JESUS E VOCÊ
Nosso Mestre não se serviu de condições excepcionais no
mundo para exaltar a Luz da Verdade e a Benção do Amor.
Em razão disso, não aguarde renovação exterior na vida
diária, para ajudar.
Comece imediatamente a própria sublimação.
Jesus não tinha uma pedra onde recostar a cabeça.
Se você dispõe de mínimo recurso, já possui mais que Ele.
Jesus, em seu tempo, não desfrutou qualquer expressão
social.
Se você detém algum estudo ou título, está em situação
privilegiada.
Jesus esperou até aos trinta nos para servir mais
decisivamente.
Se você é jovem e pode ser útil, usufrui magnífica
oportunidade.
Jesus partiu aos trinta e três anos.
Se você vive na idade amadurecida e dispõe do ensejo de
auxiliar, agradeça ao Alto, dando mais de si mesmo.
Jesus não contou com os familiares nas tarefas a que se
propôs.
Se você convive em paz no recinto doméstico, obtendo
alguma cooperação em favor dos outros, bendiga sempre essa dádiva inestimável.
Jesus não encontrou ninguém que o amparasse na hora
difícil.
Se você recebe o apoio de alguém nos momentos críticos,
saiba ser grato.
Jesus nada pôde escrever
Se você consegue grafar pensamentos na expansão do bem,
colabore sem tardança para a felicidade de todos.
Vemos, assim, que a vida real nasce e evolui no Espírito
eterno e não depende de aparências para projetar-se no rumo da Perfeição.
Jesus segue à frente de nós
Se você deseja acertar, basta apenas segui-Lo.
Sigamo-lo pois
André Luiz Do Livro O Espírito da Verdade. Psicografia de
Francisco Cândido Xavier.
UMA LEITURA PARA O CORAÇÃO
"Sou o grande médico das almas e venho trazer-vos o remédio
que vos há de curar. Os fracos, os sofredores e os enfermos são os meus filhos
prediletos". O Espírito de Verdade. (Bordéus, 1861.)
O Evangelho Segundo o Espiritismo - capítulo VI - ítem 7.
Afastemos um pouco das reflexões mais densas e façamos
uma pausa para meditação.
Dilata tua sensibilidade e lê com o sentimento as anotações
a seguir. Depois escuta os recados do teu coração.
A Doutrina Espírita é a medicação recuperativa das nossas
vidas. Sua "substância ativa" é o Evangelho. Sua "bula" é
estritamente individual. Para cada um haverá uma dosagem e forma de aplicação.
O movimento espírita é a nossa enfermaria abençoada onde
encontramo-nos internados na busca de nossa alta médica.
Tarefa e estudo, provas e oportunidades são terapêuticas
necessárias na solução de nossas enfermidades.
Perante esse quadro de experiências da nossa trajetória
de aprendizado, listemos algumas prescrições indispensáveis para a cura:
Onde se reunem doentes, torna-se dispensável realçar
imperfeições e deslizes.
Todos sabemos de nossa condição. Falemos de súde e
aproveitamento.
Esqueçamos as vivências dolorosas e examinemos as
conquistas. Indaguemos: em que melhorei? O que aprendi?
Somos doentes graves, mas temos o melhor médico, Jesus.
Perdoemos incondicionalmente o companheiro de enfermaria.
Ele também é alguém em busca de si mesmo.
Trazemos na intimidade todos os antídotos para nossas
imperfeições. Resta-nos descobri-los.
De fato, alguns doentes esquecem suas necessidades. O
melhor a fazer para auxiliá-los é a oração.
Alguns enfermos carecem de tratamentos específicos. Por
não entendermos tais medidas, evitemos julgá-los.
Uma única certeza: todos nós teremos alta médica e
alcançaremos a saúde.
As raras criaturas sadias foram chamadas a Postos
Maiores. Cuidam de nós.
Uma pergunta diária: que farei pela minha recuperação?
Uma atitude diária: doses elevadas de preces e trabalho.
O caminho seguro para fortalecimento e alegria: a amizade
sincera, leal e fraterna.
O que nunca devemos esquecer: antes repudiávamos a idéia
de internação. Hoje desejamos tratar.
Esqueçamos a noção de tempo e sejamos gratos pela
oportunidade de uma vaga nessa benfazeja enfermaria.
Nos momentos de crise, evitemos projetar decepções e
revolta nos outros ou reclamar do ambiente que nos acolheu para refazimento e orientação.
Crises são indícios oportunos para exames e diagnósticos mais apurados sobre
nossas dores.
Saber que estamos enfermos não basta. É preciso sentir.
Nossa cura virá do coração.
Recordemos a frase confortadora do Espírito Verdade: Os
fracos, os sofredores e os enfermos são os meus filhos prediletos.
Agora vá e escuta os recados do teu coração e Deus te
abençoe com paz íntima.
CAP 11 – ESCUTANDO OS SENTIMENTOS – ERMANCE DUFAUX
MEDIUNIDADE E JESUS
Quem hoje ironiza a mediunidade, em nome do cristo,
esquece-se, naturalmente, de que Jesus foi quem mais a honrou neste mundo,
erguendo-a ao mais alto nível de aprimoramento e revelação, para alicerçar a
sua eterna doutrina entre os homens.
É assim que começa o apostolado divino, santificando-lhe
os valores na clariaudiência e na clarividências entre Maria e Isabel, José e
Zacarias, Ana e Simeão, no estabelecimento da Boa Nova.
E segue adiante, enaltecendo-a na inspiração ante aos
doutores do Templo; exaltando-a nos fenômenos de efeitos físicos, ao
transformar a água em vinho, nas bodas de Cana; honorificando-a, nas atividades
de cura, em transmitindo passes de socorro aos cegos e paralíticos,
desalentados e aflitos, reconstituindo-lhes a saúde; ilustrando-a na levitação,
quando caminha sobre as águas; dignificando-a nas tarefas de desobsessão, ao
instruir e consolar os desencarnados sofredores por intermédio dos alienados
mentais que lhe surgem à frente; glorificando-a na materialização, em se
transfigurando ao lado de Espíritos radiantes, no cimo do Tabor, e elevando-a
sempre, no magnetismo sublimado, seja aliviando os enfermos com a simples
presença, revitalizando corpos cadaverizados, multiplicando pães e peixes para
a turba faminta ou apaziguando as forças da natureza.
E, confirmando o intercâmbio entre os vivos da Terra e os
vivos da Eternidade, reaparece, Ele mesmo, ante os discípulos espantados,
traçando planos de redenção que culminam no dia de Pentecostes - o momento
inesquecível do Evangelho -, quando os seus mensageiros convertem os Apóstolos
em médiuns falantes, na praça pública, para esclarecimento do povo necessitado
de luz.
Como é fácil de observar, a mediunidade, como recurso
espiritual de sintonia, não se confunde com a Doutrina Espírita que expressa
atualmente o Cristianismo Redivivo, mas, sempre que enobrecida pela honestidade
e pela fé, pela educação e pela virtude, é o veículo respeitável da convicção
na sobrevivência.
Assim, pois, não nos agastemos contra aqueles que a
perseguem, através do achincalhe - tristes negadores da realidade cristã, ainda
mesmo quando se escondam sob os veneráveis distintivos da autoridade humana –
Porquanto os talentos medianímicos estiveram,
incessantemente, nas mãos de Jesus, o nosso divino mestre, que deve ser
considerado, por todos nós, como sendo o excelso médium de deus.
Eurípedes Barsanulfo - Do livro O Espírito da Verdade.
Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
COM VOCÊ MESMO
Meu amigo, você clama contra as dificuldades do mundo,
mas será que você já pensou nas facilidades em suas mãos?
Observemos:
Você concorre, em tempo determinado, para exonerar-se da
multa legal, com expressiva taxa de consumo de luz e força elétricas; todavia,
a usina solar que lhe fornece claridade, calor e vida, nem é assinalada
comumente pela sua memória ...
Você salda, periodicamente, largas contas relativas ao
gasto de água encanada; no entanto, nem se lembra da gratuidade da água das
chuvas e das fontes a enriquecer-lhe os dias ...
Você estipendia na feira, com apreciáveis somas, todo
gênero alimentício que lhe atenda ao paladar; contudo, o oxigênio - elemento
mais importante a sustentar-lhe o organismo - é utilizado em seu sangue sem
pesar-lhe no orçamento com qualquer preocupação ...
Você resgata com a loja novos débitos, cada vez que
renova o guarda-roupa, e, apesar disso, nunca inventariou os bens que deve ao
Corpo de carne a resguardar-lhe o Espírito ...
Você remunera o profissional especializado pela adaptação
de um só dente artificial: entretanto, nada despendeu para obter a dentadura
natural completa...
Você compra a drágea medicamentosa para leve dor de
cabeça; todavia, recebe de graça a faculdade de articular, instante a instante,
os mais complicados pensamentos...
Você gasta quantias inestimáveis para assistir a esse ou
aquele espetáculo esportivo ou à exibição de um filme; contudo, guarda sem
sacrifício algum a possibilidade de contemplar o solo cheio de flores e o Céu
faiscante de estrelas ...
Você paga para ouvir simples melodia de um conjunto
orquestral; no entanto, ouve diariamente a divina musica da natureza, sem
consumir vintém...
Você desembolsa importâncias enormes para adquirir
passagens e indenizar hospedarias, sempre que se desloca de casa; não obstante,
passa-lhe despercebido o prêmio vultoso que recebeu com o próprio ingresso na
romagem terrestre...
Não desespere e nem se lastime ...
Atendamos à realidade, compreendendo que alegria e a esperança,
expressando créditos infinitos de Deus, são os motivos básicos da vida a
erguer-se, cada momento por sinfonia maravilhosa.
André Luiz Do Livro O Espírito da Verdade. de
Francisco Cândido Xavier.
GUARDA-TE EM
DEUS
Lembra-te de Deus para que saibas agradecer os talentos
da vida.
Se fatigado, pensa Nele, o Eterno Pai que jamais
desfalece na Criação.
Se triste, eleva-Lhe os sentimentos, meditando na alegria
solar com que toda manhã, Sua Infinita Bondade dissolve das trevas.
Se doente, centraliza-te no perfeito equilíbrio com que
sua compaixão reajusta os quadros da Natureza, ainda mesmo quando a tempestade
haja destruído todos os recursos que os milênios acumularam.
Se incompreendido, volta-te para Ele, o Eterno Doador de
todas as bênçãos, quantas vezes escarnecido por nossas próprias fraquezas, sem
que se Lhe desanime a Paciência Incomensurável, quanto aos arrastamentos de
nossas imperfeições animalizastes.
Se humilhado, entrega-Lhe as dores da sensibilidade
ferida ou do brio menosprezado, refletindo no celeste anonimato em que se Lhe
esconde a inconcebível grandeza, para que nos creiamos autores do bem que a Ele
pertence, em todas as circunstâncias.
Se sozinho, busca-Lhe a companhia sublime na pessoa
daqueles que te seguem na retaguarda, cambaleantes de sofrimento, mais
solitários que tu mesmo, na provação e na miséria que lhes vergastam as horas e
lhes crucificam as esperanças.
Se aflito, confia-Lhe as ansiedades, compreendendo que
Nele, o Imperecível Amor, todas as tormentas se apaziguam.
Seja qual for à dificuldade, recorda o
todo-Misericordioso que não nos esquece.
E, abraçando o próprio dever como sendo expressão de Sua
Divina Vontade para os teus passos de cada dia, encontrarás na oração a força
verdadeira de tua fé, a erguer-te das obscuridades e problemas da Terra para a
rota de luz que te aponta as sendas do céu.
Emmanuel - Livro: O Espírito da Verdade- Psicografia
Francisco C. Xavier e Waldo Vieira- Espíritos Diversos
VINTE MODOS
E - Cap. VI - Item
8
Modos com que nós, espíritas, perturbamos a marcha do
Espiritismo:
Esquecer a reforma íntima.
Desprezar os deveres profissionais.
Ausentar-se das obras de caridade.
Negar-se ao estudo.
Faltar aos compromissos sem justo motivo.
Rogar privilégios.
Escapar deliberadamente dos sofredores para não
prestar-lhes pequeninos serviços.
Colocar os princípios espíritas à disposição de fachadas
sociais.
Especular com a Doutrina em matéria política.
Sacrificar a família aos trabalhos da fé.
Açambarcar muitas obrigações, recusando distribuir a
tarefa com os demais companheiros ou não abraçar incumbência alguma,
isolando-se na preguiça.
Afligir-se pela conquista de aplausos julgar-se
indispensável.
Fugir ao exame imparcial e sereno das questões que
concernem à clareza do Espiritismo, acima dos interesses e das pessoas.
Abdicar do raciocínio, deixando-se manobrar por
movimentos ou criaturas que tenham sutilmente ensombrar a área do
esclarecimento espírita com preconceitos e ilusões.
Ferir os outros com palavras agressivas ou deixar de
auxiliá-los com palavras equilibradas no momento preciso.
Guardar melindres.
Olvidar o encargo natural de cooperar respeitosamente com
os dirigentes das instituições doutrinárias.
Lisonjear médiuns e tarefeiros da causa espírita largar
aos outros a responsabilidade que nos compete.
(De “Opinião Espírita”, de Francisco Cândido Xavier e
Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz)
NA VITÓRIA REAL
“Tende bom ânimo; eu venci o mundo.” - Jesus
É
importante enumerar algumas das circunstâncias difíceis em que se encontrava
Jesus, quando asseverou perante os discípulos: “tende bom ânimo; eu venci o
mundo”.
Ele era
alguém que, na conceituação do mundo, não passava de vencido vulgar.
Sabia-se
no momento de entrar em amarga solidão.
Confessava
que fora incompreendido pelos homens aos quais se propusera servir.
Não
ignorava que os adversários lhe haviam assaltado a comunidade em formação,
através de um amigo invigilante.
Dirigia-se
aos companheiros, anunciando que eles próprios seriam dispersos.
Falava,
sem rebuços, da flagelação de que seria vítima.
Via-se
malquisto pela maioria, perseguido, traído.
Não
desconhecia que lhe envenenavam as intenções.
Certificara-se de que as pessoas mais altamente colocadas eram as
primeiras a examinar o melhor processo de confundi-lo.
Percebera
o ódio de que se tornara objeto, principalmente por parte daqueles que
pretendiam açambarcar o nome de Deus, a serviço de interesses inferiores.
Reconhecia-se a poucos passos da morte, a que se inclinaria, condenado
sem culpa.
Entretanto
ele dizia: “tende bom ânimo; eu venci o mundo”.
Quanto te
encontres em crise, lembra-te do Mestre.
Subjugado,
seria o conquistador inesquecível.
Batido,
passaria à condição de senhor da vitória.
Assim
ocorre, porque os construtores do aperfeiçoamento espiritual não estão na Terra
para vencer no mundo, mas notadamente para vencer o mundo, em si mesmos, de
modo a servirem ao mundo, sempre mais, e melhor.
Livro: “Palavras de Vida Eterna” – Psicografia: Francisco
C. Xavier- Espírito Emmanuel.
TRANQUILIDADE
"Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim
tenhais paz." - Jesus. (JOÃO, 16:33.)
A palavra do
Cristo está sempre fundamentada no espírito de serviço, a fim de que os
discípulos não se enganem no capítulo da tranquilidade.
De maneira geral,
os aprendizes do Evangelho aguardam a paz, onde a calma reinante nada significa
além de estacionamento por vezes delituoso.
No conceito da
maioria, a segurança reside em garantia financeira, em relações prestigiosas no
mundo, em salários astronômicos.
Isso, no entanto,
é secundário.
Tempestades da
noite costumam sanear a atmosfera do dia, angústias da morte renovam a visão
falsa da experiência terrestre.
Vale mais
permanecer em dia com a luta que guardar-se alguém no descanso provisório e
encontrá-la, amanhã, com a dolorosa surpresa de quem vive defrontado por
fantasmas.
A Terra é escola
de trabalho incessante.
Obstáculos e
sofrimentos são orientadores da criatura.
É indispensável,
portanto, renovar-se a concepção da paz, na mente do homem, para ajustá-lo à
missão que foi chamado a cumprir na obra divina, em favor de si mesmo.
Conservar a paz,
em Cristo, não é deter a paz do mundo.
É encontrar o
tesouro eterno de bênçãos nas obrigações de cada dia.
Não é fugir ao
serviço; é aceitá-lo onde, como e quando determine a vontade d’Aquele que
prossegue em ação redentora, junto de nós, em toda a Terra.
Muitos homens
costumam buscar a tranquilidade dos cadáveres, mas o discípulo fiel sabe que
possui deveres a cumprir em todos os instantes da existência.
Alcançando
semelhante zona de compreensão, conhece o segredo da paz em Jesus, com o máximo
de lutas na Terra.
Para ele continuam
batalhas, atritos, trabalho e testemunhos no Planeta, entretanto, nenhuma
situação externa lhe modifica a serenidade interior, porque atingiu o luminoso
caminho da tranquilidade fundamental.
Livro: Vinha de Luz - Emmanuel - Psicografia de Chico
Xavier
SER ESPÍRITA
“Tenho-vos dito isto paro que em mim tenhais paz: no
mundo. tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” JESUS JOÃO,
16:33.
“Ide e agradecei a Deus a gloriosa tarefa que Ele vos
confiou; mas atenção! entre os chamados para o Espiritismo muitos se
transviaram; reparai, pois, vosso caminho e segui a verdade.” - Cap. XX, 4.
Doutrina Espírita - Cristianismo Renascente.
Ser espírita é constituir-se em núcleo de ação
edificante, através do qual principia a Nova Era.
Fala-se no mundo de hoje, qual se o mundo estivesse
reduzido à casa em ruínas.
O espírita é chamado à função da viga robusta, suscetível
de mostrar que nem tudo se perdeu.
Há quem diga que a Humanidade jaz em processo de
desagregação.
O espírita é convidado a guardar-se por célula sadia,
capaz de abrir caminho à recuperação do organismo social.
O espírita, onde surja a destruição, converte-se em apelo
ao refazimento; onde estoure a indisciplina, faz-se esteio da ordem e, onde
lavre o pessimismo, ergue-se, de imediato, por mensagem de esperança.
Assim sucede, porque o espírita reconhece que não vale
exigir dos outros aquilo que não fazemos, nem reclamar no vizinho o clarão de
um farol, quando, muitas vezes, esse mesmo vizinho espera pela chama de alguém
que lhe aqueça e ilumine o coração enregelado na sombra.
Companheiro de ideal!
Ensinamento espírita é a palavra do Cristo que nos
alcança sem gritar e a obra espírita, desde as bases primordiais de Allan
Kardec, é construção do Evangelho, levantando as criaturas sem rebaixar a
ninguém.
Trabalha servindo, cônscio de que cada um de nós é o
agente da propaganda de si mesmo, no trabalho da redenção humana, que não nasce
da violência e sim da verdade e do amor, no toque fraternal de espírito a
espírito.
A vista disso, se muito podes realizar, a benefício do
próximo, por aquilo que sabes, somente conseguirás renovar os semelhantes por
aquilo que és.
Emmanuel - Extraído do Livro da Esperança. Psicografia de
Francisco Cândido Xavier.
ESPÍRITAS, INSTRUIVOS!
“Mas aquele Consolador, o Santo Espírito que o Pai enviará
em meu nome, esse vos ensinará todas as cousas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” Jesus (João, 14:26)
“Espíritas, amai-vos! Este o primeiro ensino! Instrui-vos,
este o segundo.” (Cap. V1, Item 5)
Prevenir e recuperar são atitudes que se ampliam entre os
homens, à medida
que se acentua o progresso da Humanidade.
Aparecem noções
de civilização e responsabilidade e levantam-se idéias de
burilamento e defesa.
Quanto pudermos, porém, não os
restrinjamos ao amparo de superfície.
Imperioso tratar as águas da fonte, no entanto,
cansar-nos-emos debalde, se
não lhe resguardarmos a limpeza no nascedouro.
Educação e
reeducação constituem a síntese de toda obra consagrada ao
aprimoramento do mundo.
Gastam-se verbas fabulosas em
apetrechos bélicos e raro surge alguém com
bastante abnegação para despender algum dinheiro na
assistência gratuita aos
semelhantes, para que se lhes pacifique o raciocínio
conflagrado.
Espantamo-nos, diante do desajustamento juvenil, a desbordar-se em
tragédias de todos os tipos, e pouco realizamos, a fim de
que a criança encontre no lar o necessário desenvolvimento com segurança de
espírito. Monumentalizamos instituições destinadas à cura dos desequilíbrios
mentais e quase nada fazemos por afastar de nós mesmos os
vícios do pensamento, com que nos candidatamos ao controle da obsessão.
Clamamos contra os desregramentos de muitos, afirmando que a Terra está
em vias de desintegração pela ausência de valores morais
e, na maioria das
circunstâncias, somos dos primeiros a exigir lugar na carruagem do excesso,
reclamando direitos e privilégios, com absoluto esquecimento
de comezinhos
deveres que a vida nos preceitua.
Combatamos, sim, o
câncer e a poliomielite, a ulceração e a verminose, mas busquemos igualmente
extinguir o aborto e a toxicomania, a preguiça e a
intemperança que, muitas vezes, preparam a delinquência e
a enfermidade por crises agudas de ignorância.
Para isso e para que nos
disponhamos à conquista da vida vitoriosa é que o
Espírito de
Verdade, nos primórdios da Codificação Kardequiana, nos advertiu
claramente: “Espíritas, instruívos”.
LIVRO DA
ESPERANÇA (pelo Espírito Emmanuel) FCX
ENTRE O BEM E O
MAL
Tema – O dever de velar pelo bem dos outros
Qual
acontece a muitos de nós – Espíritos nas veredas do progresso -, encontrarás
também os teus momentos de indecisão entre o bem e o mal. Qual se estivesses num labirinto, sentes a
estranheza de alguém que desconhecesse, de todo, o rumo a seguir.
Não
ignorarás quanto à abnegação daqueles que se decidiram pelo caminho do
sacrifício, em semelhantes ocasiões, a fim de que tivesses paz e
segurança. Ajudarás e abençoarás
sempre. Lembrar-te-ás de que a vida não
te constitui privilégio e de que és apenas um elo na corrente infinita das
criaturas que integram a Família Universal.
À frente e à retaguarda, à esquerda e à direita, caminham contigo
aqueles corações que se te vinculam à existência, e que, de um modo ou de
outro, dependem de ti para assimilar os benefícios da reencarnação. Diante de qualquer dificuldade, pensa neles
primeiro. Não vaciles. Não permitas que a idéia comodista do
conforto a ti mesmo te inutilize a capacidade de auxiliar. O egoísmo te fará tecla muda e não
conseguirás responder aos apelos da vida a que se execute, onde estejas, a
sinfonia da felicidade geral.
Ama e
compreenderás teu destino.
Serve e
cumprirás tua missão.
Deixa que
o poder do bem se comunique com os outros, através de tua alma. Aos fracos, revestirás de fortaleza; aos
aflitos, sossegarás com a tranqüilidade;
aos descrentes, socorrerás com a fé,e, aos caídos, darás teu braço
alentador.
Recorda o
encadeamento de todos os seres da Criação perante a Sabedoria Divina e
perceberás a Divina Sabedoria solicitando-te trabalho e concurso, a benefício
de cada um.
Confia-te
ao Senhor para que Ele te use na oficina da bondade, e, por mais que o malho da
experiência te vibre golpes no espírito, nada mais fará que te burilar o
coração para a imortalidade vitoriosa.
Em
qualquer instante de incerteza, não admitas que a dúvida te assalte a cidadela
interior. Entre o bem e a negação do bem
não existe neutralidade. Escolherás o
bem para os teus irmãos, e a breve tempo, trecho adiante da vida, compreenderás
que, fazendo o bem aos outros, nada mais fizeste que acrescentar o bem a ti
mesmo, de modo a usufruíres paz constante e alegria maior.
Emmanuel - Livro Encontro Marcado - Francisco Cândido
Xavier
LOUVOR AO LIVRO
ESPÍRITA
Fixa-se na epopeia da Boa Nova o verbo divino relatado
pela palavra dos evangelistas, retratando a jornada do inesquecível Rabi
Galileu, ensejando à posteridade de todos os tempos a incomparável mensagem de
redenção para os homens.
Antes disso, desde Hamurábi, que registrava em estelas de
pedras a intuição do Alto, dando origem aos códigos de moral que norteariam os
passos das criaturas na direção do bem, homens inspirados, heróis do pensamento
e santos da ação relevante, gravaram as instruções do Mundo Superior, em
tijolos, pedras, papiros, peles, pergaminhos, madeiras e papel, oferecendo
preciosos legados para as idades futuras, como contribuição inalienável da
felicidade humana.
Em todas as épocas, desde as mais recuadas, o verbo, ora
na eloquência do discurso oral, ora através do livro abençoado, tem sido
mensagem de Deus que chega à Terra, a fim de conclamar mentes e corações ao
nobre ministério da evolução -
Retratando estágios das diversas civilizações,
construindo ideias, levantando impérios, a palavra sadia é semente de luz
atirada ao solo dos séculos pela excelsa providência de Nosso Pai, atestando a
Sua comunhão com as criaturas.
Foi por essa razão que os Espíritos Superiores,
encarregados de apresentar ao emérito Codificador do Espiritismo as linhas
básicas da Religião da Humanidade para o porvir, foram peremptórios nos
postulados do amor e da instrução, como corolários essenciais da Caridade.
No amor o homem sublima os sentimentos e marcha no rumo
nobilitante da felicidade, amparando e ajudando em nome de Jesus.
Mediante a instrução, a criatura se liberta das amarras
da ignorância, estabelecendo a ponte de luz entre os abismos que o separam dos
objetivos que persegue.
A instrução, no sentido superior da educação, que é
construção e preservação da paz no íntimo, consegue conduzir o amor, para que
este não se entorpeça nem se envileça ante as paixões individuais ou as
expressões poderosas de grupos, refletindo aquele sentimento com o qual Jesus
nos amou.
Assim considerando, ontem como hoje, o livro é pão da
vida, preparado com o trigo da sabedoria para sustentação das criaturas todos
os dias.
Quando o canhão ameaça e a bomba dizima, o livro consegue
silenciosamente modificar o “statu quo” e erguer os ideais que jazem
amortalhados sob o pavor ou dormem em baixo das cinzas da destruição, ou
vencidos pelas labaredas do ódio, de modo a renovar as expressões da criatura
em nome da paz, da liberdade e do amor.
O livro espírita, nesse sentido, guarda o hálito superior
da vida para a manutenção das aspirações da Terra, no justo momento em que
desajustados, os indivíduos se atiram em louca e desabalada correria pelos
sombrios meandros da indiferença, do descaso, do cinismo e da criminalidade.
O livro espírita, preservando a palavra do Mundo Maior
para a clarificação do mundo menor, transcende a própria contextura, pois que
nele são registradas as experiências dos que passaram pela Terra e superaram o
portal de cinza e lama da sepultura.
Bem-aventurado seja, pois, aquele que esparze alegria, o
que doa pão, o que oferta medicamento, o que distende linfa generosa, o que
concede agasalho, mas, sobretudo, o que planta o futuro, luarizando com a
palavra espírita inserta no livro libertador a grande noite da ignorância, na
qual padecem os espíritos jugulados ao passado delituoso ou atados às
reminiscências dolorosas sob o talante com que renasceram para resgatar e
libertar-se.
Jesus, o Mestre por excelência, até hoje trabalha, ensina
e, tomando a Natureza como motivação superior, dela faz um livro divino para
ofertar-nos preciosas lições de amor e sabedoria com que prossegue
conclamando-nos à ventura plena e à paz integral.
Semeemos, pois, o livro espírita, e estaremos libertando
desde agora o mundo de amanhã, com a madrugada da Era Nova de que o Espiritismo
se faz mensageiro.
"Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que
meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar
tudo o que vos tenho dito". João: capítulo 14º, versículo 26.
"Venho, como outrora aos transviados filhos de
Israel, trazer-vos a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me, O Espiritismo,
como o fez antigamente a minha palavra, tem que lembrar aos incrédulos que
acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz com
que germinem as plantas e se levantem as ondas. Revelei a doutrina divinal Como
um ceifeiro, reuni em feixes o bem esparso no seio da Humanidade e disse: Vinde
a mim, todos vós que sofreis". Evangelho Segundo o Espírismo - Capítulo 6º
- Item 5.
FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo
Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 29.
RESIGNAÇÃO
Na atual conjuntura intelectual do planeta e
considerando-se o clima de rebeldia que irrompe virulenta por tôda a parte, a
resignação para os aficcionados da violência e do prazer é manifestação
patológica que tipifica as personalidades anômalas.
Diante do conceito disparatado e frágil, muitos se
auto-afirmam pelos desmandos, quando convidados às paisagens da reflexão, pelo
sofrimento, gerando males muito mais danosos do que aqueles dos quais pretendem
fugir - Porque os seus planos colimam resultados diversos aos que aguardavam,
atiram-se ao desalento, quando não partem para as reações abastardantes da
crueldade ou do cinismo.
Se as enfermidades chegam, exasperam-Se, bandeando para a
revolta, intoxicando-se interiormente com as emanações venenosas do
inconformismo. Quando os insucessos lhes drenam as ambições desmedidas,
desgarram-se para os "sonhos róseos" dos estupefacientes e
barbitúricos.
Diante das necessárias provações que os colocariam nas
corretas engrenagens da máquina da vida, vituperam, ferozes e se destroçam nos
abusos do sexo e do álcool, em dissipações inomináveis a que se arrojam. Suas
resistências são todas comandadas pelos impulsos da ira ou da insatisfação,
distantes das reações construtivas da inteligência que discerne, lógica e
produz.
A resignação para eles é cobardia moral no entanto, fogem
à realidade até que a desencarnação os surpreende tardiamente com as realidades
verdadeiras da vida, das quais se afastaram, encetando a partir daí longos
períodos de sombra, dor e desassossego inimaginável.
Tu que ouviste a voz da mansuetude do Cristo e que te
encorajaste face à grandeza da Sua vida, resigna-te, fortalecendo o ânimo, ante
qualquer cometimento que te produza dor e que seja rotulado como desgraça ou
infortúnio.
Nada ocorre por capricho pernicioso da vida. Recebemos
conforme damos, assim como colhemos consoante a qualidade dos grãos que
ensementamos.
Resignação significa coragem e força na voragem do desespero.
Somente os cristãos autênticos e os homens possuidores de elevados ideais se
fazem capazes de resignar-se quando o desalento e a alucinação já se apossaram
de outros seres.
Os que se encastelam nas chacinas e nos desvãos da
anarquia, dizendo-se superiores, são meninos medrincas, que não dispõem de
energias para se reorganizarem e prosseguirem na atitude reta.
Se te convidam ao revide - resigna-te e ora.
Se te convocam ao ódio - resigna-te e confia.
Se te afrontam com agressões - resigna-te e agradece a
Deus.
Os dias sempre e inevitavelmente se sucedem para bons e
maus, e ninguém se eximirá jamais ao amanhã que a todos alcança, refletindo na
claridade forte e pujante do tempo a manifestação - resposta dos nossos atos
nas mesmas expressões com que desde hoje as produzimos.
Resignação, também, é vida, e vida abundante, na direção
da vida eterna.
"Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e
sobrecarregados, que eu vos aliviarei." Mateus: capítulo 11º, versículo
28.
"O sentimento do dever cumprido vos dará repouso ao
Espírito e resignação. O coração bate então melhor, a alma se asserena e o
corpo se forra aos desfalecimentos, por isso que o corpo tanto menos forte se
sente, quanto mais profundamente golpeado é o Espírito". - O ESPÍRITO DE
VERDADE. (Havre, 1863). Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo 6º - Item 8.
FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo
Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 30.
Nenhum comentário:
Postar um comentário