APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

E.S.E. CAPÍTULO X -ITEM 16 A 18 - A INDULGÊNCIA



16 – Espíritas, queremos hoje vos falar da indulgência, esse sentimento tão doce, tão fraternal,que todo homem deve ter para com os seus irmãos, mas que tão poucos praticam. A indulgência não vê os defeitos alheios, e se os vê, evita comentá-los e divulgá-los. Oculta-os, pelo contrário, evitando que se propaguem, e se a malevolência os descobre, tem sempre uma desculpa à mão para os disfarçar, mas uma desculpa plausível, séria, e não daquelas que, fingindo atenuar a falta, a fazem ressaltar com pérfida astúcia.
A indulgência jamais se preocupa com os maus atos alheios, a menos que seja para prestar um serviço, mas ainda assim com o cuidado de os atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, nem traz censuras nos lábios, mas apenas conselhos, quase sempre velados. Quando criticais, que dedução se deve tirar das vossas palavras? A de que vós, que censurais, não praticastes o que condenais, e valeis mais do que o culpado. Oh, homens! Quando passareis a julgar os vossos próprios corações, os vossos próprios pensamentos e os vossos próprios atos, sem vos ocupardes do que fazem os vossos irmãos? Quando fitareis os vossos olhos severos somente sobre vós mesmos?
Sede, pois, severos convosco e indulgentes para com os outros. Pensai naquele que julga em última instância, que vê os secretos pensamentos de cada coração, e que, em conseqüência, desculpa freqüentemente as faltas que condenais, ou condena as que desculpais, porque conhece o móvel de todas as ações. Pensai que vós, que clamais tão alto: “anátema!” talvez tenhais cometido faltas mais graves.
Sede indulgentes meus amigos, porque a indulgência atrai, acalma, corrige, enquanto o rigor desalenta, afasta e irrita.
JOÃO - Bispo de Bordeaux, 1862

17 – Sede indulgentes para as faltas alheias, quaisquer que sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como usastes para com os  outros.
Sustentai os fortes: estimulai-os à perseverança; fortificai os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da contrição, estendendo suas brancas asas sobre as faltas humanas, e assim ocultando-as aos olhos daqueles que não podem ver o que é impuro. Compreendei toda a misericórdia infinita de vosso Pai, e nunca vos esqueçais de lhe dizer em pensamento, mas sobretudo pelas vossas ações: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos nossos ofensores”. Compreendi bem o valor destas sublimes palavras; pois não são admiráveis apenas pela letra, mas também pelo espírito que elas encerram.
Que solicitais ao Senhor quando lhe pedis perdão? Somente o esquecimento de vossas faltas? Esquecimento de que nada vos deixas, pois se Deus se contentasse de esquecer as vossas faltas, não vos puniria, mas também não vos recompensaria. A recompensa não pode ser pelo bem que não fez, e menos ainda pelo mal que se tenha feito, mesmo que esse mal fosse esquecido. Pedindo perdão para as vossas transgressões, pedis o favor de sua graça, para não cairdes de novo, e a força necessária para entrardes numa nova senda, numa senda de submissão e de amor, na qual podereis juntar a reparação ao arrependimento.
Quando perdoardes os vossos irmãos, não vos contenteis com estender o véu do esquecimento sobre as suas faltas. Esse véu é quase sempre muito transparente aos vossos olhos. Acrescentai o amor ao vosso perdão, fazendo por ele o que pedis a vosso Pai Celeste que faça por vós. Substituí a cólera que mancha, pelo amor que purifica. Pregai pelo exemplo essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou. Pregai-a como ele mesmo o fez por todo o tempo em que viveu na Terra, visível para os olhos do corpo, e como ainda prega, sem cessar, depois que se fez visível apenas para os olhos do espírito. Segui esse divino modelo, marchai sobre as suas pegadas: elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o descanso após a luta. Como ele, tomai a vossa cruz e subi penosamente, mas corajosamente, o vosso calvário: no seu cume está a glorificação.
DUFÉTRE - Bispo de Nevers, Bordeaux

18 – Queridos amigos, sede severos para vós mesmos e indulgentes para as fraquezas alheias. Essa é também uma forma de praticar a santa caridade, que bem poucos observam. Todos vós tendes más tendências a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar. Todos vós tendes um fardo mais ou menos pesado que alijar, para subir ao cume da montanha do progresso. Por que, pois, ser tão clarividentes quando se trata do próximo, e tão cegos quando se trata de vós mesmos? Quando deixareis de notar, no olho de vosso irmão, um argueiro que o fere, sem perceber a trave que vos cega e vos faz caminhar de queda em queda? Crede nos Espíritos, vossos irmãos. Todo homem bastante orgulhoso para se julgar superior, em virtudes e méritos, aos seus irmãos encarnados, é insensato e culpado e Deus o castigará, no dia da sua justiça. O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, e consiste em não se verem superficialmente os defeitos alheios, mas em se procurar destacar o que há de bom e virtuoso no próximo. Porque, se o coração humano é um abismo de corrupção, existem sempre, nos seus mais ocultos refolhos, os germes de alguns bons sentimentos, centelhas ardentes da essência espiritual.

Espiritismo, doutrina consoladora e bendita, felizes os que te conhecem e empregam proveitosamente os salutares ensinos dos Espíritos do Senhor! Para esses, o ensino é claro, e ao longo de todo o caminho eles podem ler estas palavras, que lhes indicam a maneira de atingir o alvo: caridade prática, caridade para o próximo como para si mesmo. Em uma palavra, caridade para com todos e amor de Deus sobre todas as coisas, porque o amor de Deus resume todos os deveres, e porque é impossível amar a Deus sem praticar a caridade, da qual Ele faz uma lei para todas as criaturas.




TEXTOS DE APOIO



PERDÃO E PAZ

O refúgio de amor da Boa Nova,
Denominado Casa do Caminho,
Albergava um montão de pessoas em prova,
Entremostrando, fartamente,
Doença, Inquietação, cansaço, desalinho...
O Sol se despedia no poente.
Tudo, em Jerusalém, 'no entardecer,
Requeria parada de lazer
Depois do dia quente.
Entretanto, na Casa do Senhor,
Intensa, prosseguia,
A tarefa de paz, de compreensão e amor...
Enfermos sem família que os quisesse,
Débeis mentais em desvalia,
Mulheres desoladas,
Crianças de ninguém, colhidas nas calçadas,
Junto dos companheiros de Jesus,
Alinhavam-se em prece,
Rogando aos Céus socorro, amparo e luz...
No transcurso do dia,
Simão Pedro suara e trabalhara tanto,
Que se acolhera, a sós, em singelo recanto,
Tentando se esquivar à estafa que sentia...
Mas, um dos assessores,
Veio apressado pelos corredores,
E disse-lhe, através da voz tremente:
– “Irmão Pedro, chegou à nossa porta
Um velhinho em feridas...
Geme e grita com dores incontidas.
É o rabino Joaz que conheceis,
Antigo fazedor de nossas leis”.
Pedro aprumou-se e respondeu:
Como quem se arrojara a intenso asco:
– “Joaz, filho de Aquim, o terrível carrasco,
Que odeia o mundo galileu”?
Em seguida indagou do jovem emissário:-
– “Não conheces a trama do Calvário?
Pois não sabes, nos textos em que estudas,
Que foi ele um dos vários matadores
Que aconselharam Judas
A complicar o Mestre Inesquecível”?
E, dando um murro à mesa,
Ajuntou: “É impossível!...
Aqui não entrará semelhante traidor...
Que ele sofra, por lei da Natureza,
Remorso e enfermidade, entre gritos de dor...
Cumpro o que penso e falo,
Eu mesmo irei à porta, a fim de despachá-lo”...
Descia a noite devagar,
A penumbra invadia o grande lar.
Pedro avançava para a entrada,
Mostrando na expressão a alma rude e agitada
Mas, quase rente à porta, um homem sereno
Nele cravou o olhar calmo e profundo...
O apóstolo excitado o reconheceria
Fosse onde fosse, em todo o mundo...
Era Jesus, o Mestre Nazareno...
Empolgado de pranto e de alegria,
Simão interrompeu, atarantado,
“A que vindes, Senhor?
Ordenai o que for de vosso agrado”...
O Cristo replicou, carregando de amor
As palavras sublimes que trazia:
– “Compreendo, Simão, a repulsa que sentes,
Não pudeste esquecer as horas de agonia
Dos nossos dias diferentes...
Mas escuta, Simão:
É preciso abrandar o coração...
Olvidar toda ofensa é prosseguir em paz.
Pedro, venho pedir-te por Joaz,
Ele já não é mais o duro algoz de outrora,
É um pobre penitente que se escora
Nas chagas que carrega,
Um enfermo infeliz
De alma cansada e cega
Que a si mesmo se acusa e se maldiz...
Recorda a nossa fala de outras vezes,
Se Joaz te feriu a alma fraterna e boa,
Pedro, escuta!... Perdoa
Setenta vezes sete vezes...
Não te detenhas, vai,
Lembra o Infinito Amor de Nosso Pai...
Cada qual pagará pelas culpas que tem
Na justiça que vela sem cessar,
Quanto a nós cabe sempre a tarefa do bem:
Aprender e servir, compreender e amar...
Auxilia-me, enfim,
Faze o bem a Joaz, qual o fazes por mim”!...
Dissolveu-se na sombra a divina figura;
O apóstolo chorou, tocado de amargura...
Depois, ganhou a porta em ritmo apressado.
Um homem seminu jazia esfarrapado,
Estirado na pedra à sua própria frente.
O antigo pescador contemplou o doente
E inquiriu sobre ele ao tristonho rapaz
Que se punha a assistí-la.
O moço esclareceu:
– “Amigo, este é Joaz
Que pede proteção ao teto deste asilo,
Está mudo, febrento, desprezado...
Recebei-o, por Deus, ao vosso lado
Por tutelado e amigo,
O rabino de outrora hoje é um triste mendigo”...
Transformado, Simão,
Alçou Joaz
Ao nível de seu próprio coração.
Depois falou para o interlocutor:
– “Ide em paz,
Deixai Joaz conosco, é nosso irmão,
Ele pertence agora ao nosso amor,
Tal qual se fez e tal qual se apresenta”...
E enquanto o jovem sai como quem não se atrasa
A fim de obedecer aos seus chefes hebreus,
Pedro ainda aditou em voz tranquila e atenta,
– “Ele será mais nosso em nossa casa,
Que esta casa é de Deus”!...


Maria Dolores - Do livro A Vida Conta. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.




PSICOSFERA

"Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita. - José, Espírito Protetor. - e.s.e. capítulo 10, ítem 16

No Universo tudo é vida e transformação. Leis imutáveis regem a harmonia através do regime de unidade. A vida do homem em sociedade, submetida a essas lei naturais, respira nesse engenho divino que destina os seres à evolução. A ordem que preside tais fenômenos é regida por princípios de atração e repulsão que esculpem, pouco a pouco, os valores morais dignificadores da via interpessoal. "Semelhante atrai semelhante", "opostos se retraem",

O pensamento é força energética com carga vigorosas, e o sentimento dá-lhe qualidade e vida tornando o psiquismo humano o piso de formação dos ambientes em todo lugar.
Tomando por comparação as teias dos aracnídeos criadas para capturar alimentação e se defenderem, a mente humana, de modo similar, tem seu campo mental de absorção e defesa estabelecido pelo teor de sua "radiação moral": são as psicosferas. Quanto mais moralizado, mais resistente é o "circuito de imunidade da aura" preservando o homem das agressões naturais de seu "ecopsiquismo" e selecionando o alimento mental vitalizador do equilíbrio de todo o cosmo biopsíquico.
O estudo da formação das psicosferas explica-nos a razão de muitas sensações e incômodos, claramente percebidos pelas criaturas na rotina de seus afazeres junto aos ambientes da convivência social. Enxaquecas repentinas, náuseas, falta de oxigenação, tontura e alterações de humor instantâneas, alterações no bem-estar íntimo sem razões plausíveis, irritações ocasionais sem motivos, sentimentos de agressividade, ansiedade e tristeza súbita, indisposição contra alguém sem ocorrências que justifiquem, eis alguns possíveis episódios que podem ter origem na natureza psíquica dos ambientes.
Evidentemente, os locais de nossa movimentação serão sempre o resultado da soma geral das criações que neles imprimimos, colhendo dessa semeadura somente os frutos que guardem semelhança com a qualidade das sementes que espalhamos. Dessa forma, alguns descuidos da conduta ensejam romper com as "teias mentais defensivas" em razão da natureza de nossas ações.
Nesse sentido, faz-se necessário destacar que a palavra mal conduzida tem sido uma das mais freqüentes formas de fragilizar nosso sossego interior. Através dela temos permitido uma ligação quase permanente, pela lei da associação mental, com os "campos de nutrição e defesa" alheios, criando uma espécie de "comunidade de vínculos" na qual encarceramo-nos a onerosos desgastes voluntários, quais os citados acima. Basta imaginar várias teias de aranha se encontrando nas extremidades formando o enorme "manto"". Assim, passam a ser elos de contato e abertura a toda espécie de seres que se movimentem naquelas faixas nas quais sintonizamos.
Tudo isso pela invigilância em acentuar os aspectos sombrios dos outros e do meio, passando a partilhar na intimidade daquela inferioridade que destacamos fora de nós.
Vemos, freqüentemente, pessoas preocupadas com o mal que o outro pode lhe fazer, temerosas com os "olhos gordos" que lhes infundem fantasias místicas e sentimentos inferiores em relação a alguém, entretanto, ignoram que seu grande inimigo, seu grande oponente são elas próprias, através dos comportamentos pelos quais atraem o mal a si mesmas. Somos sempre os únicos responsáveis por nós.
O homem na Terra encontra-se tão habituado a denegrir o outro que não é capaz de avaliar o mal que faz a si com essa atitude. No entanto, na medida em que busca sua transformação, afeiçoa-se a conduzir sua palavra mais nobremente em relação ao próximo e a tudo que o cerca.
Somente então, quando inicia um programa de disciplina, consegue aquilatar com mais sensibilidade o quanto custa em seu desfavor o descuido com o verbo edificante.
Essa necessidade humana de destacar o mal alheio encobre, quase sempre, o desejo de rebaixar o outro e causar-nos a ilusória sensação de superioridade, uma "maquinação" milenar do orgulho nos recessos da mente para nos referirmos ao mal alheio sem causar prejuízos a nós próprios, carecemos, antes, proceder a uma análise da natureza das emoções e intenções que nos conduzem a agir dessa forma. O que necessitamos aprender é sondar os nossos sentimentos quando falamos de alguém, o que está na nossa vida afetiva quando mencionamos o outro. Somente assim conheceremos melhor nossas reais motivações e teremos condições para empreender mudanças de postura eficazes, que manterão nosso campo espiritual defendido das cargas enfermiças daquilo que não nos pertence.
Recordemos que os ambientes são o espelho do que somos. Se já percebemos o quanto é pernicioso o hábito de criticar por criticar, de julgar com inflexibilidade, de mentir sobre os atos dos outros ou ainda de difamar a vida alheia, então façamos uma pausa para entender as causas de nossas ações, perguntando ao tribunal da consciência a verdadeira razão pela qual ainda tomamos essas atitudes. Por que temos essas necessidades? Por que alguém sempre é alvo de nossos comentários deprimentes? Por que alguém nos incomoda tanto? Que posso fazer para amanhã não agir da mesma maneira?
Além disso, ore sempre nos círculos de trânsito onde vivas, iluminando tua aura e fortalecendo tuas defesas contra as "teias mentais" daqueles que também agem nas trilhas ferinas da palavra áspera e malfazeja.
José, o Espírito protetor, diz que a indulgência acalma e atrai, Verdade incontestável.
Quando vemos os defeitos alheios mas nos prestamos a tratá-los com real fraternidade e compreensão, aderindo espontaneamente ao hábito de destacar-lhes também o "lado positivo" que possuem, candidatamo-nos a ser os Samaritanos da vida no socorro às doenças alheias, imunizando-nos dos infelizes reflexos que decorrem das ações às quais, muitas vezes, adotamos contra nós mesmos, na condição de juízes e censores implacáveis da conduta do próximo. A indulgência cria focos de atração e interesse, fazem as pessoas sentirem-se calmas e benquistas ao nosso lado, elevando-lhes o "astral emocional" para viverem mais felizes.
Zelemos pelos nossos ambientes tornando-os saudáveis e agradáveis para conviver. Otimismo incondicional, vibrações positivas sempre, tolerância construtiva, cativar laços, o hábito contínuo da oração, sorrir sempre, expressar alegria e humor contagiantes, dar pouca ou nenhuma importância aos reclames e pessimismo dos outros, guardar a certeza de que ninguém pode nos prejudicar além de nós mesmos, querer o bem alheio, essas são algumas formas para a edificação de psicosferas ricas de saúde e paz, medidas salvadoras de asseio espiritual que eliminarão expressiva soma de problemas voluntários, dos quais podemos nos ver livres, desde que realmente desejemos.

Espírito Ermance Dufaux – livro: Reforma Intima sem Martirio – Wanderley S Oliveira




SEVEROS, PORÉM, SEM CULPA

"Sede, pois, severos para convosco, indulgentes para com os outros." José, Espírito protetor. (Bordéus, 1863.) O Evangelho Segundo Espiritismo - cap. 10 - item 16

Severidade conosco significa vigilância mental ativa, crescente e permanente para não permitirmos hiatos nos esforços educativos das nossas inclinações. Esse cuidado com a personalidade é essencial ao progresso moral e espiritual, porque é exatamente nos instantes de relaxamento interior que costumam brotar o derrotismo, a obsessão e as más idéias; é quando se percebe com mais clareza as insatisfações que vinham sendo esquecidas e superadas no trabalho do bem, mas que sob uma análise descuidada podem tomar proporções onerosas aos projetos de elevação nos quais nos encontramos incursos, levando a decisões precipitadas e imprevisíveis.
Limite tênue existe entre a severidade como regime de disciplina e o sentimento de cobrança que nos conduz a querer fazer o que ainda não damos conta. Uma imposição para a qual não temos preparo, sendo injustos conosco.
Em tudo deve vigorar o equilíbrio. A recomendação de José, o Espírito protetor, não deve ser entendida como uma atitude de inflexibilidade e castigo a nós mesmos. Ser severo com compassiva tolerância às nossas fragilidades é o que sugere o bom senso e a caridade. Auto-aceitação sem conivência.
No entanto, o sentimento de culpa, com suas lamentáveis consequências, tem comparecido em boa parte dos aprendizes da doutrina espírita em razão de reminiscências da condenação eterna, fundamento da formação religiosa tradicional. Surge na forma de sutil desconfiança na possibilidade verdadeira de crescimento e melhoria individual, gerando uma atmosfera de descrença nos ideais e no seu próprio esforço. Quanto mais passa o tempo, mais a criatura estabelece cobranças no seu aperfeiçoamento moral e, não atingindo os patamares desejados, cai no desânimo e na deserção.
Por conta dessa sábia instrução contida na codificação, muitos corações idealistas, portadores de valores forjados no sacrifício da renovação interior, habituaram a julgar-se hipócritas e desleais perante seus deslizes, penetrando as faixas emocionais da autopunição em descaridosos episódios de desamor a si próprios. Nesse quadro, esquecem-se do quanto já edificaram de bom na intimidade e optam por fixar-se em crenças negativas, supervalorizando suas imperfeições, negando o auto perdão, caminhando para conflituosos estados íntimos que ativam os sentimentos de desprezo, raiva, desânimo, ansiedade, tristeza, desespero e pessimismo.
Grande diferença existe entre "ser imperfeito" e "estar imperfeito". Não fomos criados para o sofrimento e o mal. O fato de cometer faltas não intencionais faz parte do demorado processo de transformação da personalidade. Os que verdadeiramente nos comprometemos com a melhoria interior precisamos nos dar conta de que as vacilantes intenções de ser um homem novo necessitam do otimismo para se concretizar. Não somos infelizes, estamos, temporariamente, infelizes. Não somos deprimidos, estamos, passageiramente, deprimidos. Somos luz, somos deuses...
Trágico equívoco acreditar na perfeição instantânea depois de milhares de anos no cultivo intencional de ervas daninhas no solo do coração. Conhecimento não basta. Quando Jesus afirma o valoroso ensino "Conhecereis a verdade e ela vos libertará certamente não se referia à verdade que permanece na órbita do cérebro, porque se assim fosse todos os espíritas, detentores de largos fachos de luz da verdade, estariam libertos das lutas contra a inferioridade que ainda nos aprisiona nas celas da vaidade e do orgulho. O Mestre, evidentemente, referia-se à verdade que atinge as distantes regiões do coração, à verdade sobre nós mesmos, a nossa realidade.
Mister efetuar o serviço delicado nas leiras do sentimento, aprendendo a arar as tendências, hábitos e desejos em direção aos roteiros do bem. Mergulhar na vida profunda do inconsciente - o desconhecido reino do automatismo - e pesquisar as raízes afetivas de nossas vivências.
Culparmo-nos, pelo mal que ainda não conseguimos vencer, em nada nos melhora. Certamente em alguns casos de personalidade rebelde ela funciona como uma defesa a fim de não desistirmos de lutar, impulsionando a criatura ao recomeço para não agir novamente da mesma forma. Afora isso, é um instrumento pouco eficiente para promover a correção.
Melhora real só obteremos com auto-estima, valorizando, severamente, a "parte boa" que possuímos, fixando as crenças no "homem novo" que já desejamos ser, guardando o "olhar mental" na meta gloriosa de ser hoje melhor que ontem, sem distrair com os chamados inferiores do "homem velho" que agoniza, mas teima em ressuscitar...
Culpa é tortura e desamor, impulso para baixo.
Severidade é crescimento e auto-amor, motivação para continuar nos desafios de aprimoramento.
Jamais desistamos da melhora. O tempo e a maturidade demonstrarão como é preenchedora a opção que escolhemos sob a égide dos luminosos ideais espíritas-cristãos.
Sem perfeccionismo e fazendo o melhor que pudermos, experimentaremos a alegria da vitória, cujo troféu chama-se felicidade.
Espírito Ermance Dufaux – livro: Reforma Intima sem Martirio – Wanderley S Oliveira




FALAR

“Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim. Não, não...”  Jesus (Mateus, 5:37)
“Espíritas:  queremos falar­vos  hoje  da  indulgência,  sentimento  doce  e fraternal,  que todo  homem  deve  alimentar  para com seus irmãos, mas do qual, bem poucos fazem uso.” (Cap. 1O, Item 16)

Falando, construímos.
Não admitas em tua palavra o corrosivo da malicia ou o azinhavre da queixa.
Fala na bondade de Deus, na sabedoria do tempo, na beleza das estações, nas reminiscências alegres, nas induções ao reconforto.
Nos lances difíceis, procura destacar os ângulos capazes de inspirar encorajamento e esperança. Não te refiras a sucessos calamitosos, senão quando estritamente necessário e ora em silêncio por todos aqueles que lhes sofreram o impacto doloroso. Tanta vez acompanhas com reverente apreço os que tombam em desastre natural!... Homenageia igualmente com. a tua compaixão respeitosa os que resvalam em queda moral, escabroso infortúnio do coração!... Se motivos surgem para admoestações, cumpre o dever que te assiste, mas lembra que o estopim é suscetível de ser apagado antes da explosão e reprime os ímpetos de fúria, antes que estourem na cólera.
Em várias circunstâncias, a indignação justa é chamada à reposição do equilíbrio, mas deve ser dosada como o fogo, quando trazido ao refúgio doméstico para a execução da limpeza, sem que por isso, tenhamos necessidade de consumir a casa em labaredas de incêndio. Larga à sombra de ontem os calhaus que te feriram...
A noite já passou na estrada que percorreste e o sol do novo dia nos chama à incessante transformação. Conversa em trabalho renovador e louva a amizade santificante.
Não te detenhas em demasia sobre mágoas, doenças, pesadelos, profecias temerárias e impressões infelizes; dá­lhes apenas breve espaço mental ou  verbal, semelhante àquele de que nos utilizamos para afastar um espinho ou remover uma pedra. Não comentes o mal, senão para exaltar o bem, quando seja possível extrair essa ou aquela lição que ampare a quem te ou a quem ouve, enobrecendo a vida.
Junto do desespero, providencia o consolo sem a pretensão de ensinar e renteando com a penúria, menciona as riquezas que a Bondade Divina espalha a mancheias, em beneficio de todas as criaturas sem desconsiderar a dor dos que choram.
Ilumina a palavra. Deixa que ela te mostre a compreensão e o amor onde passes, sem olvidar o esclarecimento e sem prejudicar a harmonia. O Cristo edificou o Evangelho por luz inapagável nas sombras do mundo não somente agindo, mas conversando também.
Livro Da Esperança pelo Espírito Emmanuel – Francisco Candido Xavier




DEUS TE ABENÇOE

Cap. X – Item 16
Logo após fundar o Lar “Anália Franco”, na cidade de S. Manuel, no estado de S. Paulo, viu-se D. Clélia Rocha em sérias dificuldades para mantê-lo.
Tentando angariar fundos de socorro, a abnegada senhora conduzia crianças, aqui e ali, em singelas atividades artísticas. Acordava almas. Comovia corações. E sustentava o laborioso período inicial da obra.
Desembarcando, certa noite, em pequena cidade, foi alvo de injusta manifestação antiespírita. Apupos. Gritaria. Condenações.
D. Clélia, com o auxílio de pessoas bondosas, protege as crianças.
Em meio à confusão, vê que um moço robusto se aproxima e, marcando-lhe a cabeça, atira-lhe uma pedra.
O golpe é violento. O sangue escorre. Mas a operosa servidora do bem procede como quem desconhece o agressor.
Medica-se depois.
Há espíritas devotados que surgem. D. Clélia demora-se por mais de uma semana, orando e servindo.
Acabava de atender a um doente em casa particular, quando entra senhora aflitíssima. É mãe. Tem o filho acamado com meningite e pede-lhe auxílio espiritual.
D. Clélia não vacila. Corre ao encontro do enfermo, e surpreendida, encontra nele o jovem que a ferira.
Febre alta. Inconsciência. A missionária desdobra-se em desvelo.
Passes. Vigílias. Orações. Enfermagem carinhosa.
Ao fim de seis dias, o doente está salvo. Reconhece-a envergonhado e, quando a sós, beija-lhe respeitosamente as mãos e pergunta:
– A senhora me perdoa?
Ela, contudo, disse apenas, com brandura:
– Deus te abençoe, meu filho.
Mas o exemplo não ficou sem fruto, porque o moço recuperado fez-se valoroso militante da Doutrina Espírita e, ainda hoje, onde se encontra é denodado batalhador do Evangelho.
A luz da alegria deve ser o facho continuamente aceso na atmosfera das nossas experiências.
Circunstâncias diversas e principalmente as de indisciplina podem alterar o clima de paz, em redor de nós, e dentre elas se destaca a palavra impensada como forja de incompreensão, a instalar entrechoques.
Daí o nosso dever básico de vigiar a nós mesmos na conversação, ampliando os recursos de entendimento nos ouvidos alheios.
Sejamos indulgentes.
Se erramos, roguemos perdão.
Se outros erraram, perdoemos.
O mal que desejarmos para alguém, hoje, suscitará o mal para nós, amanhã.
A mágoa não tem razão justa e o perdão anula os problemas, diminuindo complicações e perdas de tempo.
É assim que a espontaneidade no bem estabelece a caridade real.
Quem não reconhece as próprias imperfeições demonstra incoerência.
Quem perdoa desconhece o remorso.
Ódio é fogo invisível na consciência.
O erro, por isso, não pede aversão, mas, entendimento.
O erro nosso requer a bondade alheia; erro de outrem reclama a clemência nossa.
A Humanidade dispensa quem a censure, mas necessita de quem a estime.
E ante o erro, debalde se multiplicam justificações e razões.
Antes de tudo, é preciso refazer, porque o retorno à tarefa é a conseqüência inevitável de toda fuga ao dever.
Quanto mais conhecemos a nós mesmos, mais amplo em nós o imperativo de perdoar.
Aprendamos com o Evangelho, a fonte inexaurível da Verdade.
Você, amostra da grande prole de Deus, carece do amparo de todos e todos solicitam-lhe amparo.
Saiba, pois, refletir o mundo em torno, recordando que o espelho, inerte e frio, retrata todos os aspectos dignos e indignos à sua volta, o pintor, consciente, buscando criar atividade superior, somente exterioriza na pureza da tela os ângulos nobres e construtivos da vida.
Francisco Cândido Xavier / Waldo Vieira – O Espírito da Verdade - André Luiz




INDULGÊNCIA

Cap. X – Item 16

A luz da alegria deve ser o facho continuamente aceso na atmosfera das nossas experiências.
Circunstâncias diversas e principalmente as de indisciplina podem alterar o clima de paz, em redor de nós, e dentre elas se destaca a palavra impensada como forja de incompreensão, a instalar entrechoques.
Daí o nosso dever básico de vigiar a nós mesmos na conversação, ampliando os recursos de entendimento nos ouvidos alheios.
Sejamos indulgentes.
Se erramos, roguemos perdão.
Se outros erraram, perdoemos.
O mal que desejarmos para alguém, hoje, suscitará o mal para nós, amanhã.
A mágoa não tem razão justa e o perdão anula os problemas, diminuindo complicações e perdas de tempo.
É assim que a espontaneidade no bem estabelece a caridade real.
Quem não reconhece as próprias imperfeições demonstra incoerência.
Quem perdoa desconhece o remorso.
Ódio é fogo invisível na consciência.
O erro, por isso, não pede aversão, mas, entendimento.
O erro nosso requer a bondade alheia; erro de outrem reclama a clemência nossa.
A Humanidade dispensa quem a censure, mas necessita de quem a estime.
E ante o erro, debalde se multiplicam justificações e razões.
Antes de tudo, é preciso refazer, porque o retorno à tarefa é a conseqüência inevitável de toda fuga ao dever.
Quanto mais conhecemos a nós mesmos, mais amplo em nós o imperativo de perdoar.
Aprendamos com o Evangelho, a fonte inexaurível da Verdade.
Você, amostra da grande prole de Deus, carece do amparo de todos e todos solicitam-lhe amparo.
Saiba, pois, refletir o mundo em torno, recordando que o espelho, inerte e frio, retrata todos os aspectos dignos e indignos à sua volta, o pintor, consciente, buscando criar atividade superior, somente exterioriza na pureza da tela os ângulos nobres e construtivos da vida.
Francisco Cândido Xavier / Waldo Vieira – O Espírito da Verdade - André Luiz




IMPERATIVOS DA INDULGÊNCIA
Francisco Cândido Xavier
       
Em nossa reunião da noite, o item 116 do capítulo X de O Evangelho Segundo o Espiritismo, relacionado com os imperativos da indulgência, foi o tema principal dos comentários.
Lutas e inquietações da atualidade foram expostas pelos oradores que emitiram opiniões contrárias umas às outras. Ao término das tarefas o nosso caro Emmanuel escreveu a página Apoio e Benção.
Nota – O item 16 do capítulo X de O Evangelho Segundo o Espiritismo é uma mensagem psicográfica recebida em Bordeaux, na França, em 1863. Traz a assinatura de um espírito protetor que dava simples-mente o nome de José. A tônica dessa mensagem está na segunda frase: “Sede
Severos para convosco e indulgentes para com os outros”.

APOIO E BÊNÇÃO
Emmanuel
       
Indiscutivelmente, quantos te cercam precisam de ti, tanto quanto, até certo ponto, necessitas de cada um deles.
Entretanto, acima de todos os tipos de auxílio, solicitar-te-ão aquele que se erige no socorro do entendimento, a fim de que lhes não falte cobertura espiritual no caminho.
Assegura proteção aos filhos queridos em tudo quanto se relacione com a previdência no plano físico, mas quando não pensem por teus princípios não lhes sonegues apoio e abençoa-os sempre.”.
O esposo e a esposa, o companheiro e a companheira, os amigos e os colegas contam contigo na solução das dificuldades de ordem material. No entanto, quando errem, criando-te provas e lutas. Ampara-os com os benefícios de tua própria compreensão, para que, de simples erro, não venham a sair para as grandes calamidades doméstico-sociais.
Se tens contigo pais difíceis e violentos, auxilia-os através da própria tolerância, com a qual o tempo efetua prodígios de concórdia e felicidade.
Familiares e amigos abraçando idéias contrárias às tuas? Não lhes recuses a aplicação das receitas de benevolência das quais já disponhas, de modo a que se reencontrem, quando em desacerto, nas bênçãos da vida.

Em verdade, todos precisamos uns dos outros, seja para compartilhar o pão que a Terra estende com fartura, seja para desfrutar o agasalho que a natureza nos ajuda a entretecer, em todas as direções. Mas todos nós, em qualquer tempo e em todas as situações, necessitamos, acima de tudo, de compreensão e bondade, estímulo e simpatia – as forças vivas do amor que nos fazem melhores para vivermos servindo e convivermos – sobrevivendo a todos os problemas e experiências da vida, invariavelmente unidos pelo esforço constante de ascensão à Divina Luz.

A LÂMPADA ACESA
Irmão Saulo

A vida pode escurecer ao nosso redor, mas se mantivermos a lâmpada acesa os contornos das criaturas amadas não desaparecerão nas trevas. O entendimento é a lâmpada mental que carregamos no escafandro do corpo, como o escafandrista carrega a sua no fundo do mar. Deixemos que a lâmpada se apague e não veremos mais nada ao nosso redor.
O mundo em mudança é como um dia de eclipse solar. Quando menos se espera o sol se apaga no céu e as trevas invadem a Terra. A evolução se acelera em nossos dias e o carro da vida se precipita em solavancos e curvas inesperadas. Precisamos de equilíbrio e firmeza para nos mantermos em nosso lugar e da luz do entendimento para clarearmos o caminho.
Em casa, com os familiares; no serviço, com os companheiros; na rua, com a multidão; a todo momento nos defrontamos com surpresas atordoantes. Os costumes se modificam, a velha rotina se quebra, as normas do relacionamento humano se subvertem. É o mundo que está mudando e, por mais que tudo nos pareça errado, a verdade é que ele muda para melhor, sob o impulso irrefreável das leis da evolução.
Até agora nos orientamos – apesar das lições milenares do Evangelho – pela moral egocêntrica da importância pessoal. Os conceitos de honra e dignidade que cultivamos são heranças bárbaras. O melindre, a susceptibilidade exagerada, o auto-respeito doentio, a autoconsideração orgulhosa, criavam conflitos insanáveis por toda parte. Esposas e filhos não eram companheiros, mas escravos e às vezes até mesmo objetos. Falávamos em indulgência e compreensão, mas como tiranos que só as desejassem para si mesmos.
Hoje a evolução nos força a compreender que somos todos interligados por dependências de ordem moral e espiritual. Precisamos compreender os outros, entender as situações alheias e auxiliar sempre para sermos também auxiliados. Os imperativos da indulgência decorrem da necessidade de convivência. Compreender, perdoar e ajudar é a única maneira de cumprirmos os nossos deveres de pais, de filhos, de irmãos, à luz dos princípios cristãos. Um século e uma década após a mensagem de José, na França, Emmanuel precisa nos dar uma nova mensagem a respeito da indulgência, procurando acordar-nos para mantermos a lâmpada acesa.

Do livro Astronautas do Além de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires - Espíritos diversos



ACIDENTADOS DA ALMA

Compadeces-te dos caídos em moléstia ou desastre, que e apresentam no corpo comovedoras mutilações. Inclina-te, porém, com igual compaixão para aqueles outros que comparecem, diante de ti, por acidentados da alma, cujas lesões dolorosas não aparecem. Além da posição de necessitados, pelas chagas ocultas de que são portadores, quase sempre se mostram na feição de companheiros menos atrativos e desejáveis.
Surgem pessoalmente bem-postos, estadeando exigências ou formulando complicações, no entanto, bastas vezes trazem o coração sob provas difíceis; espancam-te a sensibilidade com palavras ferinas, contudo, em vários lances da experiência, são feixes de nervos destrambelhados que a doença consome; revelam-se na condição de amigos, supostos ingratos, que nos deixam em abandono, nas horas de crise, mas, em muitos casos, são enfermos de espírito, que se enviscam, inconscientes, nas tramas da obsessão; acolhem-te o carinho com manifestações de aspereza, todavia, estarão provavelmente agitados pelo fogo do desespero, lembrando árvores benfeitoras quando a praga as dizima; são delinqüentes e constrangem-te a profundo desgosto, pelo comportamento incorreto; no entanto, em múltiplas circunstâncias, são almas nobres tombadas em tentação, para as quais já existe bastante angústia na cabeça atormentada que o remorso atenaza e a dor suplicia...
Não te digo que aproves o mal sob a alegação de resguardar a bondade. A retificação permanece na ordem e na segurança da vida, tanto quanto vige o remédio na defesa e sustentação da saúde. Age, porém, diante dos acidentados da alma, com a prudência e a piedade do enfermo que socorre a contusão, sem alargar a ferida.
Restaurar sem destruir. Emendar sem proscrever. Não ignorar que os irmãos transviados se encontram encarcerados em labirintos de sombra, sendo necessário garantir-lhes uma saída adequada.
Em qualquer processo de reajuste, recordemos Jesus que, a ensinar servindo e corrigir amando, declarou não ter vindo à Terra para curar os sãos.
Estude E Viva - Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel E André Luiz


ASPECTOS DA DOR

 Os soluços de dor são compreensíveis até o ponto em que não atingem a fermentação da revolta, porque, depois disso, se convertem todos eles em censura infeliz aos planos do Céu.
 A enfermidade jamais erra o endereço para suas visitas.
 As lágrimas, em verdade, são iguais às palavras. Nenhuma existe destituída de significação.
 Somente chega a entender a vida quem compreende a dor.
 A evolução regula também o sofrimento das criaturas e nelas se evidencia mais superficial ou mais profunda, conforme o aprimoramento de cada uma.
 Se você pretende vencer, não menospreza a possibilidade de amargar, algumas vezes, a aflição da derrota como lição no caminho para o triunfo.
 Aprende melhor quem aceita a escola da provação, porquanto, sem ela, os valores da experiência permaneceriam ignorados.
 A dor não provém de Deus, de vez que, segundo a Lei, ela é uma criação de quem a sofre.
 Estude E Viva - Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel E André Luiz




NA LUZ DA INDULGÊNCIA

“E se ao  que  quiser  pleitear  contigo tirar­te  o  vestido, larga­lhe também a capa”  Jesus (Mateus, 5: 4O)
“Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas  sejam;  não julgueis  com  severidade  senão  as  vossas  próprias  ações  e  o  Senhor  usar á  da  Indulgência  convosco,  como de indulgência houverdes usado par a com os outros.” (Cap.1O, Item 17)
Anseias pela vitória do bem, contudo, acende a luz da indulgência para fazê­lo com segurança. Todos nós, espíritos imperfeitos, ainda arraigados à evolução da Terra, reclamamos concurso e compaixão, uns dos outros, mas nem sempre sabemos por nos mesmos quando surgimos necessitados de semelhantes recursos. Em muitas circunstâncias, estamos cegos da reflexão, surdos do entendimento, paralíticos da sensibilidade e anestesiados na memória sem perceber o irmão da luta de ontem. Mostra­se hoje em plena abastança material, delirando na ambição desenfreada. Certo, aspiras a vê­lo recambiado ao próprio equilíbrio, a fim de que o dinheiro lhe sirva de instrumento à felicidade, no entanto, para isso, não comeces por censurar­lhe o procedimento. Usa a indulgência e renova­lhe o modo de pensar e de ser. O amigo escalou  a evidência pública, fazendo­se verdugo em nome da autoridade. Queres garantir­lhe o reajuste para que o poder se lhe erija, em caminho de paz, entretanto, não te dês a isso, exibindo atitude condenatória. A jovem do teu  convívio embriagou­se na ilusão, caindo em sucessivos abusos, a pretexto de mocidade. Justo suspires por reintegrá­la no harmonioso desenvolvimento  das próprias faculdades situando­a no rumo das experiências de natureza superior, todavia, por ajudá­la, não lhe reproves os sonhos. Usa a indulgência e ampara­lhe a meninice. O companheiro em provas amargas escorregou no desânimo e tombou em desespero. Claro que anelas para ele o retorno à tranqüilidade, no entanto, não te entregues às criticas que lhe agravariam a irritação. Usa a indulgência e oferece­lhe apoio.
O Próprio Criador espera as criaturas no transcurso do tempo tolerando­lhes as faltas, e encorajando­lhes as esperanças, embora lhes corrija todos os erros, através de leis eficientes e claras.
Indiscutivelmente, ninguém constrói nada de bom, sem responsabilidade e disciplina, advertência e firmeza, mas é imperioso considerar que toda boa obra roga auxílio a fim de aperfeiçoar­se. Pensa no bem e faze o bem, contudo, é preciso recordar que o bem exigido pela força da violência gera males inúmeros em torno e desaparece da área luminosa do bem para converter­se no mal maior.
LIVRO DA ESPERANÇA pelo Espírito Emmanuel – Francisco C Xavier




INDULGÊNCIA   AINDA

A indulgência não é apenas caridade para com os outros.
Erige-se igualmente como sendo processo de nos imunizarmos contra o impacto de vibrações destrutivas. Por isto mesmo, o tato deve estar conosco, à feição de porta – verdade, a fim de que os nossos pensamentos não venham a ferir os outros, tornando de outros para nós, de maneira a ferir-nos.
Assim nos expressamos porque a idéia em si é fonte de força em que a palavra se articula.

Aprendamos, ainda e sempre, a empregar a indulgência construtivamente, em se tratando das pessoas.
Quando esse companheiro ou aquela companheira se mostrarem autoritários, de modo excessivo, mentalizemo-los por irmãos responsáveis e confiantes; surgindo os que se nos afigurem vagarosos, na execução das tarefas que lhes caiba, imaginemo-los por meticulosos e tímidos, nunca por preguiçosos e lerdos; se aparecerem por figurinos de avareza e se chamados a exprimir-mos, quanto a eles, interpretemo-los por amigos da poupança e não da sovinice; quando se revelarem portadores de opiniões demasiado francas, aceitemo-los por amigos sinceros mas não imprudentes; em se evidenciando facilmente irritáveis, vejamo-los por temperamentos emotivos e não por pessoas aborrecidas ou intolerantes; e quando se nos destaquem aos olhos dos irmão indecisos ou amorfos, saibamos classificá-los por amigos cautelosos e moderados.

Indubitavelmente os pensamentos e as palavras, na expressão simbólica, são cores e tintas com que nos será lícito expressar a própria conceituação de acontecimentos determinados, no entanto, em se tratando de criaturas sensíveis quanto nós, sejamos observadores das ocorrências e irmãos das pessoas, a fim de auxiliá-las para que igualmente nos auxiliem. Busquemos sentir e pensar, agir e realizar no bem e saberemos sempre sacar do coração e do cérebro a boa palavra capaz de compreender e de amparar, orientar e servir.


Emmanuel - Livro Encontro de Paz - Psicografia Chico Xavier



A REIVINDICAÇÃO

Cap. X - Item 17 - ESE

Há muito aspirava Saturnino Peixoto ao interesse de algum homem público para favorecê-lo na abertura de certa estrada.
Para isso, conversou, estudou, argumentou...
Concluiu, por fim que a pessoa indicada seria o deputado Otaviano, recém-eleito, homem ao qual se referiam todos da melhor maneira, pela atenção e carinho com que se dedicava à solução dos problemas da extensa região que representava.
Depois de ouvir o escrivão da cidade, Saturnino redigiu longa carta-memorial, minudenciando a reivindicação.
E ficou aguardando a resposta.
Correram dias, semanas, meses.
Nenhum aviso.
Revoltado, Saturnino começou a exprobra a conduta política do deputado que nem sequer lhe respondera à carta.
Sempre que se lembrava do assunto, criticava o político, censurando-o acremente, a envolver todos os homens públicos em condenação desabrida.
Nada valiam ponderações da companheira, D. Estefânia, espírita convicta, que lhe pedia perdoar e esquecer.
Transcorreram três anos, até que a solicitação caducou.
Saturnino, obrigado a desistir da idéia, guardou, contudo, profundo ressentimento do legislador que terminava o mandato.
Certo dia, porém, revolvia os guardados de velha prateleira no escritório, quando encontrou, surpreendido, entre livros e papéis relegados à traça, o memorial que escrevera ao deputado, dentro de envelope subrescritado, selado e recoberto de pó.
Saturnino se esquecera de enviar a carta...

Hilário Silva - Do livro O Espírito da Verdade. Psicografia de Waldo Vieira.



INCÓGNITAS
Capítulo 10, item 18

 “... Todos tendes más tendências a vencer defeitos a corrigir hábitos a modificar; todos tendes um fardo mais ou
menos pesado a depor para escalar o cume da montanha do progresso. Por que, pois, serdes tão clarividentes para com o próximo e cegos em relação a vós mesmos? (Capítulo 10, item 18.)

 Analisas a obra assistencial e a criticas, afirmando que a tarefa poderia ser muito melhor, que o atendimento requer técnicas mais apropriadas e que, se outras prioridades fossem atingidas, então as metas sociais seriam mais abrangentes.
 Mas não te dispões a doar tuas mãos na realização de uma vida melhor aos necessitados.
 Analisas o expositor e o criticas, argumentando que a narrativa poderia ser mais convincente e menos enfadonha. Que se ele lançasse mão de recursos de oratória e tivesse um vocabulário mais rico, prenderia mais a atenção e elucidaria melhor os ouvintes.
 Mas não te dispões a ler e a estudar, e muito menos a falar em público no serviço de reeducação das pessoas, retirando-as das crenças negativas que bloqueiam vidas.
 Analisas o administrador do serviço e o criticas, asseverando que ele mantém posição intransigente e orgulhosa, e julgas que ele deveria ser mais humilde e compreensivo no trato com os dirigidos.
 Mas não te dispões a usar a mesma compreensão e humildade exigidas dele, não percebendo que vês o cisco no olho dos outros, e não vês a trave no teu.
 Analisas a conduta alheia e a criticas, observando rigorosamente procedimentos e atitudes que julgas inadmissíveis, e te colocas distante e impermeável a condutas levianas.
Mas não te dispões a ajudar sinceramente a ninguém, e te esqueces de que poderás vir a errar, pois todos os que vivem sobre a Terra são passíveis de enganos e desacertos.
Analisas o governo do país e o criticas, julgando pela tua ótica que todos os parlamentares ou ocupantes de cargos governamentais não são confiáveis nem bons servidores, e que a nação está envolvida no caos.
Mas não te dispões a cooperar e nada fazes pela comunidade em que vives, relegando somente aos governantes obrigações e deveres, esquecendo que todos nós vivemos interligados e que
depende também de ti o bem-estar e a prosperidade da população.
Analisas dores e sofrimentos e criticas a vida, dizendo-te sozinho e desamparado perante a Providência Divina e que Deus te abandonou.
Mas não te dispões a renovar-te, não te dando conta que, se não fizeres auto-observação em teus atos e atitudes negativas, continuarás atraindo energias desconexas que te descontrolarão o cosmo orgânico.
Incoerente é a posição de toda criatura que reclama, critica, ofende, esbraveja e que nunca se faz apta a fazer algum bem, em favor de si mesma ou dos outros.
Perplexos ficamos todos nós diante das rogativas das pessoas que solicitam ajuda com os lábios, e nunca com ações;
que muito pedem e nunca doam; que somente visualizam as necessidades próprias, e nunca vêem a vida como um ritmo cósmico interconectado com todas as coisas, de maneira que o “todo” é mantido pelo apoio das “partes”.
Examinemos, pois, com profundidade nossas críticas, porque elas dificultam a transformação e o progresso de nossa existência, se não forem estruturadas na reflexão e na reparação de nossos erros.
Para que não sejas uma incógnita na vida que Deus te proporcionou, não faças crítica pela crítica, mas sim trabalha como e quanto puderes, sempre em tua órbita de possibilidades, para que a prosperidade seja uma constante em teus caminhos.
Livro: Renovando Atitudes - Hammed – Francisco do Espírito Santo Neto





DESAJUSTES

"Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita." Do item 16 do Cap. X, de "o evangelho segundo o espiritismo".
 É comum observar-se que o casamento promissor repentinamente adoece.
Desvelam-se empeços dos cônjuges no ramerrão do cotidiano.
Conflitos, moléstias, desníveis, falhas de formação e temperamento.
Em certos lances da experiência, é a mulher que se consorciou acreditando encontrar no esposo o retrato psicológico do pai, a quem se vinculou desde o berço; em outros, é o homem a exigir da companheira a continuidade da genitora, a quem se jungiu desde a vida fetal.
Ocorre, porém, que o matrimonio é uma quebra de amarras através da qual o navio da existência larga o cais dos laços afetivos em que, por muito tempo, jazia ancorado.
Na viagem, que se inicia a dois, parceiro e parceira se revelarão, um à frente do outro, tais quais são e como se encontram na realidade, evidenciando, em toda a extensão, os defeitos e as virtudes que, porventura, carreguem.
Desajustes e inadaptações costumam repontar, ameaçando a estabilidade da embarcação doméstica, atirada ao navegar nas águas da experiência.
É razoável se convoque o auxílio de técnicos capazes de sanar as lesões no barco em perigo, como sejam médicos e psicólogos, amigos e conselheiros, cuja contribuição se revestirá sempre de inapreciável valor; entretanto, ao desenrolar de obstáculos e provas, o conhecimento da reencarnação exerce encargo de importância por trazer aos interessados novo campo de observações e reflexões, impelindo-os à tolerância, sem a qual a rearmonização acena sempre mais longe.
Homem e mulher, usando a chave de semelhante entendimento, passam mecanicamente a reconhecer que é preciso desvincular e renovar sentimentos, mas em bases de compreensão e serenidade, amor e paz.
Urge perceber que o "nós" da comunhão afetiva não opera a fusão dos dois seres que o constituem.
Cada parceiro, no ajuste, continua sendo um mundo por si.
E nem sempre os característicos de um se afinam com o outro.
Daí a conveniência do mútuo aceite, com a obrigação da melhoria do casal.
Para isso, não bastarão providências de superfície.
Há que internar o raciocínio em considerações mais profundas para que as raízes do desequilíbrio sejam erradicadas da mente.
Aceitação, o problema.
Forçoso admitir o companheiro ou a companheira como são ou como se aboletam na embarcação doméstica.
E, feito isso, inicie-se a obra da edificação ou da reedificação recíprocas.
Obvio que conclusões e atitudes não se impõem no campo mental; entretanto, não se arrependerá quem se disponha a estudar os princípios da reencarnação e da responsabilidade individual no próprio caminho.
Obtém-se da vida o que se lhe dá, colhe-se o material de plantio.
Habitualmente, o homem recebe a mulher, como a deixou e no ponto em que a deixou no passado próximo, isto é, nas estâncias do tempo que se foi para o continuísmo da obra de resgate ou de elevação no tempo de agora, sucedendo o mesmo referentemente à mulher.
O parceiro desorientado, enfermo ou infiel, é aquele homem que a parceira, em existências anteriores, conduziu à perturbação, à doença ou à deslealdade, através de atitudes que o segregaram em deploráveis estados compulsivos; e a parceira, nessas condições, consubstancia necessidades e provas da mesma espécie. Tão somente na base da indulgência e do perdão recíprocos, mais facilmente estruturáveis no conhecimento da reencarnação, com as imbricações que se lhe mostram conseqüentes na equipe da família, conseguirão o companheiro e a companheira do lar o triunfo esperado, nas lides e compromissos que abraçam, descerrando a si mesmos a porta da paz e a luz da libertação.

Livro: Vida e Sexo – Emmanuel – Francisco C Xavier





À MARGEM DO SEXO

"Lembrai-vos daquele que julga em última instância, que vê os movimentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censurais, ou reprova o que relevais, porque conhece o móvel de todos os atos. Lembrai-vos de que vós, que clamais em altas vozes anátema, tereis, quiçá, cometido faltas mais graves. Do item 16, do Cap. X, de "O Evangelho Segundo o Espiritismo".
Companheiros da Terra, à frente de todas as complicações e problemas do sexo, abstende-vos de censura e condenação. Todos nós - ,os Espíritos em aperfeiçoamento nos climas do Planeta - estamos emergindo de passado multimilenar, em que as tramas da alma se entreteciam em labirintos de sombra, para que as bênçãos
do aprendizado se nos fixassem no espírito.
Ainda assim, achamo-nos todos muito longe da meta por alcançar. Se alguém vos parece cair, sob enganos do sentimento, silenciai e esperai!
Se alguém se vos afigura tombar em delinqüência, por desvarios do coração, esperai e silenciai!... Sobretudo, compadeçamo-nos uns dos outros, porque, por enquanto, nenhum de nós consegue conhecer-se tão exatamente, a ponto de saber hoje qual o tamanho da experiência afetiva que nos aguarda amanhã. Calai os vossos possíveis libelos, ante as supostas culpas alheias, porquanto nenhum de nós, por agora, é capaz de medir a parte de responsabilidade que nos compete a cada um nas irreflexões e desequilíbrios dos outros. Somos todos, peças integrantes de uma só família, operando em dois mundos, simultaneamente - aquele das inteligências corporificadas no plano físico e aquele outro das inteligências desencarnadas que se domiciliam nas regiões da mesma Terra que habitais, disputando convosco, tanto quanto igualmente entre si, a aquisição de recursos substanciais da evolução. Não dispomos de recursos para examinar as consciências alheias e cada um de nós, ante a Sabedoria Divina, é um caso particular, em matéria de amor, reclamando compreensão. A vista disso, muitos de nossos erros imaginários no mundo são caminhos certos para o bem, ao passo que muitos de nossos acertos hipotéticos são trilhas para o mal de que nos desvencilharemos, um dia!... Abençoai e amai sempre. Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja com quem for e como for, colocai-vos, em pensamento, no lugar dos acusados, analisando as vossas tendências mais íntimas e, após verificardes se estais em condições de censurar alguém, escutai, no âmago da consciência, o apelo inolvidável do Cristo: "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.

Livro: Vida e Sexo – Emmanuel – Francisco C Xavier




ANTE A INDULGÊNCIA DIVINA

Induzidos à intemperança mental, a explodir dentro de nós por vulcão de loucura, meditemos na Indulgência Divina, para que não venhamos a cair nos desajustes da intolerância.

Achavamo-nos, ontem, desarvorados e oprimidos no torvelinho das trevas.
O Senhor, porém, nos concedeu novo dia para recomeçar a grande ascenção à luz.

Estávamos paralíticos na recapitulação incessante de nossos desequilíbrios.
Restituiu-nos a faculdade do movimento com os pés e as mãos livres para o reequilíbrio que nos compete.

Sofríamos desilusão e cegueira.
Reformou-nos a esperança e a visão com que assimilamos as novas experiências.

Jazíamos desassisados na sombra.
Reconduziu-nos à posse da integridade espiritual.

Padecíamos a desesperação a desgovernar-nos o verbo, através de atitudes blasfematórias.
Investiu-nos, de novo, com o poder de falar acertadamente.

Vitimava-nos a surdez, nascida de nossa rebelião perante a Lei.
Dotou-nos de abençoados ouvidos com que possamos assinalar as novas lições do socorro espiritual.

Procedíamos à conta de infelizes alienados, nas regiões inferiores, materializando em torno de nós as telas dos próprios erros e eternizando assim, o contato com os desafetos de nossa própria vida.

Concedeu-nos, porém, a Divina Bondade a bênção do lar e da provação, da responsabilidade e do trabalho em comum, nos quais tornamos à associação com os nossos adversários do pretérito para convertê-los, ao sol do amor, em laços de elevação para o futuro.

Não olvides a tolerância de Jesus, o nosso Eterno Amigo, que nos suporta há milênios, amparando-nos o coração, através de mil modos, em cada passo do dia, e por gratidão a Ele que não vacilou em aceitar a própria cruz para testemunhar-nos benevolência, sejamos aprendizes autênticos da fraternidade, porquanto somente no perdão incondicional de nossas faltas recíprocas, conseguiremos atender-lhe ao apelo inolvidável: – "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei."


Emmanuel - Do livro Atenção. Psicografia de Francisco Candido Xavier.




CARIDADE E RAZÃO
TEMA – Raciocinar para conversar com proveito.

Indiscutìvelmente estamos ainda muito longe da educação racional. Conquanto necessitados de ponderação, agimos, via de regra, sob o impulso de alavancas emotivas acionadas por sugestões exteriores.
De modo geral, muito antes que nos decidamos a discernir, assimilamos idéias que nos são desfechadas por informações e exibições que nem sempre se vinculam à verdade e passamos a esposar opiniões que, comumente, nos induzem a desastres morais no comboio da existência.
Habitua-te a essa realidade e não te entregues às impressões tumultuárias que porventura te visitem o coração. Com isso, não te queremos pedir para que te transformes em palmatória de corrigenda ou para que apresentes ouvidos de pedra à frente dos semelhantes. Às vezes, há muito mais caridade na atenção que no conselho. Fraternalmente, escuta o que se te diga e observa o que vês, sem escandalizar os interlocutores ou ferir os companheiros de romagem terrestre, opondo-lhes censuras ou contraditas que apenas lhes agravariam as dificuldades e os problemas. Ao invés disso, aprendamos a filtrar aquilo que nos alcance o campo íntimo, aproveitando os elementos que se façam úteis aos outros e a nós mesmos, e esquecendo tudo – mas realmente tudo – o que não nos sirva à construção do melhor.
Conversação, na essência, é permuta de almas. Através da palavra, damos e recebemos. Isso, porém, não se refere a doações e recepções teóricas. Entendendo-nos uns com os outros, fornecemos e adquirimos determinados recursos de espírito, que influirão em nossa conduta e a nossa conduta forma a corrente de planos, coisas, encontros e realizações que nos determinarão o destino. Escolha de hoje no livre-arbítrio será consequência amanhã. Causa de agora será resultado depois.
Cultivemos harmonia, à frente de tudo e de todos; no entanto é preciso que essa atitude de entendimento não exclua de nossa personalidade o otimismo irradiante, a sinceridade construtiva, o reconforto da intimidade e a alegria de viver. Em suma, diante de todos e de tudo, deixemos que a caridade nos ilumine o crivo da razão, a fim de que não venhamos a perder os melhores valores rio tempo e da vida, por ausência de equilíbrio ou falta de amor.
Emmanuel - Do livro Encontro Marcado. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


A LIÇÃO INESQUECÍVEL

Hilda, menina abastada, diariamente dirigia más palavras à pequena vendedora de doces que lhe batia humildemente à porta da casa.
- Que vergonha! De bandeja! De esquina a esquina! Vai-te daqui! Gritava, sem razão.
A modesta menina se punha pálida e trêmula. Entrementes, a dona da casa, tentando educar a filha, vinha ao encontro da pequena humilhada e dizia bondosa:
- Que doces tão perfeitos! Quem os fez assim tão lindos?
- mocinha, reanimada, respondia, contente:
- Foi a mamãe.
A generosa senhora comprava sempre alguma coisa e, em seguida, recomendava à filha:
Hilda, não brinques com o destino. Nunca expulses o necessitado que nos procura. Quem sabe o que sucederá amanhã? Aqueles que socorremos serão provavelmente os nossos benfeitores.
A menina resmungava e, à noite, ao jantar, o pai secundava os conselhos maternos, acrescentando:
- Não zombes de ninguém, minha filha! O trabalho, por mais humilde, é sempre respeitável e edificante. Por certo, dolorosas necessidades impelirão uma criança a vender doces, de porta em porta.
Hilda, contudo, no dia seguinte, fustigava a vendedora, exclamando:
- Fora daqui! Bruxa! Bruxa! ...
A mãe devotada acolhia a pequena descalça e repetia à filha as advertências carinhosas da véspera.
Correu o tempo e, depois de quatro anos, o quadro da vida se modificara.
O paizinho de Hilda adoeceu e debalde os médicos procuraram salvá-lo.
Morreu numa tarde calma, deixando o lar vazio.
A viúva recolheu-se ao leito extremamente abatida e, com as despesas enormes, em breve a pobreza e o desconforto invadiram-lhe a residência. A pobre senhora mal podia mover-se.
Privações chegaram em bando. A menina, anteriormente abastada, não podia agora comprar nem mesmo um par de sapatos.
Aflita por resolver a angustiosa situação, certa noite Hilda chorou muitíssimo, lembrando-se do papai. Dormiu, lacrimosa e sonhou que ele vinha do Céu confortá-la. Ouviu-o dizer, perfeitamente:
- Não desanimes, minha filha! Vai trabalhar! Vende doces para auxiliar a mamãe! ...
Despertou, no dia imediato, com o propósito firme de seguir o conselho.
Ajudou a mãezinha enferma a fazer muitos quadradinhos de doce-de-leite e, logo após, saiu a vendê-los. Algumas pessoas generosas compravam-nos com evidente intuito de auxiliá-la, entretanto, outras criaturas, principalmente meninos perversos, gritavam-lhe aos ouvidos:
- Sai daqui! Bruxa de bandeja! ...
Sentia-se triste e desalentada, quando bateu à porta de uma casa modesta.
Graciosa jovem atendeu.
Ah! Que surpresa! Era a menina pobre que costumava vender cocadas noutro tempo. Estava crescidinha, bem vestida e bonita.
Hilda esperou que ela maltratasse por vingança, mas a jovem humilde fitou nela os grandes olhos, reconheceu-a, compreendeu-lhe a nova situação e exclamou, contente:
- Que doces tão perfeitos! Quem os fez assim tão lindos?
A interpelada lembrou os ensinamentos maternos de anos passados e informou:
- Foi a mamãe.
A ex-vendedora comprou quantos quadradinhos restavam na bandeja e abraçou-a com sincera amizade.
Desse dia em diante, a menina vaidosa transformou-se para sempre. A experiência lhe dera inesquecível lição.

Neio Lúcio – Antologia da Criança – Francisco C Xavier




LOUVOR
A manhã esplende jubilosa, louvando a terra adormecida com a dádiva do despertar.
A vida canta estuante ao nascer do dia, louvando a mensagem da luz.
As flores sorriem perfumes ao contato dos raios selares, louvando a graça do calor.
A terra umedecida produz, louvando a felicidade da doação fertilizante.
O rio abraça jubilosamente o oceano, louvando a amplidão marinha.
O diamante brilha, louvando as marteladas lapidadoras que o fizeram fulgir.
O homem ama, louvando a oferenda divina que lhe felicita o coração.
O crente ajoelha-se ditoso e louva o Senhor agradecendo a dádiva da fé.
Flutuando, corre a nuvem louvando a oportunidade de distender-se na atmosfera rarefeita.
A árvore cresce e louva o solo que a viu nascer, estendendo galhos que projetam sombra acolhedora, multiplicando bênçãos de flores e frutos...
Toda a vida na terra é um hino de louvor ao Senhor de todas as coisas.
O sol que brilha, o coração que ama, a ave que canta, as mãos que socorrem, a flor que perfuma, o ser que perdoa, o diamante que fulge, o sentimento que ajuda, são manifestações do espírito de louvor que vivifica o mundo, entoando a. música de gratidão à Fonte Doadora e Soberana da Vida.
Através do trabalho ativo e continuado, entoa, também, o teu hino de louvor ao feliz ensejo de realização na terra dolorida, fazendo dos braços instrumentos de progresso que gera a harmonia e do coração harpa divina a modular contínua canção de esperança e paz.
Agora que encontraste a Doutrina Espírita que te liberta da pesada canga da ignorância e que te dá ao lado do discernimento o entusiasmo e o amor à vida, louva e agradece a Deus a felicidade que ora te enriquece, distribuindo as flores da tua alegria íntima em forma de caridade para com todos e amor a tudo e todos, jubiloso ao claro sol da legítima razão de viver: servir para redimir-se!
"Todo o povo, vendo isto, deu louvor a Deus". Lucas: capítulo 18º, versículo 43.
"Espiritismo! doutrina consoladora e bendita! felizes dos que te conhecem e tiram proveito dos salutares ensinamentos dos Espíritos do Senhor!". Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 10º - Item 18, parágrafo 2.

FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 38.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

PESQUISAR NESTE BLOG

O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES
LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

BLOGS RELACIONADOS