APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

domingo, 6 de agosto de 2017

E.S.E. - CAPÍTULO VII - ITEM 3 A 6 - QUEM SE ELEVAR SERÁ REBAIXADO



3 – Naquela hora, chegaram-se a Jesus os seus discípulos, dizendo: Quem é o maior no Reino dos Céus? E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles e disse: Na verdade vos digo que, se não fizerdes como meninos, não entrareis no Reino dos Céus. Todo aquele, pois, que se humilhar e se fizer pequeno como este menino, esse será o maior no Reino dos Céus. E o que receber em meu nome um menino como este, a mim é que recebe. (Mateus, XVIII: 1-5).

4 – Então se chegou a ele a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando-o e pedindo-lhe alguma coisa. Ele lhe disse: Que queres? Respondeu ela: Dize a estes meus dois filhos que se assentem no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda. E respondendo Jesus, disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu hei de beber? Disseram-lhe eles: Podemos. Ele lhes disse: É verdade que haveis de beber o meu cálice; mas, pelo que toca a terdes assento à minha direita ou à minha esquerda, não me pertence conceder-vos, mas isso é para aqueles a quem meu Pai o tem preparado. E quando os dez ouviram isto, indignaram-se contra os dois irmãos. Mas Jesus os chamou a si e lhes disse: Sabeis que os príncipes das nações dominam os seus vassalos, e que os maiores exercitam sobre eles o seu poder. Não será assim entre vós; mas aquele que quiser ser o maior, esse seja o vosso servidor, e o que entre vós quiser ser o primeiro, seja o vosso escravo; assim como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em redenção de muitos. (Mateus, XX: 20-28).

5 – E aconteceu que, entrando Jesus num sábado em casa de um dos principais fariseus, a tomar a sua refeição, ainda eles o estavam observando. E notando como os convidados escolhiam os primeiros assentos à mesa, propôs-lhes esta parábola: Quando fores convidado a alguma boda, não te assentes no primeiro lugar, porque pode ser que esteja ali outra pessoa, mais autorizada que tu, convidada pelo dono da casa, e que, vindo este, que te convidou a ti e a ele, te diga: dá o teu lugar a este; e tu, envergonhado, irás buscar o último lugar. Mas quando fores convidado, vai tomar o último lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: amigo, senta-te mais para cima, servir-te-á isto então de glória, na presença dos que estiverem juntamente sentados à mesa. Porque todo o que se exalta será humilhado; e todo o que se humilha será exaltado. (Lucas, XIV: 1, 7-11)

6 – Estas máximas são consequências do princípio de humildade, que Jesus põe incessantemente como condição essencial da felicidade prometida aos eleitos do Senhor, nas seguintes palavras: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus”. Ele toma um menino como exemplo da simplicidade de coração, e diz: “Todo aquele, pois, que se fizer pequeno como este menino, será o maior no Reino dos Céus”;  ou seja, aquele que não tiver pretensões à superioridade ou à infalibilidade.
O mesmo pensamento fundamental se encontra nesta outra máxima: “Aquele que quiser ser o maior, seja o que vos sirva”, e ainda nesta: “Porque quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.
O Espiritismo vem confirmar a teoria pelo exemplo, ao mostrar que os grandes no mundo dos Espíritos são os que foram pequenos na Terra, e que frequentemente são bem pequenos os que foram grandes e poderosos. É que os primeiro levaram consigo, ao morrer, aquilo que unicamente constitui a verdadeira grandeza no céu, e que nunca se perde: as virtudes; enquanto os outros tiveram de deixar aquilo que os fazia grandes na Terra, e que não se pode levar: a fortuna, os títulos, a glória, a linhagem. Não tendo nada mais, chegam ao outro mundo desprovidos de tudo, como náufragos que tudo perderam, até as roupas. Conservam apenas o orgulho, que torna ainda mais humilhante a sua nova posição, porque vêem acima deles, e resplandecentes de glória, aqueles que espezinharam na Terra.


O Espiritismo nos mostra outra aplicação desse princípio nas encarnações sucessivas, onde aqueles que mais se elevaram numa existência, são abaixados até o último lugar na existência seguinte,  se se deixaram dominar pelo orgulho e a ambição. Não procureis, pois, o primeiro lugar na Terra, nem queirais sobrepor-vos aos outros, se não quiserdes ser obrigado a descer. Procurai, pelo contrário, o mais humilde e o mais modesto, porque Deus saberá vos dar um mais elevado no céu, se o merecerdes.





TEXTOS DE APOIO



EU NÃO MERECIA

“... Por que uns nascem na miséria e outros na opulência, sem nada terem feito para justificar essa posição? Por que
para uns nada dá certo, enquanto que para outros tudo parece sorrir?...”
 “... As vicissitudes da vida têm, pois, uma causa, e, uma vez que Deus é justo, essa causa deve ser justa. Eis do que cada um deve compenetrar-se bem...”   (Capítulo 5. item 3.)
 Assumir total responsabilidade por todas as coisas que acontecem em nossa vida, incluindo sentimentos e emoções, é um passo decisivo em direção a nossa maturidade e crescimento interior.
 A tendência em acusar a vida, as pessoas, a sociedade, o mundo enfim, é tão antiga quanto o gênero humano; e muitos de nós crescemos aprendendo a raciocinar assim, censurando todos e tudo, nunca examinando o nosso próprio comportamento, que na verdade decide a vida em nós e fora de nós.
 Assimilamos o “mito do vitimismo” nas mais remotas religiões politeístas, vivenciadas por todos nós durante as várias encarnações, quando os deuses temperamentais nos premiavam ou castigavam de conformidade com suas decisões arbitrárias. Por termos sido vítimas nas mãos dessas divindades, é que passamos a usar as técnicas para apaziguar as iras divinas, comercializando favores com oferendas a Júpiter no Olimpo, a Netuno nas atividades do oceano, a Vênus nas áreas afetivas e a Plutão, deus dos mortos e dos infernos.
 Aprendemos a justificar com desculpas perfeitas os nossos desastres de comportamento, dizendo que fomos desamparados pelos deuses, que a conjunção dos astros não estava propícia, que a lua era minguante e que nascemos com uma má estrela.
Ainda muitos de nós acreditamos ser vítimas do pecado de Adão e Eva e da crença de um deus judaico que privilegia um povo e despreza os outros, surgindo assim a idéia da hegemonia divina das nações.
As pessoas que acreditam ser “vítimas da fatalidade” continuam a apontar o mundo exterior como culpado dos seus infortúnios. Recusam absolutamente reconhecer a conexão entre seus modos de pensar e os acontecimentos exteriores. São influenciadas pelas velhas crenças e se dizem prejudicadas pela força dos hábitos, pelas cargas genéticas e pela forma como foram criadas, afirmando que não conseguem ser e fazer o que querem. Não sabem que são arquitetos de seu destino, nem se conscientizam de que o passado determina o presente, o qual, por sua vez, determina o futuro.
A vítima sente-se impotente e indefesa em face de um destino cruel. Sem força nem capacidade de mudar, repetidas vezes afirma: “Eu não merecia isto”, “A vida é injusta comigo”, nunca lhe ocorrendo, porém, que o seu jeito de ser é que materializa pessoas e situações em sua volta.
Defendem seus gestos e atitudes infelizes dizendo: “Meus problemas são causados por meu lar”, “Os outros sempre se comportam desta forma comigo”. Desconhecem que as causas dos problemas somos nós e que, ao renascermos, atraímos esse lar para aprendermos a resolver nossos conflitos. São os nossos comportamentos interiores que modificam o comportamento dos outros para conosco. Se somos, pois, constantemente maltratados é porque estamos constantemente nos maltratando e ou maltratando alguém.
Ninguém pode fazer-nos agir ou sentir de determinada maneira sem a nossa permissão.
Outras pessoas ou situações poderão estimular-nos a ter certas reações, mas somente nós mesmos determinaremos quais serão e como serão essas reações. As formas pelas quais reagimos foram moldadas pelas experiências em várias vidas e sedimentadas pela força de nossas crenças interiores - mensagens gravadas em nossa alma.
Portanto, precisamos assumir o comando de nossa vida e sair do posicionamento infantil de criaturas mimadas e frágeis, que reclamam e se colocam como “vítimas do destino.
Admitir a real responsabilidade por nossos atos e atitudes é aceitar a nossa realidade de vida - as metas que alteram a sina de nossa existência.
Em vez de atribuirmos aos outros e ao mundo nossas derrotas e fracassos, lembremo-nos de que “as vicissitudes da vida têm, pois, uma causa, e, uma vez que Deus é justo, essa causa deve ser justa”.
Hammed – Renovando Atitudes - Francisco Do Espírito Santo Neto 





O PRIMEIRO

Cap. VII - Item 3 - ESE
"E qualquer que entre vós quiser ser o primeiro seja vosso servo". - Jesus (Mateus, 20:27)

Nos variados setores da experiência humana, encontramos as mais diversas criaturas a buscarem posições de destaque e postos de diretiva.
Há pessoas que enveredam pelas sendas do comércio e da indústria, em corrida infrene por se elevarem nas asas frágeis da posse efêmera.
Muitas elegem a tirania risonha no campo social, para se afirmarem poderosas e dominantes.
Outras pontificam através do intelecto, usando a Ciência como apoio da autoridade que avocam para si mesmas.
Temos ainda as inteligências que, em nome da inovação ou da arte, se declaram francamente partidárias da delinqüência e do vício, para sossegarem as próprias ânsias de fulguração nas faixas da influência.
Todas caminham subordinadas às mesmas leis, elevando-se hoje, para descer amanhã.
O império econômico, a autoridade terrestre ou o intelectualismo sistemático possibilitam a projeção da criatura no cenário humano, à feição de luz meteórica, riscando, instantaneamente, a imensidade dos céus.
Em piores circunstâncias, aquele que preferiu o brilho infernal do crime, esbarra, em breve tempo, com a dureza de si mesmo, sendo constrangido a reunir os estilhaços da vida, provocados por suas ações lamentáveis, na recomposição do destino próprio.
Grande maioria toma a aparência do comando como sendo a melhor posição, e raros chegam a identificar, no anonimato da posição humilde, o posto de carreira que conduz a alma aos altiplanos da Criação.
Apesar de tudo, porém, a verdade permanece imutável.
A liderança real, no caminho da vida, não tem alicerces em recursos amoedados.
Não se encastela simplesmente em notoriedade de qualquer natureza.
Não depende unicamente de argúcia ou sagacidade.
Nem é fruto da erudição pretensiosa.
A chefia durável pertence aos que se ausentam de si mesmos, buscando os semelhantes para serví-los...
Esquecendo as luzes transitórias da ribalta do mundo...
Renunciando à concretização de sonhos pessoais em favor das realizações coletivas...
Obedecendo aos estímulos e avisos da consciência...
E por amar a todos sem reclamar amor para si, embora na condição de servo de todos, faz-se amado da vida, que nele concentra seus interesses fundamentais.

Do livro O Espírito da Verdade. Psicografia de Waldo Vieira.





PARÁBOLA DOS PRIMEIROS LUGARES

“Ao anotar como os convidados escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhes esta parábola: Quando fores por alguém convidado para um casamento, não te sentes no primeiro lugar; para não suceder que seja por ele convidada uma pessoa mais considerada do que tu e; vindo o que te convidou a ti e a ele, te diga: Dá o lugar a este; e então irás envergonhado ocupar o último lugar. Pelo contrário, quando fores convidado, vai tomar o último lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, senta-te mais para cima; então isto será para ti uma honra diante de todos os mais convivas. Pois todo o que se exalta, será humilhado; mas todo o que se humilha, será exaltado.” (Lucas, XIV, 7-11.)
É costume dos orgulhosos, que querem ostentar grandeza, ocupar na sociedade as posições mais distintas; tornarem-se salientes, para atrair atenções.
Jesus, que costumava freqüentar certas reuniões em ocasiões que julgava próprias, para estudar o caráter e a psicologia das gentes, antes de propor a seus discípulos a Parábola da Grande Ceia, julgou de bom aviso ensinar-lhes que, mesmo como convivas desse “banquete espiritual”, não deveriam pleitear os primeiros lugares, posições inadequadas aos que devem observar estritamente a humildade, único meio de exaltação e de conquista de mérito.
Nenhum valor tem para Jesus os que se salientam pomposamente nos primeiros lugares e praticam todas as obras que aparentemente são boas, para serem visto pelos homens; os que alargam seus filactérios, alongam
suas fímbrias, e gostam do primeiro lugar nos banquetes, das primeiras cadeiras nas sinagogas, das saudações nas praças públicas e de serem chamados mestres.
O conviva da “grande ceia” deve ser sóbrio, modesto, prudente, recatado, cheio de boa vontade, laborioso, e, em vez de se recostar comodamente no primeiro lugar que encontra vago em torno da mesa do banquete, deve fazer-se como o servo que, depois de bem examinar as iguarias, serve eqüitativamente aos convivas, segundo o paladar de cada um deles.
“A cadeira de Moisés”, o estudante do Evangelho já o sabe, não deve ser ocupada pelos novos convivas da “grande ceia”, para que lhes não seja aplicado o libelo condenatório pronunciado pelo Mestre contra os escribas e fariseus. (Mateus, XXIII.)
A sentença do Mestre “O que se exalta, será humilhado; mas o que se humilha, será exaltado”, tem estrita aplicação a todos os que já receberam a Palavra de Jesus em espírito e verdade.
Na Parábola do Bom Servo está escrita a obrigação dos que desejam os “primeiros lugares espirituais”. Não é por ocupar os “primeiros lugares na sociedade” que os obteremos. Ninguém pense galgar as eminências da glória, sem haver prestado seus serviços à causa da Verdade, sem ter experimentado, para tal fim, provas difíceis de vencer, sem haver triunfado nas lutas, sem ter vencido o mundo com suas enganadoras miragens.
Os primeiros lugares espirituais não são aqueles em que somos honrados, mas aqueles em que nos colocamos para honrar; não são aqueles em que somos servidos, mas os em que nos dão ensejo de servir. “O Filho do Homem não veio ao mundo para ser servido, mas para servir.”
A Parábola de Jotam, pronunciada no crime de Gerizim, para exortar o povo de Shechem, pode ser repetida hoje aos que conquistam as glórias e querem naturalmente obter aquelas que não passam como a flor da erva:
CAIRBAR SCHUTEL – PARÁBOLAS E ENSINOS DE JESUS




ENTRE OS CRISTÃOS

  “Mas entre vós não será assim.”— Jesus. (MARCOS, capítulo 10, versículo 43.)

Desde as eras mais remotas, trabalham os agru­pamentos religiosos pela obtenção dos favores ce­lestes.
Nos tempos mais antigos, recordava-se da Pro­vidência tão-só nas ocasiões dolorosas e graves. Os crentes ofereciam sacrifícios pela felicidade do­méstica, quando a enfermidade lhes invadia a casa; as multidões edificavam templos, em surgindo cala­midades públicas.
Deus era compreendido apenas através dos dias felizes.
A tempestade purificadora pertencia aos gênios perversos.
Cristo, porém, inaugurou uma nova época. A hu­mildade foi o seu caminho, o amor e o trabalho o seu exemplo, o martírio a sua palma de vitória. Deixou a compreensão de que, entre os seus discípulos, o princípio de fé jamais será o da conquista fácil de favores do céu, mas o de esforço ativo pela iluminação própria e pela execução dos desígnios de Deus, através das horas calmas ou tempestuosas da vida.
A maior lição do Mestre dos Mestres é a de que ao invés de formularmos votos e sacrifícios convencionais, promessas e ações mecânicas, como a escapar dos deveres que nos competem, consti­tui-nos obrigação primária entregarmo-nos, humildes, aos sábios imperativos da Providência, submetendo-nos à vontade justa e misericordiosa de Deus, para que sejamos aprimorados em suas mãos.

Emmanuel - Do livro Caminho Verdade e Vida. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.





QUEM SERVE, PROSSEGUE...

"O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir" -Jesus.(MARCOS, 10:45.)

         A Natureza, em toda parte, é um laboratório divino que elege o espírito de serviço por processo normal de evolução.
         Os olhos atilados observam a cooperação e o auxílio nas mais comezinhas manifestações dos reinos Inferiores.
         A cova serve à semente. A semente enriquecerá o homem.
         O vento ajuda as flores, permutando-lhes os princípios de vida. As flores produzirão frutos abençoados.
         Os rios confiam-se ao mar. O mar faz a nuvem fecundante.
         Por manter a vida humana, no estágio em que se encontra, milhares de animais morrem na Terra, de hora a hora, dando carne e sangue a benefício dos homens.
         Infere-se de semelhante luta que o serviço é o preço da caminhada libertadora ou santificante.
         A pessoa que se habitua a ser invariavelmente servida em todas as situações, não sabe agir sozinha em situação alguma.
         A criatura que serve pelo prazer de ser útil progride sempre e encontra mil recursos dentro de si mesma, na solução de todos os problemas.
         A primeira cristaliza-se.
         A segunda desenvolve-se.
         Quem reclama excessivamente dos outros, por não estimar a movimentação própria na satisfação de necessidades comuns, acaba por escravizar-se aos servidores, estragando o dia quando não encontra alguém que lhe ponha a mesa. Quem aprende a servir, contudo, sabe reduzir todos os embaraços da senda, descobrindo trilhos novos.
         Aprendiz do Evangelho que não improvisa a alegria de auxiliar os semelhantes permanece muito longe do verdadeiro discipulado, porquanto companheiro fiei da Boa Nova esta informado de que Jesus veio para servir, e desvela-se, a benefício de todos, até ao fim da luta.
         Se há mais alegria em dar que em receber, há mais felicidade em servir que em ser servido.
         Quem serve, prossegue...

Livro Fonte Viva.  Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia Francisco C. Xavier   






POLÍTICA

“E quem governa seja como quem serve”- Jesus- Lucas, 22:26.

O Evangelho apresenta, igualmente, a mais elevada fórmula de vida político-administrativa aos povos da Terra.
Quem afirma que semelhantes serviços não se compadecem com os labores do Mestre não penetrou ainda toda a verdade de suas Lições Divinas.
A magna questão é encontrar o elemento humano disposto à execução do sublime princípio.
Os ideais democráticos do mundo não derivam senão do próprio ensinamento do Salvador.
Poderá encontrar algum sociólogo do planeta, plataforma superior além da gloriosa síntese que reclama o governante as legítimas qualidades do servidor fiel?
As revoluções, que custaram tanto sangue, não foram senão uma ânsia de obtenção da fórmula sagrada na realidade política das nações.
Nem, por isso, entretanto, deixaram de ser movimentos criminosos e desleais, como infiéis e perversos têm sido os falsos políticos na atuação do governo comum.
O ensinamento de Jesus, nesse particular, ainda está acima da compreensão vulgar das criaturas.
Quase todos os homens se atiram à conquista dos postos de autoridade e evidência, mas geralmente se encontram excessivamente interessados com as suas próprias vantagens no imediatismo do mundo.
Ignoram que o Cristo aí conta com eles, não como quem governa tirânica ou arbitrariamente, mas como quem serve com alegria, não como quem administra a golpes de força, mas como quem obedece ao Esquema Divino, junto dos seres e cousas da vida.
 Jesus é o Supremo Governador da Terra e, ao mesmo tempo, o Supremo Servidor das criaturas humanas.

Emmanuel - De "Alma e Luz", de Francisco Cândido Xavier





POLÍTICA DIVINA

"Eu, porém, entre vós, sou como aquele que serve." - Jesus. (LUCAS, 22:27.)

O discípulo sincero do Evangelho não necessita respirar o clima da política administrativa do mundo para cumprir o ministério que lhe é cometido.
O Governador da Terra, entre nós, para atender aos objetivos da política do amor, representou, antes de tudo, os interesses de Deus junto do coração humano, sem necessidade de portarias e decretos, respeitáveis embora.
Administrou servindo, elevou os demais, humilhando a si mesmo. Não vestiu o traje do sacerdote, nem a toga do magistrado.
Amou profundamente os semelhantes e, nessa tarefa sublime, testemunhou a sua grandeza celestial.
Que seria das organizações cristãs, se o apostolado que lhes diz respeito estivesse subordinado a reis e ministros, câmaras e parlamentos transitórios?
Se desejas penetrar, efetivamente, o templo da verdade e da fé viva, da paz e do amor, com Jesus, não olvides as plataformas do Evangelho Redentor.
Ama a Deus sobre todas as coisas, com todo o teu coração e entendimento.
Ama o próximo como a ti mesmo.
Cessa o egoísmo da animalidade primitiva.
Faze o bem aos que te fazem mal.
Abençoa os que te perseguem e caluniam.
Ora pela paz dos que te ferem.
Bendize os que te contrariam o coração inclinado ao passado inferior.
Reparte as alegrias de teu espírito e os dons de tua vida com os menos afortunados e mais pobres do caminho.
Dissipa as trevas, fazendo brilhar a tua luz.
Revela o amor que acalma as tempestades do ódio.
Mantém viva a chama da esperança, onde sopra o frio do desalento.
Levanta os caídos.
Sê a muleta benfeitora dos que se arrastam sob aleijões morais.
Combate a ignorância, acendendo lâmpadas de auxílio fraterno, sem golpes de crítica e sem gritos de condenação.
Ama, compreende e perdoa sempre.
Dependerás, acaso, de decretos humanos para meter mãos à obra?
Lembra-te, meu amigo, de que os administradores do mundo são, na maioria das vezes, veneráveis prepostos da Sabedoria Imortal, amparando os potenciais econômicos,
passageiros e perecíveis do mundo; todavia, não te esqueças das recomendações traçadas no Código da Vida Eterna, na execução das quais devemos edificar o Reino Divino, dentro de nós mesmos.


Livro: Vinhas de Luz - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier




GRANDE SERVIDOR

“Eu estou entre vós como quem serve”.— Jesus (Lucas, 22:27)

         Sim, o Cristo não passou entre os homens como quem impõe.
         Nem como quem determina.
         Nem como quem governa.
         Nem como quem manda.
         Caminhou na Terra à feição do servidor.
         Legou-nos o Evangelho da vida, escrevendo-lhe a epopéia no coração das criaturas.
         Mestre, tomou o próprio coração para sua cátedra.
         Enviado Celestial, não se detém num trono terrestre e aproxima-se da multidão para auxiliá-la.
         Fundador da Boa Nova, não se limita a tecer-lhe a coroa com palavras estudadas, mas estende-a e consolida-lhe os valores com as próprias mãos.
         A prática é o seu modo de convencer.
         O próprio sacrifício é o seu método de transformar.
         Aprendamos com o Divino Mestre a ciência da renovação pelo bem. E modificar a nós mesmos, para a vitória do bem, elevando pessoas e melhorando situações, é servir sempre, como quem sabe que fazer é o melhor processo de aconselhar.

De Segue-me!..., de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel





SENTIMENTO INCONFESSÁVEL

"Assim não deve ser entre vós; ao contrário, aquele que quiser tornar-se o maior, seja vosso servo; e aquele que quiser ser o primeiro entre vós seja vosso escravo (...) - Mateus, 20:26 - O ESE, cap. VII, ítem 4.

Inveja é um mecanismo psicológico do ego, dentre muitos originados do sentimento de egoísmo, cujo objetivo é a disputa neurótica para nos promover à condição de superiores em relação a alguém.

Constitui mais uma das atitudes de não aceitação e desajuste com nossa real condição interior.

lnteressar-se em possuir algum bem perecível ou valor moral que tenhamos observado em nosso próximo é um desejo sadio de crescimento, estímulo para novos aprendizados e esforços.

Nesse caso, existe uma busca do exemplo inspirador. É a "inveja criativa", impulsionadora.

No entanto, quando surge, neste ato, a presença da frustração, da malquerença, da ameaça, do sentimento de inferioridade que nos causam um estado de mal-estar, então temos a condição invejosa.

Nesse contexto, o próximo é analisado como um vitorioso oponente.

Suas conquistas nos incomodam e nos fazem sentir pequenos. O brilho alheio nos intimida. Partimos, então, para formas defensivas com as quais procuramos diminuir a luz alheia.

Mesmo entre nós, os aprendizes incipientes da causa do amor, a inveja se mascara das formas mais complexas no intuito de ocultar nossa vergonha por senti-la. Um sentimento inconfessável.

Em verdade, deveríamos nos alegrar pela expansão e multiplicação de idéias e caminhos para o espiritismo por meio de expressões criativas de trabalho vindas de outrem, mas, quando estamos apegados às conquistas doutrinárias, sentimo-nos ameaçados ao despontarem projetos e idéias apreciáveis nascidos na mente alheia.

Somos Espíritos que ainda desconhecem os efeitos do próprio bem e como lidar com ele. Por isso, nossas realizações doutrinárias ainda nos causam uma sensação, natural até certo ponto, de vitória e maioridade moral. Aferramo-nos a elas com a nítida ilusão de êxito pleno e libertação definitiva. A alegria da conquista ultrapassa a linha do equilíbrio e se transforma em pertinaz conduta orgulhosa. Tudo isso ocorre, todavia, porque estamos há tanto tempo afastados da benevolência que, ao experimentá-la, sentimo-nos as melhores e maiores criaturas da vida.

Existem sistemas inteiramente alicerçados na inveja, reunindo multidões cujo propósito é abafar quaisquer manifestações que não brotem de suas entranhas.

Diversos climas organizacionais sofrem os efeitos indesejáveis da inveja pelas atitudes autoritárias e controladoras de seus dirigentes, que evitarão a qualquer custo aceitar alguém brilhar mais que o conjunto de suas forças reunidas.

E chegou a Cafarnaum, e, entrando em casa, perguntou-lhe: Que estáveis vós discutindo pelo caminho? Mas eles calaram-se, porque pelo caminho tinham disputado entre si qual era o maior? Marcos, 9:33

O quadro comportamental do Espírito adoecido pelo egoísmo repete-se nos dias presentes. Competição e ciúme, inveja e arrogância são sentimentos velados nas relações dos novos discípulos de Jesus, iluminados pela doutrina espírita. Negá-los não impedirá de colhermos seus frutos deteriorados e indigestos. Teremos, cada um de nós, de assumir diante da consciência a natureza de nossa disputa. Doloroso ato de coragem e desnudamento interior.

Quanta dissensão e melindre, quanto fracasso e obsessão por conta da competição velada entre seareiros !

A competição continua na sutileza das atitudes humanas. Os estímulos da mídia e da sociedade competitiva, somados à experiência de capricho pessoal, levam muitos corações, inclusive nos ambientes espíritas, a disputar os primeiros lugares em combates envernizados sem abertura para concessões, criando climas inamistosos e cisões dispensáveis que o diálogo sincero, seguido da honestidade emocional, poderia evitar.

"Na verdade, é já realmente uma falta terdes demanda uns contra os outros. Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano?"1414. i Coríntios, 6:7.

A inveja é dos sentimentos que menos confessamos a nós mesmos. É uma propriedade psicológica do sentimento de egoísmo, ou seja, não conhecemos e nem percebemos sua ação em nós. É uma das várias artimanhas do ego para nos manter protegidos da terrível sensação de vulnerabilidade, impotência e pequenez.

Invejamos o que o outro tem ou é quando não amamos ainda o que somos e temos. Não nos amando, passamos a fazer comparações sistemáticas. Somente nos comparando conosco mesmos, em relação ao nosso trajeto de aperfeiçoamento na vida, é que nos sentiremos valorosos e gratificados. Se nada construímos de útil e bom, possivelmente só nos resta a humildade de assumir nossa condição e começar um caminho novo. Invejar não resolverá o vazio que sentiremos de não galgar os degraus que já gostaríamos de ter logrado.

A solução é ouvir nossos sentimentos com lisura moral. Permitir-nos sentir e estudar a inveja, descobrindo suas nascentes e camuflagens. Alguns pontos podem nos auxiliar:

Assumir que competimos e descobrir as causas profundas desta atitude.

Compreender que não fazemos isso propositadamente. Não escolhemos ser invejosos, vivemos um processo resultante de milênios.

Nossa intenção nobre está preservada independentemente de quaisquer descobertas dolorosas sobre nossas imperfeições. Somos mais o que intencionamos que, propriamente, o que fazemos.

Os erros decorrentes de nossas atitudes na inveja velada devem ser aferidos sem culpa, buscando reparação e olhar para o futuro. Que eles sirvam de lições para não incorrermos naqueles mesmos desvios.

Manter exames periódicos acerca das investidas da inveja em nossa conduta e tomar providências imediatas para sua erradicação.

Guardar atenção com a ansiedade e a compulsão com as tarefas para não cair no automatismo ou na ausência de reflexão educativa. Não confundamos sacrifício com ansiedade. A verdadeira tarefa espírita não está fora, mas no íntimo. Nas lições pessoais e intransferíveis que realizamos em Deus no átrio da consciência.
O princípio originário da inveja está assentado na Lei Natural de conservação.

"É natural o desejo do bem-estar. Deus só proíbe o abuso, por ser contrário à conservação. Ele não condena a procura do bem-estar, desde que não seja conseguido à custa de outrem não venha a diminuir-vos nem as forças físicas, nem as forças morais".1515. O livro dos Espíritos, questão 719.

Aprender com o sucesso alheio, ter metas de progresso material, compreender as aptidões que admiramos em outrem, respeitar a experiência e alegrar-se com as vitórias dos outros são caminhos da admiração, isto é, a direção educativa para os sentimentos despertados ante os valores que nos cercam na convivência. São estímulos para crescer.

Somente os que se amam e conhecem seus potenciais, valores e aptidões olharão a vida e o próximo com alteridade, prezando as diferenças com louvor, reconhecendo que cada um deve florescer onde e como se encontra, descobrindo sua missão gloriosa perante a vida, distante do ato de invejar.

Ante essa descoberta, tecida nos fios do autoamor, alcançaremos a condição superior exarada pelo senhor Allan Kardec: "O homem não procura elevar-se acima do homem, mas acima de si mesmo, aperfeiçoando-se".16 O evangelho segundo o espiritismo, capítulo 111, item 10.

WANDERLEY OLIVEIRA + ERMANCE DUFAUX




CAUSA E EFEITO
       
Enoque era um ancião que se abeirava dos cem janeiros.
Residindo numa choça que se encostava a uma peroba, cuja idade renteava com a dele, alimentava-se de frutas e chá que improvisava com folhas aromáticas e água quente.
Entre aqueles viajantes e amigos que atravessavam a estrada, a poucos metros de sua moradia, a fim de revê-lo, o agricultor José Prado, procurou-lhe a amenidade da companhia e indagou, com respeito:
-Enoque, você acredita na lei de causa e efeito?
Como não? - respondeu o interpelado com voz trêmula. A idade me pesa nas costas, há vários decênios, e nunca vi um só caso em que essa lei da vida viesse a falhar.
E, virando para o interlocutor os velhos braços; acentuou: - a propósito de que o senhor me fez essa pergunta?
O amigo não se melindrou e narrou pensativo:
-Há cinco anos, entrei em luta corporal com o Joaquim Mota, que é seu conhecido, e, na briga, cortei-lhe dois dedos da mão esquerda, que sangrou abundantemente... Depois de algum tempo pedi-lhe perdão do gesto impensado e ele não só me perdoou, como também me convidou para um café em sua própria casa. Senti grande alívio, porque me achava arrependido da violência que praticara e voltei ao trabalho em meus canaviais. Ontem, porém, coloquei meu facão num galho de árvore, para limpar a plantação nova e distraí-me sem notar que o dia de calor nos mergulhara a todos, os meus auxiliares e eu, numa ventania brava. Aproximava-se o aguaceiro e corremos, em busca dos restos da casa velha do Antonio e quando passei, a passo rápido, sob o galho da Aroeira que me guardava o facão, ei-lo que se despenca sobre mim, sem motivo aparente me cortando dois dedos da mão esquerda, como sucedera no dia que mutilei a mão do Joaquim Mota.
O narrador fez uma pausa e finalizou:
-O senhor acredita que eu tenha sido executado segundo a lei de causa e efeito?
-Acredito, sim...
-Entretanto - observou o visitante, não posso esquecer que o Mota já me perdoara.
Enoque fez um gesto expressivo de afirmação e explicou:
-Mota lhe perdoara a ofensa, mas a lei lhe havia registrado o gesto impulsivo e terá considerado que o perdão do amigo lhe oferecia a oportunidade, a fim de que a dor de seus dois dedos lhes advertisse para não repetir o ato que lhe impunha dor e arrependimento ao coração.
Enoque - solicitou o amigo, fale-nos então dessa lei que não podemos burlar!...
O velhinho levantou-se com muita dificuldade e, ali mesmo, retirou da mesa tosca um ensebado exemplar do Novo Testamento e esclareceu:
-Meu amigo; estou no fim de minha longa existência e já não disponho de tempo para longas conversações. Quando preciso de alguma explicação, recorro aos ensinamentos de Jesus e sempre tenho a resposta. Abra este livro e veja o que o Mestre nos diz.
Intranqüilo, o consulente abriu o rolo e achou do Apóstolo Mateus lendo o Versículo no. 52 do Capítulo 26, em que Jesus adverte a nós todos; "quem com ferro fere com ferro será ferido...".

Da Obra A Semente De Mostarda – Espírito: Emmanuel –Médium: Francisco Cândido Xavier



PEDIR

"Jesus, porém, respondendo, disse: Não sabeis o que pedis." - (MATEUS, 20:22.)

A maioria dos crentes dirige-se às casas de oração, no propósito de pedir alguma coisa;
Raros os que aí comparecem, na verdadeira atitude dos filhos de Deus, interessados nos sublimes desejos do Senhor, quanto à melhoria de conhecimentos, à renovação de valores íntimos, ao aproveitamento espiritual das oportunidades recebidas de Mais Alto.
A rigor, os homens deviam reconhecer nos templos o lugar sagrado do Altíssimo, onde deveriam aprender a fraternidade, o amor, a cooperação no seu programa divino. Quase todos, porém, preferem o ato de insistir, de teimar, de se imporem ao paternal carinho de Deus, no sentido de lhe subornarem o poder infinito. Pedinchões inveterados, abandonam, na maior parte das vezes, o traçado reto de suas vidas, em virtude da rebeldia suprema nas relações com o Pai. Tanto reclamam, que lhes é concedida a experiência desejada.
Sobrevêm desastres. Surgem as dores. Em seguida, aparece o tédio, que é sempre filho da incompreensão dos nossos deveres.
Provocamos certas dádivas no caminho, adiantamo-nos na solicitação da herança que nos cabe, exigindo prematuras concessões do Pai, à maneira do filho pródigo. Mas o desencanto constitui-se em veneno da imprevidência e da irresponsabilidade.
O tédio representará sempre o fruto amargo da precipitação de quantos se atiram a patrimônios que lhes não competem.
Tenhamos, pois, cuidado em pedir, porque, acima de tudo, devemos solicitar a compreensão da vontade de Jesus a nosso respeito.


Emmanuel Do livro Caminho, Verdade e Vida,  de Chico Xavier





ANTES DE SERVIR

“Bem com o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir.” – Jesus. (Mateus, 20:38).

Em companhia do espírito de serviço, estaremos sempre bem guardados. A Criação inteira nos reafirma esta verdade com clareza absoluta.
Dos reinos inferiores às mais altas esferas, todas as coisas servem a seu tempo.
A lei do trabalho, com a divisão e a especialização nas tarefas, prepondera nos mais humildes elementos, nos variados setores da Natureza.
Essa árvore curará enfermidades, aquela outra produzirá frutos. Há pedras que contribuem para a construção do lar; outras existem calçando caminhos.
O Pai forneceu ao filho homem a casa planetária, onde cada objeto se encontra em lugar próprio, aguardando somente o esforço digno e a palavra de ordem, para ensinar à criatura a arte de servir. Se lhe foi doada a pólvora destinada à libertação da energia e se a pólvora permanece utilizada por instrumento de morte aos semelhantes, isto ocorre por conta do usufrutuário da moradia terrestre, porque o Supremo Senhor em tudo sugere a prática do bem, objetivando a elevação e o enriquecimento de todos os valores do Patrimônio Universal.
Não olvidemos que Jesus passou entre nós, trabalhando. Examinemos a natureza de sua cooperação sacrificial e aprendamos com o Mestre a felicidade de servir santamente.
Podes começar hoje mesmo.
Uma enxada ou uma caçarola constituem excelentes pontos de início. Se te encontras enfermo, de mãos inabilitadas para a colaboração direta, podes principiar mesmo assim, servindo na edificação moral de teus irmãos.


Emmanuel – Pão Nosso – Francisco C Xavier




TEU LUGAR NA VIDA

“... Quando fordes convidados para bodas, não tomeis nelas o primeiro lugar, temendo que se encontre entre os
convidados uma pessoa mais considerada que vós, e que aquele que vos tiver convidado não venha vos dizer: Dai vosso lugar a este...”
 “... todo aquele que se eleva será rebaixado, e todo aquele que se rebaixa será elevado.” (Capítulo 7, item 5.)

Querendo ilustrar suas prédicas, como sempre de modo claro e compreensível, Jesus de Nazaré considerava, certa ocasião, como os convidados de uma festividade se comportavam precipitadamente, na ânsia de tomar os lugares principais da mesa, com isso desrespeitando os princípios básicos do bom senso e da educação.
Qual o teu lugar à mesa? Qual a tua posição no universo de ti mesmo? Essa a grande proposta feita pelo Mestre nesta parábola.
Será que o lugar que ocupas hoje é teu mesmo? Ou influências externas te levam a direções antagônicas de acordo com o teu modo de pensar e agir?
Tens escutado a voz da alma, que é Deus em ti, ou escancarado teus ouvidos às opiniões e conceitos dos outros?
Nada pior do que te sentires deslocado na escola, profissão, círculo social ou mesmo entre familiares, porque deixas parentes, amigos, cônjuges e companheiros pensarem por ti, não permitindo que Deus fale contigo pelas vias inspirativas da alma. Essa inadaptação que sentes é fruto de teu deslocamento íntimo por não acreditares em tuas potencialidades. Achas-te incapaz, não por seres realmente, mas porque te fazes surdo às tuas escolhas e preferências oriundas de tua própria essência.
Se permaneceres nesse comportamento volúvel, apontando frequentemente os outros como responsáveis pela tua inadequação e conflitos, porque não assumes que és uma folha ao vento entre as vontades alheias, te sentirás sempre um solitário, ainda que rodeado por uma multidão.
Porém, se não mais negares sistematicamente que tuas ações são, quase na totalidade, frutos do consenso que fizeste do somatório de conselhos e palpites vários, estarás sendo, a partir desse instante, convidado a sentar no teu real lugar, na mesa da existência.
Por fim, perceberás com maior nitidez quem é que está movimentando tuas decisões e o quanto de participação tens nas tuas opções vivenciais.
No exame da máxima “todo aquele que se eleva será rebaixado e todo aquele que se rebaixa será elevado”, vale considerar que não é a postura de se “dar ares” de humildade ou a de se rebaixar de forma exagerada e humilhante que te poderá levar à conscientização plena da tua localização dentro de ti mesmo.
Sintonizando-te na verdadeira essência da humildade, que é conceituada como “olhar as coisas como elas são realmente”, e percebendo que a tua existência é responsabilidade unicamente tua, é que tu serás tu mesmo.
Ser humilde é auscultar a origem real das coisas, não com os olhos da ilusão, mas com os da realidade, despojando-se da imaginação fantasiosa de uma ótica mental distorcida, nascida naqueles que sempre acham que merecem os “melhores lugares” em tudo.
Vale considerar que, por não estarmos realizando um constante exercício de auto-observação, quase sempre deduzimosou captamos a realidade até certo ponto e depois concluímos o restante a nosso bel-prazer, criando assim ilusões e expectativas desgastantes que nos descentralizam de nossos objetivos.
Quem encontrou o seu lugar respeita invariavelmente o lugar dos outros, pois divisa a própria fronteira e, consequentemente, não ultrapassa o limite dos outros, colocando na prática o “amor ao próximo”.
Para que encontres o teu lugar, é necessário que tenhas uma “simplicidade lúcida”, e o despojar dos teus enganos e fantasias fará com que encontres a autêntica humildade.
Para que não tenhas que ceder teu lugar a outro, é indispensável que vejas as coisas como elas são realmente e que uses o bom senso como ponto de referência para o teu aprimoramento e para a tua percepção da verdade como um todo. Procura-te em ti mesmo: eis a possibilidade de sempre achares o lugar que te pertence perante a Vida Excelsa.

Hammed – Renovando Atitudes – Francisco do Espírito Santo Neto





CONVITE AO BEM

"Mas quando fores convidado, vai." Jesus. (LUCAS, 14:10)

Em todas as épocas, o bem constitui a fonte divina, suscetível de fornecer-nos valores imortais.
O homem de reflexão terá observado que todo o período infantil é conjunto de apelos ao sublime manancial.
O convite sagrado é repetido, anos a fio. Vem através dos amorosos pais humanos, dos mentores escolares, da leitura salutar, do sentimento religioso, dos amigos comuns.
Entretanto, raras inteligências atingem a juventude, de atenção fixa no chamamento elevado. Quase toda gente ouve as requisições da natureza inferior, olvidando deveres preciosos.
Os apelos, todavia, continuam...
Aqui, é um livro amigo, revelando a verdade em silêncio; ali, é um companheiro generoso que insiste em favor das realidades luminosas da vida...
A rebeldia, porém, ainda mesmo em plena madureza do homem, costuma rir inconscientemente, passando, todavia, em marcha compulsória, na direção dos desencantos naturais, que lhe impõem mais equilibrados pensamentos.
No Evangelho de Jesus, o convite ao bem reveste-se de claridades eternas. Atendendo-o, poderemos seguir ao encontro de Nosso Pai, sem hesitações.
Se o clarim cristão já te alcançou os ouvidos, aceita-lhe as claridades sem vacilar.
Não esperes pelo aguilhão da necessidade.
Sob a tormenta, é cada vez mais difícil a visão do porto.
A maioria dos nossos irmãos na Terra caminha para Deus, sob o ultimato das dores, mas não aguardes pelo açoite de sombras, quando podes seguir, calmamente, pelas estradas claras do amor.
Emmanuel  - Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Ed.: FEB.





BOAS MANEIRAS

 “E assenta-te no último lugar.” – Jesus. (Lucas, 14:10)

O Mestre, nesta passagem, proporciona inolvidável ensinamento de boas maneiras.
Certo, a sentença revela conteúdo altamente simbólico, relativamente ao banquete paternal da Bondade Divina; todavia, convém deslocarmos o conceito a fim de aplicá-lo igualmente ao mecanismo da vida comum.
A recomendação do Salvador presta-se a todas as situações em que nos vejamos convocados a examinar algo de novo, junto aos semelhantes. Alguém que penetre uma casa ou participe de uma reunião pela primeira vez, timbrando demonstrar que tudo sabe ou que é superior ao ambiente em que se encontra, torna-se intolerável aos circunstantes.
Ainda que se trate de agrupamento enganado em suas finalidades ou intenções, não é razoável que o homem esclarecido, aí ingressando pela vez primeira, se faça doutrinador austero e exigente, porquanto, para a tarefa de retificar ou reconduzir almas, é indispensável que o trabalhador fiel ao bem inicie o esforço, indo ao encontro dos corações pelos laços da fraternidade legítima. Somente assim conseguirá alijar a imperfeição eficazmente, eliminando uma parcela de sombra, cada dia, através do serviço constante.
Sabemos que Jesus foi o grande reformador do mundo, entretanto, corrigindo e amando, asseverava que viera ao caminho dos homens para cumpri a Lei.
Não assaltes os lugares de evidência por onde passares. E, quando te detiveres com os nossos irmãos em alguma parte, não os ofusques com a exposição do quanto já tenhas conquistado nos domínios do amor e da sabedoria. Se te encontras decidido a cooperar pelo bem dos outros, apaga-te, de algum modo, a fim de que o próximo te possa compreender. Impondo normas ou exibindo poder, nada conseguirás senão estabelecer mais fortes perturbações.

Emmanuel - Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Ed.: FEB.





NINGUÉM É INÚTIL

“...e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.” Jesus-Lucas, 14:11.

 “Será o maior no reino dos Céus aquele que se humilhar e se fizer pequeno como uma criança,  isto é, que nenhuma pretensão alimentar à superioridade ou à infalibilidade.”capitulo 7:6

 Não aguardes aparente grandeza para ser útil.
 Missão quer dizer incumbência.
 E ninguém existe aos ventos do acaso.
 Buscando entender os mandatos de trabalho que nos competem, estudemos, de leve, algumas lições de cousas da natureza.
 A usina poderosa ilumina qualquer lugar, à longa distância, contudo, para isso, não age por si só.
 Usa transformadores de um circuito a outro, alterando em geral a tensão, e a intensidade da corrente.
 Os transformadores requisitam fios de condução.
 Os fios recorrem à tomada de força.
 Isso, porém, ainda não resolve.
 Para que a luz se faça, é indispensável a presença da lâmpada, que se forma de componentes diversos.
 O rio, de muito longe, fornece água limpa à atividade caseira, mas não se projeta, desordenado, a serviço das criaturas.
 Cede os próprios recursos à rede de encanamento.
 A rede pede tubos de formação variada.
 Os tubos exigem a torneira de controle.
 Isso, porém, ainda não é tudo.
 Para que o liquido se mostre purificado, requer o concurso do filtro.
 O avião transporta o homem, de um lado para o outro da Terra, mas não é um gigante auto suficiente.
 A fim de elevar-se precisa combustível.
 O combustível solicita motores que o aproveitem.
 Os motores reclamam os elementos de que se constituem.
 Isso, porém, ainda não chega.
 Para que a máquina voadora satisfaça aos próprios fins, é indispensável se lhe construa adequado campo de pouso.
 No dicionário das leis divinas, as nossas tarefas tem o sinônimo do dever.
 Atendamos à obrigação para que fomos chamados no clima do bem.
 Não te digas inútil, nem te asseveres incompetente.
 Para cumprir a missão que nos cabe, não são necessários um cargo diretivo, uma tribuna brilhante, um nome preclaro ou uma fortuna de milhões.
 Basta estimemos a disciplina no lugar que nos é próprio, com o prazer de servir.


Emmanuel - do livro  - O Livro da Esperança - Psicografado por Francisco Cândido Xavier










O BARRO DESOBEDIENTE

Houve um oleiro que chegou ao pátrio de serviço e reparou com alegria um pequeno bloco de barro. Contemplou-o, enlevado, em face da cor viva com que se apresentava e falou:
- Vamos! Farei de ti delicado pote de laboratório. O analista alegrar-se-á com teu concurso valioso.
Imensamente surpreendido, porém, notou que o barro retrucava:
- Oh! Não, não quero! Eu, num laboratório, tolerando precipitações químicas? Por favor, não me toques para semelhante fim!
O oleiro, espantado, considerou:
- Desejo dar-te forma por amor, não por ódio. Sofrerás o calor do forno para que te faças belo e útil ... Entretanto, porque te recusas ao que proponho, transformar-te-ei numa caprichosa ânfora destinada a depósito de perfumes.
- Oh! Nunca! Nunca! ... - exclamou o barro isto não! Estaria exposto ao prazer dos inconscientes. Não estou inclinado a suportar essências, através de peregrinações pelos móveis de luxo.
O dono do serviço meditou muito na desobediência da lama orgulhosa, mas, entendendo que tudo devia fazer por não trair a confiança do Céu, ponderou:
- Bem, converter-te-ei, então, num prato honrado e robusto. Comparecerás à mesa de meu lar. Ficarás conosco e serás companheiro de meus filhinhos.
- Jamais! Bradou o barro, na indisciplina isto seria pesada humilhação ...
Transportar arroz cozido e agüentar caldos gordurosos na face? Assistir, inerme, às cenas de glutonaria em tua casa? Não, não me submetas! ...
O trabalhador dedicado perdoou-lhe a ofensa e acrescentou:
- Modificaremos o programa ainda uma vez. Serás um vaso amigo, em que a límpida água repouse. Ajudarás aos sedentos que se aproximarem de ti.
Muita gente abençoar-te-á a cooperação. Despertarás o contentamento e a gratidão nas criaturas! ...
- não, não! Protestou a argila não quero! Seria condenar-me a tempo indefinido nas cantoneiras poeirentas ou nas salas escuras de pessoas desclassificadas. Por favor, poupa-me! Poupa-me! ...
O oleiro cuidadoso considerou, preocupado:
- Que será de ti quando te conduzirem ao forno? Não passarás de matéria endurecida e informe, sem qualquer utilidade ou beleza. Sem sacrifício e sem disciplina, ninguém se eleva aos planos da vida superior.
O barro, todavia, recusou a advertência, bradando:
- Não aceito sacrifício, nem disciplina ...
Antes que pudesse prosseguir, passou o enfornador arrebanhando a argila pronta, e o barro desobediente foi também conduzido ao forno em brasa.
Decorrido algum tempo, a lama vaidosa foi retirada e ó surpresa! Não era pote de laboratório, nem ânfora de perfume, nem prato de refeição, nem vaso para água e, sim, feio pedaço de terra requeimada e morta, sem qualquer significação, sendo imediatamente atirada ao pântano.
Assim acontece a muitas criaturas no mundo. Revoltam-se contra a vontade soberana do Senhor que as convida ao trabalho de aperfeiçoamento, mas, depois de levadas pela experiência ao forno da morte, se transformam em verdadeiros fantasmas de desilusão e sofrimento, necessitando de longo tempo para retornarem às bênção da vida mais nobre.

Neio Lúcio – Antologia da Criança – Francisco C Xavier








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O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES
LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

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