3 – Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu
rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro consolador, para que fique eternamente
convosco, o Espírito da Verdade, a quem o mundo não pode receber, porque não o
vê, nem o conhece. Mas vós o conhecereis, porque ele ficará convosco e estará
em vós. – Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu
nome, vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho
dito. (João, XIV: 15 a 17 e 26)
4 – Jesus promete outro consolador: é o Espírito da
Verdade, que o mundo ainda não conhece, pois que não está suficientemente
maduro para compreendê-lo, e que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e
para fazer lembrar o que Cristo disse. Se, pois, o Espírito da Verdade deve vir
mais tarde, ensinar todas as coisas, é que o Cristo não pode dizer tudo. Se ele
vem fazer lembrar o que o Cristo disse, é que o seu ensino foi esquecido ou mal
compreendido.
O Espiritismo vem, no tempo assinalado, cumprir a
promessa do Cristo: o Espírito da Verdade preside ao seu estabelecimento. Ele
chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas, fazendo
compreender o que o Cristo só disse em parábolas. O Cristo disse: “que ouçam os
que têm ouvidos para ouvir”. O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos,
porque ele fala sem figuras e alegorias. Levanta o véu propositalmente lançado
sobre certos mistérios, e vem, por fim, trazer uma suprema consolação aos
deserdados da Terra e a todos os que sofrem, ao dar uma causa justa e um
objetivo útil a todas as dores.
Disse o Cristo: “Bem-aventurados os aflitos, porque eles
serão consolados”. Mas como se pode ser feliz por sofrer, se não se sabe por
que se sofre?
O Espiritismo revela que a causa está nas existências
anteriores e na própria destinação da Terra, onde o homem expia o seu passado.
Revela também o objetivo, mostrando que os sofrimentos são como crises
salutares que levam à cura, são a purificação que assegura a felicidade nas
existências futuras. O homem compreende que mereceu sofrer, e acha justo o
sofrimento. Sabe que esse sofrimento auxilia o seu adiantamento, e o aceita sem
queixas, como o trabalhador aceita o serviço que lhe assegura o salário. O
Espiritismo lhe dá uma fé inabalável no futuro, e a dúvida pungente não tem
mais lugar na sua alma. Fazendo-o ver as coisas do alto, a importância das
vicissitudes terrenas se perde no vasto e esplêndido horizonte que ele abarca,
e a perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a paciência, a resignação e a
coragem, para ir até o fim do caminho.
Assim realiza o Espiritismo o que Jesus disse do
consolador prometido: conhecimento das coisas, que faz o homem saber de onde
vem, para onde vai e porque está na Terra, lembrança dos verdadeiros princípios
da lei de Deus, e consolação pela fé e pela esperança.
TEXTOS DE APOIO
ANUNCIAÇÃO DO CONSOLADOR
35. “Se me amais, guardai os meus mandamentos — e eu
pedirei a meu Pai e Ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique
eternamente convosco: — O Espírito de Verdade que o mundo não pode receber,
porque não o vê; vós, porém, o conhecereis, porque permanecerá convosco e
estará em vós. — Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, que meu Pai enviará
em meu nome, vos ensinará todas as coisas e fará vos lembreis de tudo o que vos
tenho dito.” (João, 14:15 a 17 e 26; O evangelho segundo o espiritismo, cap.
VI.)
36. “Entretanto, digo-vos a verdade: Convém que eu me vá,
porquanto, se eu não me for, o Consolador não vos virá; eu, porém, me vou e
vo-lo enviarei. — E, quando ele vier, convencerá o mundo no que respeita ao
pecado, à justiça e ao juízo; — no que respeita ao pecado, por não terem acreditado
em mim; — no que respeita à justiça, porque me vou para meu Pai e não mais me
vereis; no que respeita ao juízo, porque já está julgado o príncipe deste
mundo. Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas presentemente não as podeis
suportar. Quando vier esse Espírito de Verdade, ele vos ensinará toda a
verdade, porquanto não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tenha escutado e
vos anunciará as coisas porvindouras. Ele me glorificará, porque receberá do
que está em mim e vo-lo anunciará.”
(João, 16:7 a 14.)
37. Esta predição, não há contestar, é uma das mais
importantes, do ponto de vista religioso, porquanto comprova, sem a
possibilidade do menor equívoco, que Jesus não disse tudo o que tinha a dizer,
pela razão de que não o teriam compreendido nem mesmo seus apóstolos, visto que
a eles é que o Mestre se dirigia. Se lhes houvesse dado instruções secretas, os
Evangelhos fariam referência a tais instruções. Ora, desde que Ele não disse
tudo a seus apóstolos, os sucessores destes não terão podido saber mais do que
eles, com relação ao que foi dito; ter-se-ão possivelmente enganado, quanto ao
sentido das palavras do Senhor, ou dado interpretação falsa aos seus pensamentos,
muitas vezes velados sob a forma parabólica.
As religiões que se fundaram no Evangelho não podem,
pois, dizer-se possuidoras de toda a verdade, porquanto Ele, Jesus, reservou
para si a completação ulterior de seus ensinamentos. O princípio da
imutabilidade, em que elas se firmam, constitui um desmentido às próprias
palavras do Cristo.
Sob o nome de Consolador e de Espírito de Verdade, Jesus
anunciou a vinda daquele que havia de ensinar todas as coisas e de lembrar o
que Ele dissera. Logo, não estava completo o seu ensino. E, ao demais, prevê
não só que ficaria esquecido, como também que seria desvirtuado o que por Ele
fora dito, visto que o Espírito de Verdade viria tudo lembrar e, de combinação
com Elias, restabelecer todas as coisas, isto é, pô-las de acordo com o
verdadeiro pensamento de seus ensinos.
38. Quando terá de vir esse novo revelador? É evidente
que se, na época em que Jesus falava, os homens não se achavam em estado de compreender
as coisas que lhe restavam a dizer, não seria em alguns anos apenas que
poderiam adquirir as luzes necessárias a entendê-las. Para a inteligência de
certas partes do Evangelho, excluídos os preceitos morais, faziam-se mister
conhecimentos que só o progresso das ciências facultaria e que tinham de ser
obra do tempo e de muitas gerações. Se, portanto, o novo Messias tivesse vindo
pouco tempo depois do Cristo, houvera encontrado o terreno ainda nas mesmas
condições e não teria feito mais do que o mesmo Cristo. Ora, desde aquela época
até os nossos dias, nenhuma grande revelação se produziu que haja completado o
Evangelho
e elucidado suas partes obscuras, indício seguro de que o
Enviado ainda não aparecera.
39. Qual deverá ser esse Enviado? Dizendo: “Pedirei a meu
Pai e Ele vos enviará outro Consolador”, Jesus claramente indica que esse Consolador
não seria Ele, pois, do contrário, dissera: “Voltarei a completar o que vos
tenho ensinado.” Não só tal não disse, como acrescentou: “A fim de que fique
eternamente convosco e ele estará em vós.” Esta proposição não poderia
referir-se a uma individualidade encarnada, visto que não poderia ficar
eternamente conosco, nem, ainda menos, estar em nós; compreendemo-la, porém,
muito bem com referência a uma doutrina, a qual, com efeito, quando a tenhamos
assimilado, poderá estar eternamente em nós. O Consolador é, pois, segundo o
pensamento de Jesus, a personificação de uma doutrina soberanamente
consoladora, cujo inspirador há de ser o Espírito de Verdade.
40. O Espiritismo realiza, como ficou demonstrado (cap.
I, item 30), todas as condições do Consolador que Jesus prometeu. Não é uma doutrina
individual, nem de concepção humana; ninguém pode dizer-se seu criador. É fruto
do ensino coletivo dos Espíritos, ensino a que preside o Espírito de Verdade.
Nada suprime do Evangelho: antes o completa e elucida. Com o auxílio das novas
leis que revela, conjugadas essas leis às que a Ciência já descobrira, faz se
compreenda o que era ininteligível e se admita a possibilidade daquilo que a
incredulidade considerava inadmissível. Teve precursores e profetas, que lhe
pressentiram a vinda.
Pela sua força moralizadora, ele prepara o reinado do bem
na Terra.
A doutrina de Moisés, incompleta, ficou circunscrita ao
povo judeu; a de Jesus, mais completa, se espalhou por toda a Terra, mediante o
Cristianismo, mas não converteu a todos; o Espiritismo, ainda mais completo,
com raízes em todas as crenças, converterá a humanidade.(185)
(185)Nota de
Allan Kardec: Todas as doutrinas filosóficas e religiosas trazem o nome do seu
fundador. Diz-se: o Moisaísmo, o Cristianismo, o Maometismo, o Budismo, o
Cartesianismo, o Furrierismo, o Sansimonismo etc. A palavra Espiritismo, ao
contrário, não lembra nenhuma personalidade; encerra uma ideia geral, que ao
mesmo tempo indica o caráter e o tronco multíplice da Doutrina.
41. Dizendo a seus apóstolos: “Outro virá mais tarde, que
vos ensinará o que agora não posso ensinar”, proclamava Jesus a necessidade da
reencarnação. Como poderiam aqueles homens aproveitar do ensino mais completo
que ulteriormente seria ministrado; como estariam aptos a compreendê-lo, se não
tivessem de viver novamente? Jesus houvera proferido uma coisa inconsequente
se, de acordo com a doutrina vulgar, os homens futuros houvessem de ser homens
novos, almas saídas do nada por ocasião do nascimento. Admita-se, ao contrário,
que os apóstolos e os homens do tempo deles tenham vivido depois; que ainda
hoje revivem, e plenamente justificada estará a promessa de Jesus. Tendo-se
desenvolvido ao contato do progresso social, a inteligência deles pode
presentemente comportar o que então não podia. Sem a reencarnação a promessa de
Jesus fora ilusória.
42. Se disserem que essa promessa se cumpriu no dia de
Pentecostes, por meio da descida do Espírito Santo, poder-se-á responder que o
Espírito Santo os inspirou, que lhes desanuviou a inteligência, que desenvolveu
neles as aptidões mediúnicas destinadas a facilitar-lhes a missão, porém que
nada lhes ensinou além daquilo que Jesus já ensinara, porquanto, no que
deixaram, nenhum vestígio se encontra de um ensinamento especial. O Espírito
Santo, pois, não realizou o que Jesus anunciara relativamente ao Consolador; a
não ser assim, os apóstolos teriam elucidado o que, no Evangelho, permaneceu
obscuro até o dia de hoje e cuja interpretação contraditória deu origem às
inúmeras seitas que dividiram o Cristianismo desde os primeiros séculos.
A GENESE - ALLAN KARDEC - PARTE: AS PREDIÇÕES SEGUNDO O ESPIRITISMO - CAPITULO XVII - PREDIÇÕES DO EVANGELHO
ANTE O CONSOLADOR PROMETIDO
Lembremo-nos de que Jesus, em nos prometendo a vinda do
Consolador, anunciava-nos, decerto, não a liberação milagrosa de nossos
compromissos perante a Lei, mas sim a presença da luz que nos familiarizaria
com a verdade.
E a verdade é que todos trazemos do pretérito obscuro
certa herança de sombras que valem por dores difíceis de suportar na aflitiva
liquidação de nossos erros.
Todos suplicamos, antes do aprendizado terreno, os
elementos indispensáveis à própria restauração.
Aqui, é alguém que pede o cálice de moléstias amargas
para a cura de complicados desequilíbrios do sentimento; ali, é um coração que
roga ensejos de entendimento e renúncia, em favor dos outros, para atender à
recuperação de si mesmo enquanto que, mais além, há criaturas que imploram o
reencontro com rudes adversários no reduto doméstico e irmãos que insistem por
deter provas ásperas, no campo social em que sofrerão, de retorno, as ondas de
crueldade que arrojaram de si, no culto ominoso do egoísmo e da vaidade.
Todavia, quando no Plano Físico, recebendo os recursos
por que suspiram, tocam a desvairar-se na inconformação e no desespero,
recusando, desorientados, o remédio que disputaram, a benefício da própria
vida.
Temos, no entanto, na atualidade da Terra, por acréscimo
de Misericórdia Divina, o grande explicador no Espiritismo Cristão, que nos
consola e esclarece.
Descortinando-nos a causa das aflições que nos ferem,
descerra-nos horizontes sempre mais belos, para que não nos percamos no vale da
indecisão.
Assim como o lavrador recebe o arado para rasgar
abençoado sulco no solo, tanto quanto o aprendiz recolhe a lição para
aproveita-la, saibamos encontrar na fé que nos ampara a força necessária para a
justa solução de nossas dívidas, a fim de que tracemos renovado caminho que nos
conduza em paz à vitória da luz.
Livro: Linha Duzentos – Francisco Cândido Xavier – Pelo
Espírito Emmanuel
DISCÍPULOS DO CRISTO
Somos discípulos do Cristo.
Mas, repetindo com Ele a sublime afirmação:-“Pai nosso
que estais no céu”-, esperamos que Deus se transforme em nosso escravo
particular, atento às nossas ilusões e caprichos.
Somos discípulos do Cristo.
Contudo, redizendo-lhe as inesquecíveis palavras de submissão
ao Criador: -“Seja feita a vossa vontade”-, assemelhamo-nos a vulcões de
imprecações, sempre que nos sintamos contrariados na execução de pequeninos
desejos.
Somos discípulos do Cristo.
Entretanto, refazendo-lhe a súplica ao Pai de Infinito
Amor:-“o pão de cada dia dai-nos hoje”-, reclamamos à carcaça do boi e a safra
do trigo exclusivamente para a nossa casa, esquecendo-nos de que, ao redor de
nossa mesa insaciável, milhares de companheiros desfalecem de fome.
Somos discípulos do Cristo.
Todavia, depois de implorar com o Sábio Orientador à
Eterna Justiça:-“perdoai as nossas dívidas”-, mentalizamos, de imediato, a
melhor maneira de cultivar aversões e malquerenças, aperfeiçoando, assim, os
métodos de odiar os mais fortes e oprimir os mais fracos.
Somos discípulos do Cristo.
“No entanto, mal acabamos de pedir a Deus, em companhia
do Grande Benfeitor:-” Não nos deixeis cair em tentação “-, procuramos, por nós
mesmos, aprisionar o sentimento nas esparrelas do vício”.
Somos discípulos do Cristo.
Contudo, rogando ao Todo-Poderoso, junto do Inefável
Companheiro:-“livrai-nos de todo mal”-, construímos canhões e fabricamos bombas
mortíferas para arrasar a vida dos semelhantes.
Somos discípulos do Cristo.
Mas convertemos o próximo em alimária de nossos interesses
escusos, olvidando o dever da fraternidade, para desfrutarmos, no mundo a parte
do leão.
É por isso que somos, na atualidade da Terra, os cristãos
incrédulos, que ensinam sem crer e pregamos sem praticar, trazendo o cérebro
luminoso e o coração amargo.
E é assim que, atormentados por dificuldades e crises de
toda espécie-aflitiva colheita de velhos males-, cada qual de nós tem
necessidade de prosterna-se perante o Mestre Divino, à maneira do escriba do
Evangelho, guardando nauta o próprio sonho de felicidade, enfermiço ou
semimorto, a escorar em contraditória rotativa:-“Senhor, eu creio! Ajuda a
minha incredulidade!”
Jacinto Fagundes - Livro: “O Espírito da Verdade”-
Psicografia Francisco C. Xavier e Waldo Vieira- Espíritos Diversos
A POESIA PERDIDA
O consolador é a onipresença de Jesus na Terra.
Ao influxo da Benemerência Celeste, ele asse rena os
gestos impensados das criaturas que gemem esporeadas pelas provações; aplaca os
gritos blasfemos que se elevam de muitas bocas com requintes insaciáveis de orgulho;
recompõe os rostos entendidos pelo fogo de multifárias paixões e soergue os
proscritos do remorso que se escondem nas dores devoradoras, desmemoriados na
retificação que o destino lhes retraça.
O Consolador Prometido!...
Sarson corda!
Ris, nom verba!...
Seguindo-lhe os ditames, jamais desfeches o alvo em mira,
pois os olhos voltívolos não podem fixar os painéis vislumbrados nos cimos.
Recorda que todas as cenas humanas têm seus bastidores
espirituais. Se vives em ânsia de paz interior, sustém o império sobre ti
mesmo.
Espaneja em ti a carisma dos preconceitos que te dançam
na mente, qual poeira de sombra, recinto a razão.
Recoloque os ideais com novas tintas de alegria,
esperança e coragem, no combate aos erros bastas vezes milenares.
Estende um pensamento bom aos cépticos transviados no
Dédalo das indagações contraditórias, ferre toados no duelo interior da dúvida.
Foge à voz bramidora da censura para que os teus lábios
festejem os ouvidos alheios expressões de conselho e acentos de consolo.
Borda a palavra com doçura e repete mansamente a própria
benção quando a tua voz se perca entre os clamores dos que passam a vociferar
rebeldia e avançam espavoridos por veredas em chamas.
Socorre a mães desditosas, cujos filhinhos doentes vertem
lágrimas a se transmutarem nos lavores macilentos da morte.
Afaga, ao calor das frases de fraternidade revigora Dora,
as têmporas encanecidas e latejantes que te suplicam algum óbolo de carinho.
Desfaze o véu do pranto de agonia de quem chora às
ocultas, no sarcófago das trevas de si mesmo.
Derrama preces confortativas entre os peregrinos da morte
que não se resguardaram para a Grande Viagem e carreiam o coração em atropelos,
de espanto a espanto, ante a perpetuidade da vida.
Em toda estrada vicejam alfombras de sorrisos e chovem
lágrimas de aflição, mas o amor, com o Cris to, recupera a poesia perdida ao
longo do nosso caminho, pois só ele transforma o miasma em perfume, o incêndio
em luz, o espinho em flor, o deserto em jardim e a queda em ascensão.
Manuel Quintão - Livro: “O Espírito da Verdade”-
Psicografia Francisco C. Xavier e Waldo Vieira- Espíritos Diversos
NO CONVÍVIO DO
CRISTO
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as
coisas velhas já Passaram; eis que tudo se fez novo”
Paulo (II Coríntios, 5:17.)
É comum ouvirmos a cada passo observações de companheiros
desarvorados e abatidos, a fixarem emoções e pensamentos em pessimismo e
azedume, qual se acalentassem espinheiros e charcos submersos neles mesmos.
Respiram e caminham, transportando consigo enorme
submundo de mágoas e desilusões, deixando, onde pisem, escuro rastro de fel.
Falam de experiências dolorosas da própria vida íntima,
empregando mil frases tortuosas e contundentes no apontamento que poderiam
encaixar em algumas poucas palavras claras e simples.
Dramatizam desencantos.
Reconstituem doenças passadas, com a volúpia de que lhes
procura o indesejável convívio.
Queixam-se de ingratidões.
Apontam preterições e prejuízos que sofreram em épocas
precedentes.
Historiam episódios tristes que a vida já relegou aos
arquivos do tempo.
E, com isso, envenenam a vida e enceguecem a própria
alma, incapazes de perceber que o evangelho é luz e renovação nos campos do
espírito.
Se antigas dores e problemas superados te voltam à
imaginação, esquece-os e segue adiante...
Pensa no melhor que te espera e busca voluntariamente o
trabalho a fazer.
Consoante a assertiva do Apóstolo, se alguém permanece em
Cristo, nova criatura é, porque, efetivamente, quando a nossa vida está em
Jesus, tudo em nós e diante de nós se faz novo.
EMMANUEL - Livro Palavras de Vida Eterna. Francisco Cândido Xavier
NO CONVÍVIO DE CRISTO
I
“Se me amais, guardareis os meus mandamentos.” – Jesus. (SOLO,
14:15.)
Sem dúvida que são várias as atitudes pelas quais
denotamos a nossa posição, diante do Cristo.
Ser-nos-á sempre fácil:
admitir-lhe a grandeza e tributar-lhe honrarias;
estudar-lhe as lições e transmitir-lhe os ensinos;
apaixonar-nos por seu apostolado e exaltar-lhe a
personalidade nos valores artísticos;
aceitar-lhe as revelações e defendê-la com veemência;
receber-lhe as concessões e entoar-lhe louvores;
identificar-lhe o poder e respeitar-lhe a influência;
reconhecer-lhe a bondade e formar, no culto a ele, entre
os melhores adoradores;
perceber-lhe a tolerância e abusar-lhe do próprio
nome.'..
Tudo isso, realmente, ser-nos-á possível, sem o menor constrangimento,
no campo das manifestações exteriores.
Entretanto, para usufruir a intimidade de Jesus e
senti-la no coração, é imprescindível amá-lo, compartilhando-lhe a obra e a
vida. Eis porque o Divino Mestre foi claro e insofismável, quando asseverou para
os aprendizes que tão-somente os que o amem saberão trilhar-lhe o caminho e
guardar-lhe os mandamentos.
Do livro Palavras de Vida Eterna. Espírito Emmanuel de Francisco Cândido Xavier.
ESPIRITISMO E NÓS
“Se me amardes, guardareis
os meus mandamentos”. JESUS - JOÃO, 14: 15.
“Espiritismo vem realizar, na época prevista, as
promessas do Cristo.
Entretanto, não o pode fazer sim destruir os abusos. ” -
Cap. 23, 17.
Todas as religiões garantem retiros e internatos,
organizações e hierarquias para a formação de orientadores condicionados, que
lhes exponham as instruções, segundo o controle que lhes parece conveniente.
A Doutrina Espírita, revivendo o Cristianismo puro, é a
religião do esclarecimento livre.
Mas se nós, os espíritas encarnados e desencarnados,
situamos nossas pequeninas pessoas, acima dos grandes princípios que a
expressam, estaremos muito distantes dela, confundid3s nos delírios do
personalismo deprimente, em nome da liberdade.
Todas as religiões amontoam riquezas terrestres, através
de templos suntuosos, declarando que assim procedem para render homenagem
condigna à Divina Bondade.
A Doutrina Espírita, revivendo o Cristianismo puro, é a
religião do desprendimento.
Entretanto, se nós, os espíritas encarnados e
desencarnados, encarcerarmos a própria mente nas hipnoses de adoração a pessoas
ou na ilusão de posses materiais passageiras, tombaremos em amargos processos
de obsessão mútua, descendo à condição de vampiros intelectualizados uns dos
outros, gravitando em torno de interesses sombrios e perdendo a visão dos
Planos Superiores.
Todas as religiões cultivam rigoroso sentido de seita,
mantendo a segregação dos profitentes.
A Doutrina Espírita, revivendo o Cristianismo puro, é a
religião da solidariedade.
Contudo, se nós, os espíritas encarnados e desencarnados
abraçarmos aventuras e distorções, em torno do ensino espírita, , ainda mesmo
quando inocentes e piedosas,.
na conta de fraternidade, levantaremos novas Inquisições
do fanatismo e da violência contra nós mesmos.
Todas as religiões sustentam claustros ou discriminações,
a pretexto de se resguardarem contra o vício.
A Doutrina Espírita, revi vendo o Cristianismo puro, é a
religião do pensamento reto.
Todavia, se nós, os espíritas encarnados e desencarnados,
convocados a servir no mundo desertarmos do concurso aos semelhantes, a título
de suposta humildade ou por temor de preconceitos, acabaremos inúteis, nos
círculos fechados da virtude de superfície.
Todas as religiões, de um modo ou de outro alimentam
representantes e ministérios remunerados.
A Doutrina Espírita, revivendo o Cristianismo puro, é a
religião da assistência gratuita.
No entanto, se nós, os espíritas encarnados e
desencarnados, fugirmos de agir, viver e aprender à custa do esforço próprio,
incentivando tarefeiros pagos e cooperações financiadas, cairemos, sem
perceber, nas sombras do profissionalismo religioso.
Todas as religiões são credoras de profundo respeito e de
imensa gratidão pelos serviços que prestam à Humanidade.
Nós, porém, os espíritas encarnados e desencarnados, não
podemos esquecer que somos chamados a reviver o Cristianismo puro, a fim de que
as leis do Bem Eterno funcionem na responsabilidade de cada consciência.
Exortou-nos o Cristo: “Amai-vos uns aos outros como eu
vos amei.¨
” E prometeu: “Conhecereis a verdade e a verdade vos fará
livres.¨
” Proclamou Kardec: “Fora da caridade não há salvação.¨
” E esclareceu: “Fé verdadeira é aquela que pode encarar
a razão face à face.¨
” Isso quer dizer que sem amor não haverá luz no caminho
e que sem caridade não existirá tranquilidade para ninguém, mas estes mesmos
enunciados significam igualmente que sem justiça e sem lógica, os nossos
melhores sentimentos podem transfigurar- se em meros caprichos do coração.¨¨
Emmanuel: do livro O Livro da Esperança - Psicografado
por FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
ESPÍRITAS, INSTRUI-VOS
“Mas aquele Consolador, a Santo Espírito que o Pai
enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as cousas e vos fará lembrar de
tudo quanto vos tenho dito.” JESUS - JOAO, 14:26,
“Espíritas,
amai-vos! Este o primeiro ensino! Instrui-vos, este o segundo.” - Cap. V1, 5.
Prevenir e recuperar
são atitudes que se ampliam entre os homens, à medida que se acentua o progresso da Humanidade.
Aparecem noções de
civilização e responsabilidade e levantam-se ideias de burilamento e defesa.
Quanto pudermos,
porém, não os restrinjamos ao amparo de superfície.
Imperioso tratar
as águas da fonte, no entanto, cansar-nos-emos debalde, se não lhe
resguardarmos a limpeza no nascedouro.
Educação e
reeducação constituem a síntese de toda obra consagrada ao aprimoramento do
mundo.
Gastam-se verbas fabulosas
em apetrechos bélicos e raro surge alguém com bastante abnegação para despender
a1gum dinheiro na assistência gratuita aos semelhantes, para que se lhes
pacifique o raciocínio conflagrado.
Espantamo-nos,
diante do desajustamento juvenil, a desbordar-se em tragédias de todos os
tipos, e pouco realizamos, a fim de que a criança encontre no lar o necessário
desenvolvimento com segurança de espírito.
Monumentalizamos
instituições destinadas à cura dos desequilíbrios mentais e quase nada fazemos
por afastar de nós mesmos os vícios do pensamento, com que nos candidatamos ao
controle da obsessão.
Clamamos contra os
desregramentos de muitos, afirmando que a Terra está em vias de desintegração
pela ausência de valores morais e, na maioria das circunstâncias, somos dos
primeiros a exigir lugar na carruagem do excesso, reclamando direitos e
privilégios, com absoluto esquecimento de comezinhos deveres que a vida nos
preceitua.
Combatamos, sim, o
câncer e a poliomielite, a ulceração e a verminose, mas busquemos igualmente
extinguir o aborto e a toxicomania, a preguiça e a intemperança que, muitas
vezes, preparam.
a delinqüência e a
enfermidade por crises agudas de ignorância.
Para isso e para
que nos disponhamos A conquista da vida vitoriosa é que o Espírito de Verdade,
nos primórdios da Codificação
Kardequiana, nos advertiu claramente “Espíritas, instruí-vos”
Emmanuel- do livro " O Livro da Esperança" -
Psicografado por FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
CRISTÃOS SEM CRISTO
“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados
que eu vos aliviarei.” JESUS -MATEUS, 11: 28.
“Assim, o
Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento dos
cousas, fazendo que o homem saiba donde vem para onde vai e porque está na
Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus, consola pela fé e
pela esperança”. Cap. VI, 4.
Reverencia o
Divino Mestre, com todas as forças da alma, entretanto, não menosprezes
honrá-lo na pessoa dos semelhantes.
Guarda-lhe as
memórias entre flores de carinho, mas estende os braços aos que clamam por ele,
entre os espinhos da aflição.
Esculpe -lhe as
reminiscências nas obras-primas da estatutária, sem qualquer intuito de
idolatria, satisfazendo aos ideais de perfeição que -a beleza te arranca aos
sonhos de arte, no entanto, socorre, pensando nele, aos que passam diante de
ti, retalhados pelo cinzel oculto do sofrimento.
Imagina-1he o
semblante aureolado de amor, ao fixá-lo nas telas em que se te corporifiquem os
anseios de luz, mas suaviza o infortúnio dos que esperam por ele, nos quadros
vivos da angústia humana.
Proclama-lhe a glória
invencível no verbo eloquente, mas deixa que a sinceridade e a brandura te brilhem
na boca, serenando, em seu nome, os corações atormentados que duvidam e se
perturbam entre as sombras da Terra.
Grava-lhe os
ensinamentos inesquecíveis, movimentando a pena que te configura as luminosas
inspirações, no entanto, assinala as diretrizes dele com a energia renovadora
dos teus próprios exemplos.
Dedica-lhe os
cânticos de fidelidade e louvor que te nascem da gratidão, mas ouve os apelos
dos que jazem detidos nas trevas, suplicando-lhe liberdade e esperança.
Busca-lhe a
presença, no culto da prece, rogando-lhe apoio e consolação, no entanto,
oferece-lhe mãos operosas no auxílio aos que varam o escuro labirinto da agonia
moral, para os quais essa ou aquela ninharia de tuas facilidades constitui novo
estímulo à paciência.
Através de numerosas
reencarnações, temos sido cristãos sem Cristo.
Conquistadores,
não nos pejávamos de implorar-lhe patrocínio aos excessos do furto.
Latifundiários
cruéis, não nos envergonhávamos de solicitar-lhe maior número de escravos que
nos atendessem ao despotismo, em clamorosos sistemas de servidão.
Piratas,
dobrávamos insensatamente os joelhos para agradecer-lhe a presa fácil.
Guerreiros,
impetrávamos dele, em absoluta insanidade, nos inspirasse o melhor modo de
oprimir.
Agora que a
Doutrina Espírita no-lo revela, por mentor claro e direto da alma, ensinando-nos
a responsabilidade de viver, é imperioso saibamos dignificá-lo na própria
consciência, acima de demonstrações exteriores, procurando refleti-lo em nós
mesmos.
Entretanto, para,
que isso aconteça, é preciso, antes de tudo, matricular o raciocínio na escola
da caridade, que será sempre a mestra
sublime do coração.
Emmanuel - do livro " O Livro da Esperança" -
Psicografado por FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
NA DIFUSÃO DO ESPIRITISMO
"E eu rogarei
ao Pai e Ele vos dará outro Consolador para que fique convosco para
sempre".- Jesus (João, 14:16)
Na
condição daquele Consolador prometido por Jesus à Humanidade o Espiritismo, sem
dúvida, atingirá todas as consciências.
Entretanto, à frente das múltiplas
interpretações que se lhe imprimem nos mais variados núcleos humanos, de que
modo esperar o cumprimento da promessa do Cristo? Nesse sentido recordemos os
primórdios da Codificação Kardequiana. Preocupado com o mesmo assunto Allan
Kardec formulou a Questão nº. 789, de "O Livro dos Espíritos", à qual
os seus instrutores Espirituais, solícitos, responderam: "Certamente que o
Espiritismo se tornará crença geral e marcará nova era na história da
Humanidade, porque está na natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre
os conhecimentos humanos. Terá, no entanto, que sustentar grandes lutas, mais
contra o interesse do que contra a convicção, porquanto não há como dissimular
a existência de pessoas interessadas em combatê-lo, umas por amor-próprio,
outras por causas inteiramente materiais. Porém, como virão a ficar insulados,
seus contraditores se sentirão forçados a pensar como os demais, sob pena de se
tornarem ridículos".
Certifiquemo-nos, pois, de que, na difusão dos princípios espíritas,
estamos todos em luta do bem para a extinção do mal e de que ninguém alcançará
a suspirada vitória sem a vontade de aprender e a disposição de trabalhar.
Emmanuel - Livro:
Segue-me. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
AO CLARÃO DA VERDADE
“Mas quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos
guiará em toda verdade...” – Jesus (João
16:13)
De que
maneira vencerá o Espiritismo os obstáculos que se lhe agigantam à frente? Há
companheiros que indagam: — “Devemos disputar saliência política ou dominar a
fortuna terrestre?”
Enquanto isso outros enfatizam a ilusória necessidade da
guerra verbal a greis ou pessoas.
Dentro do
assunto, no entanto, transcrevemos a Questão Nº 799 de “O Livro dos Espíritos”.
Prudente e
claro, Kardec formulou, aos orientadores espirituais de sua obra, a seguinte
interrogação: “De que maneira pode o Espiritismo contribuir para o progresso””
E, na lógica de sempre, eis que eles responderam:
“Destruindo o materialismo que é uma das chagas da sociedade, ele faz
que os homens compreendam onde se encontram seus verdadeiros interesses.
Deixando a vida futura de estar velada pela dúvida, o homem perceberá melhor
que, por meio do presente, lhe é dado preparar o seu futuro. Abolindo os
prejuízos de seitas, castas e cores, ensina aos homens a grande solidariedade
que os há de unir como irmãos”.
Não nos
iludamos com respeito às nossas tarefas. Somos todos chamados pela Bênção do
Cristo a fazer luz no mundo das consciências — a começar de nós mesmos —,
dissipando as trevas do materialismo ao clarão da Verdade, não pelo espírito da
força, mas pela força do espírito, a expressar-se em serviço, fraternidade,
entendimento e educação.
Por Emmanuel, do livro Segue-me!... , Francisco Cândido
Xavier
SEM RUÍDOS
"Mas quando vier aquele Espírito de Verdade, ele vos
guiará em toda a verdade". – Jesus (João, 16:13)
O caminho de toda a Verdade e Jesus Cristo. O Mestre veio
ao mundo instalar essa verdade para que os homens fossem livres e organizou o programa
dos cooperadores de seu divino trabalho, para que se preparasse
convenientemente o caminho infinito. No fim da estrada colocou a redenção e deu
as criaturas o amor como guia.
Conforme sabemos, o guia é um só para todos. E vieram os
homens para o serviço divino. Com os cooperadores vinham, porém, os gênios sombrios,
que se ombreavam com eles nas cavernas da ignorância. A religião, como
expressão universalista do amor, que e o guia, pairou sempre pura acima das
misérias que chegaram ao grande campo; mas este ficou repleto das absurdidades.
O caminho foi quase obstruído.
A ambição exigiu impostos dos que desejavam passar, o
orgulho reclamou a direção dos movimentos, a vaidade pediu espetáculos, a
conveniência requisitou mascaras, a política inferior estabeleceu guerras, a
separatividade provocou a hipnose do sectarismo.
O caminho ficou atulhado de obstáculos e sombras e o
interessado, que e o espírito humano, encontra óbices infinitos para a
passagem.
O quadro representa uma resposta a quantos perguntarem
sobre os propósitos do Espiritismo cristão, sendo que o homem já conhece todos
os deveres religiosos. Ele e aquele Espírito de Verdade que vem lutar contra os
gênios sombrios que vieram das cavernas da ignorância e invadiram o campo do
Cristo.
Mas, guerrear como: Jesus não pediu a morte de ninguém.
Sim, o Espírito de Verdade vem como a luz que combate e vence as sombras, sem
ruídos. Sua missão e transformar, iluminando o caminho para que os homens vejam
o amor, que constitui o guia único para todos, até a redenção.
Livro SEGUE-ME - FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER – PELO ESPÍRITO
DE EMMANUEL
AO SOL DA VERDADE
“Mas quando vier aquele Espírito de Verdade, ele vos
guiará em toda a verdade...” – JESUS. (João, 16:13).
De que maneira
vencerá o Espiritismo os obstáculos que se lhe agigantam a frente? Há
companheiros que indagam:- “Devemos disputar saliência política ou dominar a
fortuna terrestre?” Enquanto isso,
outros enfatizam a ilusória necessidade da guerra verbal a greis ou pessoas.
Dentro do
assunto, no entanto, transcrevemos a Questão nº 799, de “O Livro dos
Espíritos”.
Prudente e claro,
Kardec formulou, aos orientadores espirituais de sua obra, a seguinte
interrogação: “De que maneira pode o Espiritismo contribuir para o progresso?”
E, na lógica de sempre, eis que eles responderam:
“Destruindo o
materialismo que é uma das chagas da sociedade, ele faz que os homens
compreendam onde se encontram seus verdadeiros interesses.”
Deixando a vida
futura de estar velada pela dúvida, o homem perceberá melhor que, por meio do
presente, lhe é dado preparar o seu futuro.
Abolindo os
prejuízos de seitas, castas e cores, ensina aos homens a grande solidariedade
que os há de unir como irmãos.”
Não nos iludamos,
com respeito às nossas tarefas. Somos todos chamados pela Bênção do Cristo a
fazer luz no mundo das consciências – a começar de nós mesmos -, dissipando as
trevas do materialismo ao clarão da Verdade, não pelo espírito da força, mas pela
força do espírito, a expressar-se em serviço, fraterno, entendimento e
educação.
Francisco Cândido
Xavier - Livro Ceifa de Luz - Pelo Espírito Emmanuel
FACHO LIBERTADOR
Consolador prometido por Jesus, o Espiritismo alcança o
homem por mensageiro divino, estendendo-lhe as chaves da própria libertação.
Rompe os limites que lhe circunvalam o planeta, em forma
de horizontes, e descortina-lhe a visão do Universo, povoado de mundos
inumeráveis, rasgando a venda de ilusão que lhe empana a ideia da vida.
Funde as grades da incompreensão, entre as quais se
acredita cobaia pensante em vale de lágrimas, e fala-lhe da justiça perfeita e
da bondade incomensurável do Criador que concede oportunidades iguais a todas
as criaturas, nos planos multiformes da Criação, extirpando a cegueira que lhe
escurece o entendimento e ensinando-lhe a reconhecer que deve a si mesmo o bem
ou mal, que lhe repontem da senda.
Parte as grilhetas de sombra, que lhe encerram a inteligência
em falsos princípios de maldição e favor, impropriamente atribuídos à Excelsa
Providência, e oferece-lhe o conhecimento da reencarnação do espírito, em
aperfeiçoamento gradativo na Terra ou em outros mundos.
Derrete as algemas de tristeza que lhe aprisionam o
sentimento, na tenebrosa perspectiva de eterno adeus perante a morte, e
clareia-lhe o raciocínio na consoladora luz da sobrevivência, para além da
estância física.
Solucionando em cada um de nós os problemas da evolução e
do ser, da dor e do destino, o Espiritismo é o facho libertador, desatando
correntes de angústia, demolindo muralhas de separação, eliminando clausuras de
pessimismo e abolindo cativeiros de ignorância.
Se te encontras, quanto nós, entre aqueles que tanto
recebem da Nova Revelação, perguntemos a nós mesmos o que lhe damos em serviço
e apoio, cooperação e amor, porque sendo o Espiritismo crédito e prestigio de
Cristo entregues às nossas consciências endividadas, é natural que a conta e o
rendimento que se relacionem com ele seja responsabilidade em nossas mãos.
De Opinião Espírita, de Francisco Cândido Xavier e Waldo
Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz
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