APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

terça-feira, 1 de agosto de 2017

E.S.E. - CAPÍTULO V - ITEM 14 A 17 - O SUICÍDIO E A LOUCURA



14 – A calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio. Com efeito, a maior parte dos casos de loucura são provocados pelas vicissitudes que o homem não tem forças de suportar. Se, portanto, graças à maneira por que o Espiritismo o faz encarar as coisas mundanas, ele recebe com indiferença, e até mesmo com alegria, os revezes e as decepções que em outras circunstâncias o levariam ao desespero, é evidente que essa força, que o eleva acima dos acontecimentos, preserva a sua razão dos abalos que o poderiam perturbar.

15 – O mesmo se dá com o suicídio. Se excetuarmos os que se verificam por força da embriaguez e da loucura, e que podemos chamar de inconscientes, é certo que, sejam quais forem os motivos particulares, a causa geral é sempre o descontentamento. Ora, aquele que está certo de ser infeliz apenas um dia, e de se encontrar melhor nos dias seguintes, facilmente adquire paciência. Ele só se desespera se não ver um termo para os seus sofrimentos. E o que é a vida humana, em relação à eternidade, senão bem menos que um dia? Mas aquele que não crê na eternidade, que pensa tudo acabar com a vida, que se deixa abater pelo desgosto e o infortúnio, só vê na morte o fim dos seus pesares. Nada esperando, acha muito natural, muito lógico mesmo, abreviar as suas misérias pelo suicídio.

16 – A incredulidade, a simples dúvida quanto ao futuro, as ideias materialistas, em uma palavra, são os maiores incentivadores do suicídio: elas produzem a frouxidão moral. Quando vemos, pois, homens de ciência, que se apoiam na autoridade do seu saber, esforçarem-se para provar aos seus ouvintes ou aos seus leitores, que eles nada têm a esperar depois da morte, não o vemos tentando convencê-los de que, se são infelizes, o melhor que podem fazer é matar-se? Que poderiam dizer para afastá-los dessa ideia? Que compensação poderão oferecer-lhes? Que esperanças poderão propor-lhes? Nada além do nada! De onde é forçoso concluir que, se o nada é o único remédio heróico, a única perspectiva possível, mais vale atirar-se logo a ele, do que deixar para mais tarde, aumentando
A propagação das ideias materialistas é, portanto, o veneno que inocula em muitos a ideia do suicídio, e os que se fazem seus apóstolos assumem uma terrível responsabilidade. Com o Espiritismo, a dúvida não sendo mais permitida, modifica-se a visão da vida. O crente sabe que a vida se prolonga indefinidamente para além do túmulo, mas em condições inteiramente novas. Daí a paciência e a resignação, que muito naturalmente afastam a ideia do suicídio. Daí, numa palavra, a coragem moral.


17 – O Espiritismo tem ainda, a esse respeito, outro resultado igualmente positivo, e talvez mais decisivo. Ele nos mostra os próprios suicidas revelando a sua situação infeliz, e prova que ninguém pode violar impunemente a lei de Deus, que proíbe ao homem abreviar a sua vida. Entre os suicidas, o sofrimento temporário, em lugar do eterno, nem por isso é menos terrível, e sua natureza dá o que pensar a quem quer que seja tentado a deixar este mundo antes da ordem de Deus. O espírita tem, portanto, para opor à idéia do suicídio, muitas razões: a certeza de uma vida futura, na qual ele sabe que será tanto mais feliz quanto mais infeliz e mais resignado tiver sido na Terra; a certeza de que, abreviando sua vida, chega a um resultado inteiramente contrário ao que esperava; que foge de um mal para cair noutro ainda pior, mais demorado e mais terrível; que se engana ao pensar que, ao se matar, irá mais depressa para o céu; que o suicídio é um obstáculo à reunião, no outro mundo, com as pessoas de sua afeição, que lá espera encontrar. De tudo isso resulta que o suicídio, só lhe oferecendo decepções, é contrário aos seus próprios interesses. Por isso, o número de suicídios que o Espiritismo impede é considerável, e podemos concluir que, quando todos forem espíritas, não haverá mais suicídios conscientes. Comparando, pois, os resultados das doutrinas materialistas e espírita, sob o ponto de vista do suicídio, vemos que a lógica de uma conduz a ele, enquanto a lógica de outra o evita, o que é confirmado pela experiência.




TEXTOS DE APOIO




O PODER DA RESIGNAÇÃO

"O homem pode suavizar ou aumentar o amargor de suas provas conforme o modo por que encare a vida terrena.", O ESE, cap. V, ítem 13

Quanto desespero e amargura, tristeza e desistência, martírio e revolta, fantasia e aflição tem cultivado a esmagadora maioria dos homens reencarnados, por não saberem construir sentidos espirituais elevados às suas provações?
Qual conquista será maior para a alma na Terra do que a compreensão sagrada dos objetivos de todos os reveses e experiências?
Somente quem saiba dar significado santificado a cada lance de dor ou a cada benefício do-caminho pode aquilatar a importância dessa vitória.
A forma de encarar a vida terrena, por isso mesmo, deveria ser tema de urgente aprofundamento dos trabalhadores espíritas. Com todo carinho e respeito, sugerimos aos nossos parceiros de ideal uma urgente revisão de conceitos, quando afirmam imperativamente que o espírita possui uma fé racional. Se assim o fosse, teríamos mais amplos vôos de conscientização e comprometimento com a causa que abraçamos, e melhores reações perante os testemunhos e sofrimentos diante da vida no corpo.
Temos ainda uma fé embrionária e sufocada por conceitos ancestrais do religiosismo, com forte inclinação para o dogmatismo.
A fé racional se inicia quando passamos a encontrar no campo mental alguns subsídios gestados na arte de meditar sobre nós mesmos. Compreendendo melhor o que ocorre com a própria vida interior, capacitamo-nos em maior escala para avaliar os desígnios divinos nas ocorrências que nos cercam.
Outro traço marcante de que a fé racional começa a se desenvolver em nossos sentimentos se dá quando começamos a abdicar de colecionar certezas sobre a vida. Mais que nunca, na etapa evolutiva que assinala nosso progresso, somos convocados a revisar, reciclar, analisar por outro ângulo, repensar idéias, reavaliar métodos, renovar posturas perante pessoas e fatos. Certeza instituída é, quase sempre, acesso à zona de conforto.
O momento de vida da Terra, a cada dia mais, nos convida a aprender como conviver com as incertezas acerca de tudo à nossa volta. Uma parte do sentimento de segurança vai surgir dessa forma de conduzir nossas ações; e, então, as palavras controle, disciplina e planejamento serão usadas dentro da ótica de relatividade constante. Quando necessário, a fim de que haja dinamismo em nossos projetos de vida, seremos chamados a repensá-las.
Assim se expressou Allan Kardec sobre o assunto:
"A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E, para crer, não basta ver; é preciso, sobretudo, compreender".7 O ESE, cap. XIX, ítem 7
A aquisição dessa fé conduz o Espírito ao estado de resignação, que lhe permite a harmonia perante a dor e os testes existenciais.
Resignação é o conjunto de habilidades que nos possibilitam uma visão otimista da vida, por meio de escolhas conscientes e de uma conduta de autoamor; distante da postura de vítimas e do sentimentalismo. Crenças sadias, capacidade de adiar gratificações pessoais e sentimento de gratidão são as principais habilidades que conduzem o homem a ser resignado.
O homem que se contenta ante os desafios e contrariedades, capacidade decorrente do hábito de se pensar sobre a vida, é alguém dotado de uma força propulsora e calmante. Essa condição lhe permite escolher com inteligência e equilíbrio a forma adequada de agir e reagir nas turbulências, imprevistos e provas. Essa força realizadora, independentemente das condições adversas, é o resultado do desapego de seus próprios conceitos, é o espírito de prontidão da alma que sabe que a todo instante, na vida corporal, estará sendo chamada a novos aprendizados que vão abalar suas certezas, convocando-a a rever muitas de suas convicções.
Os resignados, por isso, possuem mais saúde e resistência às dores da vida, são mais desprendidos e encontram sempre boas soluções para seus trâmites provacionais. Possuem metas, mas sabem lhes dar cursos maleáveis, conforme a necessidade. Sofrem, todavia procuram a utilidade sagrada do sofrimento e dão significado e sentido educativo e libertador aos mais dolorosos dramas. Dessa forma, podem experimentar o cansaço, a raiva, a perda, a ansiedade, o medo, entretanto, jamais cruzam os braços e continuam firmes nas aferições, sempre em busca das soluções. Essa é a chamada resignação ativa, dinâmica, educativa, pródiga de resiliência.88. resiliência = capacidade de superar adversidades aprendendo com elas; poder de superação; o termo vem de uma propriedade da Física sobre a capacidade que os corpos têm de voltar à sua forma original, depois de submetidos a um esforço intenso.
Bem diferente é aquele que entende resignação como tolerar sofrimento em silêncio, chamado "aguentador da vida". Ele aguenta a dor, resiste a ela, briga com ela, quando deveria se entender com ela. Em verdade, eles obedecem aos imperativos da dor, razão pela qual asseverou o Espírito Lázaro: "A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração (...)"9 9. O evangelho segundo o espiritismo, capítulo íx, item 8.Na obediência cumprimos o dever imposto pela consciência, no amor vamos muito além e transformamos o dever em degrau de ascensão nas profundezas do coração, livrando-nos do amargor e da crueza das expiações.
Hoje, além das provas adicionais ou voluntárias, que poderiam ser evitadas, temos de considerar o tema "ônus voluntário de sofrimento nas provas necessárias", ou seja, o acréscimo dispensável de dor pela ausência da resignação. Em razão do apego a coisas e pessoas, negócios e pontos de vista, os testes humanos são ampliados pela forma rebelde de reagir.
Cada problema de nossa vida tem objetivos bem definidos pela Sábia Providência de Deus. Vivê-los sem entender esses fins é o mesmo que sofrer por sofrer. Eis a razão da oportuna advertência de Lacordaire, quando diz:
"Mas, ah! Poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzi-los ao reino de Deus. O desânimo é uma falta. Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem".
Ser resignado não significa viver sem sofrer, negando o sofrimento. Essa atitude, quase sempre, é a recusa inconsciente dos sentimentos, uma defesa perante as agressões da dor. Mecanismos defensivos que aliviam a angústia de nosso sofrer. Contudo, os que verdadeiramente são resignados vão mais além e colocam-se imunes à mágoa e à revolta em razão do amplo poder de aceitação e compreensão decorrente da análise positiva que fazem sobre suas experiências, valores e imperfeições.
Aldous Huxley afirmou: "Experiência não é o que acontece a você. É o que você faz com o que acontece a você".
Sem dúvida, a resignação é o caminho para ser feliz, porque felicidade é uma questão de construção íntima da visão iluminada sobre o existir, e quem aprende a existir adquire a sabedoria de compreender e aceitar.
Ser resignado não significa viver sem sofrer, negando o sofrimento. Sem dúvida, a resignação é o caminho para ser feliz, porque felicidade é uma questão de construção íntima da visão iluminada sobre o existir, e quem aprende a existir adquire a sabedoria de compreender e aceitar.
Ermance Dufaux – Livro: Prazer de Viver – cap 3




PSICOLOGIA DA ALEGRIA NA TRANSFORMAÇÃO INTERIOR

"Ora, se encarando as coisas deste mundo da maneira por que o Espiritismo faz que ele as considere, o homem recebe com indiferença, mesmo com alegria, os reveses e as decepções que o houveram desesperado noutras circunstâncias, evidente se torna que essa força, que o coloca acima dos acontecimentos, lhe preserva de abalos a razão, os quais, se não fora isso, a conturbariam."
O evangelho segundo o espiritismo, capítulo 5, item 14.

Alegria não é ausência de problemas ou a certeza de ter todos os sonhos realizados. Essas definições estão conectadas com uma visão materialista do mundo, que define o prazer e o bem-estar como satisfação plena de interesses pessoais. Essa conduta é responsável pela cultura do menor esforço, cuja proposta central é a eliminação do sofrimento, das frustrações e das contrariedades da nossa vida, como se essa fosse a única condição para a conquista da felicidade e da paz.
0 que não se percebe nessa ação de evitar a dor e os dissabores é que a paixão por uma vida idealizada, sem tropeços ou desafios, aumenta ainda mais o sofrimento através do medo que incendeia a mente com acontecimentos infelizes e imaginários. Sem notar, a criatura se torna refém de condições elaboradas pela vida mental a fim de permitir-se a alegria que depende das circunstâncias e expectativas a respeito das pessoas que ama ou da forma como os acontecimentos devem se desenrolar. Essas miragens exigem uma enorme quantidade de energia para serem controladas de acordo com os modelos de satisfação que foram idealizados.
Imaginar um modelo de felicidade para as pessoas que amamos e para o modo como a vida deve acontecer causa sofreguidão e nos distancia da realidade.
E nesse esforço sobre-humano para alcançar os modelos de felicidade, a criatura se abandona para atender exigências ou suportar situações que ela acredita serem necessárias para merecer algo melhor, gerando frequentemente as mais amargas experiências de desamor, como a depressão, a solidão, a mágoa, a inveja tóxica, o derrotismo e a revolta.
Alegria não é ausência de frustração. Alegria legítima também pode florir no campo das frustrações e decepções da vida, sendo o lírio que surge no pântano, exuberante, enriquecendo a paisagem de beleza e fulgor. A alegria é aquela certeza interior que a criatura conquista depois de desenvolver algumas habilidades afetivas na escola das provas diárias, insculpindo uma reação consciente e lúcida diante das dores e desafios.
A gratidão, a resiliência, a compreensão e a serenidade são algumas dessas habilidades que pavimentam o caminho de harmonia interior no clima do humor sadio.
A alegria nos preenche, revitaliza e produz abundância energética, levando-nos a agir com contínua resistência diante das dificuldades e com reações mais saudáveis aos desapontamentos. É um sentimento que promove naturalmente a leveza, a proteção espiritual e energética. Pessoas alegres se imunizam das ondas vibratórias do pessimismo e da maldade. O clima emocional dos que buscam o hábito de ser alegre forma uma couraça de energias imunizadoras de autoamor.
Essa é também a emoção de quem tem conseguido um melhor nível de aceitação da realidade. Aceitar é uma forma terapêutica de viver, porque quem aceita vive com mais otimismo diante dos acontecimentos da vida. Esse clima interior de acolhimento à realidade produz a resignação e evita fixações nos aspectos sombrios da vida mental.
Diante dessas reflexões sobre a alegria, observemos a relação deste tema com a reforma íntima.
Nosso lado sombrio não existe para ser eliminado, e sim para ser transformado. A primeira condição para essa transformação é a construção de uma convivência pacífica com nós mesmos e da expressão do acolhimento amoroso a nós mesmos. O vetor emocional da alegria de se renovar é o amor. Pessoas que se amam e que amam a vida sentem-se preenchidas, e quem se preenche de amor só tem razões para se expressar em jubilo e prazer.
Diante da proposta libertadora da reforma íntima, quase sempre assumimos uma atitude de desamor diante dos esforços nem sempre bem sucedidos do nosso ideal de melhora, aprisionando-nos aos climas da culpa, da mágoa, da raiva e da infelicidade, que frequentemente formam a atmosfera psíquica do desânimo e do mau humor. É a psicologia do perfeccionismo.
A maioria de nós não foi preparada para acolher e ser indulgente, nem para ter uma atitude amorosa com nossas imperfeições. Fomos educados para cobrar e pensar que damos conta de ser quem gostaríamos de ser ou quem achamos que deveríamos ser.
A ilusão da perfeição é uma doença severa e que nos afasta da saudável alegria de ter o que aprender todos os dias. Sem essa alegria, os nossos erros se transformam em fontes de remorso e martírio.
Não existe nada para aprender com o perfeccionismo.
Aceitação da realidade espiritual e ternura no trato com nós mesmos são comportamentos que ainda estão bem distantes de muitos de nós e que nos convidam a desenvolver limites mais toleráveis para atingirmos a sanidade e a paz no coração.
Tomados desse desamor, caminhamos na reforma íntima como se subíssemos uma ladeira íngreme carregando um peso desproporcional às nossas forças. 0 resultado é o cansaço, a tristeza, a apatia e, por fim, em casos diversos, a desistência dos ideais de renovação e melhora.
Reforma íntima com alegria é uma condição de quem decidiu se aceitar, compreender-se e acolher-se com ternura e carinho. É uma postura de autoamor legítimo que estimula, educa e cura.
Alegria não é ausência de dor e muito menos de deslizes morais. A verdadeira alegria, ao contrário, é um sintoma claro de que seu portador aprendeu a driblar a dor e a ter paciência construtiva com suas imperfeições, de que seu portador aprendeu o sentido terapêutico das provas.
Reforma íntima com alegria é a escola de Jesus que convida seus discípulos a ser alguém melhor, e não o melhor de todos. Na escola do Mestre, os discípulos são convocados a acreditar que merecem também o melhor. Seguir a Jesus é carregar sobre os ombros a cruz das dores necessárias sem que isso signifique que teremos de sofrer indefinidamente com esse movimento. A dor é necessária, o sofrimento é uma escolha. Jesus espera uma atitude corajosa dos seus aprendizes diante das dores. A alegria pode ser uma delas. Aliás, o Evangelho do Cristo é uma mensagem de alegria.
0 corpo de todos os seres humanos é construído com um DNA da alegria, uma emoção básica da evolução humana. Buscá-la é um instinto natural, pois essa é uma emoção estrutural, básica para a sanidade. Não fomos criados para a tristeza, e nem mesmo os espíritos em dolorosas provas são privados dessa condição orgânica, podendo ativar esse recurso quando desejarem ou quando escolherem o caminho do autoaprimoramento em clima de celebração da vida e do bem.
Como diz o trecho de apoio anterior: "[...] o homem recebe com indiferença, mesmo com alegria, os reveses e as decepções que o houveram desesperado noutras circunstâncias, [...]".
Uma atitude alegre diante das dificuldades da vida é o termômetro mais fiel do quanto os conceitos doutrinários fizeram o percurso vitorioso descendo dos raciocínios brilhantes, e muitas vezes estéreis, para o coração, onde são gestadas as habilidades genuínas que promovem a libertação consciencial do ser, por meio da aquisição de sublimes conquistas afetivas e morais.


Ermance Dufaux – livro: Emoções que Curam 




ANTE OS DESAJUSTES ATUAIS

Como ajudar aos que não compreendem
 Francisco Cândido Xavier

Vários grupos de amigos e simpatizantes da Doutrina Espírita nos honravam com sua presença e participação em nossa reunião habitual. Antecedendo as tarefas programadas, o assunto central das conversações era a necessidade de encontrarmos recursos que nos ajudem, na atualidade, a aliviar ou socorrer os companheiros de humanidade que nos procuram, tantos deles em desarmonia e sofrimento espiritual. Falávamos sobre as problemas da obsessão, do desencanto, da descrença e do desequilíbrio, quando a reunião foi iniciada. O Evangelho Segundo o Espiritismo nos ofereceu a exame o item 14 do capítulo V, referente à loucura e ao suicídio. Diversos comentaristas falaram sobre o tema. E o nosso Emmanuel nos deu a mensagem Presidiários da Alma, que tornamos a liberdade de enviar-lhe, no desejo de vê-la publicada com as suas elucidações doutrinárias.


PRESIDIÁRIOS DA ALMA

Quando os companheiros em aflição se aproximem de ti, compadece-te deles, antes de ouvi-los.
Acolhe-os na condição de presidiários da alma, a suportarem conflitos íntimos que talvez desconheças.
Prisioneiros do sofrimento: será essa designação provavelmente a mais adequada para definir a condição dos que buscam socorro, situados nas últimas raias da resistência ao desespero!...
*
Este enlaçou-se aos problemas da culpa quando se supunha conquistando a felicidade e ignora como reaver a tranquilidade perdida; aquele recusou a provação em que se redimiria e algemou-se a compromissos difíceis de resgatar; outro desperdiçou força e tempo, caindo nas malhas do desgaste orgânico que lhe exige cuidado e conformação; aquele outro tem o espírito encadeado ao frio de um túmulo em que se lhe guardam as derradeiras lembranças de um ente amado!...
Encontrarás os desencorajados e os tristes, os encarcerados em desânimo e azedume e ainda aqueles outros que a rebeldia trancafiou em celas de angústia, a te pedirem amparo e libertação!...
A nenhum desconsideres nem firas com advertências inoportunas.
Recordemos que ninguém se arroja em vulcões de pranto simplesmente porque o deseje.
Os que te cercam, implorando socorro, habitual-mente já lutaram o bastante para se conscientizarem quanto à própria situação.
Constrói a ponte da misericórdia entre a fé que te ilumina e a dor dos irmãos que te apresentam o co-ração ferido e dá-lhes o braço salvador a fim de que se transfiram da treva para a luz.
Quantos se tresmalharam nas estradas do mundo, tantas vezes ludibriados por eles mesmos, não precisam tanto da interferência baseada em nossos recursos de austeridade e conhecimento.
Eles todos esperam de nós, acima de tudo, um gesto de simpatia e urna bênção de amor. Emmanuel


A REBELIÃO DOS PEDINTES


Assistimos hoje, no mundo, à rebelião dos pedintes. Milhões de criaturas que pediram reencarnações de provação, vindo à Terra para descarregar suas consciências atormentadas, rebelam-se contra as condições que elas mesmas solicitaram. Ao mergulhar no plano da matéria densa, em seus escafandros carnais, esses espíritos sofredores reencontram o clima de suas antigas paixões, de seus anseios frustrados, de suas ilusões desfeitas e desejam repetir as tentativas do passado. Mas a verdade é que agora estão atrelados ao carro das provas, com a finalidade de se libertarem dos anseios egoístas, preparando-se para a civilização do altruísmo que já começa a alvorecer no planeta.
Estamos numa hora de transição. Temos de deixar os nossos erros no passado e avançar corajosamente para o futuro. Não é fácil alijar na estrada o fardo das velhas pretensões. Por outro lado, a vida de hoje oferece facilidades novas, perspectivas que no passado eram impossíveis e que agora fazem renascer as tentações antigas com maior violência. São os juros da dívida antiga, exigindo maior esforço dos devedores que, embriagados com a volta à condição corporal, esquecem-se dos compromissos espirituais assumidos para essa experiência.
Falta-lhes a capacidade de compreender de pronto a nova situação. Não obstante, todos eles trazem no íntimo as advertências do plano superior, prontas a brotar do inconsciente quando ajudados pelos companheiros terrenos que possuem a mente iluminada pelos princípios renovadores do Espiritismo. É por isso que procuram intuitivamente o socorro espírita. Mas, se ao invés de compreensão encontrarem em nosso meio a rejeição e a reprimenda, sentirão aumentar a revolta e o desespero que os afligem.
Daí a recomendação de Emmanuel no sentido de os recebermos com atenção e carinho, compadecendo-nos deles, antes mesmo de ouvi-los. Temos de ter compreensão para ajudar os que não compreendem. Se formos capazes de amá-los, ao invés de censurá-los, poderemos dar-lhes a ajuda que nos pedem. E o Alto secundará os nossos esforços de fraternidade. Suportemos a galhofa, a ironia, a zombaria com que nos desafiam. Toleremos as suas impertinências, como outros já nos toleraram. Encaremos todos eles como irmãos que nos pedem amor, atenção e carinho, pois só assim os ajudaremos, ajudando-nos a nós mesmos.
É claro que não devemos acolhê-los para incentivar-lhes o apego às velhas paixões. Todos necessitamos – sem exceção – na vida terrena, de apoio afetivo e corrigenda. A ação dupla do freio e da espora, como ensina Lázaro, é que nos leva a saltar os obstáculos da prova.
A rebelião dos pedintes exige dos pais, dos educadores, dos orientadores religiosos – e sobretudo dos espíritas – uma atitude de permanente disponibilidade afetiva, de coração aberto, e ao mesmo tempo de mente vigilante. Não podemos, por amor sem controle, auxiliá-los na rebelião.
Essa atitude não é fácil de ser mantida, pois os pedintes rebeldes nos acusarão de crueldade e atraso, sempre que nos opusermos aos seus abusos. E, terão ao seu lado familiares que os apóiam. Mas se tivermos amor em nossos corações, venceremos, pois nosso amor despertará na consciência rebelada a lembrança dos compromissos assumidos no mundo espiritual. Irmão Saulo

Do livro Diálogo dos Vivos. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires.


IMPERATIVO DA PACIÊNCIA

Provável que raros amigos pensem nisto: paciência por imunização contra o suicídio.

Nas áreas da atividade humana, bastas vezes, surgem para a criatura determinados topos de provação para cuja travessia, nem sempre bastará o conhecimento superior. É necessário que a alma se apóie no bastão invisível da paciência, a fim de não resvalar em sofri mentos maiores.
Eis porque nos permitimos endereçar reiterados apelos aos irmãos domiciliados no Plano Físico a fim de que se dediquem ao coletivo da compreensão.

Se te encontras sob o empato de conflitos domésticos, ante aqueles que se façam campo de vibrações negativas, usa a tolerância, quanto possível, em auxílio à segurança da equipe familiar a que te vinculas.

Nas decepções, sejam quais forem, reflete no valor da ponderação em teu próprio benefício.

Diante de golpes que te sejam desfechados, esquece injúrias e agravos e pensa nas oportunidades do trabalho que se te farão apoio defensivo contra o desespero.

Sob acusações que reconhece imerecidas, olvida o mal e não alimentes o fogo da discórdia.

Quando te falte atividade profissional, continua agindo, tanto quanto puderes, nas tarefas de auxilio espontâneo aos outros, aprendendo que atividade nobre atrai atividades nobres e, com isso, para breve, te reconhecerás em novos posicionamentos de serviço, segundo as tuas necessidades.

Se o desânimo te ameaça por esse ou aquele motivo, recorda a importância de teu concurso raptá-lo, em apoio de alguém, e não te dês ao luxo de paradas improdutivas.

Em qualquer obstáculo a transpor no caminho, conserva a paciência por escora e guia e, de pensamento confiante na Divina Providência, seguirás adiante, afastando para longe a tentação da fuga e reconhecendo, em tempo estreito, que há sempre um futuro melhor para cada um de nós e que, em todas as tribulações da existência, vale a pena esperar pelo socorro de Deus.


Emmanuel - Do livro Atenção. Psicografia de Francisco Candido Xavier.





MEDO
Esmagadora maioria das criaturas padece a rigorosa constrição do medo. Adversário dos mais cruéis, o medo é responsável por tragédias inomináveis que varrem a Terra em todas as direções, gerando clima nefando de atrocidades de classificação muito complexa.
Sob o comando do medo, homens e mulheres se atiram a dissipações venenosas, entregando-se a paulatino aniquilamento, do qual dificilmente se libertam.
Jovens em todos os hemisférios do planeta sofrem na atualidade os miasmas do medo, que os intoxicam, enlouquecendo-os de surpresa. Não obstante as superiores conquistas do pensamento, as largas expressões da comunicação os debates francos e livres, as liberdades dos costumes, as realizações tecnológicas preciosas para o contexto humano, nos dias modernos, falecem os ideais do enobrecimento e as linhas da sóbria razão, graças às tenazes do medo dominante em todos os campos da ação.
A fuga espetacular dos deveres e os desregramentos sexuais são portas falsas pelas quais enveredam as hodiernas comunidades subitamente transformadas em manicômios de largas proporções, permitindo-se os jovens, em razão disso, encontros periódicos e maciços para se sentirem uns aos outros e, ao impacto da música selvagem como dos entorpecentes, esquecer, sonhar, embalar aspirações para eles irrealizáveis na sociedade chamada de consumo...
O medo de enfrentar problemas e solvê-los, como consequência do falso paternalismo do passado, empurra as mentes novas a formas diversas de expressão, muitas delas inspiradas por outras mentes desencarnadas que intercambiam psiquicamente em clima obsidente de longo curso entre as duas esferas: aquém e além da morte.
Alimentado ou esmagado nos painéis da alma, raramente vencido nos combates face a face de cada dia, o mêdo se alonga e prossegue, mesmo quando o espírito desencarna, permanecendo atado às reminiscências infelizes, anestesiado pela hipnose do pavor.
Dizimando em largas faixas da experiência humana, o mêdo não tem recebido o necessário investimento do estudo psicológico na Terra, quanto às suas raízes, que se encontram cravadas nos recessos íntimos do espírito, bem como não tem merecido a justa apreciação para combatê-lo com os hábeis recursos, específicos, capazes de o vencer e destruir.
O criminoso inqualificável que mata com requintes de sadismo e o suicida melancólico que investe, cobarde, contra a própria vida, sofrem a psicose do mêdo.
O grupo anarquista que consuma agressões revoltantes em nefastas maquinações da crueldade e o pai de família insensível no lar, ocultam-se nos rebordos do mêdo, buscando ignorar a enfermidade que os desequilibra.
Na quase totalidade dos crimes que explodem, opressivos, encontram-se os rastros do mêdo sempre presente.

As constrições morais pungentes, econômicas apavorantes, sociais caóticas, educacionais de solução difícil, das enfermidades de caráter irreversível, se fazem fatôres preponderantes para que grasse o mêdo, soberano. Em tal particular, desempenharam relevante papel as normas religiosas do passado que ensinavam o "temor" em detrimento do amor" a Deus, os preconceitos exacerbados ante os quais a gravidade do êrro era ser êste conhecido e não apenas praticado, desde que se demorasse ignorado, contribuíram expressivamente para a atmosfera que hoje se espalha célere e morbífica.
Contudo, as informações espíritas responsáveis pela natural realidade do além-túmulo, desvelando os falsos "mistérios" e elucidando os enigmas ontológicos, são portadoras do antídoto ao mêdo, mediante a confiança que ministra aos que se abeberam da sua água lustral, penetrando de paz quantos se comprazam em meditar e agir com segurança nas diretrizes de fácil aplicação.
O labor fraternal, o culto doméstico do Evangelho, o pensamento de otimismo frequente e o recolhimento da oração, a par do uso da água magnetizada e do passe, produzem expressiva terapêutica valiosa e de imediatos resultados para a aquisição da saúde e da renovação, combatendo o mêdo.
Retornando da sepultura vazia, disse Jesus aos discípulos amedrontados: "Sou eu, não temais".
Todo o Evangelho é lição viva de sadia tranquilidade e elevado otimismo.
Ora reeditado através do Espiritismo, é o mais eficaz processo psicológico atuante, capaz de edificar nos corações e nos espíritos conturbados do presente a consubstanciação das promessas de Jesus:
"Eu vos dou a minha paz.
"Eu ficarei convosco por todo o sempre.
"Vinde a mim os cansados e oprimidos.
"Tende bom ânimo: eu venci o mundo!"
Reflitamos, e, sem receio, avancemos construindo com o amor a fim de que o amor nos responda à sementeira de esperança, com a floração da paz e da alegria a benefício de todos.
"Não temais: ide avisar a meus irmãos que se dirijam à Galiléia e lá me hão de ver". Mateus: capítulo 28º, versículo 10.
"A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma serenidade, que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio". Evangelho Segundo Espiritismo. Capítulo 5º - Item 14.

FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 21.



RENOVEMOS  HOJE
Apesar da Misericórdia Divina em seus fundamentos, não esperes pela reencarnação para renovar o próprio caminho.
Constitui-se o corpo físico de milhões de células aparente sem importância.
O corpo é o vaso de nossa manifestação.
E a existência bem traçada e bem vivida pode sublimar-lhes as características.
Não esperes pela morte para consertar a própria vida.
Hoje mesmo podes iniciar o roteiro de ascensão.
Para isso, dá nova forma ao teu modo de ser.
Os atos operam transformações na esfera em que evoluímos.
Aprende a desprezar as velhas fórmulas de sentir, com as quais apenas recolhes o desespero e a desolação.
Regenera as próprias atitudes.
Recompõe a confiança no Alto.
Faze reviver as esperanças perdidas.
Restaura a bondade em teus métodos de intercâmbio com o próximo.
Renova os teus hábitos e adapta-te ao otimismo e à alegria.
Renasce da sombra para a luz.
Restabelece a tua boa vontade, servindo ao próximo, incessantemente.
Se procuras, em verdade, a estrada para o Mais Alto, não te detenhas no desejo ruinoso de morrer e sim vale-te da oportunidade de lutar, replantando o campo de teus ideais e aspirações, porque se cada existência no corpo é senda para o sepulcro, a fim de tudo reajustar-mos, cada dia é tempo de dar novas maneiras às nossas resoluções e aos nossos gestos, tudo renovando e tudo redimindo para exaltação do Infinito Bem.

 Emmanuel - Livro Moradas de Luz – Francisco Cândido Xavier – Espíritos Diversos



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O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES
LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

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