APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

domingo, 27 de agosto de 2017

E.S.E. CAPÍTULO XIX - ITEM 1 A 5 - A FÉ QUE TRANSPORTA MONTANHAS - O PODER DA FÉ




1 – E depois que veio para onde estava a gente, chegou a ele um homem que, posto de joelhos, lhe dizia: Senhor, tem compaixão de meu filho, que é lunático e padece muito; porque muitas vezes cai no fogo, e muitas na água. E tenho-o apresentado a teus discípulos, e eles o não puderam curar. E respondendo Jesus, disse: Ó geração incrédula e perversa, até quando hei de estar convosco, até quando vos hei de sofrer? Trazei-mo cá. E Jesus o abençoou, e saiu dele o demônio, e desde àquela hora ficou o moço curado. Então se chegarão os discípulos a Jesus em particular e lhe disseram: Por que não pudemos nós lançá-lo fora? Jesus lhes disse: Por causa da vossa pouca fé. Porque na verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível. (Mateus, XVII: 14-19).

2 – É certo que, no bom sentido, a confiança nas próprias forças torna-nos capazes de realizar coisas materiais que não podemos fazer quando duvidamos de nós mesmos. Mas, então, é somente no seu sentido moral que devemos entender estas palavras. As montanhas que a fé transporta são as dificuldades, as resistências, a má vontade, em uma palavra, que encontramos entre os homens, mesmo quando se trata das melhores coisas. Os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo, as paixões orgulhosas, são outras tantas montanhas que atravancam o caminho dos que trabalham para o progresso da humanidade. A fé robusta confere a perseverança, a energia e os recursos necessários para a vitória sobre os obstáculos, tanto nas pequenas quanto nas grandes coisas. A fé vacilante produz a incerteza, a hesitação, de que se aproveitam os adversários que devemos combater; ela nem sequer procura os meios de vencer, porque não crê na possibilidade de vitória.

3 – Noutra acepção, considera-se fé a confiança que se deposita na realização de determinada coisa, a certeza de atingir um objetivo. Nesse caso, ela confere uma espécie de lucidez, que faz antever pelo pensamento os fins que se têm em vista e os meios de atingi-los, de maneira que aquele que a possui avança, por assim dizer, infalivelmente. Num e outro caso, ela pode fazer que se realizem grandes coisas
A fé e verdadeira é sempre calma. Confere a paciência que sabe esperar, porque estando apoiada na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao fim. A fé insegura sente a sua própria fraqueza, e quando estimulada pelo interesse torna-se furiosa e acredita poder suprir a força com a violência. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança, enquanto a violência, pelo contrário, é prova de fraqueza e de falta de confiança em si mesmo.

4 – Necessário guardar-se de confundir a fé com a presunção. A verdadeira fé se alia à humildade. Aquele que a possui deposita a sua confiança em Deus, mais do quem em si mesmo, pois sabe que, simples instrumento da vontade de Deus, nada pode sem Ele. E por isso que os Bons Espíritos vêm em seu auxílio. A presunção é menos fé do que orgulho, e o orgulho é sempre castigado cedo ou tarde, pela decepção e os malogros que lhes são infligidos.


5 – O poder da fé tem aplicação direta e especial na ação magnética. Graças a ela, o homem age sobre o fluído, agente universal, modifica-lhe a qualidade e lhe dá impulso por assim dizer irresistível. Eis porque aquele que alia, a um grande poder fluídico normal, uma fé ardente, pode operar, unicamente pela sua vontade dirigida para o bem, esses estranhos fenômenos de cura e de outra natureza, que antigamente eram considerados prodígios, e que entretanto não passam de conseqüências de uma lei natural. Essa a razão porque Jesus disse aos seus apóstolos: Se não conseguistes curar, foi por causa de vossa pouca fé.



TEXTOS DE APOIO


Para encontrar o bem e assimilar-lhe a luz, não basta admitir-lhe a existência. É indispensável buscá-lo com perseverança e fervor.
Ninguém pode duvidar da eletricidade, mas para que a lâmpada nos ilumine o aposento recorremos a fios condutores que lhes transportem a força, desde a aparelhagem da usina distante até o recesso de nossa casa.
A fotografia é hoje fenômeno corriqueiro; contudo, para que a imagem se fixe, na execução do retrato, é preciso que a emulsão gelatinosa sensibilize a placa que a recebe.
A voz humana, através da radiofonia, é transmitida de um continente a outro, com absoluta fidelidade; todavia, não prescinde do remoinho eletrônico que, devidamente disciplinado, lhe transporta as ondulações.
Não podemos, desse modo, plasmar realização alguma sem atitude positiva de confiança.
Entretanto, como exprimir a fé? – indaga-se muitas vezes.
A fé não encontra definição no vocabulário vulgar.
É força que nasce com a própria alma, certeza instintiva na Sabedoria de Deus que é a sabedoria da própria vida. Palpita em todos os seres, vibra em todas as coisas.
Mostra-se no cristal fraturado que se recompõe, humilde, e revela-se na árvore decepada que se refaz, gradativamente, entregando-se às leis de renovação que abarcam a Natureza.
Todas as operações da existência se desenvolvem, de algum modo, sob a energia da fé.
Confia o campo no vigor da primavera e cobre-se de flores.
Fia-se o rio na realidade da fonte, e dela não prescinde para a sua caudal larga e profunda.
A simples refeição é, para o homem, espontâneo ato de fé. Alimentando-se, confia ele nas vísceras abdominais que não vê.
Todo o êxito da experiência social resulta da fé que a comunidade empenhe no respeito às determinações de ordem legal que lhe regem a vida.
Utilizando-nos conscientemente de semelhante energia, é nos possível suprimir longas curvas em nosso caminho de evolução.
Para isso, seja qual for a nossa interpretação religiosa da idéia de Deus, é imprescindível acentuar em nós a confiança no bem para refletir-lhe a grandeza.
Recordemos a lente e o Sol. O astro do dia distribui eqüitativamente os recursos de que dispões. Convergindo-lhe, porém, os raios com a lente comum, dele auferimos poder mais amplo.
O Bem Eterno é a mesma luz para todos, mas concentrando-lhe a força em nós, por intermédio de positiva segurança íntima, decerto com mais eficiência lhe retrataremos a glória.
Busquemo-lo, pois, infatigavelmente, sem nos determos no mal.
O tronco podado oferece frutos iguais àqueles que produzia antes do golpe que o mutilou.
A fonte alcança o rio, desfazendo no próprio seio a lama que lhe atiram.
Sustentemos o coração nas águas vivas do bem inexaurível.
Procuremos a boa parte das criaturas, das coisas, e dos sucessos que nos cruzem a lide cotidiana. Teremos, assim, o espelho de nossa mente voltado para o bem, incorporando-lhe os tesouros eternos, e a felicidade que nasce da fé, generosa e operante, libertar-nos-á dos grilhões de todo o mal, de vez que o bem, constante e puro, terá encontrado em nós seguro refletor.

 Livro: Pensamento e vida -Francisco Cândido Xavier - Ditado pelo espírito EMMANUEL





FIRMEZA DA FÉ

"E os que estão sobre a pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; mas, como não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, e, na época da tentação, se desviam."  - Jesus. (Lucas, 8:13.)

A palavra “pedra”, entre nós, costuma simbolizar rigidez e impedimento; no entanto, convém não esquecer que Jesus, de vez em quando, a ela recorria para significar a firmeza.
Pedro foi chamado pelo Mestre, certa vez, a “rocha viva da fé”.
O Evangelho de Lucas fala-nos daqueles que estão sobre pedra, os quais receberão a palavra com alegria, mas que, por ausência de raiz, caem, fatalmente, na época das tentações.
Não são poucos os que estranham essa promessa de tentações, que, aliás, devem ser consideradas como experiências imprescindíveis.
Na organização doméstica, os pais cuidarão excessivamente dos filhos, em pequeninos, mas a demasia de ternura é imprópria no tempo em que necessitam demonstrar o esforço de si mesmos.
O chefe de serviço ensinará os auxiliares novos com paciência e, depois, exigirá, com justiça, expressões de trabalho próprio.
Reconhecemos, assim, pelo apontamento de Lucas, que nas experiências religiosas não é aconselhável repousar alguém sobre a firmeza espiritual dos outros; enquanto o imprevidente descansa em bases estranhas, provavelmente estará tranqüilo, mas, se não possui raízes de segurança em si mesmo, desviar-se-á nas épocas difíceis, com a finalidade de procurar alicerces alheios.
Tudo convida o homem ao trabalho de seu aperfeiçoamento e iluminação.
Respeitemos a firmeza de fé, onde ela existir, mas não olvidemos a edificação da nossa, para a vitória estável.


 Francisco Cândido Xavier Da obra: Caminho, Verdade e Vida. Emmanuel



VERDADE E CRENÇA

"E se vos digo a verdade, por que não credes". - Jesus (João, 8:46)

Jesus lecionou a verdade em todas as situações da peregrinação messiânica.
A todos concedeu amor puro, bênçãos de luz e bens para a Eternidade.
Provou com os próprios testemunhos a excelência de seus ensinos...
Ministrou a caridade simples e natural, sem melindrar ou ferir...
A cada qual apontou a lógica real das circunstâncias da vida...
A ninguém enganou...
Não sofismou por nenhuma razão...
Perdoou sem apresentar condições...
Cedeu a benefício de todos.
Não temeu, nem vacilou ao indicar a realidade, nem fugiu de demonstrá-la no próprio exemplo.
Não aguardou bonificações: serviu sempre.
De ninguém reclamou: sacrificou a si mesmo.
Não permaneceu em posição de neutralidade: definiu-se.
Cabe, portanto, a quem recolhe os dons divinos da claridade evangélica amar e perdoar, construindo o bem e a paz, esposando ostensivamente a Vida Cristã, na elucubração da teoria e no esforço da aplicação.
Se possuímos a luz da verdade, por que não lhe seguir a rota de luz?


Emmanuel - Do livro O Espírito da Verdade. Psicografia de Francisco C Xavier e Waldo Vieira.





TUA FÉ

 “E ele lhe disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz.” – Lucas, 8:48.

É importante observar que o Divino Mestre, após o benefício dispensado, sempre se reporta ao prodígio da fé, patrimônio sublime daqueles que O procuram.
Diversas vezes, ouvimo-lo na expressão: – “A tua fé te salvou”. Doentes do corpo e da alma, depois do alívio ou da cura, escutam a frase generosa. É que a vontade e a confiança do homem são poderosos fatores no desenvolvimento e iluminação da vida.
O enfermo, descrente da ação de todos os remédios, é o primeiro a trabalhar contra a própria segurança. O homem que se mostra desalentado em todas as coisas, não deverá aguardar a cooperação útil de coisa alguma.
As almas vazias embalde reclamam o quinhão de felicidade que o mundo lhes deve. As negações, em que perambulam, transformam-nas, perante a vida, em zonas de amortecimento, quais isoladores em eletricidade. Passa a corrente vitalizante, mas permanecem insensíveis.
Nos empreendimentos e necessidades de teu caminho, não te isoles nas posições negativas. Jesus pode tudo, teus amigos verdadeiros farão o possível por ti; contudo, nem o Mestre e nem os companheiros realizarão em sentido integral a felicidade que ambicionas, sem o concurso de tua fé, porque também tu és filho do mesmo Deus, com as mesmas possibilidades de elevação.
Emmanuel


Emmanuel - Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier




COM O AUXÍLIO DE DEUS

...Em verdade vos digo que se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte:  Transporta-te dai para ali e ele se transportaria e nada vos seria impossível.” - JESUS - MATEUS, 17: 20.

“A fé verdadeira é sempre calma; faculta a paciência que sabe esperar, porque, tenda seu ponto de apoio na inteligência e na compreensão das causas, tem a certeza de chegar ao objetivo visado. ” - Cap. 19,3.

Há quem diga que a discórdia e a ignorância, a penúria e a carência são chagas crônicas, no corpo da Humanidade, apelando simplesmente para o auxilio de Deus, qual se Deus estivesse escravizado aos nossos caprichos, com a obrigação de resolver-nos os problemas, a golpe de mágica.
Indubitavelmente, nada de bom se efetua sem o auxílio de Deus, no entanto, vale destacar que o Infinito Amor age na Terra, nas questões propriamente humanas, pela capacidade do homem, atendendo à vontade do próprio homem.
As criaturas terrestres, através de milênios, vêm realizando as mais belas empresas da evolução, com o Amparo Divino.
Quando se decidiram a conhecer o que havia, para além dos mares enormes, com o auxílio de Deus, construíram as naves que as sustentam sobre as ondas.
Venciam penosamente as longas distâncias...
Quando se dispuseram a buscar mais largas dotações de movimento, com o auxilio de Deus, fabricaram veículos a motor, que deslizam no solo ou planam no espaço.
Jaziam submetidas às manufaturas, que lhes mantinham todas as faculdades na sombra da insipiência.
Quando resolveram conquistar o tempo preciso para o cultivo mais amplo da inteligência, com o auxilio de Deus, estruturaram as máquinas que lhes descansam a mente e as mãos, por toda parte, desde o cérebro eletrônico à enceradeira.
Padeciam visão limitada...
Quando diligenciaram obter novos meios de análise, com o auxílio de Deus, passaram a deter lentes e raios que lhes facultam observações minuciosas, tanto nos astros, quanto nas peças mais ínfimas do mundo orgânico.
Experimentavam manifesta insuficiência de comunhão espiritual...
Quando se afadigaram por estabelecer contacto entre si, com o auxílio de Deus, atingiram as comunicações sem fio, que lhes permitem o mútuo entendimento, de um lado a outro da Terra, em fração de segundos.
Tudo isso conseguiram aprendendo, trabalhando, sofrendo e aperfeiçoando...
E para desfrutarem semelhantes benefícios, pagam naturalmente a aquisição de passagens e utensílios, engenhos e serviços.
Assim também, os males que atormentam a vida humana podem ser extirpados da Terra, se procurarmos construir o bem, à custa do próprio esforço, com o auxílio de Deus.
Tesouros de tempo, orientação, entendimento e recursos outros não nos faltam.
Urge, porém, reconhecer que somos responsáveis pelas próprias obras.
Desse modo, com o auxílio de Deus, será possível transformar o mundo em radioso paraíso, a começar de nós mesmos, no entanto, isso apenas acontecerá se nós quisermos.

Emmanuel - do livro:  O Livro da Esperança - Psicografado por FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER




FALTA DE FÉ

Acolhei ao que é débil na fé; não, porém, para discutir opiniões. Paulo.  (Romanos. 14:1.)

Não se deve julgar a criatura sem fé pelo padrão moral daquela que a possui, como não se pode considerar o enfermo à maneira de alguém que se encontre sem saúde porque assim o deseje E assim como não se extingue a doença com pancadas e sim à custa de amparo e remédio, não se remove a descrença a preço de controvérsia e sim pelo concurso do amor e da educação.
Existem motivações diversas para a incredulidade, tanto quanto existem causas variadas para a moléstia.
Em toda parte onde se alinham seres humanos encontramos aqueles irmãos que ainda se privam de mais amplo entendimento, no domínio das questões essencialmente espirituais:
os que da infância à madureza tão somente estiveram no clima da mais profunda ignorância acerca dos assuntos da alma;
os que se enredaram na inquietação, em face de compromissos inconfessáveis, e temem o contato com as realidades do Espírito;
os que se apegam a preconceitos estéreis e fogem de incrementar no próprio ser o conhecimento da Vida Superior;
os que sofrem processos obsessivos, temporariamente incapacitados para raciocinar com segurança em torno da orientação pessoal;
os que caíram em extrema revolta ante as lides expiatórias que eles mesmos fizeram por merecer.
Quando te vejas defrontado pelos companheiros sem fé ou portadores de confiança ainda muito frágil, compadece-te deles e auxilia-os, quanto possas. Segundo a solicitação do apóstolo Paulo, saibamos acolhê-los ao calor da bondade, nunca ao fogo da discussão.

Emmanuel - Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier. Do livro Bênção de Paz








AUXÍLIO E NÓS

 ... Pedi e recebereis...- JESUS JOÃO, 16: 24.

“Cumpre não confundir a fé com a presunção.
A verdadeira fé se conjuga à humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus. ” - Cap. 19.4.

Sonhamos felicidade e queremos auxílio.
A Sabedoria do Universo, porém, colocou a vontade em nosso foro íntimo, à guisa de juiz supremo, a fim de que a vontade, em última instância, decida todas as questões que se nos referem à construção do destino.
Anelamos tranqüilidade, alentamos nobres aspirações, aguardamos a concretização dos próprios desejos, traçamos votos de melhoria...
E, a cada passo, surpreendemos o concurso indireto das circunstâncias a nos estenderem, de mil modos, o apoio certo da Providência Divina.
A assimilação, porém, de qualquer auxílio surge condicionada às nossas resoluções.
Escolas preparam.
Afeições protegem.
Simpatias defendem.
Favores escoram.
Conselhos avisam.
Dores advertem.
Dificuldades ensinam.
Obstáculos adestram.
Experiências educam.
Desencantos renovam.
Provações purificam.
A máquina da Eterna Beneficência funciona matematicamente, em nosso favor, através dos múltiplos instrumentos da vida, entretanto, as Leis Eternas não esperam colher autômato em consciência alguma.
A face disso, embora consideremos com o Evangelho que toda boa dádiva procede originariamente de Deus, transformar para o bem ou para o mal o amparo incessante que nos é concedido dependerá sempre de nós.
Emmanuel-  do livro: O Livro da Esperança - Psicografado por Francisco Cândido Xavier






FÉ NAS VITÓRIAS

"POIS EM VERDADE VOS DIGO, SE TIVÉSSEIS A FÉ DO TAMANHO DE UM GRÃO DE MOSTARDA, DIRÍEIS A ESTA MONTANHA: TRANSPORTA-TE DAÍ PARA ALI E ELA SE TRANSPORTARIA, E NADA VOS SERIA IMPOSSÍVEL." E.S.E. CAPÍTULO 19, ÍTEM 1

A pensadora californiana Louise L. Hay define que as crenças são idéias, pensamentos e experiências que se tornam verdade para nós. (Você pode curar sua vida).
As crenças que cultivamos são muito importantes no processo do crescimento espiritual.
Ter a certeza de que vamos alcançar nossas metas Íntimas é tão importante quanto alcançá-las
A Reforma Íntima, assim como qualquer projeto na vida, exige otimismo e fé para alcançar seus objetivos. Só será concretizada através de uma relação de confiança conosco mesmo. É a crença de que somos capazes de livrarmos dos males que nos acompanham nas milenares experiências.
Muitos idealistas orientados pelos roteiros de melhoria espiritual, mas tomados de escassa auto-estima, sucumbem sob o peso dos "monstros da culpa e da vergonha", estabelecendo idéias de inutilidade e desistência através da ampliação dos "montes" dos obstáculos interiores. Supervalorizam suas imperfeições através de excessivo rigor consigo mesmo, instalando um "circuito mental" de inaceitação e desgosto, a um passo do desespero e do desânimo com os nobres ideais de transformação e melhoramento, gerando um clima de derrotismo e menos valia de si mesmo.
De fato, a sensação de frustração acompanhará, por muito tempo, nossos esforços de progresso em razão das opções que fizemos nos sombrios vales da ilusão e da queda. Fortes condicionamentos exprimem-se como traços marcantes da personalidade que contrariam as mais sinceras intenções de aperfeiçoamento. Isso, porém, é o preço justo que temos que pagar perante a vida pelo plantio do bem em nós mesmos.
Valorizemos aquilo que gostaríamos de ser, contudo, valorizemos também o que já conseguimos deixar de ser; aquilo que não nos convinha. Valorizemos a luz que há em nós; é com ela que resgataremos a condição de criaturas em comunhão com as Sábias Leis do Pai.
Costuma-se observar na atualidade uma "neurotização" da proposta de renovação interior. Muita impaciência e severidade têm acompanhado esse desafio, levando ao perfeccionismo por falta de entendimento do que seja realmente a reforma íntima. Quando digo a mim mesmo: "não posso mais falhar" será mais difícil o domínio interior. Precisamos aprender a ser "gente", a ser humano, a exercer o autoperdão, a admitir falhas, ciente de que podemos recomeçar sempre e sempre, quantas vezes forem necessárias, sem que isso signifique, necessariamente, hipocrisia, fraqueza ou conivência com o mal. A proposta espírita é de aperfeiçoamento e não de perfeição imediata ... O objetivo é sermos melhor e não "os melhores" ...
Essa "neurotização da virtude" gera um sistema de vida cheio de hábitos e condutas radicais e superficiais que são fronteiriços com o fanatismo; isso nos desaproxima ainda mais da autêntica mudança e nos faz preocupar mais com o que não devemos fazer, esquecendo de investir esforços e descobrir os caminhos para aquilo que devíamos estar fazendo, aquilo que queremos alcançar e ser.
Por isso a memorização e valorização das pequenas vitórias de cada dia haverão de nos trazer incentivo e discernimento na dilatação da crença da perfeição, a qual todos nos destinamos. Semelhante tarefa exigirá que utilizemos, ilimitadamente, o autoperdão na construção mental da auto-aprovação, porque, se não nos aprovamos nas faltas cometidas, caminhamos para o desamor a nós próprios atraindo o fracasso.
Não devemos fazer de nossos erros a nossa queda.
Recomeço sempre.
"Quando realmente amamos, aceitamos e aprovamos a nós mesmos exatamente como somos, tudo na vida funciona" assevera Louise L. Hay.
Fé pequenina, asseverou o Sábio Nazareno, do tamanho de um grãozinho de mostarda; isso bastará para solidificar nossa confiança no projeto de transformação que, inexoravelmente, vamos conquistar sob a égide dos pequenos êxitos de cada etapa.
Em uma guerra perde-se muitas batalhas, como é natural ocorrer. O que não se pode é desistir de vencê-la; esquivemos, portanto, da vaidade de querer vencer todas as batalhas e assumamos a posição íntima do bom combatente, aquele que sabe respeitar seus limites e jamais desistir de lutar.
Vitória sobre si, esse é o nosso bom combate, conforme destaca o inolvidável Apóstolo de Tarso. (Timóteo, 4:7)
Nunca esqueça que mais importante que a severidade da disciplina com nossas imperfeições é a alegria que devemos cultivar com nossos pequenos triunfos e nossas tenras qualidades. Alegria é fonte de motivação e bem-estar para todos os dias.
Nos momentos de decepção contigo busque o trabalho, a oração e prossiga confiante na tua luta pessoal, acreditando nas tuas pequenas vitórias. Logo mais perceberás, espontaneamente, o valor que elas possuem para tua felicidade e o quanto significam para os que te rodeiam.
Livro: Reforma Intima Sem Martírio – Ermance Dufaux – Wanderley S. Oliveira




GRÃO DE MOSTARDA

"... Jesus lhes respondeu: É por causa da vossa incredulidade. Porque eu vô-lo digo em verdade: se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daqui para ali, e ela se transportaria, e nada vos seria impossível" (Cap. XIX, ítem 1)

FÉ é sentimento instintivo que nasce com o espírito. Crença inata, impulso íntimo fundamentado na "certeza absoluta" de que o Poder Divino, em toda e qualquer situação está sempre promovendo e ampliando nosso crescimento pessoal. Essa convicção inabalável na "Sabedoria Celeste", que é a própria Inteligência Providencial que rege a tudo e a todos, atinge a sua plenitude nas criaturas mais evoluídas.
Tais valores se encontravam inicialmente em estado embrionário e, ao longo das encarnações sucessivas, estruturam-se entre as experiências do sentimento e do raciocínio. Como em todas as manifestações de progresso, também esse impulso intuitivo do ser humano ligado às faixas da fé é resultado de um desenvolvimento lento e progressivo.
Por exemplo, a criança não pode manifestar a habilidade de falar, sem ter atravessado as fases básicas da fonética, isto é, resmungar, balbuciar, soletrar e silabar.
Desse modo, o ser imaturo, apesar de criado com esse sentimento instintivo da fé, também atravessa um vasto período de desenvolvimento, que não se dá por mudanças abruptas, mas por uma série de sensações e percepções, às vezes mais ou menos demoradas, conforme a vontade e a determinação do próprio espírito.
Consequentemente, a fé plena não é só uma conquista repentina que aparece quando queremos; é também trabalho desenvolvido e assimilado ao longo do tempo. Ela pulsa em todas as criaturas vivas e agita-se nas menores criações do Universo.
Encontra-se na renovação do mineral rompido, que se restaura a si mesmo; aparece no fototropismo das plantas em crescimento; impulsiona o "relógio interno", que incita as aves a efetuar suas migrações, quase na mesma época em todos os anos; aguça o "regresso ao lar", ou seja, estrutura a capacidade de orientação e localização observada em certos animais domésticos.
A fé também estimula o homem selvagem a nutrir a crença na existência de um ser supremo, que eles adoram nos fenômenos e elementos da Natureza. Entendemos, dessa forma, que a fé não equivale a uma "muleta vantajosa" que nos ajuda somente em nossas etapas difíceis, nem "providências de última hora" para alcançarmos nossos caprichos imediatistas.
Ter fé é auscultar e perceber as "verdadeiras intenções" da ação divina em nós e, acima de tudo, é o discernimento de que tudo está absolutamente certo.
Nada está errado conosco, pois o que chamamos de "imperfeição" no mundo são apenas as lições não aprendidas ou não entendidas, que precisam ser recapituladas, a fim de que possamos nos conhecer melhor, assim como as leis que regem nossa existência.
Ter fé em Deus é reconhecer que a Natureza, "Arte Divina", garante nossa própria evolução. Mesmo quando tudo pareça ruir em nossa volta, é ainda a fé amplamente desenvolvida que nos dará a certeza de que, mesmo assim, estaremos sempre ganhando, ainda que momentaneamente não possamos decifrar o ganho com clareza e nitidez.
No Universo nada existe que não tenha sua razão de ser. Tudo aquilo que parece desastroso e negativo em nossa existência, nada mais é que a vida articulando caminhos, para que possamos chegar onde estão nossos reais anseios de progresso, felicidade e prazer.
A criatura que aprendeu a ver o encadear dos fatos de sua vida, além de cooperar e fluir com ela, percebe que aquilo que lhe parecia negativo era apenas um "caminho preparatório" para alcançar posteriormente um Bem Maior e definitivo para si mesma.
As grandes tragédias não significam castigos e punições, porém maiores possibilidades futuras para a obtenção de uma melhoria de vida íntima e, paralelamente, de plenitude existencial.
Em face dessas realidades, a fé aperfeiçoada faz com que possamos avaliar em todas as ocorrências uma constante renovação enriquecedora. Quando todas as árvores estão despidas, é que se inicia um novo ciclo em que elas reúnem suas forças embrionárias e instintivas da fé para novamente se vestir de folhas, flores e frutos.
Tudo na Natureza obedece a "ritmos". São processos da vida em ação. No final de um ciclo, nossa energia declina para, logo em seguida, reunirmos mais forças para uma nova incursão renovadora.
A cada nova etapa de crescimento, talvez nos sintamos; temerosos e inseguros, a exemplo de certos animais que perdem momentaneamente seus revestimentos protetores. Depois, no entanto, nos sentiremos melhor adaptados, ao nos cobrirmos com elementos e estruturas mais eficientes, e que nos permitam prosseguir mais ajustados em nosso novo estágio evolutivo. Assim acontece com todos.
Seremos atingidos por um "sereno bem-estar" quando visualizarmos antecipadamente as porvindouras oportunidades de reconforto, prosperidade e segurança que a vida nos trará após atravessarmos os "ciclos amargos" do renascimento interior.
A confiança em que tudo está justo e certo e em que não há nada a fazer, a não ser melhorar o nosso próprio modo de ver e entender as coisas, alicerça-se nas palavras de Jesus: " os fios de cabelo da nossa cabeça estão todos contados". É ai convicção perfeitamente ajustada a uma compreensão ilimitada dos desígnios infalíveis e corretos da Providência Divina.
Em muitas ocasiões, somente usando os recursos interpretativos da fé, nos grandes choques e tragédias, é que podemos notar o "processo de atualização" que a vida nos oferece porquanto o significado de um acontecimento é captado em plenitude apenas quando "decifrado". É o único caminho que nos permitirá encontrar a verdadeira compreensão e entendimento dos fatos em si.
Entretanto, quando não traduzimos no decorrer dos acontecimentos nossos episódios existenciais, sentimos que nossa vida vai tornando-se inexpressiva, sem nenhum sentido, porque vamos perdendo contato com as mensagens silenciosas e sábias que a vida nos endereça.
Aqui estão algumas interpretações de fatos aparentemente negativos, quando na realidade são profundamente positivos: - Para vencermos a doença é necessário interpretar o que o sintoma quer-nos alertar sobre o que precisamos fazer ou mudar para harmonizar nosso psiquismo descontrolado.
- Sucessivos acontecimentos de "abandono" e "decepção" em nossa vida são mensagens silenciosas alertando-nos que nosso "grau de ilusão" ultrapassou os limites permitidos.
- Perda de criaturas queridas pode ser a lição que nos vai livrar de atitudes possessivas e de apegos patológicos, tanto para quem parte como para quem fica.
- Alucinação e loucura podem nos adestrar para maiores valorizações da realidade, afastando-nos de fantasias e aparências.
- Vícios de qualquer matiz podem estabelecer nos indivíduos normas corretivas na vida interior, a fim de que aprendam a lidar e a controlar melhor suas emoções e sentimentos.
- Traição afetiva pode nos exercitar na fiscalização de nosso "grau de confiabilidade" e "vulnerabilidade" perante os outros.
- Desprezo ou desconsideração podem ser emissões educativas, impulsionando-nos a um maior amor a nós próprios
O ser humano de fé não é crédulo nem fanático; é antes o indivíduo que distingue os lucros e vantagens inseridos nos processos da vida. Compreende a sequência de fatos interconectados aprimorando-se paulatinamente para intensificar sua estabilidade e harmonia e, como consequência, seu engrandecimento espiritual.
Em síntese, a fé como força instintiva da alma guarda em si possibilidades transcendentes e poderes infinitos. Ao ampliá-la, o homem se potencializa vigorosamente, fluindo e contribuindo com o próprio ritmo da vida como um todo.
O "grão de mostarda", na comparação de Jesus Cristo, representa a minúscula semente como sendo o "impulso imanente" que começa a se formar no "princípio inteligente", nos primeiros degraus dos reinos da Natureza.
Ao longo dos tempos, se transmuta, desenvolvendo potencialidades inatas, e, futuramente, se transforma num ser completo e de ações poderosas.
Devemos compreender, por fim, que o "poder da fé" realmente "transporta montanhas" e que para o espírito nada é inacessível, pois, quando percebe a razão de tudo e interpreta com exatidão a sabedoria de Deus, a vida para ele não tem fronteiras.
Ao ampliarmos nossa consciência na fé, sentiremos uma inefável serenidade íntima, porque conseguimos entender perfeitamente que, no Universo, tudo está "como deve ser"; não existe atraso nem erro, somente a manutenção e a segurança do "Poder Divino" garantindo a estabilidade e o aperfeiçoamento de suas criaturas e criações.
Livro: Renovando Atitudes - Hammed – Francisco do Espírito Santo Neto




FÉ E PERSEVERANÇA

Três rapazes suspiravam por encontrar o Senhor, a fim de fazer-lhe rogativas.
Depois de muitas orações, eis que, certa vez, no campo em que trabalhavam, apareceu-lhes o carro do Senhor, guiado pelos anjos.
Radiante de luz, o Divino Amigo desceu da carruagem e pôs-se a ouvi-los.
Os três ajoelharam-se em lágrimas de júbilo e o primeiro implorou a Jesus o favor da riqueza. 0 Mestre, bondoso, determinou que um dos anjos lhe entregasse enorme tesouro em moedas.
O segundo suplicou a beleza perfeita e o Celeste Benfeitor mandou que um dos servidores lhe desse um milagroso ungüento a fim de que a formosura lhe brilhasse no rosto. O terceiro exclamou com fé:
- Senhor, eu não sei escolher... Dá-me o que for justo, segundo a tua vontade.
O Mestre sorriu e recomendou a um dos seus anjos lhe entregasse uma grande bolsa.
Em seguida, abençoou-os e partiu...
O moço que recebera a bolsa abriu-a, ansioso, mas, oh! Desencanto!... Ela continha simplesmente uma enorme pedra.
Os companheiros riram-se dele, supondo-o ludibriado, mas o jovem afirmou a sua fé no Senhor, levou consigo a pedra e começou a desbastá-la, procurando, procurando...
Depois de algum tempo, chegou ao coração do bloco endurecido e encontrou aí um soberbo diamante. Com ele adquiriu grande fortuna e com a fortuna construiu uma casa onde os doentes pudessem encontrar refúgio e alivio, em nome do Senhor.
Vivia feliz, cuidando de seu trabalho, quando, um dia, dois enfermos bateram a porta. Não teve dificuldade em reconhecê-los. Eram os dois antigos colegas de oração, que se haviam enganado com o ouro e com a beleza, adquirindo apenas doença e cansaço, miséria e desilusão.
Abraçaram-se, chorando de alegria e, nesse instante, o Divino Mestre apareceu entre eles e falou:
- Bem-aventurados todos aqueles que sabem aproveitar as pedras da vida, porque a fé e a perseverança no bem são os dois grandes alicerces do Reino de Deus.
Francisco Cândido Xavier. Da obra: Pai Nosso. Ditado pelo Espírito Meimei.




A SEMENTE DE MOSTARDA
O rapaz abeirou-se do Mentor, mostrando-se evidentemente acanhado, e considerou em tom de pergunta:
-Instrutor, a sua bondade já nos disse, várias vezes, que os ensinamentos de Jesus, o nosso Divino Mestre, estão sempre iluminados para a compreensão do nosso entendimento... Entretanto, às vezes, esbarro com afirmativas d'Ele que me fazem pensar inutilmente, já que não lhes alcanço sentido...
-Dê-me um exemplo - solicitou o interpelado com paciência.
-Disse-nos Jesus que se tivermos fé do tamanho de um grão de mostarda - continuou o jovem consulente - certa montanha, por nossa ordem, transportar-se-á daqui para ali; não crê o senhor que isso é um absurdo em confronto com a realidade?
-Meu amigo - explicou-se o Mentor - Jesus, por falta de comparações e palavras adequadas, legou-nos muitas lições em forma de símbolos e parábolas... Imagino que Nosso Divino Mestre tomou a imagem da montanha, como significado a nossos hábitos e preferências. Muitos defeitos, que ainda nos caracterizam, pesam sobre nós por montes de imperfeições que precisamos remover do mal para o bem...
-Mas - continuou o aprendiz - o senhor concordará que isso é uma observação puramente filosófica; desejo que o senhor me conduza para o domínio dos fatos reais.
O instrutor meditou por alguns instantes em profundo silêncio e rematou:
-Caro amigo, se você pretende observar o poder de um agente pequenino, qual a semente de mostarda, sobre um corpo extenso de dificuldades que o desorienta ou perturba, acenda uma vela pequenina diante da escuridão.
Da Obra A Semente De Mostarda – Espírito: Emmanuel –




EM MATÉRIA DE FÉ

Conservarás a fé.
Aprenderás com ela a entoar louvores pelas Bênçãos do Pai Supremo, manifestando a gratidão que nasça do teu Espírito. Entretanto, acima de tudo, tomá-la-ás para guia seguro no caminho das provas regeneradoras da Terra, para que atendas dignamente aos desígnios do Senhor, na execução das tarefas que a vida te reservou.

Cultivarás a fé.
Encontrarás nela recursos de base que te endossem as súplicas endereçadas à Providência Divina. Aplicar-te-ás, todavia, a empregá-la por sustentáculo de tuas forças, no dever a cumprir, a fim de que não desapontes o Plano Superior, na cooperação que o Mundo Espiritual te pede, em benefício dos outros.

Falarás da fé.
Guardar-lhe-ás o clarão na concha dos lábios, suscitando segurança e paz naqueles que te ouçam. Descobrirás nela, porém, a escora preciosa, para que não desfaleças nos testemunhos de abnegação que o mundo espera de ti, procurando sorrir ao invés de chorar, nos dias de sofrimento e provação, quando as notas do entusiasmo tantas vezes te esmorecem na boca.

Respeitarás a fé.
Reconhecerás nela o traço dominante dos grandes espíritos que veneramos na categoria de heróis e gigantes da virtude, transformados em balizas de luz, nas trilhas da Humanidade.
Observarás, contudo, que ela é igualmente um tesouro de energias à tua disposição, na experiência cotidiana, conferindo-te a capacidade de realizar prodígios de amor, a começarem da esfera íntima ou do âmago de tua própria casa.

 Paulo de Tarso afirmou que o homem se salvará pela fé, mas, indubitavelmente, não se reportava a convicções e palavras estéreis. Decerto que o Amigo da Gentilidade queria dizer que o Espírito humano se aperfeiçoará e regenerará usando confiança positiva em Deus e em si mesmo, na construção do bem comum.
Fé metamorfoseada em boas obras, traduzida em serviço e erguida ao alto nível dos ensinamentos que exponha, nos domínios da atividade e da realização.
Tanto é verdade semelhante assertiva que o Apóstolo se referia à Fé por recurso dinâmico, no campo individual, para a edificação do Reino Divino, que ele próprio nos asseverou, convincente, no Versículo 22 do Capítulo 14 de sua Epístola aos Romanos: “Se tens fé, tem-na em ti mesmo, perante Deus”.

Emmanuel - Do livro Alma e Coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.





NA SEMENTEIRA DA FÉ

Para que possamos movimentar a fé no plano exterior, é indispensável venhamos a possuí-la, ainda mesmo na diminuta proporção de uma semente de mostarda, no solo do próprio espírito.
É necessário arrotear a terra seca e empedrada de nosso mundo interior para ambientar no coração essa planta divina.
A vida é qual, fazenda valiosa de que somos usufrutuários felizes; mas não podemos aprimorá-la ou enriquecê-la, confiando-nos à preguiça ou à distração.
O proprietário da vinha não cederia ao lavrador uma enxada com destino à ferrugem.
A gleba das possibilidades humanas, em nossas mãos, reclama trabalho incessante.
Imperioso arredar do campo da própria alma, os calhaus da indiferença e drenar, na vasta extensão de nossos desejos, os charcos possíveis da ociosidade e do desânimo.
Serpes traiçoeiras e vermes daninhos ameaçam-nos a sementeira de elevação, por todos os lados e detritos de variada natureza tentam sufocar instintivamente os nossos pequeninos impulsos para o bem.
Necessário alterar a paisagem de nossa vida íntima, para que a fé viva nasça e se desenvolva em nossos destinos, por gradativo investimento de força transformadora e criativa, dotando-nos de abençoadas energias para as nossas realizações de ordem superior.
“Se tiveres fé no simples tamanho dum grão de mostarda” – disse-nos o Senhor – “ adquirireis o poder de transportar montanhas.”
Aproveitemos a luta e a dificuldade que a experiência nos oferece, cada dia, e habilitar-nos-emos a converter as sombras da antiga animalidade, que muitas vezes ainda nos domina, em luz da espiritualidade santificante para a nossa ascensão à vida excelsa.

Livro:  Assim Vencerás Psicografia de Francisco Cândido Xavier - Espirito: Emmanuel



LUTAS DA FÉ

Nos transes inevitáveis da evolução humana, há muita gente que unicamente cultiva a posse de uma fé convencional, no encapelado oceano das provações terrestres.
Rede que balançasse o coração ente palmeiras farfalhantes...
Barco que vagasse ao sopro da brisa...
Recanto de vale verde à frente do céu azul...
Jardim cujo aroma exercesse a função de brando anestésico...
Entretanto, a construção da fé verdadeira encontra gigantescas batalhas provinciais do coração.
Para busca-la e incorporar-lhe os valores, as criaturas são constrangidas a se apoiarem umas nas outras e, porque as criaturas humanas ainda respiram muito longe das condições angelicais, surgem aflições e conflitos por material indispensável à formação do discernimento – a chave de controle das nossas devoções e paixões – a fim de que a atitude religiosa, em nós outros, expressando nível espiritual, não nos situe na mentira piedosa da superestimação dos nossos próprios méritos.
Surpreendemos, a cada passo, choques e dissensões com dificuldades e advertências à vista, qual se dor viesse examinar o grau da paciência e da humildade, da ponderação e do conhecimento que já conseguimos assimilar.
Aqui, vacilam amigos queridos...
Ali, apaga-se o íris de suaves encantamentos...
Além, caem defesas que se nos afiguravam de contextura inexpugnável...
Adiante, destacam-se árduos problemas a resolver...
Os espíritos indolentes acusam-se irritados e espantadiços, recolhendo-se à margem para o sono das próprias conveniências, alegando cansaço e desilusão...
Todavia, quantos despertam para a execução dos próprios deveres, não ignoram que todos estamos ainda jungidos aos resultados das próprias quedas em existências anteriores e que, por isso mesmo toda a nossa edificação em matéria de fé precisa erguer-se em bases de experiência pessoal, intimamente sofrida e vivida através do trabalho comum, no qual todos necessitamos de amor e compreensão, sem ferir verdade e sem desacreditar a justiça.
Toda vez que nos encontramos em graves contradições no levantamento e na consolidação da própria fé, analisemos as nossas crises do sentimento com espírito de oração e entendimento, serviço e responsabilidade, mas não tentamos desertar a luta de que o próprio Cristo não escapou.

De Canais da Vida, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel




Nenhum comentário:

Postar um comentário

PESQUISAR NESTE BLOG

O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES
LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

BLOGS RELACIONADOS