APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

sábado, 19 de agosto de 2017

E.S.E. CAPÍTULO XI -ITEM 11 E 12 - O EGOISMO



11 – O egoísmo, esta chaga da humanidade, deve desaparecer da Terra, porque impede o seu progresso moral. É ao Espiritismo que cabe a tarefa de fazê-la elevar-se na hierarquia dos mundos. O egoísmo é portanto o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir suas armas, suas forças e sua coragem. Digo coragem, porque esta é a qualidade mais necessária para vencer-se a si mesmo do que para vencer aos outros. Que cada qual, portanto, dedique toda a sua atenção em combatê-lo em si próprio, pois esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho, é a fonte de todas as misérias terrenas. Ele é a negação da caridade, e por isso mesmo, o maior obstáculo à felicidade dos homens.
Jesus vos deu o exemplo da caridade, e Pôncio Pilatos o do egoísmo. Porque, enquanto o Justo vai percorrer as santas estações do seu martírio, Pilatos lava as mãos, dizendo: Que me importa! Disse mesmo aos judeus: Esse homem é justo, por que quereis crucificá-lo? E, no entanto, deixa que o levem ao suplício.
É a esse antagonismo da caridade e do egoísmo à invasão dessa lepra do coração humano, que o Cristianismo deve não ter ainda cumprido toda a sua missão. E é a vós, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, que cabem a tarefa e o dever de extirpar esse mal, para dar ao Cristianismo toda a sua força e limpar o caminho dos obstáculos que lhe entravam a marcha. Expulsai o egoísmo da Terra, para que ela possa elevar-se na escala dos mundos, pois já é tempo da humanidade vestir a sua toga viril, e para isso é necessário primeiro expulsá-lo de vosso coração.
PASCAL - Sens, 1862

12 – Se os homens se amassem reciprocamente, a caridade seria mais bem praticada. Mas, para isso, seria necessário que vos esforçásseis no sentido de livrar o vosso coração dessa couraça que o envolve, a fim de torná-lo mais sensível ao sofrimento do próximo. O Cristo nunca se esquivava: aqueles que o procuravam, fossem quem fossem, não eram repelidos. A mulher adúltera, o criminoso, eram socorridos por ele, que jamais temeu prejudicar a sua própria reputação. Quando, pois o tomareis por modelo de todas as vossas ações? Se a caridade reinasse na Terra, o mal não dominaria, mas se apagaria envergonhado; ele se esconderia, porque em toda parte se sentiria deslocado. Seria então que o mal desapareceria; compenetrai-vos bem disso.
Começai por dar o exemplo vós mesmos. Sede caridosos para com todos, indistintamente. Esforçai-vos para não atentar nos que vos olham com desdém. Deixai a Deus cuidar de toda a justiça, pois cada dia, no seu Reino, Ele separa o joio do trigo.

O egoísmo é a negação da caridade. Ora, sem caridade não há tranqüilidade na vida social, e digo mais, não há segurança. Com o egoísmo e o orgulho, que andam de mãos dadas, essa vida será sempre uma corrida favorável ao mais esperto, uma luta de interesses, em que as mais santas afeições são calcadas aos pés, em que nem mesmo os sagrados laços de família são respeitados.




O LIVRO DOS ESPÍRITOS – QUESTÃO  913 À 917

913. Dentre os vícios, qual o que se pode considerar radical?
“Temo-lo dito muitas vezes: o egoísmo. Daí deriva todo mal. Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos há egoísmo.
Por mais que lhes deis combate, não chegareis a extirpá-los, enquanto não atacardes o mal pela raiz, enquanto não lhe houverdes destruído a causa. Tendam, pois, todos os esforços para esse efeito, porquanto aí é que está a verdadeira chaga da sociedade.
Quem quiser, desde esta vida, ir aproximando-se da perfeição moral, deve expurgar o seu coração de todo sentimento de egoísmo, visto ser o egoísmo incompatível com a justiça, o amor e a caridade. Ele neutraliza todas as outras qualidades.”

914. Fundando-se o egoísmo no sentimento do interesse pessoal, bem difícil parece extirpá-lo inteiramente do coração humano. Chegar-se-á a consegui-lo?
“À medida que os homens se instruem acerca das coisas espirituais, menos valor dão às coisas materiais. Depois, necessário é que se reformem as instituições humanas que o entretêm e excitam. Isso depende da educação.”

915. Por ser inerente à espécie humana, o egoísmo não constituirá sempre um obstáculo ao reinado do bem absoluto na Terra?
“É exato que no egoísmo tendes o vosso maior mal, porém ele se prende à inferioridade dos Espíritos encarnados na Terra e não à Humanidade mesma. Ora, depurando-se por encarnações sucessivas, os Espíritos se despojam do egoísmo, como de suas outras impurezas. Não existirá na Terra nenhum homem isento de egoísmo e praticante da caridade? Há muito mais homens assim do que supondes. Apenas, não os conheceis, porque a virtude foge à viva claridade do dia. Desde que haja um, por que não haverá dez? havendo dez, por que não haverá mil e assim por diante?”

916. Longe de diminuir, o egoísmo cresce com a civilização, que, até, parece, o excita e mantém. Como poderá a causa destruir o efeito?
“Quanto maior é o mal, mais hediondo se torna. Era preciso que o egoísmo produzisse muito mal, para que compreensível se fizesse a necessidade de extirpá-lo. Os homens, quando se houverem despojado do egoísmo que os domina, viverão como irmãos, sem se fazerem mal algum, auxiliando-se reciprocamente, impelidos pelo sentimento mútuo da solidariedade. Então, o forte será o amparo e não o opressor do fraco e não mais serão vistos homens a quem falte o indispensável, porque todos praticarão a lei de justiça. Esse o reinado do bem, que os Espíritos estão incumbidos de preparar.” (784)

917. Qual o meio de destruir-se o egoísmo?
“De todas as imperfeições humanas, o egoísmo é a mais difícil de desenraizar-se porque deriva da influência da matéria, influência de que o homem, ainda muito próximo de sua origem, não pôde libertar-se e para cujo entretenimento tudo concorre: suas leis, sua organização social, sua educação. O egoísmo se enfraquecerá à proporção que a vida moral for predominando sobre a vida material e, sobretudo, com a compreensão, que o Espiritismo vos faculta, do vosso estado futuro, real e não desfigurado por ficções alegóricas. Quando, bem compreendido, se houver identificado com os costumes e as crenças, o Espiritismo transformará os hábitos, os usos, as relações sociais. O egoísmo assenta na importância da personalidade. Ora, o Espiritismo, bem compreendido, repito, mostra as coisas de tão alto que o sentimento da personalidade desaparece, de certo modo, diante da imensidade. Destruindo essa importância, ou, pelo menos, reduzindo-a às suas legítimas proporções, ele necessariamente combate o egoísmo.
O choque, que o homem experimenta, do egoísmo dos outros é o que muitas vezes o faz egoísta, por sentir a necessidade de colocar-se na defensiva. Notando que os outros pensam em si próprios e não nele, ei-lo levado a ocupar-se consigo, mais do que com os outros. Sirva de base às instituições sociais, às relações legais de povo a povo e de homem a homem, o princípio da caridade e da fraternidade e cada um pensará menos na sua pessoa, assim veja que outros nela pensaram. Todos experimentarão a influência moralizadora do exemplo e do contato. Em face do atual extravasamento de egoísmo, grande virtude é verdadeiramente necessária, para que alguém renuncie à sua personalidade em proveito dos outros, que, de ordinário, absolutamente lhe não agradecem.
Principalmente para os que possuem essa virtude, é que o Reino dos Céus se acha aberto. A esses, sobretudo, é que está reservada a felicidade dos eleitos, pois em verdade vos digo que, no dia da justiça, será posto de lado e sofrerá pelo abandono, em que se há de ver, todo aquele que em si somente houver pensado.” (785) Fénelon

Louváveis esforços indubitavelmente se empregam para fazer que a Humanidade progrida. Os bons sentimentos são animados, estimulados e honrados mais do que em qualquer outra época. Entretanto, o egoísmo, verme roedor, continua a ser a chaga social. É um mal real, que se alastra por todo o mundo e do qual cada homem é mais ou menos vítima. Cumpre, pois, combatê-lo, como se combate uma enfermidade epidêmica. Para isso, deve-se proceder como procedem os médicos: ir à origem do mal. Procurem-se em todas as partes do organismo social, da família aos povos, da choupana ao palácio, todas as causas, todas as influências que, ostensiva ou ocultamente, excitam, alimentam e desenvolvem o sentimento do egoísmo. Conhecidas as causas, o remédio se apresentará por si mesmo. Só restará então destruí-las, senão totalmente, de uma só vez, ao menos parcialmente, e o veneno pouco a pouco será eliminado. Poderá ser longa a cura, porque numerosas são as causas, mas não é impossível. Contudo, ela só se obterá se o mal for atacado em sua raiz, isto é, pela educação, não por essa educação que tende a fazer homens instruídos, mas pela que tende a fazer homens de bem. A educação, convenientemente entendida, constitui a chave do progresso moral. Quando se conhecer a arte de manejar os caracteres, como se conhece a de manejar as inteligências, conseguir-se-á corrigi-los, do mesmo modo que se aprumam plantas novas. Essa arte, porém, exige muito tato, muita experiência e profunda observação. É grave erro pensar-se que, para exercê-la com proveito, baste o conhecimento da Ciência.
Quem acompanhar assim o filho do rico, como o do pobre, desde o  instante do nascimento, e observar todas as influências perniciosas que sobre eles atuam, em consequência da fraqueza, da incúria e da ignorância dos que os dirigem, observando igualmente com quanta frequência falham os meios empregados para moralizá-los, não poderá espantar-se de encontrar pelo mundo tantas esquisitices. Faça-se com o moral o que se faz com a inteligência e ver-se-á que, se há naturezas refratárias, muito maior do que se julga é o número das que apenas reclamam boa cultura, para produzir bons frutos. (872)
O homem deseja ser feliz e natural é o sentimento que dá origem a esse desejo. Por isso é que trabalha incessantemente para melhorar a sua posição na Terra, que pesquisa as causas de seus males para remediá-los.
Quando compreender bem que no egoísmo reside uma dessas causas, a que gera o orgulho, a ambição, a cupidez, a inveja, o ódio, o ciúme, que a cada momento o magoam, a que perturba todas as relações sociais, provoca as dissensões, aniquila a confiança, a que o obriga a se manter constantemente na defensiva contra o seu vizinho, enfim, a que do amigo faz inimigo, ele compreenderá também que esse vício é incompatível com a sua felicidade e, podemos mesmo acrescentar, com a sua própria segurança. E quanto mais haja sofrido por efeito desse vício, mais sentirá a necessidade de combatê-lo, como se combatem a peste, os animais nocivos e todos os outros flagelos. O seu próprio interesse a isso o induzirá. (784)

O egoísmo é a fonte de todos os vícios, como a caridade o é de todas as virtudes. Destruir um e desenvolver a outra, tal deve ser o alvo de todos os esforços do homem, se quiser assegurar a sua felicidade neste mundo, tanto quanto no futuro.



TEXTOS DE APOIO



EGOÍSMO

Herança evidente de nossa antiga animalidade, por toda a parte, ainda vemos o egoísmo a repontar em toda extensão do mundo. . .

O egoísmo!. . .

Em família, é o exclusivismo do sangue.
No lar, é o narcisismo doméstico.
Na oficina de trabalho, é o despeito.
Na propriedade transitória, é a ambição de posse desnecessária.
Na cultura da inteligência, é a vaidade intelectual.
Na ignorância, é a agressividade.
Na riqueza amoedada, é o espírito de usura.
Na pobreza, é a inveja destrutiva.
Na madureza, é o azedume.
Na mocidade, é a ingratidão.
No ateísmo, é a impiedade.
Na fé religiosa, é a intolerância.
Na alegria, é o excesso.
Na tristeza, é o isolamento.
Nos fortes, é a tirania.
Nos fracos, é a astúcia.
Na afetividade, é o ciúme.
Na dor, é o desespero.
No mimetismo que lhe é próprio, usa em todos os setores as mais diversas máscaras e qual o joio que abafa o trigo, comparece igualmente nos corações que a luz já felicite, em forma de cólera e irritação, desânimo e secura. . .
Se desejarmos dar combate à praga do egoísmo na gleba da alma, saibamos estender, cada dia, as nossas disposições de mais amplo serviço ao próximo, e, aprendendo a ceder de nós mesmos, entre a humildade e o sacrifício, no bem de todos, conquistaremos com o Cristo a plenitude do amor que lhe converteu a própria cruz em ressurreição para a Vida Eterna.


Emmanuel - Livro Encontro de Paz - Psicografia Chico Xavier



ESTADO MENTAL

"...O egoísmo é, pois, o objetivo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir suas armas, suas forças e sua coragem; digo coragem porque é preciso mais coragem para vencer a si mesmo do que para vencer os outros..." (Cap. XI, item 11)

Para que atinja a espiritualidade, já afirmavam as antigas religiões do Oriente, seria preciso que o homem se apartasse do "maya", que são as ilusões da existência, do nascimento e da morte.
Para que pudesse conquistar o "nirvana", diziam que seria imperativo extinguir todo o desejo de ser, aniquilando assim o "ego", que é a individualidade exaltada e distraída pelas fantasias do mundo.
Ao mesmo tempo, encontrarmos Jesus Cristo instruindo-nos que, para alcançarmos o "Reino de Deus", é preciso nos despojarmos do "egoísmo", o terrível adversário do progresso espiritual.
As Bem-aventuranças do Mestre nada mais são do que vias para se alcançar a iluminação, ou seja, elevar-se através da mansuetude, humildade e simplicidade, abandonando todo sentimento de personalismo.
A moderna psicologia tem toda a atenção voltada para que as pessoas entrem em contato com a realidade e terminem com suas ilusões, que são as causas da distorção de sua visão e percepção de si mesmas em relação às outras.
O "maya" das religiões orientais era tudo que impedia as almas de atingir o estado de "bem-aventurados", também conceituado como "nirvana" ou "reino dos céus", conforme as diferentes denominações e crenças religiosas.
É realmente a ilusão de satisfazermos os próprios interesses em detrimento dos interesses dos outros que caracteriza o estado de egoísmo — um conjunto enorme de ilusões, que nos tira do senso de realidade e de uma compreensão mais acurada de tudo e de todos.
"Não devo ser contrariado", "Preciso controlar os outros", "Sou dono da verdade", "Nunca poderia ter acontecido comigo" são atitudes ilusórias herdadas por nós de crenças despóticas e prepotentes, filhas da egolatria, ou seja, do "culto ao eu".
As ilusões de "tudo para mim" ou de "tudo girar em torno de mim" vêm do interesse individualista, resquício da animalidade por onde transitamos, em priscas eras, em contato com os reinos menores da natureza.
A caça no mundo animal nada mais é do que o uso dos instintos de preservação e conservação. Felinos de grande ou pequeno porte como, por exemplo, o leão e o gato, matam seres indefesos e cordiais, como o antílope e o beija-flor, para alimentar unicamente a si próprios e suas crias.
Não devem, porém, ser considerados como egoístas e cruéis, pois somente colocam em prática os mecanismos atávicos de sua criação, frutos da própria Natureza.
"O egoísmo e o orgulho têm a sua fonte num sentimento natural: o instinto de conservação. Todos os instintos têm sua razão de ser e sua utilidade, porque Deus nada pode fazer de inútil."
Com a simples presença no lar de um segundo filho do casal, é perceptível em quase todas as crianças a necessidade exclusivista de atenção dos pais em torno delas, como centro de tudo. É natural e compreensível o aparecimento do impulso egóico.
O medo de perder suas satisfações, cuidados e compensações psicoemocionais faz com que a criança nessas condições use o "instinto de preservação", a fim de "conservar" o carinho, o afago e o amor, antes somente voltados para ela, e agora divididos com o novo irmão.
O denominado ciúme ou egocentrismo infantil não poderá ser considerado anormal, desde que não tome proporções alarmantes. É uma reação natural diante de situações verdadeiras ou imaginadas, de perda de afeto, podendo existir sutilmente disfarçada ou claramente demonstrada.
Nas criaturas que desenvolvem seus primeiros passos no aperfeiçoamento ético-moral, a tendência egoística é um estado instintivo, próprio do seu grau evolutivo, e não um defeito de caráter incompreensível, nem uma imperfeição inexplicável da índole humana.
"Esse sentimento, encerrado em seus justos limites, é bom em si; é o exagero que o torna mau e pernicioso...". Como o feto necessita, por determinado tempo, do cordão umbilical ou mesmo da placenta para sua manutenção, assim também a humanidade transformará gradativamente esse impulso inato e ancestral, adquirido através dos séculos e séculos, na luta pela sobrevivência nos estágios primitivos da vida.
Essa mesma humanidade absorverá no futuro atitudes mais equilibradas e coerentes com seu patamar evolutivo, aprendendo a usar cada vez melhor seus sentimentos, antes somente instintos.
Dessa forma, entendemos que o egoísmo, esse agrupamento de ilusões de supremacia, existirá por determinado período de tempo nas criaturas, até que elas consigam se conscientizar de que a atitude de "lavar as mãos", de Pôncio Pilatos, isto é, consideração excessiva aos seus interesses pessoais, agindo arbitrariamente, trará sempre desilusões e obstrução na percepção do mundo em que vivemos.
Já o exemplo do Cristo nos transfere a uma ampla realidade de que o amor é a única força capaz de nos trazer lucidez e equilíbrio no relacionamento conosco e com os outros.
Eis o antídoto contra o egoísmo: "Não fazer aos outros o que não gostaríamos que os outros nos fizessem".
Livro: Renovando Atitudes - Hammed – Francisco do Espírito Santo Neto



A CURA DO EGOÍSMO

"O egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar suas armas, dirigir suas forças, sua coragem. Digo: coragem, porque dela muito mais necessita cada um para vencer-se
a si mesmo, do que para vencer os outros." Emmanuel (Paris, 1861). O evangelho segundo o espiritismo, capítulo 11, item 11.

Uma análise prudente dos problemas sociais na Terra exige o exame minucioso da influência moral do egoísmo nas atitudes humanas. Em todos os tempos, a raiz dos vícios pode ser explicada ao se estudar o comportamento egoísta e o que o homem é capaz de fazer quando é escravo dos seus interesses pessoais.
Porém, não é somente no campo objetivo da vida que se pode perceber a ação destrutiva do comportamento egocêntrico. Na vida mental inconsciente, hábitos milenares que governam atitudes e sentimentos são capazes de elaborar severas dores da alma. Os processos psíquicos e emocionais mais variados guardam uma conexão estreita com a personalidade egoísta. Sentimentos estruturais que serviram para o progresso do espírito na caminhada evolutiva, como a culpa, a raiva, o medo, a tristeza e o orgulho, sofreram terríveis mutações sob a influência agressiva do egoísmo, transformando emoções básicas e necessárias para o crescimento evolutivo em estados psíquicos e emotivos geradores de sofrimento.
A culpa sob o golpe do egoísmo transforma-se em remorso perturbador e martírio destruidor.
A raiva dirigida pelo egoísmo acomoda-se na mágoa dilacerante e na depressão.
O medo dominado pelo egoísmo transforma-se em insegurança e ansiedade viciante.
A tristeza sob a pressão do egoísmo encarcera o coração na revolta e na rebeldia.
O orgulho sob o fascínio do egoísmo atola-se nos lamaçais da arrogância venenosa e da vaidade entorpecente.
Hoje, tais sentimentos estruturais, que foram colocados no homem para o bem, tornaram-se paixões corrosivas do sossego e da paz íntima. Vejamos:
"Será substancialmente mau o princípio originário das paixões, embora esteja na natureza?
Não; a paixão está no excesso de que se acresceu a vontade, visto que o princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo à realização de grandes coisas. 0 abuso que delas se faz é que causa o mal."
Por esse motivo, estudar o egoísmo, compreender suas manifestações sutis na vida interior, examinar os comportamentos mais prováveis na órbita de sua manifestação e meditar sobre a importância de usá-lo em favor da nossa libertação torna-se uma tarefa inadiável do servidor de Jesus motivado pelos ideais de espiritualização e honestamente disposto a edificar uma reforma íntima autêntica.
Sem dúvida, o maior desafio na trilha ascendente do progresso moral é enfrentar os disfarces sutis do personalismo e aprender a construir laços seguros e realistas com a própria consciência, na qual se encontram as indicativas perfeitas para nossa libertação espiritual.
A cura do egoísmo não significa extirpá-lo, mas dar-lhe rota segura para que ele cumpra apenas a sua função educativa de preservação necessária, por meio da consolidação de uma autoestima abundante, que é o alicerce da sanidade e do bem-estar na sociedade.
Curar o egoísmo é aprender a criar uma harmonia interior entre a gritaria do ego e os chamados da consciência, é ter a coragem de olhar para nossa personalidade orgulhosa e interesseira, vaidosa e repleta de melindres, e dar-lhe a direção divina e rica de amor. E reorientar nossos sentimentos para o autoamor.
Nossa personalidade egoísta só pensa em si. Em contrapartida, o autoamor é o movimento da alma que também pensa em si, mas sem excluir a interação com as Leis Paternais da solidariedade e do bem comum a todos. Autoamor é, portanto, a aplicação do egoísmo com finalidades superiores que preenchem o coração de paz e alegria.
Esse processo curativo envolve reeducação emocional.
Uma reforma íntima centrada no autoamor não se resume em negar interesses pessoais, mas em orientá-los para o equilíbrio.
Reorientar nosso egoísmo a golpes de negação das necessidades e interesses pessoais é tão nocivo quanto dar vazão à carga tóxica de egocentrismo.
Nossa proposta nestes despretensiosos textos é examinar os mais profundos mecanismos emocionais do egoísmo em nossa conduta e indicar os caminhos de como transformá-lo em autoamor, em emoção que cura.
Primeiramente, precisamos entender que o efeito mais indesejável do trajeto experimentado por nós nos ciclos das vidas sucessivas é trazer na intimidade o roteiro de dor e infelicidade que nos enquadra nas provas e expiações terrenas.
A conduta personalista cristalizou a paixão pela satisfação pessoal a qualquer preço. Hoje, quem se decide por uma mudança desse hábito milenar depara-se com dois reflexos principais: o primeiro, no campo do pensamento, é a nociva experiência da idealização; o segundo, no campo emocional, é a corrosão do sentimento de fé. Esses dois reflexos são extremamente entrelaçados e repercutem um sobre o outro, criando um clima de autoaversão e um profundo desconforto com nós mesmos sem aparentes motivos.
Mentes idealistas pensam muito no mundo, na vida e nas pessoas. Elas idealizam como as coisas deveriam ser e reagem de forma doentia quando suas expectativas não são realizadas. Esse é o hábito central de quem usou a inteligência para manipular o mundo em favor de seus prazeres transitórios. Sob indução desse hábito extremamente cristalizado nas engrenagens profundas do pensamento, o idealista que hoje se propõe a uma reforma interior vai experimentar dores emocionais na alma como carência afetiva, compulsiva necessidade de resolver os problemas alheios seguida de desastroso autoabandono, solidão dilacerante, mesmo tendo a convivência familiar, profissional e social; acentuado sentimento de frustração, mesmo quando alcançando os resultados possíveis; manutenção de relacionamentos tóxicos baseados na dependência emocional, mágoa recorrente como expressão de revolta comportamental, severo sentimento de culpa pelo que fez e pelo que não fez, manifesto por meio de rigorosas auto cobranças e penitências; medo muito intenso de situações imaginárias que provavelmente nunca irão acontecer, necessidade de controlar tudo e todos na tentativa de ajeitar a existência ao seu gosto e episódios camuflados de revolta contida ou agressividade. Essas dores emocionais geram uma sensação de desproteção perante a vida, de ausência de sentido para viver.
Com vivências tão dolorosas, estabelece-se um vazio existencial que corrói o sentimento de fé, e sem a fé, que pode ser comparada ao combustível do ato de viver e ao eixo de alinhamento da vida mental, surge a desvitalização, a depressão e o desespero perante as experiências provacionais e expiatórias. Sem fé, o ato de viver se torna muito penoso.
Uma mente em constante processo de idealização distancia-se da realidade. Um coração sem fé distancia-se da alegria de viver.
Uma mente atormentada pelos mecanismos sombrios da idealização e pela ausência de fé, quando deseja realizar uma reforma íntima, corre um risco enorme de tratar-se com tamanha inimizade ante as dores da alma, que sua proposta de melhoria poderá produzir agressões à saúde psíquica.
A recomendação de uma transformação sob o escudo do auto amor suaviza esses reflexos e estimula a caminhada. 0 auto amor é protetor. Quem se trata com acolhimento, mesmo reconhecendo suas imperfeições, aumenta suas chances de melhora e faz uso de duas medicações essenciais para sua cura: a adequação do pensamento à realidade e o ajuste emocional à auto aceitação.
Se aprendermos a direcionar o pensamento para a iluminação espiritual, o idealismo improdutivo converte-se em autoconhecimento.
Se esforçarmo-nos por uma reeducação emocional bem orientada, a descrença na alegria de viver transforma-se em impulso de autotransformação, e quem se aprimora em autoconhecimento, aplicando-o para sua autotransformação, alcança, inevitavelmente, a conduta do auto amor.
Egoísmo à luz do auto amor significa cuidar de si, pensar em si e olhar por si, sempre tomando por base o bem, não somente o seu, mas o de todos, na perspectiva da realidade, dentro do possível. Quem aprende a se amar utiliza o egoísmo da forma mais sublime para a qual ele foi criado. Curar o egoísmo é dar-lhe finalidade libertadora.
No texto de abertura desta seção, Emmanuel refere-se à coragem, como destaca em: "O egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar suas armas, dirigir suas forças, sua coragem.". Sim, é verdade! Transformar egoísmo em auto amor exige coragem. A coragem de nos testar, de experimentar, de arriscar reconhecer nossos limites verdadeiros, de entender a natureza dos nossos sentimentos e ousar condutas que nos protejam do emaranhado de nossas próprias plantações na sementeira da vida.
Essa cura interior vai nos exigir tratar das três principais feridas evolutivas da alma: o sentimento de inferioridade, a sensação de desamparo e a cruel realidade de nossa falibilidade.
O remédio está muito bem indicado nas receitas sublimes do Evangelho de Jesus. Cabe a nós usá-lo na dose certa. Na enfermaria das experiências da vida, somos seres doentes em busca de nossa própria alta médica, dispostos a renovar os caminhos em busca do progresso e da felicidade.
A esperança que alimenta nosso ideal de servir e amar é a de que os apontamentos desta obra possam cooperar de alguma forma com o tratamento de nossas enfermidades da alma.
Que Deus, em Sua infinita bondade e amor, nos abençoe a todos com muita alegria e paz na alma.
Acolho a todos com meu abraço afetuoso.
Ermance Dufaux, Livro: Emoções Que Curam – Wanderley Oliveira




CRISES SEM DOR

 Fáceis de reconhecer as crises abertas.
 Provação exteriorizada, dificuldade à vista.
 Surgem, comumente, na forma de moléstias, desencantos, acidentes ou suplícios do coração, atraindo o concurso espontâneo das circunstantes a que se escoram as vítimas, vencendo, com serenidade e valor, tormentosos dias de angústia, como quem atravessa, sem maiores riscos, longos túneis de aflição.
 Temos, porém, calamitosas crises sem dor, as que se escondem sob a segurança de superfície:
 - quando nos acomodamos com a inércia, a pretexto de haver trabalhado em demasia...
 - nas ocasiões em que exigimos se nos faça o próximo arrimo indébito no jogo da usura ou no ataque da ambição...
 - qualquer que seja o tempo em que venhamos a admitir nossa pretensa superioridade sobre os demais...
 - sempre que nos julguemos infalíveis, ainda mesmo em desfrutando as mais elevadas posições nas trilhas da Humanidade...
 - toda vez que nos acreditemos tão supostamente sábios e virtuosos que não mais necessitemos de avisos e corrigendas, nos encargos que nos são próprios...
 Sejam quais sejam os lances da existência em que nos furtemos deliberadamente aos imperativos da auto – educação ou de auxílio aos semelhantes, estamos em conjuntura perigosa na vida espiritual, com a obrigação de esforçar-nos, intensamente, para não cair em mais baixo nível de sentimento e conduta.
 Libertemo-nos dos complexos de avareza e vaidade, intransigência e preguiça que nos acalentam a insensibilidade, a ponto de não registrarmos a menor manifestação de sofrimento, porquanto, de modo habitual, é através deles que se operam, em nós e em torno de nós, os piores desastres do espírito, seja pela fuga ao dever ou pela queda na obsessão.
Livro: Estude E Viva - Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel E André Luiz


MORTOS VOLUNTÁRIOS

 Condicionou-se a mente humana, de maneira geral, a crer que a madureza orgânica é antecâmara da inutilidade e eis muita gente a se demitir, indebitamente, do dever que a vida lhe delegou.
 Inúmeros companheiros, porque hajam alcançado aposentadoria profissional ou pelo motivo de abraçarem garotos que lhes descendem do sangue, dizem-se no paralelo final da carreira física.
 Esquecem-se de que o fruto amadurecido é a garantia de toda a renovação da espécie, e rojam-se prostrados, à soleira da inércia, proclamando-se desalentados.
 Falam do crepúsculo, como se não contassem com a manhã seguinte.
 Começam qualquer comentário em torno dos temas palpitantes do presente, pela frase clássica: ”no meu tempo não era assim”.
 Enquanto isso, a vida, ao redor, é desafio incessante ao progresso e à transformação, chamando-os ao rejuvenescimento.
 Filhos lhes reclamam orientação sadia, netos lhes solicitam calor da alma, amigos lhes pedem o concurso da experiência e os irmãos da Humanidade contam com eles para novas jornadas evolutivas.
 Bastará pensar, porém, que as crianças e os jovens não acertam o passo sem os mentores adestrados na experiência, peritos em discernimento e trabalho, para que não menosprezem a função que lhes cabe.
 Nada de esquecer que o Espírito reencarna, atravessando as faces difíceis da infância e da juventude para alcançar a maioridade fisiológica e começar a viver, do ponto de vista da responsabilidade individual.
 Quanto empeço vencido e quanta ilusão atravessada para consolidar uma reencarnação, longe das praias estreitas do berço e da meninice, a fim de que o Espírito, viajor da eternidade, alcance o alto mar da experiência terrestre!
 Entretanto, grande número de felizardos que chegam ao período áureo da reflexão, com todas as possibilidades de serviço criador, estacam em suposta incapacidade, batendo à porta do desencanto como quem se compraz na volúpia da compaixão por si mesmos.
 Trabalhemos por exterminar a praga do desânimo nos corações que atingiram a quadra preciosa da prudência e da compreensão.
 Vida é chama eterna. Todo o dia é tempo de inventar, clarear e prosseguir.
 Os companheiros experientes no esforço terrestre constituem a vanguarda dos que renascem no Planeta e não a chamada “velha guarda” que a rabugice de muitos imaginou para deprimir a melhor época da criatura reencarnada na Terra.
 Desencarnação é libertação da alma, morte é outra coisa. Morte constitui cessação da vida, apodrecimento, bolor.
 Os que desanimam de lutar e trabalhar, renovar e evoluir são os que verdadeiramente morrem, conquanto vivos, convertendo-se em múmias de negação e preguiça, e, ainda que a desencarnação passe, transfiguradora, por eles, prosseguem inativos na condição de mortos voluntários que recusam a viver.
 Acompanhemos a marcha do Sol, que diariamente cria, transforma, experimenta, embeleza.
 Renovemo-nos.
Livro: Estude E Viva - Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel E André Luiz




BENEFICÊNCIA E JUSTIÇA

“E como vós quereis  que  os  homens  vos  façam,  da  maneira lhes fazei vós também.”  Jesus (Lucas, 6: 31)
“Começai vós por dar o exemplo: sede caridosos para com todos, indistintamente;  esforçai­vos por  não  atentar  nos  que vos olham com desdém e deixai a Deus a encargo de fazer toda a justiça, a Deus que todos os dias, separa, no reino, o joio do trigo.” (Cap. X1, Item 12)

Examinando a beneficência, reflitamos na Justiça que a vida nos preceitua ao senso de relações. Sem ela, é possível que os melhores empreendimentos sofram a nódoa de velhas mentiras crônicas em nome da gentileza. Atravessas escabrosas necessidades materiais e, claro, te alegras ante o auxílio conveniente, mas se a cooperação chega marcada pelo manifesto desprezo dos que te ajudam com displicência, como  se desfizessem de um peso morto, estarias mais contente se te deixassem a sós. Caíste moralmente ansiando levantar e rejubilas­te diante do apoio que te surge ao reerguimento, entretanto, se esse concurso aparece tisnado de violências, qual se representasses um fardo de vergonha para os que te supõem reabilitar, sentirias reconhecimento maior se te desconhecessem a luta. Choras, nas crises de provação que te fustigam a existência, e regozijas­te, quando os amigos se dispõe a ouvir­te o coração faminto de solidariedade, mas se pretendem consolar­te, repetindo apontamentos forçados, como se fosses para eles um problema que são constrangidos a suportar, por questões de etiqueta, mostrarias mais ampla gratidão se te entregassem ao silêncio da própria dor. A justiça faz­nos sentir que o supérfluo de nossa casa é o  necessário que falta ao vizinho; que o irmão ignorante, tombado em erro, é alguém que nos pede os braços e que a aflição alheia amanhã poderá ser nossa. Beneficência, por isso, assume o caráter de dever puro e simples. Recomenda­nos a regra Áurea: “faze aos outros o que desejas te seja feito”. A sentença quer dizer que todos precisamos de apoio à luz da compreensão de remédio que se acompanhe de enfermagem e de conselho em bases de simpatia.
Em suma, todos necessitamos de caridade uns para com os outros, nesse ou naquele ângulo do caminho, mas é forçoso observar que se a beneficência nos traga a obrigação de ajudar, ensina­nos a justiça como se deve fazer.
Livro Da Esperança Pelo Espírito Emmanuel – Francisco C Xavier



INIMIGOS OCULTOS

Mencionamos, com muita freqüência, que os inimigos exteriores são os piores expoentes de perturbação que operam em nosso prejuízo. Urge, porém, olhar para dentro de nós, de modo a descobrir que os adversários mais difíceis são aqueles de que não nos podemos afastar facilmente, por se nos alojarem no cerne da própria alma.
Dentre eles, os mais implacáveis são:
- o egoísmo, que nos tolhe a visão espiritual, impedindo vejamos as necessidades daqueles que mais amamos;
- o orgulho, que não nos permite acolher a luz do entendimento, arrojando-nos a permanente desequilíbrio;
- a vaidade, que nos sugere a superestimação do próprio valor, induzindo-nos a desprezar o merecimento dos outros;
- o desânimo, que nos impele aos precipícios da inércia;
- a intemperança mental, que nos situa na indisciplina;
- o medo de sofrer, que nos subtrai as melhores oportunidades de progresso, e tantos outros agentes nocivos que se nos instalam no Espírito, corroendo-nos a energias e depredando-nos a estabilidade mental.
Para a transformação dos adversários exteriores contamos, geralmente, com o amparo de amigos que nos ajudam a revisar relações, colaborando conosco na constituição de novos caminhos; entretanto, para extirpar os que moram em nós, vale tão-somente o auxílio de DEUS, com o laborioso esforço de nós mesmos.
Reportando-nos aos inimigos externos, advertiu-nos JESUS que é preciso perdoar as ofensas setenta vezes sete vezes, e decerto que para nos descartarmos dos inimigos internos – todos eles nascidos na trevas da ignorância – prometeu-nos o Senhor: “conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres”, o que equivale dizer que só estaremos a salvo de nossas calamidades interiores, através de árduo trabalho na oficina da educação.

 Emmanuel -  Livro: Alma e Coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


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O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES
LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

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