhoso bambu de outrora, em seu despojamento, em seu aniquilamento e humildade, transformou-se numa Grande Benção para toda aquela região.

Quando ele era grande e belo, crescia somente para si e se alegrava com sua própria beleza.

No seu despojamento, no seu aniquilamento, na sua entrega, ele se tornou o canal do qual o Senhor se serviu para tornar fecundas as suas terras.

E muitos, muitos homens e mulheres encontraram Vida e viveram deste tronco de um bambu podado, cortado, decepado, partido.

Para servir a Deus precisamos transformar nossos dons em dádivas para os outros.

 

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CAP XVII – 29/07

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP XVII – SEDE PERFEITOS

 

Pois que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta proposição: “Sede perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial”, tomada ao pé da letra, pressuporia a possibilidade de atingir-se a perfeição absoluta.

Se à criatura fosse dado ser tão perfeita quanto o Criador, tornar-se-ia ela igual a este, o que é inadmissível. Os homens a quem Jesus falava não compreenderiam essa nuança, pelo que Ele se limitou a lhes apresentar um modelo e a dizer-lhes que se esforçassem pelo alcançar.

Aquelas palavras, portanto, devem entender-se no sentido da perfeição relativa, a de que a Humanidade é suscetível e que mais a aproxima da Divindade.

Em que consiste essa perfeição? Jesus o diz: “Em amarmos os nossos inimigos, em fazermos o bem aos que nos odeiam, em orarmos pelos que nos perseguem.”

Mostra Ele desse modo que a essência da perfeição é a caridade na sua mais ampla acepção, porque implica a prática de todas as outras virtudes.

Com efeito, se se observam os resultados de todos os vícios e, mesmo, dos simples defeitos, reconhecer-se-á nenhum haver que não altere mais ou menos o sentimento da caridade, porque todos têm seu princípio no egoísmo e no orgulho, que lhes são a negação; e isso porque tudo o que sobre-excita o sentimento da personalidade destrói, ou, pelo menos, enfraquece os elementos da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, a abnegação e o devotamento.

Não podendo o amor do próximo, levado até o amor dos inimigos, aliar-se a nenhum defeito contrário à caridade, aquele amor é sempre, portanto, indício de maior ou menor superioridade moral, donde decorre que o grau da perfeição está na razão direta da sua extensão.

Foi por isso que Jesus, depois de haver dado a seus discípulos as regras da caridade, no que tem de mais sublime, lhes disse: “Sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai celestial.”

E.S.E. CAP XVII ITEM 2

 

 

O LÁPIS

O menino observava seu avô, escrevendo em um caderno, e perguntou:

- Vovô, você está escrevendo algo sobre mim?

- Sim, estou escrevendo algo sobre você. Entretanto, mais importante do que as palavras que estou escrevendo é este lápis que estou usando. Espero que você seja como ele, quando crescer.

O menino olhou para o lápis, e não vendo nada de especial, intrigado, comentou:

- Mas este lápis é igual a todos os que eu já vi.  O que ele tem de tão especial?

-Bem, depende do modo como você olha. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir vivê-las, será uma pessoa de bem e em paz com o mundo. – respondeu o avô.

- Primeira qualidade: Assim como o lápis, você pode fazer coisas grandiosas, mas nunca se esqueça de que existe uma “mão” que guia os seus passos, e que sem ela o lápis não tem qualquer utilidade: a mão de Deus.

- Segunda qualidade: Assim como o lápis, de vez em quando você vai ter que parar o que está escrevendo, e usar um “apontador”. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas ao final, ele se torna mais afiado. Portanto, saiba suportar as adversidades da vida, porque elas farão de você uma pessoa mais forte e melhor.

- Terceira qualidade: Assim como o lápis, permita que se apague o que está errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos trazer de volta ao caminho certo.

- Quarta qualidade: Assim como no lápis, o que realmente importa não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro dele. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você. O seu caráter será sempre mais importante que a sua aparência.

Finalmente, a quinta qualidade do lápis: Ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida deixará traços e marcas nas vidas das pessoas, portanto, procure ser consciente de cada ação, deixe um legado, e marque positivamente a vida das pessoas.

https://sites.google.com/site/terradeimaculada/reflexoes/material-reflexoes/olapis


CAP XVIII – 30/07

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP XVIII – MUITOS OS CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS

 

Era crença comum aos judeus de então que a nação deles tinha de alcançar supremacia sobre todas as outras. Deus, com efeito, não prometera a Abraão que a sua posteridade cobriria toda a Terra?

Como sempre, porém, atendo-se à forma, sem atentarem ao fundo, eles acreditavam tratar-se de uma dominação efetiva e material.

Antes da vinda do Cristo, com exceção dos hebreus, todos os povos eram idólatras e politeístas.

Se alguns homens superiores ao vulgo conceberam a ideia da unidade de Deus, essa ideia permaneceu no estado

de sistema pessoal, em parte nenhuma foi aceita como verdade fundamental, a não ser por alguns iniciados que ocultavam seus conhecimentos sob um véu de mistério, impenetrável para as massas populares.

Os hebreus foram os primeiros a praticar publicamente o monoteísmo; é a eles que Deus transmite a sua lei, primeiramente por via de Moisés, depois por intermédio de Jesus.

Foi daquele pequenino foco que partiu a luz destinada a espargir-se pelo mundo inteiro, a triunfar do paganismo e a dar a Abraão uma posteridade espiritual “tão numerosa quanto as estrelas do firmamento”.

Entretanto, abandonando de todo a idolatria, os judeus desprezaram a lei moral, para se aferrarem ao mais fácil: à prática do culto exterior.

O mal chegara ao cúmulo; a nação, além de escravizada, era esfacelada pelas facções e dividida pelas seitas; a incredulidade atingira mesmo o santuário.

Foi então que apareceu Jesus, enviado para os chamar à observância da Lei e para lhes rasgar os horizontes novos da vida futura.

Dos primeiros a ser convidados para o grande banquete da fé universal, eles repeliram a palavra do Messias celeste, e o imolaram.

Perderam assim o fruto que teriam colhido da iniciativa que lhes coubera.

Fora, contudo, injusto acusar-se o povo inteiro de tal estado de coisas.

A responsabilidade tocava principalmente aos fariseus e saduceus, que sacrificaram a nação por efeito do orgulho e do fanatismo de uns e pela incredulidade dos outros.

São, pois, eles, sobretudo, que Jesus identifica nos convidados que recusam comparecer ao festim das bodas.

Depois, acrescenta:

“Vendo isso, o Senhor mandou convidar a todos os que fossem encontrados nas encruzilhadas, bons e maus.” Queria dizer desse modo que a palavra ia ser pregada a todos os outros povos, pagãos e idólatras, e estes, acolhendo-a,

seriam admitidos ao festim, em lugar dos primeiros convidados.

No entanto, não basta a ninguém ser convidado; não basta dizer-se cristão, nem sentar-se à mesa para tomar parte no banquete celestial.

É preciso, antes de tudo e sob condição expressa, estar revestido da túnica nupcial, isto é, ter puro o coração e cumprir a lei segundo o espírito.

Ora, a lei toda se contém nestas palavras: Fora da caridade não há salvação.

Entre todos, porém, que ouvem a palavra divina, quão poucos são os que a guardam e a aplicam proveitosamente! Quão poucos se tornam dignos de entrar no Reino dos Céus! Eis por que disse Jesus: “Chamados haverá muitos; poucos, no entanto, serão os escolhidos.”

E.S.E. CAP XVIII ITEM 2

 

 

O REMADOR E O CONSELHEIRO

Os dois primos tinham quase a mesma idade. Ambos haviam nascidos numa pequena aldeia de um grande reino. Cresceram juntos, na mesma vida simples de filhos de pobres camponeses.

Só que tinham visão diferente do mundo. Enquanto um deles era curioso, buscando sempre saber o porquê das coisas, sempre se aprofundando no conhecimento, o outro era displicente, se preocupando somente com os folguedos e brincadeiras.

Quando atingiram a idade dos estudos, as diferenças de caráter se acentuaram. O primeiro se dedicava aos estudos, abandonando as brincadeiras para estudar e fazer as lições, nunca faltando às aulas; o segundo, ao contrário, não gostava de estudar, não fazia suas lições e faltava muito às aulas.

Discutiam muito por causa disso. O segundo criticava o primo por ser tão diligente, por deixar de aproveitar a vida, lançando–se aos estudos. Este lhe replicava, explicando que eles não seriam sempre crianças e adolescentes. Dia chegaria que se tornariam adultos, assumindo responsabilidades familiares e, somente a dedicação aos estudos lhes proporcionaria uma vida futura melhor e mais feliz.

Na busca de uma melhor formação, o estudioso acabou saindo da aldeia, mudando-se para a cidade, na busca de seus objetivos. Seu primo continuou na aldeia, terminando, com muita deficiência, seus estudos básicos.

A distância os separou, de forma que, durante muito tempo, os primos não tiveram mais contato.

O estudioso, em razão de sua dedicação, se formou na faculdade, adquirindo notoriedade e acabou sendo contratado pelo Rei, para ser seu conselheiro.

O primo displicente, por sua vez, acabou como remador de barcos.

Certo dia, precisando fazer uma viagem marítima para inspecionar seus domínios, o Rei convocou seus conselheiros para acompanhá-lo e ajudá-lo a resolver os problemas que por ventura encontrassem no reino.

Quando ingressaram no barco, o primo que virara conselheiro encontrou seu parente operando um dos remos da embarcação.

Durante a viagem, o primo remador ficava resmungando em seu posto, queixando-se de sua sorte e amaldiçoando o primo conselheiro, pois que ambos, nascidos na mesma aldeia e nas mesmas condições de pobreza, não deveriam estar em condições tão diferentes. Chamava o outro de vagabundo, pois enquanto ele estava ali, remando com enorme esforço, o primo estava refestelado ao lado do rei e de outros conselheiros, comendo e bebendo do bom e do melhor, admirando a bela paisagem.

Seus resmungos perduraram durante todo o dia, pois não se conformava com aquela situação e achava que o primo deveria ajudá-lo, tirando-o de sua insignificante condição de remador.

Quando anoiteceu, o Rei determinou que o barco fosse ancorado numa pequena praia, onde passariam a noite, para seguir viagem no dia seguinte.

Em certa hora da noite, o primo remador foi acordado pelo próprio Rei, que lhe disse:

- Olha, não estou conseguindo dormir por causa de um barulho que vem daquele morro ali. Levante-se, vá até lá e veja o que está causando esse barulho.

- Sim senhor, Majestade. Já estou indo.

O remador subiu o morro correndo, demorou alguns minutos e retornou todo esbaforido pelo cansaço da subida.

- Majestade, quem está causando este barulho é uma gata e seus filhotes. Ela deve ter dado cria recentemente e seus filhotes estão fazendo muito ruído.

- Muito bem, disse o Rei, de que raça é essa gata?

- Hum, não sei, Majestade, não me preocupei com isso, mas vou subir lá e verificar.

Voltou minutos depois, ainda mais cansado:

- E então, perguntou o Rei.

- Olha, majestade, a gata é da raça siamesa.

- Ótimo, mas quantos são os filhotes?

- Não tenho certeza, mas acho que são seis.

- Quantos machos e quantas fêmeas, perguntou o Rei.

- Não sei, Majestade, não verifiquei, mas volto lá e já lhe dou a resposta.

Voltou minutos depois, quase sufocado de cansaço.

- Majestade, são realmente seis filhotes, sendo três machos e três fêmeas.

- Certo. E o que você fez para que eles parassem de fazer barulho e me deixassem dormir.

- Errr, bom, Majestade, o que eu poderia fazer? Eu os deixei da mesma maneira que encontrei. Não há nada que eu poderia fazer para que se calassem.

- Está bem, disse o Rei, espere um pouco.

O rei se encaminhou para o local onde seus conselheiros dormiam e acordou o primo do remador, trazendo-o para fora do barco, ordenando-lhe:

- Olha, não estou conseguindo dormir por causa de um barulho que vem daquele morro ali. Vá até lá e veja o que está causando esse barulho.

- Imediatamente, majestade.

O remador estranhou a atitude do Rei, pois ele já havia verificado o que estava acontecendo e não entedia porque seu primo tinha que fazer a mesma coisa.

Passaram muitos minutos, sem que seu primo voltasse. O remador começou a ruminar seu contentamento, pensando: “Ta vendo, aquele incompetente está demorando muito para resolver um pequeno problema. Está provado que eu sou melhor do que ele. Quem sabe agora o Rei vai me dar o devido valor?”

Passado uns vinte minutos, o conselheiro voltou ao barco e disse ao Rei.

- Majestade, o barulho que vos perturbava era causado por uma ninhada de gatos. Uma gata siamesa deu cria a seis filhotes, sendo três machos e três fêmeas. Eles nasceram num velho tonel de madeira, que está tombado no alto daquele morro. Eu fui até a aldeia próxima, que fica logo abaixo, do outro lado do morro e acordei o prefeito para saber de quem eram aqueles gatos que estavam incomodando Vossa Majestade. Os gatos são do próprio prefeito, que pede mil desculpas ao Rei, pois ignorava que estávamos atracados aqui. O prefeito já providenciou a retirada dos gatinhos e pediu que Vossa Excelência aceitasse como presente um dos filhotes como bicho de estimação, escolhendo o mais bonito entre eles, me pedindo que o entregasse ao Rei. Aqui está o lindo gatinho, Majestade.

O Rei agradeceu ao seu conselheiro e o dispensou, para que voltasse a dormir. Quando ele se afastou, o Rei voltou-se para o remador, que a tudo presenciara e lhe disse:

- Meu jovem, durante a viagem, sem que você percebesse, ouvi suas imprecações contra seu primo. Eu já sabia que você e meu conselheiro eram primos, pois ele me contou no início da viagem e também me contou a história de vocês. Isto que fiz, foi para lhe demonstrar o quanto você está sendo injusto com seu primo. Veja que, para obter algumas simples informações, você teve que retornar ao morro por três vezes e ainda por cima, não resolveu o problema. Seu primo, ao contrário, de uma só vez trouxe todas as informações, resolveu o problema e ainda me trouxe um belo presente.

- A verdade, meu amigo, continuou o Rei, é que você nunca aproveitou as chances que a vida lhe deu e nem correu atrás de seus ideais. Aliás, acho que você nem sabe o que quer dizer “ideais”. As chances sempre estiveram na sua frente, como hoje. Bastava apenas um pouco de boa vontade, para você fazer o que seu primo fez. Mas sua costumeira acomodação não deixou você enxergar as informações e a solução do problema.

- Não é a vida e nem seu primo que são injustos contra você. Mas é você que é injusto contra a vida, contra aqueles que o cercam e contra você mesmo. Você quer ser um vencedor? Então lute para isso. Não espere que as coisas caiam do céu. Não se esqueça que Deus, na sua incomparável justiça, dá a recompensa a cada um, de acordo com seu merecimento. Então, faça por merecer a sua recompensa, sem esperar que outros a obtenham para você – arrematou o Rei e foi dormir...

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CAP XIX – 31/07

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP XIX – A FÉ TRANSPORTA MONTANHAS

 

As montanhas que a fé desloca são as dificuldades, as resistências, a má vontade, em suma, com que se depara da parte dos homens, ainda quando se trate das melhores coisas.

Os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo e as paixões orgulhosas são outras tantas montanhas que barram o caminho a quem trabalha pelo progresso da Humanidade.

A fé robusta dá a perseverança, a energia e os recursos que fazem se vençam os obstáculos, assim nas pequenas coisas,

que nas grandes.

Da fé vacilante resultam a incerteza e a hesitação de que se aproveitam os adversários que se têm de combater; essa fé não procura os meios de vencer, porque não acredita que possa vencer.

Noutra acepção, entende-se como fé a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim.

Ela dá uma espécie de lucidez que permite se veja, em pensamento, a meta que se quer alcançar e os meios de chegar lá, de sorte que aquele que a possui caminha, por assim dizer, com absoluta segurança.

Num como noutro caso, pode ela dar lugar a que se executem grandes coisas.

A fé sincera e verdadeira é sempre calma; faculta a paciência que sabe esperar, porque, tendo seu ponto de apoio na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao objetivo visado.

A fé vacilante sente a sua própria fraqueza; quando a estimula o interesse, torna-se irada e julga suprir, com a violência, a força que lhe falece.

A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança; a violência, ao contrário, denota fraqueza e dúvida de si mesmo.

Cumpre não confundir a fé com a presunção.

A verdadeira fé se conjuga à humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus.

Por essa razão é que os bons Espíritos lhe vêm em auxílio.

A presunção é menos fé do que orgulho, e o orgulho é sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelos malogros que lhe são infligidos.

O poder da fé se demonstra, de modo direto e especial, na ação magnética; por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível.

Daí decorre que aquele que a um grande poder fluídico normal junta ardente fé, pode, só pela força da sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenômenos de cura e outros, tidos antigamente por prodígios, mas que não passam de efeito de uma lei natural.

Tal o motivo por que Jesus disse a seus apóstolos: se não o curastes, foi porque não tínheis fé.

E.S.E. CAP XIX ITEM 2 A 5

 

 

A VACA NO PRECIPÍCIO

Um anjo e seu discípulo resolveram fazer uma pesquisa e saber como viviam as pessoas na região que lhes tinha sido dado proteger.

Chegando à primeira residência, foram recebidos pelos moradores: um casal com cinco filhos - todos com roupas limpas, porém rasgadas.

O senhor está no meio desta floresta, não há nenhum comércio nas redondezas - observou o anjo disfarçado ao pai de família. - Como sobrevivem aqui?

E o homem, calmamente, respondeu:

- Meu amigo, a situação é muito difícil. Graças a Deus, temos aqui uma vaquinha que não nos deixa passar fome. Às vezes sobra um pouco de leite e fazemos um pouco de queijo e vendemos na cidade vizinha. E assim vamos sobrevivendo.

O anjo despediu-se, agradeceu pela informação, comtemplou o lugar por um momento e foi embora. No meio do caminho, disse ao discípulo:

- Jogue a vaquinha deste pobre homem no precipício.

- Não posso fazer isso, é a única forma de sustento da família! - Espantou-se o discípulo.

O anjo permaneceu calado.

Sem alternativa, o rapaz fez o que lhe mandara o anjo-mestre, e a vaquinha morreu na queda.

Anos depois, eles voltaram ao mesmo lugar, para ver como estavam todos.

Chegando lá, para sua surpresa, encontraram o local transformado num belíssimo sítio, com árvores floridas, carro na garagem e rapazes e moças bem vestidos e felizes.

O discípulo ficou desesperado, imaginando que a humilde família tivesse precisado vender o sítio para sobreviver.

Apertou o passo e foi recebido por um caseiro muito simpático.

- Para onde foi a família que vivia aqui? - perguntou.

- Continuam donos do sítio - foi a resposta.

Espantado, ele entrou correndo na casa, e o senhor logo o reconheceu.

Perguntou como estava o outro amigo, mas o rapaz nem respondeu, pois se achava por demais ansioso para saber como o homem conseguira melhorar tanto o sítio e ficar tão bem de vida.

- Bem, nós tinhamos uma vaquinha, mas ela caiu no precipício e morreu - disse o senhor.

- Então, para sustentar minha família, tive que plantar ervas e legumes.

- Como as plantas demoravam a crescer, comecei a cortar madeira para vender.

- Ao fazer isso, tive que replantar as árvores e precisei comprar mudas.

- Ao comprar mudas, lembrei-me da roupa de meus filhos e pensei que talvez pudesse cultivar algodão.

- Passei um ano difícil, mas quando a colheita chegou, eu já estava exportando legumes, algodão e ervas aromáticas. –

- Nunca havia me dado conta de todo o meu potencial e o daqui, ainda bem que aquela vaquinha morreu. Era um atraso em nossas vidas.

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CAP XX – 01/08

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP XX – OS TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA

 

Jesus gostava da simplicidade dos símbolos e, na sua linguagem máscula, os obreiros que chegaram na primeira hora são os profetas, Moisés e todos os iniciadores que marcaram as etapas do progresso, as quais continuaram a ser assinaladas através dos séculos pelos apóstolos, pelos mártires, pelos Pais da Igreja, pelos sábios, pelos filósofos e, finalmente, pelos espíritas.

Estes, que por último vieram, foram anunciados e preditos desde a aurora do advento do Messias e receberão a mesma

recompensa.

Que digo? recompensa maior.

Últimos chegados, eles aproveitam dos labores intelectuais dos seus predecessores, porque o homem tem de herdar do homem e porque coletivos são os trabalhos humanos: Deus abençoa a solidariedade.

Aliás, muitos dentre aqueles revivem hoje, ou reviverão amanhã, para terminarem a obra que começaram outrora.

Mais de um patriarca, mais de um profeta, mais de um discípulo do Cristo, mais de um propagador da fé cristã, se encontram no meio deles, porém, mais esclarecidos, mais adiantados, trabalhando, não já na base, e sim na cumeeira do edifício. Receberão, pois, salário proporcionado ao valor da obra.

O belo dogma da reencarnação eterniza e precisa a filiação espiritual.

Chamado a prestar contas do seu mandato terreno, o Espírito se apercebe da continuidade da tarefa interrompida, mas sempre retomada.

Ele vê, sente que apanhou, de passagem, o pensamento dos que o precederam.

Entra de novo na liça, amadurecido pela experiência, para avançar mais.

E todos, trabalhadores da primeira e da última hora, com os olhos bem abertos sobre a profunda Justiça de Deus, não mais reclamam: mas se põe a adora-lo.

Tal um dos verdadeiros sentidos desta parábola, que encerra, como todas as de que Jesus se utilizou falando ao povo, o gérmen do futuro e também, sob todas as formas, sob todas as imagens, a revelação da magnífica unidade que harmoniza todas as coisas no Universo, da solidariedade que liga todos os seres presentes ao passado e ao futuro. – Henri Heine. (Paris, 1863.)

E.S.E. CAP XX ITEM 3

 

 

O COMPROMISSO DE CADA UM

Nos Alpes italianos existia um pequeno vilarejo que se dedicava ao cultivo de uvas para a produção de vinho.

Uma vez por ano, lá ocorria uma festa para comemorar o sucesso da colheita.

A tradição exigia que nessa festa cada morador do vilarejo trouxesse uma garrafa de seu melhor vinho para colocar dentro de um grande barril, que ficava na praça central.

Entretanto, um dos moradores pensou: “Por que deverei eu levar uma garrafa do meu mais puro vinho? Levarei uma d'água, pois no meio de tanto vinho o meu não fará falta”.

Assim pensou e assim o fez.

No auge das comemorações, como era de costume, todos se reuniram na praça, cada um com sua caneca para pegar uma porção daquele vinho cuja fama se estendia além das fronteiras do país. Contudo, ao abrir a torneira do barril, um silêncio tomou conta da multidão.

Daquele barril saiu apenas água!

E de todos os outros também.....

Todos ficaram admirados, se perguntando o que teria acontecido.

Mas isso não foi difícil de descobrir. 

Foi porque todos pensaram como aquele morador: “A ausência da minha parte não fará falta!”.

Nós somos muitas vezes conduzidos a pensar assim: “Tantas pessoas exIstem neste mundo que, se eu não fizer a minha parte, isso não terá a mínima importância”.

Mas o que aconteceria com o mundo se todos pensassem assim?

Da mesma forma, imaginem se todos agissem assim quanto à obra de Deus?

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CAP XXI – 02/08

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP XXI – FALSOS CRISTOS E FALSOS PROFETAS

 

“Levantar-se-ão falsos cristos e falsos profetas, que farão grandes prodígios e coisas de espantar, a ponto de seduzirem os próprios escolhidos.”

Estas palavras dão o verdadeiro sentido do termo prodígio.

Na acepção teológica, os prodígios e os milagres são fenômenos excepcionais, fora das Leis da Natureza.

Sendo estas, exclusivamente, obra de Deus, pode Ele, sem dúvida, derrogá-las, se lhe apraz; o simples bom senso, porém, diz que não é possível haja Ele dado a seres inferiores e perversos um poder igual ao seu, nem, ainda menos, o direito de desfazer o que Ele tenha  feito.

Semelhante princípio não pode Jesus ter consagrado.

Se, portanto, de acordo com o sentido que se atribui a essas palavras, o Espírito do mal tem o poder de fazer prodígios tais que os próprios escolhidos se deixem enganar, o resultado seria que, podendo fazer o que Deus faz, os prodígios e os milagres não são privilégio exclusivo dos enviados de Deus e nada provam, pois que nada distingue os milagres dos santos dos milagres do demônio.

Necessário, então, se torna procurar um sentido mais racional para aquelas palavras.

Para o vulgo ignorante, todo fenômeno cuja causa é desconhecida passa por sobrenatural, maravilhoso e miraculoso; uma vez encontrada a causa, reconhece-se que o fenômeno, por muito extraordinário que pareça, mais não é do que aplicação de uma Lei da Natureza.

Assim, o círculo dos fatos sobrenaturais se restringe à medida que o da Ciência se alarga.

Em todos os tempos, homens houve que exploraram, em proveito de suas ambições, de seus interesses e do seu anseio de dominação, certos conhecimentos que possuíam, a fim de alcançarem o prestígio de um pseudo poder sobre-humano, ou de uma pretendida missão divina.

São esses os falsos cristos e falsos profetas.

A difusão das luzes lhes aniquila o crédito, donde resulta que o número deles diminui à proporção que os homens se esclarecem.

O fato de operar o que certas pessoas consideram prodígios não constitui, pois, sinal de uma missão divina, visto que pode resultar de conhecimento cuja aquisição está ao alcance de qualquer um, ou de faculdades orgânicas especiais, que o mais indigno não se acha inibido de possuir, tanto quanto o mais digno.

O verdadeiro profeta se reconhece por mais sérios caracteres e exclusivamente morais.

E.S.E. CAP XXI ITEM 5

 

 

A MORADA DO CÉU

Um homem muito rico morreu e foi recebido no céu.  O anjo guardião levou-o por várias alamedas e foi lhe mostrando as moradias que ali existiam.

Passaram por uma linda casa com belos jardins.

O homem, admirado, perguntou:

- Que linda casa, quem mora aí?

O anjo respondeu:

- É o Raimundo, aquele seu motorista que morreu no ano passado.

O homem ficou pensando:

"Puxa! Se o Raimundo tem uma casa dessas, aqui deve ser muito bom!"

Logo a seguir, surgiu uma outra casa muito mais bonita e ele perguntou mais admirado ainda:

- E aqui, quem mora?

O anjo respondeu:

- Aqui é a casa da Rosalina, aquela que foi sua cozinheira.

O homem ficou imaginando que, seus empregados tendo magníficas residências, a sua morada deveria ser, no mínimo, um palácio, e estava ansioso por vê-la.

Nisso, o anjo parou diante de um pequeno barraco construído com tábuas e disse:

- Esta é a sua casa.

O homem ficou indignado!

- Como é possível? Vocês sabem construir coisa muito melhor!!!

- Sabemos, respondeu o anjo, mas nós construímos apenas a casa. O material é selecionado e enviado por vocês mesmos. E você só enviou isso!

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CAP XXII – 03/08

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP XXII – O QUE DEUS UNIU O HOMEM NÃO SEPARA

 

Será então supérflua a lei civil e dever-se-á volver aos casamentos segundo a Natureza?

Não, decerto.

A lei civil tem por fim regular as relações sociais e os interesses das famílias, de acordo com as exigências da civilização; por isso, é útil, necessária, mas variável.

Deve ser previdente, porque o homem civilizado não pode viver como selvagem; nada, entretanto, nada absolutamente se opõe a que ela seja um corolário da Lei de Deus.

Os obstáculos ao cumprimento da Lei divina promanam dos prejuízos, e não da lei civil.

Esses prejuízos, se bem ainda vivazes, já perderam muito do seu predomínio no seio dos povos esclarecidos; desaparecerão com o progresso moral que, por fim, abrirá os olhos aos homens para os males sem conto, as faltas, mesmo os crimes que decorrem das uniões contraídas com vistas unicamente nos interesses materiais.

Um dia perguntar-se-á o que é mais humano, mais caridoso, mais moral: se encadear um ao outro dois seres que não podem viver juntos, se restituir-lhes a liberdade; se a perspectiva de uma cadeia indissolúvel não aumenta o número de uniões irregulares.

E.S.E. CAP XXII ITEM 4

 

 

A ARTE DE VIVER JUNTO

Conta uma lenda dos índios Sioux que, certa vez, Touro Bravo e Nuvem Azul chegaram de mãos dadas à tenda do velho feiticeiro da tribo e pediram:

– Nós nos amamos e vamos nos casar. Mas nos amamos tanto que queremos um conselho que nos garanta ficar sempre juntos, que nos assegure estar um ao lado do outro até a morte. Há algo que possamos fazer?

E o velho, emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse-lhes:

– Há o que possa ser feito, ainda que sejam tarefas muito difíceis. Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte da aldeia apenas com uma rede, caçar o falcão mais vigoroso e trazê-lo aqui, com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. E tu, Touro Bravo, deves escalar a montanha do trono; lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias. Somente com uma rede deverás apanhá-la, trazendo-a para mim viva!

Os jovens se abraçaram com ternura e logo partiram para cumprir a missão.

No dia estabelecido, na frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves. O velho tirou-as dos sacos e constatou que eram verdadeiramente formosos exemplares dos animais que ele tinha pedido.

– E agora, o que faremos? – os jovens perguntaram.

– Peguem as aves e amarrem uma à outra pelos pés com essas fitas de couro. Quando estiverem amarradas, soltem-nas para que voem livres.

Eles fizeram o que lhes foi ordenado e soltaram os pássaros.

A águia e o falcão tentaram voar, mas conseguiram apenas saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela impossibilidade do voo, as aves arremessaram-se uma contra a outra, bicando-se até se machucar.

Então, o velho disse:

– Jamais se esqueçam do que estão vendo, esse é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão. Se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar um ao outro. Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos, mas jamais amarrados. Libere a pessoa que você ama para que ela possa voar com as próprias asas. Essa é uma verdade no casamento e também nas relações familiares, de amizade e profissionais.

Respeite o direito das pessoas de voar rumo ao sonho delas, somente livres as pessoas são capazes de amar.

Autor Desconhecido


CAP XXIII – 04/08

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP XXIII – MORAL ESTRANHA

 

O Espiritismo vem realizar, na época prevista, as promessas do Cristo.

Entretanto, não o pode fazer sem destruir os abusos.

Como Jesus, ele topa com o orgulho, o egoísmo, a ambição, a cupidez, o fanatismo cego, os quais, levados às suas últimas trincheiras, tentam barrar-lhe o caminho e lhe suscitam entraves e perseguições.

Também ele, portanto, tem de combater; mas o tempo das lutas e das perseguições sanguinolentas passou; são todas de ordem moral as que terá de sofrer e próximo lhes está o termo.

As primeiras duraram séculos; estas durarão apenas alguns anos, porque a luz, em vez de partir de um único foco, irrompe de todos os pontos do globo e abrirá mais de pronto os olhos aos cegos.

Essas palavras de Jesus devem, pois, entender-se com referência às cóleras que a sua doutrina provocaria, aos conflitos momentâneos a que ia dar causa, às lutas que teria de sustentar antes de se firmar, como aconteceu aos hebreus antes de entrarem na Terra Prometida, e não como decorrentes de um desígnio premeditado de sua parte de semear a desordem e a confusão.

O mal viria dos homens, e não dele, que era como o médico que se apresenta para curar, mas cujos remédios provocam uma crise salutar, atacando os maus humores do doente.

E.S.E. CAP XXIII ITEM 17 E 18

 

 

A HISTÓRIA DA BORBOLETA

Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo.

Um homem sentou-se e ficou observando a borboleta por várias horas.

Ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco, porém não tinha qualquer progresso.

Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais além.

Então o homem decidiu ajudar a borboleta.

Pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo.

A borboleta então saiu facilmente.

Mas seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas.

O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo, que iria se afirmar a tempo.

Nada aconteceu.

Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas.

Ela nunca foi capaz de voar.

O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia era que o casulo apertado é o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura, era o modo com que Deus fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.

Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida.

Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados.

Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ser.

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CAP XXIV – 05/08

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP XXIV – NÃO COLOCAR A CANDEIA DEBAIXO DO ALQUEIRE

 

Se, pois, em sua previdente sabedoria, a Providência só gradualmente revela as verdades, é claro que as desvenda à proporção que a Humanidade se vai mostrando amadurecida para as receber.

Ela [a Providência] as mantém de reserva, e não sob o alqueire.

Os homens, porém, que entram a possuí-las, quase sempre as ocultam do vulgo com o intento de o dominarem. São esses os que, verdadeiramente, colocam a luz debaixo do alqueire.

É por isso que todas as religiões têm tido seus mistérios, cujo exame proíbem.

Todavia, ao passo que essas religiões iam ficando para trás, a Ciência e a inteligência avançaram e romperam o véu misterioso.

Havendo-se tornado adulto, o vulgo entendeu de penetrar o fundo das coisas e eliminou de sua fé o que era contrário à observação.

Não podem existir mistérios absolutos e Jesus está com a razão quando diz que nada há secreto que não venha a ser conhecido.

Tudo o que se acha oculto será descoberto um dia e o que o homem ainda não pode compreender lhe será sucessivamente desvendado, em mundos mais adiantados, quando se houver purificado.

Aqui na Terra, ele ainda se encontra em pleno nevoeiro.

E.S.E. CAP XXIV ITEM 5

 

OUÇA O SÁBIO

Era uma vez um rei que, há muito tempo, governava um país.

Um dia, ele saiu em viagem para algumas áreas bem distantes.

Quando retornou ao palácio, reclamou que seus pés estavam terrivelmente doloridos, porque era a primeira vez que fazia uma viagem tão longa e que havia muitos pedregulhos pela áspera estrada.

Ele ordenou a seus servos que cobrissem toda a estrada, por todo o país com couro.

Definitivamente, essa obra necessitaria de milhares de vacas esfoladas e custaria uma quantia enorme de dinheiro.

Então, um dos mais sábios entre os criados ousou falar ao rei:

— Por que o rei tem que gastar essa quantia desnecessária de dinheiro?

- Por que, simplesmente, não manda cortar um pequeno pedaço de couro para cobrir seus pés?

Para fazer deste mundo um lugar feliz para se viver, é melhor mudar a si próprio e não o mundo!

 

Ouvir os mais experientes, será sempre melhor que testar soluções.

As pessoas que já viveram muito sabem que o valor do trabalho está em valorizar e melhorar o que já se tem...

Aceitar opiniões e informações pode simplificar muito a vida.

Autor Desconhecido


CAP XXV – 06/08

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP XXV – BUSCAI E ACHAREIS

 

2. Do ponto de vista terreno, a máxima: Buscai e achareis é análoga a esta outra: Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará.

É o princípio da lei do trabalho e, por conseguinte, da lei do progresso, porquanto o progresso é filho do trabalho, visto que este põe em ação as forças da inteligência.

Na infância da Humanidade, o homem só aplica a inteligência à cata do alimento, dos meios de se preservar das intempéries e de se defender dos seus inimigos.

Deus, porém, lhe deu, a mais do que outorgou ao animal, o desejo incessante do melhor, e é esse desejo que o impele à pesquisa dos meios de melhorar a sua posição, que o leva às descobertas, às invenções, ao aperfeiçoamento da Ciência, porquanto é a Ciência que lhe proporciona o que lhe falta.

Pelas suas pesquisas, a inteligência se lhe engrandece, o moral se lhe depura.

Às necessidades do corpo sucedem as do espírito: depois do alimento material, precisa ele do alimento espiritual.

É assim que o homem passa da selvageria à civilização.

Mas bem pouca coisa é, imperceptível mesmo, em grande número deles, o progresso que cada um realiza individualmente no curso da vida.

Como poderia então progredir a Humanidade, sem a preexistência e a re-existência da alma?

Se as almas se fossem todos os dias, para não mais voltarem, a Humanidade se renovaria incessantemente com os elementos primitivos, tendo de fazer tudo, de aprender tudo.

Não haveria, nesse caso, razão para que o homem se achasse hoje mais adiantado do que nas primeiras idades do mundo, uma vez que a cada nascimento todo o trabalho intelectual teria de recomeçar.

Ao contrário, voltando com o progresso que já realizou e adquirindo de cada vez alguma coisa a mais, a alma passa

gradualmente da barbárie à civilização material e desta à civilização moral.

E.S.E. CAP XXV ITEM 2

 

 

A PISCINA E A CRUZ

Um de meus amigos ia toda quinta-feira a noite a uma piscina coberta.

Ele sempre via ali um homem que lhe chamava a atenção: ele tinha o costume de correr até a água e molhar só o dedão do pé.

Depois subia no trampolim mais alto e com um esplêndido salto mergulhava na água.

Era um excelente nadador.

Não era de estranhar, pois, que meu amigo ficasse intrigado com esse costume de molhar o dedão antes de saltar na água.

Um dia tomou coragem e perguntou-lhe a razão daquele hábito. O homem sorriu e respondeu:

 - “Sim, eu tenho um motivo para fazer isso. Há alguns anos, eu era professor de natação de um grupo de homens. Meu trabalho era ensiná-los a nadar e a saltar de trampolim. Certa noite não conseguia dormir e fui à piscina para nadar um pouco; sendo o professor de natação, eu tinha uma chave para entrar no clube. Não acendi a luz porque conhecia bem o lugar. A luz da lua brilhava através do teto de vidro. Quando estava sobre o trampolim, vi minha sombra na parede em frente. Com os braços abertos, minha silhueta formava uma magnífica cruz. Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando aquela imagem”.

O professor de natação continuou:

"Nesse momento, pensei na cruz de Jesus Cristo e em seu significado. Eu não era um cristão, mas quando criança eu aprendi um cântico cujas palavras me vieram a mente e me fizeram recordar que Jesus tinha morrido para nos salvar por meio de seu precioso sangue.

Não sei quanto tempo fiquei parado sobre o trampolim com os braços estendidos e nem compreendo por que não pulei na água. Finalmente voltei, desci do trampolim e fui até a escada para mergulhar na água. Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso... Na noite anterior haviam esvaziado a piscina e eu não tinha percebido!

Tremi todo e senti um calafrio na espinha. Se eu tivesse saltado, seria meu último salto. Naquela noite, a imagem da cruz na parede salvou a minha vida.

Fiquei tão agradecido a Deus, que por me amar permitiu que eu continuasse vivo que me ajoelhei na beira da piscina. Tomei consciência de que não somente a minha vida física, mas minha alma também precisava ser salva. Para que isso acontecesse, foi necessária outra cruz, aquela na qual Jesus morreu para nos salvar. Ele me salvou me entreguei a Ele.

Naquela noite fui salvo duas vezes, física e espiritualmente. Agora tenho um corpo sadio, porém o mais importante é que sou eternamente salvo. Talvez agora você compreenda porque eu molho o dedão antes de saltar na água.”

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CAP XXVI – 07/08

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP XXVI – DAR DEM GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBER

 

Os médiuns atuais — pois que também os apóstolos tinham mediunidade — igualmente receberam de Deus um dom gratuito: o de serem intérpretes dos Espíritos, para instrução dos homens, para lhes mostrar o caminho do bem e conduzi-los à fé, não para lhes vender palavras que não lhes pertencem, a eles médiuns, visto que não são fruto de

suas concepções, nem de suas pesquisas, nem de seus trabalhos pessoais.

Deus quer que a luz chegue a todos; não quer que o mais pobre fique dela privado e possa dizer: não tenho fé, porque não a pude pagar; não tive o consolo de receber os encorajamentos e os testemunhos de afeição dos que pranteio, porque sou pobre.

Tal a razão por que a mediunidade não constitui privilégio e se encontra por toda parte.

Fazê-la paga seria, pois, desviá-la do seu providencial objetivo.

E.S.E. CAP XXVI ITEM 7

 

A PONTE DE MADEIRA

Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito.

Foi a primeira grande desavença em toda uma vida de trabalho lado a lado.

Mas agora tudo havia mudado.

O que começou com um pequeno mal entendido, finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.

Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta. Ao atender viu um estranho que lhe disse:

- Sou carpinteiro. Estou procurando trabalho. Talvez você tenha algum serviço para mim.

- Sim, disse o fazendeiro. Claro! Vê aquela fazenda ali, além do riacho? É do meu vizinho. Na realidade do meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira ali no celeiro? Pois use-a para construir uma cerca bem alta.

- Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro.  - Mostre-me onde estão a pá e os pregos.

O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade.

O homem ficou ali cortando, medindo, trabalhando o dia inteiro.

Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez de uma cerca, uma ponte foi construída ali, ligando as duas margens do riacho.

Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou:

- Você foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo que lhe contei.

Mas as surpresas não pararam aí. Ao olhar novamente para a ponte viu o seu irmão aproximar-se de braços abertos.

Por um instante permaneceu imóvel do seu lado do rio. O irmão mais novo então falou:

- Você realmente foi muito amigo construindo esta ponte mesmo depois do que eu lhe disse.

De repente, num só impulso, o irmão mais velho correu na direção do outro e abraçaram-se, chorando no meio da ponte.

O carpinteiro que fez o trabalho, partiu com sua caixa de ferramentas.

- Espere, fique conosco! Tenho outros trabalhos para você. E o carpinteiro respondeu:

- Eu adoraria, mas tenho outras pontes a construir...

 

(Autor Desconhecido)

https://sites.google.com/site/terradeimaculada/reflexoes/material-reflexoes/apontedemadeira

 


CAP XXVII – 08/08

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP XXVII – PEDI E OBTEREIS

 

Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes. (Marcos, 11:24.)

Há quem conteste a eficácia da prece, com fundamento no princípio de que, conhecendo Deus as nossas necessidades, inútil se torna expor-lhas. E acrescentam os que assim pensam que, achando-se tudo no Universo encadeado por leis eternas, não podem as nossas súplicas mudar os decretos de Deus.

Sem dúvida alguma há leis naturais e imutáveis que não podem ser ab-rogadas ao capricho de cada um; mas daí a crer-se que todas as circunstâncias da vida estão submetidas à fatalidade, vai grande distância.

Se assim fosse, nada mais seria o homem do que instrumento passivo, sem livre-arbítrio e sem iniciativa. Nessa hipótese, só lhe caberia curvar a cabeça ao jugo dos acontecimentos, sem cogitar de evitá-los; não deverá ter

procurado desviar o raio. Deus não lhe outorgou a razão e a inteligência, para que ele as deixasse sem serventia; a vontade, para não querer; a atividade, para ficar inativo.

Sendo livre o homem de agir num sentido ou noutro, seus atos lhe acarretam, e aos demais, consequências subordinadas ao que ele faz ou não.

Há, pois, devidos à sua iniciativa, sucessos que forçosamente escapam à fatalidade e que não quebram a harmonia das leis universais, do mesmo modo que o avanço ou o atraso do ponteiro de um relógio não anula a lei do movimento sobre a qual se funda o mecanismo.

Possível é, portanto, que Deus aceda a certos pedidos, sem perturbar a imutabilidade das leis que regem o conjunto, subordinada sempre essa anuência à sua vontade.

E.S.E. CAP XXVII ITEM 5 E 6

 

 

A PRECE DO ATEU

Deus? Um mito? Espírito? - uma abstração. Tudo é matéria, visível, palpável, concreta, cuja realidade os nossos orgãos sensoriais percebem.

A própria energia, invisível, etérea, e sempre matéria, embora quintessenciada,  mas, de qualquer modo, mensurável pelos aparelhos de precisão. O resto não passa de invencionice de cérebros mentecáptos incapazes de assimilar os ensinamentos da Ciência positiva. A morte? O Nada, o fim de tudo.Assim pensava o farmacêutico Reginaldo Sapienza, que se dizia ateu e de seu ateísmo se vangloriava. Não perdia oportunidade de ridicularizar os profitentes de qualquer religião ou quem quer que não "rezasse" pela sua cartilha, isto é, não comungasse de suas concepções.

Mas há certos fatos, aparentemente acidentais e corriqueiros, na vida do homem, capazes de abalar convicções e quebrar bastões de qualquer incredulidade. Um dia, já ao pôr-do-sol, Reginaldo estava a cerrar as portas  da Farmácia, quando chega uma menina, cabelos louros desgrenhados,pobremente trajada, que, apresentando uma receita médica, pede, aflita:

- Meu senhor, prepare este remédio, que é para a mamãe que está passando muito mal. Implora a garotinha, em pranto:

- Por amor de Deus! Prepare, senão a mãezinha vai morrer.

Há sempre um reserva de piedade no coração humano. O farmacêutico era ateu, mas não se tornara impassível ante o sofrimento alheio.

Num instante, freguesa, manipulou o medicamento e fez-lhe a entrega mediante o respectivo pagamento.

A menina saiu, apressada, em demanda da casa e Reginaldo foi repor nas prateleiras os vidros dos quais havia retirado os ingredientes para aviar a receita. É quando verifica, estarrecido, que cometera um engano clamoroso: ao invés de usar certa dosagem de uma substância tonificante, adequadamente indicada para a enferma, usara a mesma quantidade de um violento veneno, capaz de causar a morte imediata a qualquer pessoa.

O boticário quase perde o juizo.

- Que fazer? Ir ao encalço da menina? Mas como, se ela não deixara o endereço? Aguardar as consequências e procurar reparar depois, o mal?

De que jeito, se tudo é matéria e o corpo que morre é irrecurável?

O dinheiro, talvez...Uma mesada para a orfãnzinha...Não! Dinheiro não substitui o amor materno.

Nesta ordem de pensamentos, prossegue num solilóquio aflito e apressado, já confundindo as idéias e antevendo o fim de seus dias no cárcere, por crime de envenenamento.

De repente, como que tocado por uma força misteriosa, incontrolável,

Reginaldo tem a sensação de um leve estremecimento e indaga de si para si:

- E se Deus existir...?

Medita um pouco, enxuga as lágrimas que lhe inundam a face e repete:

- E se Deus existir? Quem sabe se não estarei errado? Talvez orando...

Assume, então, uma atitude "corajosa", posta-se de joelhos no chão frio da Farmácia e ora, estático e expectante:

- Deus! se realmente existes, perdoa meu ceticismo, mas faze que aconteça algo, seja lá o que for, contudo que aquele veneno não seja usado. Se existes, tudo podes, Salva-me, Senhor, de um homicídio involuntário!

Permanece mais algum tempo a refletir no caso ocorrido de maneira tão insólida, quando houve batidas na porta. Apressa-se em abrí-la.

Era a menina de cabelos dourados que estava de volta, olhos vermelhos e lacrimejantes, tendo nas mãos os pedaços de um vidro quebrado.

- Dei uma queda e quebrei o vidro do remédio da mãezinha.

Tenha pena de mim, meu senhor! Prepare outra vez a receita.

Reanima-se o farmacêutico.

Prepara novamente, desta vez com maior cuidado, a fórmula medicamentosa, e, sorridente, entrega o remédio à garota.

- Leva minha filha. Não custa nada. Que tua mãe fique curada.

Nesse dia Reginaldo Sapienza, encontrou a sua Estrada de Damasco.

A partir de então nunca mais desdenhou das crenças alheias, passando a cultivar uma fé sem limites no poderda prece e a ter a certeza da existência de Deus, todo Amor e Misericórdia.

Esta historieta, nem nos lembramos de quem nos contou, onde nem quando. Ao reproduzi-la agora, ligeiramente modificada, não é outro o nosso intuito, senão alertar aos estimados, para a eficiência da prece, quando sincera e fervorosa.

Já dizia Lacordaire: "A prece é o ato poderoso que coloca as forças do céu à disposição do homem. O céu é inacessível à violência; a prece o faz descer até nós".

Aureliano Alves Neto - Nova Alvorada.

 


CAP XXVIII – 09/08

 

TEXTO PARA INSPIRAÇÃO DA NOSSA PREPARAÇÃO PARA AS VIBRAÇÕES DA NOITE

BASEADO NO CAP XXVIII – COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS

 

Os Espíritos hão dito sempre: “A forma nada vale, o pensamento é tudo.

Ore, pois, cada um segundo suas convicções e da maneira que mais o toque.

Um bom pensamento vale mais do que grande número de palavras com as quais nada tenha o coração.”

Os Espíritos jamais prescreveram qualquer fórmula absoluta de preces.

Quando dão alguma, é apenas para fixar as ideias e, sobretudo, para chamar a atenção sobre certos princípios da Doutrina Espírita.

Fazem-no também com o fim de auxiliar os que sentem embaraço para externar suas ideias, pois alguns há que não acreditariam ter orado realmente, desde que não formulassem seus pensamentos.

E.S.E. CAP XXVIII – ITEM 1

 

 

A ENCHENTE

Num certo dia uma chuva torrencial causou forte enchente arrasou toda uma cidade.

O nível da água subiu tanto que os moradores começaram a abandonar as suas casas, utilizando botes e canoas para isso.

Um homem que dizia acreditar muito em Deus subiu ao telhado da sua casa e ficou lá, esperando que a enchente acabasse.

Enquanto ele esperava, passaram uns vizinhos, numa canoa, que lhe disseram:

- Venha, depressa, venha conosco, senão você vai morrer afogado!

E ele respondeu:

- Não, obrigado! Deus virá me salvar!

Entretanto o nível da água subiu mais um pouco, alcançou a altura do telhado em que estava esse homem.

Eis que passou uma outra canoa em que muitas pessoas gritavam:

- Venha rápido! Você vai morrer!

E ele novamente respondeu:

- Não! Deus virá me salvar!

A água já estava já cobrindo o telhado quando passou um helicóptero que tentava resgatar as vítimas. O helicóptero parou sobre a casa desse homem e depois lançou uma corda para o resgatar. Alguém do helicóptero gritou:

- Rápido! Segura a corda para que possamos salvá-lo!

Mas novamente o homem respondeu:

- Não! Deus virá me salvar!

Por fim, o homem morreu afogado, levado pelas águas da enchente. E foi para o Céu. Ao chegar ao Céu, ele encontrou-se com Deus e disse-Lhe:

- Oh! Senhor meu Deus, eu acreditava tanto em Ti! Por que não me salvaste?

Então Deus respondeu:

- O quê? Não te salvei? Você não imagina, naquela confusão, como foi difícil arrumar duas canoas e um helicóptero para tentar te salvar... mas você não quis!

 

https://sites.google.com/site/terradeimaculada/reflexoes/material-reflexoes/aenchente

 


 

 

 

 

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“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES
LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

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