APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

domingo, 30 de julho de 2017

E.S.E. – CAPÍTULO IV – ITEM 18 A 23 – A REENCARNAÇÃO FORTALECE OS LAÇOS DE FAMÍLIA




18 – Os laços de família não são destruídos pela reencarnação, como pensam certas pessoas. Pelo contrário, são fortalecidos e reapertados. O princípio oposto é que os destrói.

Os Espíritos formam, no espaço, grupos ou famílias, unidos pela afeição, pela simpatia e a semelhança de inclinações. Esses Espíritos, felizes de estarem juntos, procuram-se. A encarnação só os separa momentaneamente, pois que, uma vez retornando a erraticidade, eles se reencontram, como amigos na volta de uma viagem. Muitas vezes eles seguem juntos na encarnação, reunindo-se numa mesma família ou num mesmo círculo, e trabalham juntos para o seu progresso comum. Se uns estão encarnados e outros não, continuarão unidos pelo pensamento. Os que estão livres velam pelos que estão cativos, os mais adiantados procurando fazer progredir os retardatários. Após cada existência terão dado mais um passo na senda da perfeição.
Cada vez menos apegados à matéria, seu afeto é mais vivo, por isso mesmo que mais purificado, não perturbado pelo egoísmo nem obscurecido pelas paixões. Assim, eles poderiam percorrer um número ilimitado de existências corporais, sem que nenhum acidente perturbe sua afeição comum.
Estenda-se bem que se trata aqui da verdadeira afeição espiritual, de alma para alma, a única que sobrevive à destruição do corpo, pois os seres que se unem na Terra apenas pelos sentidos, não têm nenhum motivo para se preocuparem no mundo dos Espíritos. Só são duráveis as afeições espirituais. As afeições carnais extinguem-se com a causa que as provocou; ora, essa causa deixa de existir no mundo dos Espíritos, enquanto a alma sempre existe. Quanto às pessoas que se unem somente por interesse, nada são realmente uma para outra: a morte as separa na Terra e no Céu.

19 – A união e a afeição entre parentes indicam a simpatia anterior que as aproximou. Por isso, diz-se de uma pessoa cujo caráter, cujos gostos e inclinações nada têm de comum com os dos parentes, que ela não pertence à família. Dizendo isso, enuncia-se uma verdade maior do que se pensa. Deus permite essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos nas famílias, com a dupla finalidade de servirem de provas para uns e de meio de progresso para outros. Os maus, se melhoram pouco a pouco, ao contacto dos bons e pelas atenções que deles recebem, seu caráter se abranda, seus costumes se depuram, as antipatias desaparecem. É assim que se produz a fusão das diversas categorias de Espíritos, como se faz na Terra entre a raças e os povos.

20 – O medo do aumento indefinido da parentela, em conseqüência da reencarnação, é um medo egoísta, provando que não se possui uma capacidade de amor suficientemente ampla, para abranger um grande número de pessoas. Um pai que tem numerosos filhos, por acaso os amaria menos do que se tivesse apenas um? Mas que os egoístas se tranqüilizem, pois esse medo não tem fundamento. Do fato de ter um homem dez encarnações, não se segue que tenha de encontrar no mundo dos Espíritos dez mães, dez esposas e um número proporcional de filhos e de novos parentes. Ele sempre encontrará os mesmos que foram objetos de sua afeição,que lhe estiveram ligados na Terra por diversas maneiras, e talvez pelas mesmas maneiras.

21 – Vejamos agora as conseqüências da doutrina anti-reencarnacionista. Essa doutrina exclui necessariamente a preexistência da alma, e as almas sendo criadas ao mesmo tempo em que os corpos, não existe entre elas nenhuma ligação anterior. São, pois, completamente estranhas umas às outras. O pai é estranho para o filho, e a união das famílias fica assim reduzida unicamente à filiação corporal, sem nenhuma ligação espiritual. Não haverá portanto nenhum motivo de vanglória por se ter entre os antepassados algumas personagens ilustres. Com a reencarnação, antepassados e descendentes podem ser conhecidos, ter vivido juntos, podem se ter amado, e mais tarde se reunirem de novo para estreitar os seus laços de simpatia.

22 – Isso no tocante ao passado. Quanto ao futuro, segundo os dogmas fundamentais que decorrem do princípio anti-reencarnacionista, a sorte das almas está irrevogavelmente fixada após uma única existência. Essa fixação definitiva da sorte implica a negação de todo o progresso, pois se há algum progresso, não pode haver fixação definitiva da sorte. Segundo tenham elas bem ou mal vivido,vão imediatamente para a morada dos bem-aventurados ou para o inferno eterno. Ficam assim imediatamente separadas para sempre, sem esperanças de jamais se reunirem, de tal maneira que pais, mães e filhos, maridos e esposas, irmãos e amigos, não têm nunca a certeza de se reverem: é a mais absoluta ruptura dos laços de família.
Com a reencarnação, e o progresso que lhe é conseqüente, todos os que se amam se encontram na terra e no espaço, e juntos gravitam para Deus. Se há os que fracassam no caminho, retardam o seu adiantamento e a sua felicidade. Mas nem por isso as esperanças estão perdidas. Ajudados, encorajados e amparados pelos que os amam, sairão um dia do atoleiro em que caíram. Com a reencarnação, enfim, há perpétua solidariedade entre os encarnados e os desencarnados, do que resulta o estreitamento dos laços de afeição.

23. Em resumo, quatro alternativas se apresentam ao homem, para o seu futuro de além-túmulo: 
1º) o nada, segundo a doutrina materialista; 
2º) a absorção no todo universal, segundo a doutrina panteísta; 
3º) a conservação da individualidade, com fixação definitiva da sorte, segundo a doutrina da Igreja;  
4º) a conservação da individualidade, com o progresso infinito, segundo a doutrina espírita. 
De acordo com as duas primeiras, os laços de família são rompidos pela morte, e não há nenhuma esperança de se reencontrarem; com a terceira, há possibilidade de se reverem, contanto que esteja no mesmo meio, podendo esse meio ser o inferno ou o paraíso; com a pluralidade das existências, que é inseparável do progresso gradual, existe a certeza da continuidade das relações entre os que se amam, e é isso o que constitui a verdadeira família.




TEXTOS DE APOIO



NO LAR
"Aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus." - Paulo. (I Timóteo, 5:4.)
Começar na intimidade do templo doméstico a exemplificação dos princípios que esposa, com sinceridade e firmeza, uniformizando o próprio procedimento, dentro e fora dele.
Fé espírita no clima da família, fonte do Espiritismo no campo social.
Calar todo impulso de cólera ou violência, amoldando-se ao Evangelho de modo a estabelecer a harmonia em si mesmo, perante os outros.
A humildade constrói para a Vida Eterna.
Proporcionar às crianças os fundamentos de uma educação sólida e bem orientada, sem infundir-lhes medo ou fantasias, começando por dar-lhes nomes simples e naturais, evitando a pompa dos nomes famosos, suscetíveis de lhes criar embaraços futuros.
O lar é a escola primeira.
Sempre que possível, converter o santuário familiar em dispensário de socorro aos menos felizes, pela aplicação daquilo que seja menos necessário à mantença doméstica.
A Seara do Cristo não tem fronteira.
Se está sozinho com a sua fé, no recesso do próprio lar, deve o espírita atender fielmente ao testemunho de amor que lhe cabe, lembrando-se de que responderá, em qualquer tempo, pelos princípios que abraça.
A ribalta humana situa-nos sempre no papel que devamos desempenhar.
Ao menos uma vez por semana, formar o culto do Evangelho com todos aqueles que lhe co-participam da fé, estudando a verdade e irradiando o bem, através de preces e comentários em torno da experiência diária à luz dos postulados espíritas.
Quem cultiva o Evangelho em casa, faz da própria casa um templo do Cristo.
Evitar o luxo supérfluo nos aposentos, objetos e costumes, imprimindo em tudo características de naturalidade, desde os hábitos mais singelos até os pormenores arquitetônicos da própria moradia.
Não há verdadeiro clima espírita cristão, sem a presença da simplicidade conosco.

Autor: André Luiz Psicografia de Waldo Vieira. Livro: Conduta Espírita




INSTITUTO DE TRATAMENTO

“O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é espírito.”
Jesus (João, 3: 6)

“Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação, como o pensam certas pessoas.  Ao contrário, tornam-­se mais fortalecidos e apertados. O princípio oposto, sim, os destrói.?”(Cap. IV, Item 18)

Atingindo o Plano Espiritual, depois da morte, sentimentos indefiníveis nos senhoreiam o coração.
Nos recessos do espírito, rebentam mágoas e júbilos, poemas de ventura e gritos de aflição, cânticos de louvor pontilhados de fel e brados de esperanças que se calam, de súbito, no gelo do sofrimento. Rimos e choramos, livres e presos, triunfantes e derrotados, felizes e desditosos...
Bênçãos de alegria, que nos clareiam pequeninas vitórias alcançadas, desaparecem, de pronto, no fundo tenebroso das quedas que nos marcaram a vida.
Suspiramos pela ascensão sublime, sedentos de comunhão com as entidades heroicas que nos induzem aos galardões fulgentes dos cimos, todavia, trazemos o desencanto das aves cativas e mutiladas.
Ao invés de asas, carregamos grilhões, na penosa condição de almas doentes...
Na concha da saudade, ouvimos as melodias que irrompem das vanguardas de luz, entretecidas na glória dos bem­ aventurados, no entanto, austeras admoestações nos chegam da Terra pelo sem fio da consciência...
Nas faixas do mundo somos requisitados pelas obrigações não cumpridas.
Erros e deserções clamam dentro de nós, pedindo reparos justos...
Longe das esferas superiores que ainda não merecemos e distanciados das regiões positivamente inferiores em que nossas modestas aquisições evolutivas encontraram início, concede-­nos, então, a Providência Divina, o refúgio do lar, entre as sombras da Terra e as rutilâncias do Céu, por instituto de tratamento, em que se nos efetive a necessária restauração.
É assim que reencarnados em nova armadura física, reencontramos perseguidores e adversários, credores e cúmplices do pretérito, na forma de parentes e companheiros para o resgate de velhas contas. Nesse cadinho esfervilhante de responsabilidades e inquietações, afetos renovados nos chamam ao reconforto, enquanto que aversões redivivas nos pedem esquecimentos...
A vista disso, no mundo, por mais atormentado nos seja o ninho familiar abracemos nele a escola bendita do reajuste onde temporariamente exercemos o oficio da redenção.
Conquanto crucificados em suplícios anônimos atados a postes de sacrifício ou semi asfixiado  no pranto desconhecido das grandes humilhações, saibamos sustentar-­lhe a estrutura moral, entendendo e servindo, mesmo à custa de lágrimas, porque é no lar, esteja ele dependurado na crista de arranha­ céus, ou na choça tosca de zinco, que as leis da vida nos oferecem as ferramentas de amor e da dor para a construção e reconstrução do próprio destino entregando­nos, de berço em berço, ao  carinho de Deus que verte inefável pelo colo das mães.


LIVRO DA ESPERANÇA (pelo Espírito Emmanuel)  FCX




VÍNCULOS FAMILIARES

"...Afeição real de alma a alma, a única que sobrevive à destruição do corpo, porque os seres que não se unem neste mundo senão pelos sentidos não têm nenhum motivo para se procurarem no mundo dos Espíritos. Não há de duráveis senão as afeições espirituais..." (Cap. IV, item 8)

A rigor, família é uma instituição social que compreende indivíduos ligados entre si por laços consanguíneos. A formação do grupo familiar tem como finalidade a educação, implicando, porém, outros tantos fatores como amor, atenção, compreensão, coerência e, sobretudo, respeito à individualidade de cada componente do instituto doméstico.

Com o Espiritismo, porém, esse conceito de família se alarga, porque os velhos padrões patriarcais, impositivos e machistas do passado, cedem lugar a um clã familiar de visão mais ampla de vivência coletiva, dentro das bases da reencarnação.

Por admitir que os laços da parentela são preexistentes à jornada atual, os preconceitos de cor, de sangue, sociais e afetivos caem por terra, em face da possibilidade de as almas retornarem ao mesmo domicílio, ocupando roupagens físicas conforme as necessidades evolutivas.

As afeições reais do espírito sobrevivem à destruição do corpo e permanecem indissolúveis e eternas, nutrindo-se cada vez mais de mútuas afinidades, enquanto que as atrações materiais, cujo único objetivo são as ilusões passageiras e os interesses do orgulho, extinguem-se com a "causa que os fez nascer".

Assim, vemos famílias que adotam a "eliminação quase total da vida particular". A atenção é focalizada de forma exclusiva no grupo familiar, cujos integrantes vivem neuroticamente uns para os outros. Bloqueiam seus direitos à própria vida, à liberdade de agir e de pensar e ao processo de desevolvimento espiritual, para se ocuparem de cuidados improdutivos e alienatórios entre si.

Vivem uns para os outros numa "simbiose doentia". Os elementos que vivem presos a esse relacionamento de permuta egoísta afirmam para si mesmos: "Se eu me sacrifico pelo outro, exijo que ele se dedique a mim". Não se trata de caridade, e sim de compromissos impostos entre dois ou mais indivíduos de juntos viverem, visando ao "bem-estar familiar".

Na verdade, não estão exercitando o discernimento necessário para enxergar a autêntica satisfação de cada um como pessoa. Não nos referimos aqui ao companheirismo afetivo, tão reconfortante e vital à família, mas a uma postura obrigatória pela qual indivíduos se vigiam e se encarceram reciprocamente.

Encontramos também outras famílias que não se formaram por afeições sinceras; fazem comparações e observam características de outras famílias que invejam e que buscam copiar a qualquer custo: são as chamadas "alpinistas sociais".

Procuraram formar o lar afeiçoadas a modelos de elegância e a peculiaridades obstinadas de afetação social, moldando o recinto doméstico ao que eles idealizam a seu bel-prazer como "chique".

Vestem-se à imagem dos outros, comparam carros, móveis, gostos e comidas; negam a cada membro, de forma nociva, a verdadeira vocação, tentando sempre copiar modos de viver que não condizem com suas reais motivações.

Há ainda outras agremiações familiares denominadas "exibicionistas", em que os membros do lar se associam para suprir a necessidade que nutrem de ser vistos, ouvidos, apreciados e admirados. Ajudam-se mutuamente, ressaltando uns a imagem dos outros e focalizando áreas que podem ser valorizadas pelo social, como, por exemplo, a beleza física ou o recurso financeiro.

As pessoas vaidosas desse tipo familiar, quando bem sucedidas ou conceituadas, alimentam exibição sistemática diante dos outros, como forma de compensação ao orgulho de que estão revestidas.

Assim considerando, os laços de família formados em bases de fidelidade, amor, respeito e dedicação perdurarão pela eternidade e serão cada vez mais fortalecidos. Os espíritos simpáticos envolvidos nessas uniões usufruem indizível felicidade por estar juntos trabalhando para o seu progresso espiritual.

"Quanto às pessoas unidas pelo único móvel do interesse, elas não estão realmente em nada unidas uma à outra: a morte as separa sobre a Terra e no céu", conforme nos certifica literalmente o texto de "O Evangelho Segundo o Espiritismo".


Hammed – Livro: Renovando Atitudes – Cap. 37




VIGÍLIA MATERNAL

Sorves, em lágrimas silenciosas, o cálice da amargura, ante o filho desobediente, e notas no coração que o amor e a dor palpitam juntos em paroxismos e profundezas.
Desencantada com as leves nódoas de indignidade que lhe entreviste no caráter, reparas, chorando, que ele não é mais a aparição celeste dos primeiros dias, e, ao ponderar-lhe a falência iniciante, temes a liberdade que o tempo lhe concederá na construção do destino.
Pretextando querê-lo, não te rendas à feição de praça vencida ...
Conquanto carregues o espinho da angústia engastado na alma, é preciso velar no posto de sentinela.
Não deformes o sentimento que te pulsa no peito.
Fortalece a própria vontade, governando-lhe os impulsos.
Ceder sempre, no fundo, é menosprezar.
Sê previdente, aparando-lhe os caprichos.
Acende a luz da prece e medita nas dores excruciantes que alcançaram também a Doce Mãe de Jesus e ergue a voz no corretivo às irreflexões e aos anseios imoderados que o visitam, se queres fazer dele um Homem.
Dosa o sal da energia e o mel da brandura, nos condimentos da educação.
Nem liberdade desordenada, nem apego excessivo.
Se teu filho é tua cruz, lembra-te de que, na Terra, não há nascimento de santos. Almas em luta consigo mesmas, é compreensível vivamos todos nós, não raro, em luta uns com os outros, nos passos ziguezagueantes da experiência.
Sê operosa e humilde, sem ser escrava.
Não cultives desgostos.
Sê fiel à esperança.
Não fites ingratidões, nem coleciones queixumes.
A missão divina da maternidade apoia-se na força onipotente do amor.
Envolve teu filho na palavra de benção, que vence o orgulho, e na luz do exemplo que dissipa as sombras da rebeldia.
Faze que se lhe desenvolvam os sentimentos bons do coração, que o musgo dos séculos recobriu e ocultou.
Não te faças borboleta do sono, quando a vida te pede vigílias de guardiã.
No rio da existência humana, os espíritas são as gotas d'água que se transformam em lâminas de arremesso contra as pedras dos obstáculos, talhando caminhos novos.
O Espiritismo gera consciências livres. Prova a teu filho semelhante verdade pelas próprias ações de renúncia e discernimento, conjugando o bálsamo do carinho com a rédea da autoridade.
Não queiras transformá-lo, à força, em escolhido, dentre aqueles chamados pelo Senhor.
Filhos do Eterno, todos somos cidadãos da Eternidade e somente elevamos a nós mesmo, a golpes de esforço e trabalho, na hierarquia das reencarnações.
Assim, pois, embora muita vez torturada na abnegação incompreendida, mostra a teu filho que a Lei Divina é insubornável e que todo espírito é responsável por si próprio.

 Anália Franco - Do livro O Espírito da Verdade. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.




CARMA E PARENTELA

" A união e a afeição que existem entre os parentes são indício da simpatia anterior que os aproximou; também se diz, falando de uma pessoa cujo caráter, gostos e inclinações não têm nenhuma semelhança com os de seus parentes, que ela não é da família..." (Cap. IV
item19).

Quase sempre afirmamos que a antipatia a certos membros de nossa parentela é decorrente de antigas aversões, oriundas do pretérito distante, quando ocorrências negativas ficaram mal resolvidas em nossa atmosfera cármica.

Dessa forma, justificamos aversões e incompatibilidades de gênio, transformando o ambiente familiar em verdadeiro campo de batalha, onde todos têm razão e, ao mesmo tempo, todos se dizem vítimas impotentes do destino.

Importante lembrar que, se fomos reunidos aqui e agora, é porque este é o melhor tempo para solucionarmos comportamentos inconvenientes, posturas de vida intransigentes e para promovermos nossa transformação interior, fatores imprescindíveis para o crescimento da alma.

Não se auto-responsabilizar por feitos e atitudes no presente, inocentando-se e lançando desculpas pelos desatinos do passado, é assumir a condição de injustiçado, ou mesmo, de vítima.

É como afirmar que a Divina Providência cometeu para com tua existência uma falta, fazendo-te renascer em ambiente não correspondente ao teu desenvolvimento espiritual, o que logicamente é um enorme absurdo.

Não são situações de vidas passadas que te complicam relacionamentos afetivos, e sim a continuidade dos velhos modos de pensar, das crenças incoerentes e da permanência em doentios pontos de vista de onipotência.

Adultos dominadores desenvolvem expectativas em relação ao círculo em que vivem, alterando as escolhas pessoais dos familiares. Se estes não são acostumados a pensar por si, permitem facilmente que lhes alterem as trilhas que tinham delineado e definido como metas particulares.

Fatalmente, esses mesmos indivíduos um dia se revoltarão contra as atitudes de dominância e rejeitarão ser manipulados de novo, desenvolvendo assim sérios atritos no lar.

Em muitas ocasiões, por atitudes autoritárias, a profissão que é exercida difere de modo frontal daquela que a criatura escolheu. Em vista disso, ela vive constantemente contrariada, por ver frustrado o seu projeto interno, e se revolta não só contra quem desencadeou a intromissão em sua trilha de vida, mas também contra o mundo, a sociedade e contra si mesmo, por não ter lutado por tudo aquilo que desejava.

Parentes inseguros superprotegem os seus escolhidos, tornando-os impotentes em áreas em que já poderiam ser independentes. Por obrigá-los a compartilhar os seus mesmos pontos de vista, evidenciam um enorme desrespeito ao outro, demonstrando com isso que, talvez, nem eles mesmos saibam o que querem realmente da vida.

Assim, com frequência, filhos se defrontam com pais e irmãos, lutando contra gestos de arrogância. Querem ser eles mesmos, desbravar suas próprias metas e caminhos, embora, às vezes, se anulem com certo medo de desagradar-lhes, pelo suporte e manutenção de vida que ainda recebem deles, porque, em verdade, muitos ainda não conseguiram sustentar-se material e afetivamente.

Auto-responsabilizar-se é uma dádiva que nos confere o poder de criar mudanças, pois geralmente preferimos nos desculpar, jogando a responsabilidade de nossos atos nos ombros alheios, ou nas vidas passadas, tornando-nos vítimas e eximindo-nos de contribuir com nossa parcela para eliminar melindres, ressentimentos e antipatias no seio do próprio lar.

Em razão disso tudo, para que tenhamos relacionamentos felizes no futuro, tomemos nota do lema: "O ontem já passou. Agora é a melhor ocasião para teu crescimento e renovação".

Hammed – Livro Renovando Atitudes – CAP. 31 





O CULTO CRISTÃO NO LAR

Povoara-se o firmamento de estrelas, dentro da noite prateada de luar, quando o Senhor, instalado provisoriamente em casa de Pedro, tomou os Sagrados Escritos e, como se quisesse imprimir novo rumo à conversação que se fizera improdutiva e menos edificante, falou com bondade: — Simão, que faz o pescador quando se dirige para o mercado com os frutos de cada dia? O apóstolo pensou alguns momentos e respondeu, hesitante: — Mestre, naturalmente, escolhemos os peixes melhores.
 Ninguém compra os resíduos da pesca.
 Jesus sorriu e perguntou, de novo: — E o oleiro? que faz para atender à tarefa a que se propõe? — Certamente, Senhor — redargüiu o pescador, intrigado —, modela o barro, imprimindo- lhe a forma que deseja.
 O Amigo Celeste, de olhar compassivo e fulgurante, insistiu: — E como procede o carpinteiro para alcançar o trabalho que pretende? O interlocutor, muito simples, informou sem vacilar: — Lavrará a madeira, usará a enxó e o serrote, o martelo e o formão.
 De outro modo, não aperfeiçoará a peça bruta.
 Calou-se Jesus, por alguns instantes, e aduziu: — Assim, também, é o lar diante do mundo.
 O berço doméstico é a primeira escola e o primeiro templo da alma.
 A casa do homem é a legítima exportadora de caracteres para a vida comum.
 Se o negociante seleciona a mercadoria, se o marceneiro não consegue fazer um barco sem afeiçoar a madeira aos seus propósitos, como esperar uma comunidade segura e tranqüila sem que o lar se aperfeiçoe? A paz do mundo começa sob as telhas a que nos acolhemos.
 Se não aprendemos a viver em paz, entre quatro paredes, como aguardar a harmonia das nações? Se nos não habituamos a amar o irmão pais próximo, associado à nossa luta de cada dia, como respeitar o Eterno Pai que nos parece distante? Jesus relanceou o olhar pela sala modesta, fez pequeno intervalo e continuou: — Pedro, acendamos aqui, em torno de quantos nos procuram a assistência fraterna, uma claridade nova.
 A mesa de tua casa é o lar de teu pão.
 Nela, recebes do Senhor o alimento para cada dia.
 Por que não instalar, ao redor dela, a sementeira da felicidade e da paz na conversação e no pensamento? O Pai, que nos dá o trigo para o celeiro, através do solo, envia-nos a luz através do Céu.
 Se a claridade é a expansão dos raios que a constituem, a fartura começa no grão.
 Em razão disso, o Evangelho não foi iniciado sobre a multidão, mas, sim, no singelo domicílio dos pastores e dos animais.
 Simão Pedro fitou no Mestre os olhos humildes e lúcidos e, como não encontrasse palavras adequadas para explicar-se, murmurou, tímido: — Mestre, seja feito como desejas.
 Então Jesus, convidando os familiares do apóstolo à palestra edificante e à meditação elevada, desenrolou os escritos da sabedoria e abriu, na Terra, o primeiro culto cristão no lar.

Neio Lúcio - Do Livro Jesus no Lar  - Francisco C. Xavier





CONFIANÇA EM DEUS
Em qualquer circunstância, mantém tua confiança em Deus, que rege o Universo e guarda tua vida.
Nunca te revoltes, seja qual for o problema que te surpreenda.
Fora do teu sofrimento sofrem também outros filhos de Deus sob estigmas de aflições que desconheces.
Normalmente relacionas as provações que te alcançam e derrapas em regime de rebeldia caindo nos alçapões das inconsequencias de vária ordem.
Deixas-te intoxicar pelos vapores da felonia e afasta-te da diretriz do bem, fugindo para lugar algum onde sofres mais por desespero injustificável do que pela Intensidade do padecer que te atinge.
No entanto, eles estão ao teu lado, os irmãos do carneiro da agonia.
Disputam casebres miseráveis pendurados em morros onde fermentam ódios ou aglutinados em declives e baixas infectas onde dominam sombras, acondicionando retalhos de velhas latas e tábuas imundas, que transformam em lar e ali se rebolcam em inenarrável desesperação.
Dormem sob as pontes das estradas ou nas calçadas das vielas sombrias em espaços exíguos à mercê do abandono.
Espiam por olhos que se apagaram e não têm possibilidade de ver, marchando em densas trevas.
Agitam-se em corpos mutilados e anseiam alucinadamente por conseguir andar, abraçar, mover-se em alguma direção.
Perderam a razão, um sem número deles, e correm pelos dédalos da loucura indimensional, sob pesadelos horrendos, em que seguem até à idiotia.
Experimentam fome contínua e sentem a constrição da máquina orgânica, desajustada ao império das necessidades que se sucedem.
Têm o espírito dilacerado por diagnósticos de enfermidades que sabem irreversíveis e, piorando-lhes a situação, não estão preparados para a desencarnação.
Aguardam notícias funestas que os alcançarão logo mais e expungem as agonias sem nome sorvendo o veneno da amargura, revoltados sem lograrem a extinção do Sofrer...
Faze um giro além das fronteiras do “eu” enfermiço e tristonho a que te recolhes.
Abre os olhos e espia na direção da Terra perto e longe de ti. Há poemas de beleza na paisagem em festa e tragédias nos bastidores dos corações em comunhão com as torpezas morais em agitação. Pensarás, então, que o homem e somente ele é infeliz numa esfera de luz e cores como a da Natureza.
Em verdade ainda é a Terra a abençoada escola de redenção. Contrastando com as necessidades de cada aluno, ela se mantém festiva para ensejar uma visão panorâmica convidativa para o bem e para a ação integral que facultam a superação das dificuldades.
Todos aqueles calcetas que lhe desconsideraram as classes ontem, ora retornam para refazer e aprender fixando em definitivo as lições superiores de amor e vida que desprezaram.
Após examinares todas as circunstâncias provacionais do caminho da evolução, bendirás o que tens no corpo e na alma, utilizando-te com meridiana sabedoria dos dons incomparáveis de que te encontras investido, elaborando condições novas interiormente, para superar os óbices naturais e agradecer as excessivas concessões que fruis e das quais inapelavelmente prestarás contas mais tarde ao Excelso Administrador, como já lhes sofrem os resultados estes que ora resgatam mais em regime carcerário, porém que aguardam a dádiva do teu auxílio para diminuir-lhes as aflições superlativas.
Tem, pois, confiança em Deus, alma irmã! Ama e agradece o quinhão de dor que te chega para o próprio aprimoramento espiritual e prossegue sereno ajudando aqueles outros espíritos igualmente ou mais atribulados que tu mesmo a seguirem pela rota abençoada da reencarnação.
"Confia em Deus". Mateus: capítulo 27, versículo 43.
"Os (Espíritos) que se conservam livres velam pelos que se acham em cativeiro. Os mais adiantados se esforçam por fazer que os retardatários progridam". Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 4º - Item 18, parágrafo 2.
FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 13.






ESPIRITISMO NO LAR
"Deus permite que, nas famílias, ocorram essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos, com o duplo objetivo de servir de prova para uns e, para outros, de meio de progresso." O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO Capítulo 4º - Item 18.

Todos sabemos valorizar o benefício de um copo d’água fria ou de uma ampola de injetável tranquilizante, ofertados num momento de grande aflição.
Reconhecemos a bênção do alfabeto que nos descortina as belezas do conhecimento universal e bendizemos quem no-lo imprimiu nos recessos da mente.
Mantemos no carinho do espírito aqueles que nos ajudaram nos primeiros dias da reencarnação, oferecendo-nos amparo e amamentação.
Somos reconhecidos àqueles que nos nortearam em cada hora de dúvida e não esquecemos o coração que nos agasalhou nos instantes difíceis do caminho renovador...
Muitos há, no entanto, que desdenham e esquecem todos os benefícios que recebem durante a vida..
Há um inestimável benefício que te enriquece a existência na Terra: o conhecimento espírita.
Esse é guia dos teus passos, luz nas tuas sombras e pão na mesa das tuas necessidades.
Poucas vezes, porém, pensaste nisso.
Recebeste com o Espiritismo a clara manhã da alegria, quando carregavas noite nos painéis mentais e segues confiante, de passo firme, com ele a conduzir-te qual mãe desvelada e fiel.
Se o amas, não o detenhas apenas em ti.
Faze mais. Não somente em propaganda "por fora" mas principalmente dentro do teu lar.
No lar se caldeiam os espíritos em luta diária nas tarefas de reajustamento e sublimação.
Na família os choques da renovação espiritual criam lampejos de ódios e dissenção, que podes converter em clarões-convites à paz.
Não percas a oportunidade de semear dentro de casa.
Apresenta a tua fé aos teus familiares mesmo que eles não n’a queiram escutar.
Utiliza o tempo, a psicologia da bondade e do otimismo e esparze as luminescências da palavra espírita no reduto doméstico.
Se te recusarem ensejo, apresenta-o, agindo.
Se te repudiarem, conduze-o, desculpando.
Se te ferirem, espalha-o, amando.
Pelo menos, uma vez por semana, reúne a tua família e felicita-a com o Espiritismo, criando, assim, e mantendo, o culto evangélico, para que a diretriz do Mestre seja eficiente rota de amor à sabedoria em tua casa...
Ali, na oportunidade, ouvidos desencarnados se imantarão aos ouvidos dos teus e escutarão; olhos atentos verão pelos olhos da tua família e se nublarão de pranto; mentes se ligarão às outras mentes e entenderão... Sim, ouvidos, olhos e mentes dos desencarnados que habitam a tua residência se acercarão da mesa de comunhão com o Senhor, recebendo o pão nutriente para os espíritos perturbados, através do combustível espírita que não é somente manancial para os homens da Terra, mas igualmente para os que atravessaram os portais do além-túmulo em doloroso estado de sofrimento e ignorância.
Agradece ao Espiritismo a felicidade que possuis, acendendo-o como chama inapagável no teu lar, para clarear os teus familiares por todos os dias.
O pão mantém o corpo.
O agasalho guarda o corpo.
O medicamento recupera o corpo.
O dinheiro acompanha o corpo.
Seja o Espiritismo em ti o corpo do teu espírito emboscado no teu corpo, a caminhar pelo tempo sem fim para a Imortalidade gloriosa.
E se desejares felicidade na Terra, incorpora-o ao teu lar, criando um clima de felicidade geral.

FRANCO, Divaldo Pereira. Espírito e Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 25.






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O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES
LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

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