APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

E.S.E. - CAPÍTULO VI - ITEM 3 E 4 - CONSOLADOR PROMETIDO



3 – Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro consolador, para que fique eternamente convosco, o Espírito da Verdade, a quem o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece. Mas vós o conhecereis, porque ele ficará convosco e estará em vós. – Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito. (João, XIV: 15 a 17 e 26)

4 – Jesus promete outro consolador: é o Espírito da Verdade, que o mundo ainda não conhece, pois que não está suficientemente maduro para compreendê-lo, e que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para fazer lembrar o que Cristo disse. Se, pois, o Espírito da Verdade deve vir mais tarde, ensinar todas as coisas, é que o Cristo não pode dizer tudo. Se ele vem fazer lembrar o que o Cristo disse, é que o seu ensino foi esquecido ou mal compreendido.
O Espiritismo vem, no tempo assinalado, cumprir a promessa do Cristo: o Espírito da Verdade preside ao seu estabelecimento. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas, fazendo compreender o que o Cristo só disse em parábolas. O Cristo disse: “que ouçam os que têm ouvidos para ouvir”. O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porque ele fala sem figuras e alegorias. Levanta o véu propositalmente lançado sobre certos mistérios, e vem, por fim, trazer uma suprema consolação aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, ao dar uma causa justa e um objetivo útil a todas as dores.
Disse o Cristo: “Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados”. Mas como se pode ser feliz por sofrer, se não se sabe por que se sofre?
O Espiritismo revela que a causa está nas existências anteriores e na própria destinação da Terra, onde o homem expia o seu passado. Revela também o objetivo, mostrando que os sofrimentos são como crises salutares que levam à cura, são a purificação que assegura a felicidade nas existências futuras. O homem compreende que mereceu sofrer, e acha justo o sofrimento. Sabe que esse sofrimento auxilia o seu adiantamento, e o aceita sem queixas, como o trabalhador aceita o serviço que lhe assegura o salário. O Espiritismo lhe dá uma fé inabalável no futuro, e a dúvida pungente não tem mais lugar na sua alma. Fazendo-o ver as coisas do alto, a importância das vicissitudes terrenas se perde no vasto e esplêndido horizonte que ele abarca, e a perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a paciência, a resignação e a coragem, para ir até o fim do caminho.

Assim realiza o Espiritismo o que Jesus disse do consolador prometido: conhecimento das coisas, que faz o homem saber de onde vem, para onde vai e porque está na Terra, lembrança dos verdadeiros princípios da lei de Deus, e consolação pela fé e pela esperança.



TEXTOS DE APOIO


ANUNCIAÇÃO DO CONSOLADOR

35. “Se me amais, guardai os meus mandamentos — e eu pedirei a meu Pai e Ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: — O Espírito de Verdade que o mundo não pode receber, porque não o vê; vós, porém, o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós. — Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e fará vos lembreis de tudo o que vos tenho dito.” (João, 14:15 a 17 e 26; O evangelho segundo o espiritismo, cap. VI.)

36. “Entretanto, digo-vos a verdade: Convém que eu me vá, porquanto, se eu não me for, o Consolador não vos virá; eu, porém, me vou e vo-lo enviarei. — E, quando ele vier, convencerá o mundo no que respeita ao pecado, à justiça e ao juízo; — no que respeita ao pecado, por não terem acreditado em mim; — no que respeita à justiça, porque me vou para meu Pai e não mais me vereis; no que respeita ao juízo, porque já está julgado o príncipe deste mundo. Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas presentemente não as podeis suportar. Quando vier esse Espírito de Verdade, ele vos ensinará toda a verdade, porquanto não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tenha escutado e vos anunciará as coisas porvindouras. Ele me glorificará, porque receberá do que está em mim e vo-lo anunciará.”
(João, 16:7 a 14.)

37. Esta predição, não há contestar, é uma das mais importantes, do ponto de vista religioso, porquanto comprova, sem a possibilidade do menor equívoco, que Jesus não disse tudo o que tinha a dizer, pela razão de que não o teriam compreendido nem mesmo seus apóstolos, visto que a eles é que o Mestre se dirigia. Se lhes houvesse dado instruções secretas, os Evangelhos fariam referência a tais instruções. Ora, desde que Ele não disse tudo a seus apóstolos, os sucessores destes não terão podido saber mais do que eles, com relação ao que foi dito; ter-se-ão possivelmente enganado, quanto ao sentido das palavras do Senhor, ou dado interpretação falsa aos seus pensamentos, muitas vezes velados sob a forma parabólica.
As religiões que se fundaram no Evangelho não podem, pois, dizer-se possuidoras de toda a verdade, porquanto Ele, Jesus, reservou para si a completação ulterior de seus ensinamentos. O princípio da imutabilidade, em que elas se firmam, constitui um desmentido às próprias palavras do Cristo.
Sob o nome de Consolador e de Espírito de Verdade, Jesus anunciou a vinda daquele que havia de ensinar todas as coisas e de lembrar o que Ele dissera. Logo, não estava completo o seu ensino. E, ao demais, prevê não só que ficaria esquecido, como também que seria desvirtuado o que por Ele fora dito, visto que o Espírito de Verdade viria tudo lembrar e, de combinação com Elias, restabelecer todas as coisas, isto é, pô-las de acordo com o verdadeiro pensamento de seus ensinos.

38. Quando terá de vir esse novo revelador? É evidente que se, na época em que Jesus falava, os homens não se achavam em estado de compreender as coisas que lhe restavam a dizer, não seria em alguns anos apenas que poderiam adquirir as luzes necessárias a entendê-las. Para a inteligência de certas partes do Evangelho, excluídos os preceitos morais, faziam-se mister conhecimentos que só o progresso das ciências facultaria e que tinham de ser obra do tempo e de muitas gerações. Se, portanto, o novo Messias tivesse vindo pouco tempo depois do Cristo, houvera encontrado o terreno ainda nas mesmas condições e não teria feito mais do que o mesmo Cristo. Ora, desde aquela época até os nossos dias, nenhuma grande revelação se produziu que haja completado o Evangelho
e elucidado suas partes obscuras, indício seguro de que o Enviado ainda não aparecera.

39. Qual deverá ser esse Enviado? Dizendo: “Pedirei a meu Pai e Ele vos enviará outro Consolador”, Jesus claramente indica que esse Consolador não seria Ele, pois, do contrário, dissera: “Voltarei a completar o que vos tenho ensinado.” Não só tal não disse, como acrescentou: “A fim de que fique eternamente convosco e ele estará em vós.” Esta proposição não poderia referir-se a uma individualidade encarnada, visto que não poderia ficar eternamente conosco, nem, ainda menos, estar em nós; compreendemo-la, porém, muito bem com referência a uma doutrina, a qual, com efeito, quando a tenhamos assimilado, poderá estar eternamente em nós. O Consolador é, pois, segundo o pensamento de Jesus, a personificação de uma doutrina soberanamente consoladora, cujo inspirador há de ser o Espírito de Verdade.

40. O Espiritismo realiza, como ficou demonstrado (cap. I, item 30), todas as condições do Consolador que Jesus prometeu. Não é uma doutrina individual, nem de concepção humana; ninguém pode dizer-se seu criador. É fruto do ensino coletivo dos Espíritos, ensino a que preside o Espírito de Verdade. Nada suprime do Evangelho: antes o completa e elucida. Com o auxílio das novas leis que revela, conjugadas essas leis às que a Ciência já descobrira, faz se compreenda o que era ininteligível e se admita a possibilidade daquilo que a incredulidade considerava inadmissível. Teve precursores e profetas, que lhe pressentiram a vinda.
Pela sua força moralizadora, ele prepara o reinado do bem na Terra.
A doutrina de Moisés, incompleta, ficou circunscrita ao povo judeu; a de Jesus, mais completa, se espalhou por toda a Terra, mediante o Cristianismo, mas não converteu a todos; o Espiritismo, ainda mais completo, com raízes em todas as crenças, converterá a humanidade.(185)
(185)Nota de Allan Kardec: Todas as doutrinas filosóficas e religiosas trazem o nome do seu fundador. Diz-se: o Moisaísmo, o Cristianismo, o Maometismo, o Budismo, o Cartesianismo, o Furrierismo, o Sansimonismo etc. A palavra Espiritismo, ao contrário, não lembra nenhuma personalidade; encerra uma ideia geral, que ao mesmo tempo indica o caráter e o tronco multíplice da Doutrina.

41. Dizendo a seus apóstolos: “Outro virá mais tarde, que vos ensinará o que agora não posso ensinar”, proclamava Jesus a necessidade da reencarnação. Como poderiam aqueles homens aproveitar do ensino mais completo que ulteriormente seria ministrado; como estariam aptos a compreendê-lo, se não tivessem de viver novamente? Jesus houvera proferido uma coisa inconsequente se, de acordo com a doutrina vulgar, os homens futuros houvessem de ser homens novos, almas saídas do nada por ocasião do nascimento. Admita-se, ao contrário, que os apóstolos e os homens do tempo deles tenham vivido depois; que ainda hoje revivem, e plenamente justificada estará a promessa de Jesus. Tendo-se desenvolvido ao contato do progresso social, a inteligência deles pode presentemente comportar o que então não podia. Sem a reencarnação a promessa de Jesus fora ilusória.

42. Se disserem que essa promessa se cumpriu no dia de Pentecostes, por meio da descida do Espírito Santo, poder-se-á responder que o Espírito Santo os inspirou, que lhes desanuviou a inteligência, que desenvolveu neles as aptidões mediúnicas destinadas a facilitar-lhes a missão, porém que nada lhes ensinou além daquilo que Jesus já ensinara, porquanto, no que deixaram, nenhum vestígio se encontra de um ensinamento especial. O Espírito Santo, pois, não realizou o que Jesus anunciara relativamente ao Consolador; a não ser assim, os apóstolos teriam elucidado o que, no Evangelho, permaneceu obscuro até o dia de hoje e cuja interpretação contraditória deu origem às inúmeras seitas que dividiram o Cristianismo desde os primeiros séculos.

A GENESE - ALLAN KARDEC - PARTE: AS PREDIÇÕES SEGUNDO O ESPIRITISMO -  CAPITULO XVII - PREDIÇÕES DO EVANGELHO




ANTE O CONSOLADOR PROMETIDO

Lembremo-nos de que Jesus, em nos prometendo a vinda do Consolador, anunciava-nos, decerto, não a liberação milagrosa de nossos compromissos perante a Lei, mas sim a presença da luz que nos familiarizaria com a verdade.
E a verdade é que todos trazemos do pretérito obscuro certa herança de sombras que valem por dores difíceis de suportar na aflitiva liquidação de nossos erros.
Todos suplicamos, antes do aprendizado terreno, os elementos indispensáveis à própria restauração.
Aqui, é alguém que pede o cálice de moléstias amargas para a cura de complicados desequilíbrios do sentimento; ali, é um coração que roga ensejos de entendimento e renúncia, em favor dos outros, para atender à recuperação de si mesmo enquanto que, mais além, há criaturas que imploram o reencontro com rudes adversários no reduto doméstico e irmãos que insistem por deter provas ásperas, no campo social em que sofrerão, de retorno, as ondas de crueldade que arrojaram de si, no culto ominoso do egoísmo e da vaidade.
Todavia, quando no Plano Físico, recebendo os recursos por que suspiram, tocam a desvairar-se na inconformação e no desespero, recusando, desorientados, o remédio que disputaram, a benefício da própria vida.
Temos, no entanto, na atualidade da Terra, por acréscimo de Misericórdia Divina, o grande explicador no Espiritismo Cristão, que nos consola e esclarece.
Descortinando-nos a causa das aflições que nos ferem, descerra-nos horizontes sempre mais belos, para que não nos percamos no vale da indecisão.
Assim como o lavrador recebe o arado para rasgar abençoado sulco no solo, tanto quanto o aprendiz recolhe a lição para aproveita-la, saibamos encontrar na fé que nos ampara a força necessária para a justa solução de nossas dívidas, a fim de que tracemos renovado caminho que nos conduza em paz à vitória da luz.

Livro: Linha Duzentos – Francisco Cândido Xavier – Pelo Espírito Emmanuel



DISCÍPULOS DO CRISTO

Somos discípulos do Cristo.
Mas, repetindo com Ele a sublime afirmação:-“Pai nosso que estais no céu”-, esperamos que Deus se transforme em nosso escravo particular, atento às nossas ilusões e caprichos.
Somos discípulos do Cristo.
Contudo, redizendo-lhe as inesquecíveis palavras de submissão ao Criador: -“Seja feita a vossa vontade”-, assemelhamo-nos a vulcões de imprecações, sempre que nos sintamos contrariados na execução de pequeninos desejos.
Somos discípulos do Cristo.
Entretanto, refazendo-lhe a súplica ao Pai de Infinito Amor:-“o pão de cada dia dai-nos hoje”-, reclamamos à carcaça do boi e a safra do trigo exclusivamente para a nossa casa, esquecendo-nos de que, ao redor de nossa mesa insaciável, milhares de companheiros desfalecem de fome.
Somos discípulos do Cristo.
Todavia, depois de implorar com o Sábio Orientador à Eterna Justiça:-“perdoai as nossas dívidas”-, mentalizamos, de imediato, a melhor maneira de cultivar aversões e malquerenças, aperfeiçoando, assim, os métodos de odiar os mais fortes e oprimir os mais fracos.
Somos discípulos do Cristo.
“No entanto, mal acabamos de pedir a Deus, em companhia do Grande Benfeitor:-” Não nos deixeis cair em tentação “-, procuramos, por nós mesmos, aprisionar o sentimento nas esparrelas do vício”.
Somos discípulos do Cristo.
Contudo, rogando ao Todo-Poderoso, junto do Inefável Companheiro:-“livrai-nos de todo mal”-, construímos canhões e fabricamos bombas mortíferas para arrasar a vida dos semelhantes.
Somos discípulos do Cristo.
Mas convertemos o próximo em alimária de nossos interesses escusos, olvidando o dever da fraternidade, para desfrutarmos, no mundo a parte do leão.
É por isso que somos, na atualidade da Terra, os cristãos incrédulos, que ensinam sem crer e pregamos sem praticar, trazendo o cérebro luminoso e o coração amargo.
E é assim que, atormentados por dificuldades e crises de toda espécie-aflitiva colheita de velhos males-, cada qual de nós tem necessidade de prosterna-se perante o Mestre Divino, à maneira do escriba do Evangelho, guardando nauta o próprio sonho de felicidade, enfermiço ou semimorto, a escorar em contraditória rotativa:-“Senhor, eu creio! Ajuda a minha incredulidade!”

Jacinto Fagundes - Livro: “O Espírito da Verdade”- Psicografia Francisco C. Xavier e Waldo Vieira- Espíritos Diversos




A POESIA PERDIDA

O consolador é a onipresença de Jesus na Terra.
Ao influxo da Benemerência Celeste, ele asse rena os gestos impensados das criaturas que gemem esporeadas pelas provações; aplaca os gritos blasfemos que se elevam de muitas bocas com requintes insaciáveis de orgulho; recompõe os rostos entendidos pelo fogo de multifárias paixões e soergue os proscritos do remorso que se escondem nas dores devoradoras, desmemoriados na retificação que o destino lhes retraça.
O Consolador Prometido!...
Sarson corda!
Ris, nom verba!...
Seguindo-lhe os ditames, jamais desfeches o alvo em mira, pois os olhos voltívolos não podem fixar os painéis vislumbrados nos cimos.
Recorda que todas as cenas humanas têm seus bastidores espirituais. Se vives em ânsia de paz interior, sustém o império sobre ti mesmo.
Espaneja em ti a carisma dos preconceitos que te dançam na mente, qual poeira de sombra, recinto a razão.
Recoloque os ideais com novas tintas de alegria, esperança e coragem, no combate aos erros bastas vezes milenares.
Estende um pensamento bom aos cépticos transviados no Dédalo das indagações contraditórias, ferre toados no duelo interior da dúvida.
Foge à voz bramidora da censura para que os teus lábios festejem os ouvidos alheios expressões de conselho e acentos de consolo.
Borda a palavra com doçura e repete mansamente a própria benção quando a tua voz se perca entre os clamores dos que passam a vociferar rebeldia e avançam espavoridos por veredas em chamas.
Socorre a mães desditosas, cujos filhinhos doentes vertem lágrimas a se transmutarem nos lavores macilentos da morte.
Afaga, ao calor das frases de fraternidade revigora Dora, as têmporas encanecidas e latejantes que te suplicam algum óbolo de carinho.
Desfaze o véu do pranto de agonia de quem chora às ocultas, no sarcófago das trevas de si mesmo.
Derrama preces confortativas entre os peregrinos da morte que não se resguardaram para a Grande Viagem e carreiam o coração em atropelos, de espanto a espanto, ante a perpetuidade da vida.
Em toda estrada vicejam alfombras de sorrisos e chovem lágrimas de aflição, mas o amor, com o Cris to, recupera a poesia perdida ao longo do nosso caminho, pois só ele transforma o miasma em perfume, o incêndio em luz, o espinho em flor, o deserto em jardim e a queda em ascensão.

Manuel Quintão - Livro: “O Espírito da Verdade”- Psicografia Francisco C. Xavier e Waldo Vieira- Espíritos Diversos



NO  CONVÍVIO  DO  CRISTO

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já Passaram; eis que tudo se fez novo”
Paulo (II Coríntios, 5:17.)

É comum ouvirmos a cada passo observações de companheiros desarvorados e abatidos, a fixarem emoções e pensamentos em pessimismo e azedume, qual se acalentassem espinheiros e charcos submersos neles mesmos.
Respiram e caminham, transportando consigo enorme submundo de mágoas e desilusões, deixando, onde pisem, escuro rastro de fel.
Falam de experiências dolorosas da própria vida íntima, empregando mil frases tortuosas e contundentes no apontamento que poderiam encaixar em algumas poucas palavras claras e simples.
Dramatizam desencantos.
Reconstituem doenças passadas, com a volúpia de que lhes procura o indesejável convívio.
Queixam-se de ingratidões.
Apontam preterições e prejuízos que sofreram em épocas precedentes.
Historiam episódios tristes que a vida já relegou aos arquivos do tempo.
E, com isso, envenenam a vida e enceguecem a própria alma, incapazes de perceber que o evangelho é luz e renovação nos campos do espírito.
Se antigas dores e problemas superados te voltam à imaginação, esquece-os e segue adiante...
Pensa no melhor que te espera e busca voluntariamente o trabalho a fazer.
Consoante a assertiva do Apóstolo, se alguém permanece em Cristo, nova criatura é, porque, efetivamente, quando a nossa vida está em Jesus, tudo em nós e diante de nós se faz novo.

EMMANUEL - Livro Palavras de Vida Eterna.  Francisco Cândido Xavier



NO CONVÍVIO DE CRISTO  I

“Se me amais, guardareis os meus mandamentos.” – Jesus. (SOLO, 14:15.)

Sem dúvida que são várias as atitudes pelas quais denotamos a nossa posição, diante do Cristo.
Ser-nos-á sempre fácil:
admitir-lhe a grandeza e tributar-lhe honrarias;
estudar-lhe as lições e transmitir-lhe os ensinos;
apaixonar-nos por seu apostolado e exaltar-lhe a personalidade nos valores artísticos;
aceitar-lhe as revelações e defendê-la com veemência;
receber-lhe as concessões e entoar-lhe louvores;
identificar-lhe o poder e respeitar-lhe a influência;
reconhecer-lhe a bondade e formar, no culto a ele, entre os melhores adoradores;
perceber-lhe a tolerância e abusar-lhe do próprio nome.'..
Tudo isso, realmente, ser-nos-á possível, sem o menor constrangimento, no campo das manifestações exteriores.
Entretanto, para usufruir a intimidade de Jesus e senti-la no coração, é imprescindível amá-lo, compartilhando-lhe a obra e a vida. Eis porque o Divino Mestre foi claro e insofismável, quando asseverou para os aprendizes que tão-somente os que o amem saberão trilhar-lhe o caminho e guardar-lhe os mandamentos.

Do livro Palavras de Vida Eterna. Espírito Emmanuel  de Francisco Cândido Xavier.




ESPIRITISMO E NÓS

 “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos”. JESUS - JOÃO, 14: 15.

“Espiritismo vem realizar, na época prevista, as promessas do Cristo.
Entretanto, não o pode fazer sim destruir os abusos. ” - Cap. 23, 17.

Todas as religiões garantem retiros e internatos, organizações e hierarquias para a formação de orientadores condicionados, que lhes exponham as instruções, segundo o controle que lhes parece conveniente.
A Doutrina Espírita, revivendo o Cristianismo puro, é a religião do esclarecimento livre.
Mas se nós, os espíritas encarnados e desencarnados, situamos nossas pequeninas pessoas, acima dos grandes princípios que a expressam, estaremos muito distantes dela, confundid3s nos delírios do personalismo deprimente, em nome da liberdade.
Todas as religiões amontoam riquezas terrestres, através de templos suntuosos, declarando que assim procedem para render homenagem condigna à Divina Bondade.
A Doutrina Espírita, revivendo o Cristianismo puro, é a religião do desprendimento.
Entretanto, se nós, os espíritas encarnados e desencarnados, encarcerarmos a própria mente nas hipnoses de adoração a pessoas ou na ilusão de posses materiais passageiras, tombaremos em amargos processos de obsessão mútua, descendo à condição de vampiros intelectualizados uns dos outros, gravitando em torno de interesses sombrios e perdendo a visão dos Planos Superiores.
Todas as religiões cultivam rigoroso sentido de seita, mantendo a segregação dos profitentes.
A Doutrina Espírita, revivendo o Cristianismo puro, é a religião da solidariedade.
Contudo, se nós, os espíritas encarnados e desencarnados abraçarmos aventuras e distorções, em torno do ensino espírita, , ainda mesmo quando inocentes e piedosas,.
na conta de fraternidade, levantaremos novas Inquisições do fanatismo e da violência contra nós mesmos.
Todas as religiões sustentam claustros ou discriminações, a pretexto de se resguardarem contra o vício.
A Doutrina Espírita, revi vendo o Cristianismo puro, é a religião do pensamento reto.
Todavia, se nós, os espíritas encarnados e desencarnados, convocados a servir no mundo desertarmos do concurso aos semelhantes, a título de suposta humildade ou por temor de preconceitos, acabaremos inúteis, nos círculos fechados da virtude de superfície.
Todas as religiões, de um modo ou de outro alimentam representantes e ministérios remunerados.
A Doutrina Espírita, revivendo o Cristianismo puro, é a religião da assistência gratuita.
No entanto, se nós, os espíritas encarnados e desencarnados, fugirmos de agir, viver e aprender à custa do esforço próprio, incentivando tarefeiros pagos e cooperações financiadas, cairemos, sem perceber, nas sombras do profissionalismo religioso.
Todas as religiões são credoras de profundo respeito e de imensa gratidão pelos serviços que prestam à Humanidade.
Nós, porém, os espíritas encarnados e desencarnados, não podemos esquecer que somos chamados a reviver o Cristianismo puro, a fim de que as leis do Bem Eterno funcionem na responsabilidade de cada consciência.
Exortou-nos o Cristo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.¨
” E prometeu: “Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres.¨
” Proclamou Kardec: “Fora da caridade não há salvação.¨
” E esclareceu: “Fé verdadeira é aquela que pode encarar a razão face à face.¨
” Isso quer dizer que sem amor não haverá luz no caminho e que sem caridade não existirá tranquilidade para ninguém, mas estes mesmos enunciados significam igualmente que sem justiça e sem lógica, os nossos melhores sentimentos podem transfigurar- se em meros caprichos do coração.¨¨

Emmanuel: do livro O Livro da Esperança - Psicografado por FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER



ESPÍRITAS, INSTRUI-VOS 

“Mas aquele Consolador, a Santo Espírito que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as cousas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” JESUS - JOAO, 14:26,

 “Espíritas, amai-vos! Este o primeiro ensino! Instrui-vos, este o segundo.” - Cap. V1, 5.

 Prevenir e recuperar são atitudes que se ampliam entre os homens, à medida  que se acentua o progresso da Humanidade.
 Aparecem noções de civilização e responsabilidade e levantam-se ideias de burilamento e defesa.
 Quanto pudermos, porém, não os restrinjamos ao amparo de superfície.
 Imperioso tratar as águas da fonte, no entanto, cansar-nos-emos debalde, se não lhe resguardarmos a limpeza no nascedouro.
 Educação e reeducação constituem a síntese de toda obra consagrada ao aprimoramento do mundo.
 Gastam-se verbas fabulosas em apetrechos bélicos e raro surge alguém com bastante abnegação para despender a1gum dinheiro na assistência gratuita aos semelhantes, para que se lhes pacifique o raciocínio conflagrado.
 Espantamo-nos, diante do desajustamento juvenil, a desbordar-se em tragédias de todos os tipos, e pouco realizamos, a fim de que a criança encontre no lar o necessário desenvolvimento com segurança de espírito.
 Monumentalizamos instituições destinadas à cura dos desequilíbrios mentais e quase nada fazemos por afastar de nós mesmos os vícios do pensamento, com que nos candidatamos ao controle da obsessão.
 Clamamos contra os desregramentos de muitos, afirmando que a Terra está em vias de desintegração pela ausência de valores morais e, na maioria das circunstâncias, somos dos primeiros a exigir lugar na carruagem do excesso, reclamando direitos e privilégios, com absoluto esquecimento de comezinhos deveres que a vida nos preceitua.
 Combatamos, sim, o câncer e a poliomielite, a ulceração e a verminose, mas busquemos igualmente extinguir o aborto e a toxicomania, a preguiça e a intemperança que, muitas vezes, preparam.
 a delinqüência e a enfermidade por crises agudas de ignorância.
 Para isso e para que nos disponhamos A conquista da vida vitoriosa é que o Espírito de Verdade, nos primórdios da  Codificação Kardequiana, nos advertiu claramente “Espíritas, instruí-vos”

Emmanuel- do livro " O Livro da Esperança" - Psicografado por FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER




CRISTÃOS SEM CRISTO

“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados que eu vos aliviarei.” JESUS -MATEUS, 11: 28.

 “Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento dos cousas, fazendo que o homem saiba donde vem para onde vai e porque está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus, consola pela fé e pela esperança”.  Cap. VI, 4.

 Reverencia o Divino Mestre, com todas as forças da alma, entretanto, não menosprezes honrá-lo na pessoa dos semelhantes.
 Guarda-lhe as memórias entre flores de carinho, mas estende os braços aos que clamam por ele, entre os espinhos da aflição.
 Esculpe -lhe as reminiscências nas obras-primas da estatutária, sem qualquer intuito de idolatria, satisfazendo aos ideais de perfeição que -a beleza te arranca aos sonhos de arte, no entanto, socorre, pensando nele, aos que passam diante de ti, retalhados pelo cinzel oculto do sofrimento.
 Imagina-1he o semblante aureolado de amor, ao fixá-lo nas telas em que se te corporifiquem os anseios de luz, mas suaviza o infortúnio dos que esperam por ele, nos quadros vivos da angústia humana.
 Proclama-lhe a glória invencível no verbo eloquente, mas deixa que a sinceridade e a brandura te brilhem na boca, serenando, em seu nome, os corações atormentados que duvidam e se perturbam entre as sombras da Terra.
 Grava-lhe os ensinamentos inesquecíveis, movimentando a pena que te configura as luminosas inspirações, no entanto, assinala as diretrizes dele com a energia renovadora dos teus próprios exemplos.
 Dedica-lhe os cânticos de fidelidade e louvor que te nascem da gratidão, mas ouve os apelos dos que jazem detidos nas trevas, suplicando-lhe liberdade e esperança.
 Busca-lhe a presença, no culto da prece, rogando-lhe apoio e consolação, no entanto, oferece-lhe mãos operosas no auxílio aos que varam o escuro labirinto da agonia moral, para os quais essa ou aquela ninharia de tuas facilidades constitui novo estímulo à paciência.
 Através de numerosas reencarnações, temos sido cristãos sem Cristo.
 Conquistadores, não nos pejávamos de implorar-lhe patrocínio aos excessos do furto.
 Latifundiários cruéis, não nos envergonhávamos de solicitar-lhe maior número de escravos que nos atendessem ao despotismo, em clamorosos sistemas de servidão.
 Piratas, dobrávamos insensatamente os joelhos para agradecer-lhe a presa fácil.
 Guerreiros, impetrávamos dele, em absoluta insanidade, nos inspirasse o melhor modo de oprimir.
 Agora que a Doutrina Espírita no-lo revela, por mentor claro e direto da alma, ensinando-nos a responsabilidade de viver, é imperioso saibamos dignificá-lo na própria consciência, acima de demonstrações exteriores, procurando refleti-lo em nós mesmos.
 Entretanto, para, que isso aconteça, é preciso, antes de tudo, matricular o raciocínio na escola da caridade, que será  sempre a mestra sublime do coração.

Emmanuel - do livro " O Livro da Esperança" - Psicografado por FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER




NA DIFUSÃO DO ESPIRITISMO

 "E eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador para que fique convosco para sempre".- Jesus (João, 14:16)

         Na condição daquele Consolador prometido por Jesus à Humanidade o Espiritismo, sem dúvida, atingirá todas as consciências.
         Entretanto, à frente das múltiplas interpretações que se lhe imprimem nos mais variados núcleos humanos, de que modo esperar o cumprimento da promessa do Cristo? Nesse sentido recordemos os primórdios da Codificação Kardequiana. Preocupado com o mesmo assunto Allan Kardec formulou a Questão nº. 789, de "O Livro dos Espíritos", à qual os seus instrutores Espirituais, solícitos, responderam: "Certamente que o Espiritismo se tornará crença geral e marcará nova era na história da Humanidade, porque está na natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre os conhecimentos humanos. Terá, no entanto, que sustentar grandes lutas, mais contra o interesse do que contra a convicção, porquanto não há como dissimular a existência de pessoas interessadas em combatê-lo, umas por amor-próprio, outras por causas inteiramente materiais. Porém, como virão a ficar insulados, seus contraditores se sentirão forçados a pensar como os demais, sob pena de se tornarem ridículos".
         Certifiquemo-nos, pois, de que, na difusão dos princípios espíritas, estamos todos em luta do bem para a extinção do mal e de que ninguém alcançará a suspirada vitória sem a vontade de aprender e a disposição de trabalhar.

 Emmanuel - Livro: Segue-me. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.





AO CLARÃO DA VERDADE


“Mas quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda verdade...” – Jesus (João 16:13)

         De que maneira vencerá o Espiritismo os obstáculos que se lhe agigantam à frente? Há companheiros que indagam: — “Devemos disputar saliência política ou dominar a fortuna terrestre?”
Enquanto isso outros enfatizam a ilusória necessidade da guerra verbal a greis ou pessoas.
         Dentro do assunto, no entanto, transcrevemos a Questão Nº 799 de “O Livro dos Espíritos”.
         Prudente e claro, Kardec formulou, aos orientadores espirituais de sua obra, a seguinte interrogação: “De que maneira pode o Espiritismo contribuir para o progresso”” E, na lógica de sempre, eis que eles responderam:
         “Destruindo o materialismo que é uma das chagas da sociedade, ele faz que os homens compreendam onde se encontram seus verdadeiros interesses. Deixando a vida futura de estar velada pela dúvida, o homem perceberá melhor que, por meio do presente, lhe é dado preparar o seu futuro. Abolindo os prejuízos de seitas, castas e cores, ensina aos homens a grande solidariedade que os há de unir como irmãos”.
         Não nos iludamos com respeito às nossas tarefas. Somos todos chamados pela Bênção do Cristo a fazer luz no mundo das consciências — a começar de nós mesmos —, dissipando as trevas do materialismo ao clarão da Verdade, não pelo espírito da força, mas pela força do espírito, a expressar-se em serviço, fraternidade, entendimento e educação.
Por Emmanuel, do livro Segue-me!... , Francisco Cândido Xavier




SEM RUÍDOS

"Mas quando vier aquele Espírito de Verdade, ele vos guiará em toda a verdade". – Jesus (João, 16:13)

O caminho de toda a Verdade e Jesus Cristo. O Mestre veio ao mundo instalar essa verdade para que os homens fossem livres e organizou o programa dos cooperadores de seu divino trabalho, para que se preparasse convenientemente o caminho infinito. No fim da estrada colocou a redenção e deu as criaturas o amor como guia.
Conforme sabemos, o guia é um só para todos. E vieram os homens para o serviço divino. Com os cooperadores vinham, porém, os gênios sombrios, que se ombreavam com eles nas cavernas da ignorância. A religião, como expressão universalista do amor, que e o guia, pairou sempre pura acima das misérias que chegaram ao grande campo; mas este ficou repleto das absurdidades.
O caminho foi quase obstruído.
A ambição exigiu impostos dos que desejavam passar, o orgulho reclamou a direção dos movimentos, a vaidade pediu espetáculos, a conveniência requisitou mascaras, a política inferior estabeleceu guerras, a separatividade provocou a hipnose do sectarismo.
O caminho ficou atulhado de obstáculos e sombras e o interessado, que e o espírito humano, encontra óbices infinitos para a passagem.
O quadro representa uma resposta a quantos perguntarem sobre os propósitos do Espiritismo cristão, sendo que o homem já conhece todos os deveres religiosos. Ele e aquele Espírito de Verdade que vem lutar contra os gênios sombrios que vieram das cavernas da ignorância e invadiram o campo do Cristo.
Mas, guerrear como: Jesus não pediu a morte de ninguém. Sim, o Espírito de Verdade vem como a luz que combate e vence as sombras, sem ruídos. Sua missão e transformar, iluminando o caminho para que os homens vejam o amor, que constitui o guia único para todos, até a redenção.

Livro SEGUE-ME - FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER – PELO ESPÍRITO DE EMMANUEL





AO SOL DA VERDADE

“Mas quando vier aquele Espírito de Verdade, ele vos guiará em toda a verdade...” – JESUS. (João, 16:13).

  De que maneira vencerá o Espiritismo os obstáculos que se lhe agigantam a frente? Há companheiros que indagam:- “Devemos disputar saliência política ou dominar a fortuna terrestre?”  Enquanto isso, outros enfatizam a ilusória necessidade da guerra verbal a greis ou pessoas.
  Dentro do assunto, no entanto, transcrevemos a Questão nº 799, de “O Livro dos Espíritos”.
  Prudente e claro, Kardec formulou, aos orientadores espirituais de sua obra, a seguinte interrogação: “De que maneira pode o Espiritismo contribuir para o progresso?” E, na lógica de sempre, eis que eles responderam:
  “Destruindo o materialismo que é uma das chagas da sociedade, ele faz que os homens compreendam onde se encontram seus verdadeiros interesses.”
  Deixando a vida futura de estar velada pela dúvida, o homem perceberá melhor que, por meio do presente, lhe é dado preparar o seu futuro.
  Abolindo os prejuízos de seitas, castas e cores, ensina aos homens a grande solidariedade que os há de unir como irmãos.”
  Não nos iludamos, com respeito às nossas tarefas. Somos todos chamados pela Bênção do Cristo a fazer luz no mundo das consciências – a começar de nós mesmos -, dissipando as trevas do materialismo ao clarão da Verdade, não pelo espírito da força, mas pela força do espírito, a expressar-se em serviço, fraterno, entendimento e educação.

 Francisco Cândido Xavier - Livro Ceifa de Luz - Pelo Espírito Emmanuel



FACHO LIBERTADOR

Consolador prometido por Jesus, o Espiritismo alcança o homem por mensageiro divino, estendendo-lhe as chaves da própria libertação.
Rompe os limites que lhe circunvalam o planeta, em forma de horizontes, e descortina-lhe a visão do Universo, povoado de mundos inumeráveis, rasgando a venda de ilusão que lhe empana a ideia da vida.
Funde as grades da incompreensão, entre as quais se acredita cobaia pensante em vale de lágrimas, e fala-lhe da justiça perfeita e da bondade incomensurável do Criador que concede oportunidades iguais a todas as criaturas, nos planos multiformes da Criação, extirpando a cegueira que lhe escurece o entendimento e ensinando-lhe a reconhecer que deve a si mesmo o bem ou mal, que lhe repontem da senda.
Parte as grilhetas de sombra, que lhe encerram a inteligência em falsos princípios de maldição e favor, impropriamente atribuídos à Excelsa Providência, e oferece-lhe o conhecimento da reencarnação do espírito, em aperfeiçoamento gradativo na Terra ou em outros mundos.
Derrete as algemas de tristeza que lhe aprisionam o sentimento, na tenebrosa perspectiva de eterno adeus perante a morte, e clareia-lhe o raciocínio na consoladora luz da sobrevivência, para além da estância física.
Solucionando em cada um de nós os problemas da evolução e do ser, da dor e do destino, o Espiritismo é o facho libertador, desatando correntes de angústia, demolindo muralhas de separação, eliminando clausuras de pessimismo e abolindo cativeiros de ignorância.
Se te encontras, quanto nós, entre aqueles que tanto recebem da Nova Revelação, perguntemos a nós mesmos o que lhe damos em serviço e apoio, cooperação e amor, porque sendo o Espiritismo crédito e prestigio de Cristo entregues às nossas consciências endividadas, é natural que a conta e o rendimento que se relacionem com ele seja responsabilidade em nossas mãos.

De Opinião Espírita, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz




Nenhum comentário:

Postar um comentário

PESQUISAR NESTE BLOG

O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES
LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

BLOGS RELACIONADOS