APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

sábado, 26 de agosto de 2017

E.S.E. CAPÍTULO XVIII - ITEM 10 A 12 - A QUEM MUITO FOI DADO, MUITO SERÁ PEDIDO



10 – Porque aquele servo, que soube a vontade de seu Senhor, e não se apercebeu, e não obrou conforme a sua vontade, dar-se-lhe-ão muitos açoites. Mas aquele que não a soube, e fez coisas dignas de castigo, levará poucos açoites. Porque a todo aquele, a quem muito foi dado, muito será pedido, e aos que muito confiaram, mais contas lhe tomarão. (Lucas, XII: 47-48).

11 – E Jesus lhe disse: Eu vim a este mundo para exercitar um juízo, a fim de que os que não vêem, vejam, e os que vêem, se tornem cegos. E ouviram alguns dos fariseus que estavam com ele, e lhe disseram: Logo, também nós somos cegos? Respondeu-lhes Jesus: Se vós fôsseis cegos, não teríeis culpa; mas como agora mesmo dizeis: Nós vemos, fica subsistindo o vosso pecado. (João, IX: 39-41).

12 – Estas máximas encontram sobretudo a sua aplicação no ensinamento dos Espíritos. Quem quer que conheça os preceitos do Cristo é seguramente culpado, se não os praticar. Mas além de não ser suficientemente difundido o Evangelho que os contêm, senão entre as seitas cristãs, mesmo entre estas, quantas pessoas existem que não o lêem, e entre as que o lêem, quantas não o compreendem! Disso resulta que as próprias palavras de Jesus ficam perdidas para a maioria. O ensinamento dos Espíritos, que reproduz essas máximas sob diferentes formas, que as desenvolve e comenta, pondo-as ao alcance de todos, tem sido de particular, ou seja, não é circunscrito. Assim, todos, letrados ou não, crentes ou descrentes, cristãos ou não cristãos, podem recebê-lo, pois os Espíritos se comunicam por toda à parte. Nenhum dos que o recebam, diretamente ou por intermédio de outros, pode pretextar ignorância, ou pode desculpar-se com a sua falta de instrução ou com a obscuridade do sentido alegórico. Aquele, pois, que não o põe em prática para se melhorar, que o admira apenas como interessante e curioso, sem que seu coração seja tocado, que não se faz menos fútil, menos orgulhoso, menos egoísta, nem menos apegado aos bens materiais, nem melhor para o seu próximo, é tanto mais culpado, quanto teve maior facilidade para conhecer a verdade.
Os médiuns que obtêm boas comunicações são ainda mais repreensíveis por persistirem no mal, pois escrevem freqüentemente a sua própria condenação, e se não estivessem cegos pelo orgulho, reconheceriam que os Espíritos se dirigem a eles mesmos. Mas, em vez de tomarem para eles as lições que escrevem, ou que vêem os outros escreverem, sua única preocupação é a de aplicá-las as outras pessoas, incidindo assim nestas palavras de Jesus: “Vedes um argueiro no olho do próximo, e não vedes a trave no vosso”. (Ver cap. X, nº 9).
Por estas palavras: “Se fosseis cegos, não teríeis culpa”, Jesus confirma que a culpabilidade está na razão do conhecimento que se possui. Ora, os fariseus, que tinham a pretensão de ser, e que realmente eram, a parte mais esclarecida da nação, tornavam-se mais repreensíveis aos olhos de Deus que o povo ignorante. O mesmo acontece hoje.
Aos espíritas, portanto, muito será pedido, porque muito receberam, mas também aos que souberam aproveitar os ensinamentos, muito lhes será dado.
O primeiro pensamento de todo espírita sincero deve ser o de procurar, nos conselhos dados pelos Espíritos, alguma coisa que lhe diga respeito.

O Espiritismo vem multiplicar o número dos chamados, e pela fé que proporciona, multiplicará também o número dos escolhidos.



TEXTOS DE APOIO



EM PLENA ERA NOVA

Há criaturas que deixaram, na Terra, como único rastro da vida robusta que usufruíam na carne, o mausoléu esquecido num canto ermo de cemitério.
Nenhuma lembrança útil.
Nenhuma reminiscência em bases de fraternidade.
Nenhum ato que lhes recorde atitudes com padrões de fé.
Nenhum exemplo edificante nos currículos da existência.
Nenhuma idéia que vencesse a barreira da mediocridade.
Nenhum gesto de amor que lhes granjeasse sobre o nome o orvalho da gratidão.
A terra conservou-lhes, à força, apenas o cadáver- retalho de matéria gasta que lhes vestira o espírito e que passa a ajudar, sem querer no adubo às ervas bravas.
Usaram os empréstimos do Pai Magnânimo exclusivamente para si mesmos, olvidando estendê-los aos companheiros de evolução e ignorando que a verdadeira alegria não vive isolada numa só alma, pois que somente viceja com reciprocidade de vibrações entre vários grupos de seres amigos.
Espíritas, muitos de nós já vivemos assim!
Entretanto, agora, os tempos são outros e as responsabilidades surgem maiores.
O Espiritismo, a rasgar-nos nas mentes acanhadas e entorpecidas largos horizontes de ideal superior, nos impele para frente, rumo aos Cimos da Perfectibilidade.
A Humanidade ativa e necessitada, a construir seu porvir de triunfos, nos conclama ao trabalho.
O espírito é um monumento vivo de deus Criador Amorável. Honremos a nossa origem divina, criando o bem como chuva de bênçãos ao longo de nossas próprias pegadas.
Irmãos, sede vencedores da rotina escravizante.
Em cada dia renasce a luz de uma nova vida e com a morte somente morrem as ilusões.
O espírito deve ser conhecido por suas obras.
É necessário viver e servir.
É necessário viver, meus irmãos, e ser mais do que pó!

Livro: O Espírito da Verdade- Psicografia Francisco C. Xavier e Waldo Vieira- Eurípedes Barsanulfo




QUE BUSCAIS

Cap. XVIII - Item 10 - ESE
 “- Que buscais?” –Jesus, (João, 1:38)

Esta simples indagação do Senhor, aos dois discípulos que o seguiam, é dirigida presentemente a todos os lidadores do Espiritismo, diante da Boa Nova renascente no mundo.
Ao obreiro modesto da assistência fraternal, exprime a Voz Superior a reclamar-lhe os frutos na colheita do bem.
Ao colaborador da propaganda doutrinária, representa a interpelação incessante acerca da tarefa de resguardar a pureza dos postulados que consolam e instruem.
Ao orientador das assembléias de nossa fé, é a pergunta judiciosa, quanto à qualidade do esforço no cumprimento dos deveres que lhe competem.
Ao servidor da evangelização infantil, surge a interrogação do Divino Mestre qual brado de alerta relativamente ao rumo escolhido para a sementeira de luz.
Ao portador da responsabilidade mediúnica , inquire Jesus pela aplicação dos talentos que lhe foram confiados.
Ao aprendiz incipiente da oficina espírita cristã constitui adequada sindicância quanto à sinceridade que traz consigo, alertando-o para os deveres justos.
A cada criatura que desperta em mais altos níveis da fé raciocinada, soa a interpelação do Senhor como sendo convite às obras em que se afirme a caridade real.
Assim, escuta no íntimo, em cada lance das próprias atividades, a austera palavra do Condutor Divino, convocando-te à coerência entre o ideal e o esforço, entre a promessa e a realização.
Analisa o que fazes.
Observa o que dizes.
Medita em torno de tuas aspirações mais ocultas.
Que resposta forneces à indagação do Senhor?
Que segue o Cristo, vive-lhe o apostolado.
Serve, coopera e caminha avante, sem temor ou vacilação, lembrando-te de que o Verbo da Verdade incide sobre nós, cada dia, perguntando incessantemente:
- Que buscais?

Livro: O Espírito da Verdade- Psicografia Francisco C. Xavier e Waldo Vieira- Emmanuel




EM TODOS OS CAMINHOS

 Seja qual for a experiência, convence-te de que Deus está conosco em todos os caminhos.
 Isso não significa omissão de responsabilidade ou exoneração da incumbência de que o Senhor nos revestiu. Não há consciência sem compromisso, como não existe dignidade sem lei.
 O peixe mora gratuitamente na água, mas deve nadar por si mesmo. A árvore, embora não pague imposto pelo solo em que se vincula, é chamada a produzir conforme a espécie.
 Ninguém recebe talentos da vida para escondê-los em poeira ou ferrugem.
 Nasceste para realizar o melhor. Para isso, é possível te defrontes com embaraços naturais ao próprio burilamento, qual a criança que se esfalfa compreensivelmente nos exercícios da escola. A criança atravessa as provas do aprendizado sob a cobertura da educação que transparece do professor. Desempenhamos as nossas funções com o
apoio de Deus.
 Se o conhecimento exato da Onipresença Divina ainda não te acode à mente necessidade de fé, pensa no infinito das bênçãos que te envolvem, sem que despendas mínimo esforço. Não contrataste engenheiros para a garantia do Sol que te sustenta e nem assalariaste empregados para a escavação de minas de oxigênio na atmosfera, a fim de que se renove o ar que respiras.
 Reflete, por um momento só, nas riquezas ilimitadas ao teu dispor, nos reservatórios da Natureza e compreenderás que ninguém vive só.
 Confia, segue, trabalha e constrói para o bem. E guarda a certeza de que, para alcançar a felicidade, se fazes teu dever, Deus faz o resto.
Livro: Estude E Viva - Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel E André Luiz


PRESCRIÇÕES SEMPRE NOVAS

Veja o que você quer, realmente. A procura da luz inclui o combate à sombra.
Alimente princípios superiores. Realizar o melhor é melhorar a si mesmo.
Use discernimento. A convicção espírita baseia-se na ciência da lógica.
Atenda à paz com todos. Quem cultiva aversões cria a infelicidade.
Trabalhe nas boas obras. Ninguém segue o Evangelho sem transpirar.
Critique o que você fale ou escreva. A propaganda indisciplinada costuma desacreditar o serviço que apregoa.
Não inculpe os outros por suas decepções. Somos arquitetos de nossos destinos.
Sirva sem discutir. O concurso sincero silencia a discórdia.
Aperfeiçoe as próprias preces. A natureza da rogativa evolui com a elevação de nossa própria natureza.
Partilhe as tarefas do bem geral. Com Jesus, o ideal de um coração é o ideal de todos.
Livro: Estude E Viva - Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel E André Luiz




PARA E PENSA

 “... E a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá... - JESUS - LUCAS-, 12: 48.

“O primeiro cuidado de todo espírita sincero deve ser o de procurar saber se, nos conselhos que os Espíritos dão, alguma coisa não há que lhe diga respeito. ”Cap.18, 12.

Se a perturbação, por ventania gritante, ruge à porta, não te entregues aos pensamentos desordenados que aflições e temores te sugiram à alma.
Pára e pensa.
Escorregaste no erro e experimentas a inquietação decorrente da falta cometida, como se te imobilizasses na vertigem permanente da queda...
Aceitaste o alvitre de ilusões ardilosas e tomaste caminho inverso, reconhecendo-te na condição de alguém, cujo veículo dispara em declive ameaçador, no rumo do abismo...
Superestimaste as próprias forças e assumiste compromissos, acima da própria capacidade, lembrando um discípulo injustamente aguilhoado num teste de competência, para o qual se encontra ainda imaturo...
Viste companheiros queridos, internados em labirintos de sombra, assestando baterias contra a lógica, a te depreciarem o culto à sinceridade e trazes, por isso, o coração arpoado por doloroso desencanto...
Sofreste perdas consideráveis e guardas o espírito, à feição de barco à deriva...
Distorceste o raciocínio, sob o efeito de palavras loucas desfechadas no ambiente em que vives e cambaleias, qual se tivesses o ânimo ferroado por dardos de fogo e fel.
Recorda, porém, que pacificação e reajuste são recursos de retorno à tranqüilidade e à estrada certa.
Entretanto, recuperação e paz em nós reclamam reconhecimento do dever a cumprir.
A vista disso, se desatinos dessa ou daquela procedência te visitam a alma, entra em ti mesmo e acende a luz da prece, reexaminando atitudes e reconsiderando problemas, entendendo que a renovação somente será verdadeira renovação para o bem, não à custa de compressões exteriores, mas se projetarmos ao tear da vida o fio do próprio pensamento, intimamente reajustado e emendado por nós.

Emmanuel do livro:  O Livro da Esperança - Psicografado por Francisco Cândido Xavier




SOB A LUZ DA ESPERANÇA

"Muito se pedirá àquele a quem muito se houver dado, e maiores contas serão tomadas àquele a quem mais coisas se haja confiado." - S.Lucas, 12:47 e 48 - ESE, cap. XVIII, ítem 10.

É lastimável o contingente de seguidores do Cristo tombados no derrotismo por conta de crenças que estabelecem uma vida psicológica atormentada.
Verificam-se, com certa frequência, algumas crenças que ganharam popularidade na comunidade doutrinária, acerca da definição de verdadeiros espíritas, tais como: "almas com conhecimento bastante para não se deprimir", "criaturas que só podem acertar", "pessoas que devem agradar a todos", "Espíritos que não podem perder tempo" e "devem ser rápidos".
Claro que essas crenças, quando utilizadas com sensatez, podem se tornar aspirações educativas. Entretanto, raros conseguem se enquadrar, espontaneamente, nesses modelos éticos elegidos como referenciais de autenticidade espírita. Aliás, muitos dos que procuram atender a esses imperativos de fora para dentro tombam na negação de seus sentimentos, causando danos a seu equilíbrio.
A colocação evangélica é clara: "muito se pedirá", entretanto, a mente derrotista nutre-se de mensagens inconscientes de cobrança e condenação, que fazem as fibras do sentimento interpretarem essa colocação dessa forma: "muito será cobrado".
Imperioso acender a luz da esperança no coração humano, abandonar imposições e cobranças.
Não existe queda nem falência nas Leis Universais. Existem resultados, efeitos das escolhas e ações. Tudo é preparo, impermanência e misericórdia.
Muito será pedido! De fato, a vida pede constantemente o tributo de amor e cooperação.
Somente para o Espírito que não aprende com seus equívocos, é que existem a frustração, o vazio e a sensação de fracasso.
Discípulos do espiritismo: procurem atentar para o foco em que depositam suas esperanças de felicidade e plenitude, a fim de não se enredarem no clima psicológico do martírio voluntário.
Inúmeros corações sinceros e motivados pelo ideal de servir e aprender se rendem às suas provas e dores particulares, acreditando que somente no além-túmulo encontrarão a libertação. Transferem para a vida dos Espíritos uma expectativa de alívio e salvação em razão do sofrimento que lhes assinala a marcha de cada dia.
Toleram provas acerbas na condição passiva, sem a mínima iniciativa que os possa defender ou restaurar as energias ante os golpes lacerantes dos testes. Asseveram que resgatam carmas e prosseguem contando os dias para que algo ou alguém venha extinguir-lhes os dramas.
Desacreditam totalmente da possibilidade de solução e novos caminhos, onerando-se de exigências e obrigações. Descrêem, enfim, que possam ser felizes tanto quanto possível ainda na Terra.
Sofrer por sofrer não redime. Tolerar por tolerar não educa. Não será a intensidade dolorosa das provas, por si só, que transformará as inclinações e nos libertará das algemas conscienciais.
A dor que redime não é aquela que tolera com revolta, mas a que suporta com constante busca pelo melhor a cada instante. Jamais desistindo de encontrar a solução em si mesmo para as lutas do caminho.
Sem isso, é a morte da esperança.
Amigo querido do espiritismo com o Cristo, o gesto sublime da reencarnação é um atestado de que foste matriculado na escola do livre-arbítrio para o recomeço, distanciando-te da influência dominadora dos processos de sintonia e atração que vigem fora do corpo. Essa a primeira condição para talhar a singularidade que te é peculiar.
Não transfiras para o mundo dos Espíritos livres da matéria tuas aspirações mais nobres de realização e alegria.
Ante o momento que a Terra atravessa, e devido ao nível espiritual de seus habitantes, quase todos os que reencarnam levam aproximadamente metade de sua vida para iniciar o processo de descoberta de seu real valor perante a vida, recriando a autoimagem para o campo da realidade, e definindo-se em suas particularidades subjetivas.
Nesse momento rico da alma, o auto amor determina o clima emocional de sua vida, estimulando a construção de sentimentos enobrecedores que sirvam de morada refazedora ante os percalços do aprendizado.
Acredite na felicidade possível e edifique a crença lúcida em tuas aspirações de harmonia.
Não é o parente que te atormenta, mas como gerencias o mundo das emoções em face dos seus gestos de agressão ou descaso.
Não é o corpo abençoado que desanima, mas os sentimentos de baixa autoestima que te consomem até a exaustão.
Não é a profissão singela que te sobrecarrega, mas a forma como conduzes teus anelos íntimos de crescimento nas conquistas materiais.
Não são as perdas que te preocupam, mas o hábito contumaz de posse que causa a sensação de segurança em teus passos.
Não é a crítica que te fere; é como reages a ela. As provas, em si mesmas, são circunstâncias da vida aferindo-te o valor. A forma como reages é a tua nota de aproveitamento.
Confia na tua decisão de ser feliz e zela com perseverança por esse ideal de paz.
Mereça ser feliz pelo cultivo de teus valores. Feche os ouvidos às mensagens externas e internas que profetizam sobre quedas e tropeços nos dias vindouros.
Mereça ser feliz nutrindo teu sistema mental com idéias e projetos luminosos que constituam sonhos de ventura e desejo de harmonia.
Recorda: a vida pede, não cobra. A crença, para ser sólida e verdadeira, requer trabalho e construção ativa na intimidade. A crença na felicidade é um trabalho árduo de conquista da autonomia, realização incansável no bem e humildade nas corrigendas necessárias.
Proceda a uma avaliação cristalina à luz da consciência. Toma por base o princípio universal: recolhemos da vida somente aquilo que precisamos e merecemos. A partir desse foco, entreveja tua parcela íntima e individual nas dificuldades que te atormentam. Investigue com persistência a natureza da petição que as Leis Naturais te endereçam. Descoberto esse "lugar psicológico", encontrarás uma mina abundante de respostas e horizontes.
Ninguém e nenhuma situação te podem prejudicar e fazer infeliz sem teu consentimento.
Na vida espiritual, muitos corações que desistiram de seus sonhos enquanto na Terra, alimentando expectativa de descanso e pausa em suas lutas após a morte, colheram o amargo fruto da decepção ao perceberem que a vida terrena é o solo fértil para a semeadura do bem e das conquistas imorredouras, e não um fórum de quitações impostas pela dor.
O fim útil das provas é a melhoria, e não o padecimento. E melhoria significa aprender a amar a ti mesmo cuidando de defender-te da descrença que rouba de ti a armadura da alegria e, sobretudo, da esperança com a qual, a cada minuto, poderás sustentar o clima interior do otimismo e da certeza na vitória.
Livro: Prazer de Viver - Ermance Dufaux –  Wanderley S. Oliveira




DIRETRIZ  EVANGÉLICA

 E - Cap. XVIII _ Item 12


Não vos adapteis às conveniências e convenções do mundo, mas transformai-vos pela renovação do entendimento, de modo a conhecerdes os disígnios de Deus, para que a vossa tarefa se faça agradável e útil.
Aprendei com temperança o que vos convém saber, conforme o grau de vossa fé, porquanto assim como temos em um só corpo vários membros e nem todos eles guardam a mesma função, também nós que somos muitos formamos um só corpo em Cristo, embora sejamos individualmente membros uns dos outros.
Desse modo, existindo diversos dons, segundo as concessões que nos são dadas, se nos cabe a profecia seja ela praticada, na medida de nossos recursos; se convocados à administração, ocupemo-nos em administrar; se localizados no ensino, devotemo-nos à instrução; os que exortem, usem as possibilidades em exortar; os que foram trazidos a repartir, procedam com liberalidade; quem preside, seja prudente; corações chamados aos exercício da misericórdia, empreguem a misericórdia com alegria.
Entre nós, seja o amor não simulado.
Esqueçamos o mal, buscando o bem.
Amai-vos cordialmente uns aos outros com afeto fraternal.
Não sejais vagarosos na vigilância, afervorai-vos no trabalho, servindo ao Senhor.
Regozijai-vos na esperança, sede pacientes nas dificuldades, perseverai na oração.
Amparai os bons, na solução de suas necessidades, sede hospitaleiros.
Abençoai os que vos perseguem, mantendo-vos solidários e unidos entre vós.
Não ambicionei situações, para as quais ainda não conseguimos a altura necessária, acomodando-nos à humildade, para que não estejamos alardeando sabedoria que ainda não temos.
A ninguém, torneis mal por mal.
Sejamos honestos com as cousas que nos dizem respeito e, se for possível e quanto for possível em nós, tenhamos paz com todos."
Estas observações, de forma e sentido positivamente espíritas e que parecem grafadas hoje para as lides naturais da pregação e da mediunidade, da propaganda e da ação; dos ideais e das obras de nossas instituições não são nossas e sim do apóstolo Paulo de Tarso, constantes dos versículos dois a dezoito do capítulo décimo-segundo de sua Epístola aos Romanos.
Destacando esta breve página de orientação evangélica, escrita há dezenove séculos, relacionemos as nossas responsabilidades, dentro do Espiritismo, que restaura o Cristianismo, em suas bases puras, e procuremos pensar.

De Opinião Espírita, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz




TEMPOS DA IGNORÂNCIA

"...Muito se pedirá àquele a quem se tiver muito dado, e se fará prestar maiores contas àqueles a quem se tiver confiado mais coisas." "... Somos nós, pois, também cegos? Jesus lhe respondeu: Se fôsses cegos, não teríeis pecado; mas agora dizeis que vedes e é por isso que vosso pecado permanece em vós". (Cap. XVIII, ítem 10 e 11).

Lucas relata em Atos dos Apóstolos a seguinte orientação de Paulo de Tarso: "Deus não leva em conta os tempos da ignorância". Em outras oportunidades, confirmou também que "muito se pedirá àquele que muito recebeu", quer dizer, o agravamento das faltas é proporcional ao conhecimento que possui.
Compreendemos, dessa forma, que somos todos nós protegidos pela nossa "ignorância", pois somente seremos avaliados pela Divina Providência, de conformidade com as possibilidades do "SABER" e "SENTIR", isto é, segundo a nossa maneira de ver a nós próprios e o mundo que nos rodeia.
As leis espirituais que dirigem a vida são sábias e justas e adaptam-se particularmente a cada criatura, levando em conta suas individualidades. O eminente psicólogo e pedagogo suíço Jean Piaget, responsável pela teoria de que o desenvolvimento das crianças propícia seu aprendizado, dizia que elas são diferentes entre si que cada tem seu jeito de crescer e de se realizar como indivíduo, e que todos poderíamos ajudá-las nesse crescimento, porém nunca impondo formas generalizadas e semelhantes.
Piaget ensinava que cada criança pensa e interpreta o mundo com seu peculiar pensamento e com suas possiblidades orgânicas e mentais, quase sempre heterogêneas. Encontramos no mundo atual modernos métodos pedagógicos que seguem esse raciocínio, levando em conta que cada indivíduo, para assimilar sua realidade de vida, é portador de um processo psicológico de aprendizagem próprio. Cada um recebe de forma dissemelhante os estímulos, decodifica-os e em seguida os reelabora, formando assim sua própria individualidade.
Por outro lado, encontramos também na reencarnação a guarida desses métodos de ensino, pois ela se baseia na multiplicidade de experiências ocorridas nos diversos avatares por onde a alma percorre seus caminhos vivenciais, como um ser individual. As diversidades do nosso tempo de criação, nossas heranças reencarnatórias, experiências emocionais e mentais, ambientes sociais onde ocorrem essas mesmas experiências, estruturas sexuais, masculinas e femininas, e motivações várias desenvolvidas na atualidade particularizam os seres humanos com vocações, tendências, interesses, grau de raciocínio e discernimento "suis generis".
Relativos e não generalizados devem ser os modos de ver as coisas e as pessoas. O próprio direito penal classifica e pune os crimes dentro dos padrões do "intencional" ou "doloso", "passional" ou "ocasional". Por que o Poder Inteligente que nos rege iria julgar-nos sem levar em conta nosso "tempo da ignorância" e nossa relatividade?
Como educar ou avaliar genericamente, usando o mesmo critério, crianças que receberam uma educação cheia de energia e vida, ensinadas a questionar e criar; a ter curiosidade e admiração pela natureza; e outras que só vivenciaram discussões, agressões e comportamentos medíocres por entre odores de bebidas alcoólicas e nicotina, sem uma visão saudável de Deus; ao contrário, temerosa, distorcida, adquirida através da crença de um ser ameaçador e temperamental?
O Amor de Deus programou-nos simples inicialmente para permitir que nos desenvolvêssemos, de forma gradativa, até atingir maiores plenitudes e totalidades. Temos, pois, que seguir essa programação da Natureza, ou seja, caminhar dentro desse projeto estabelecido pelas leis universais para atingirmos a nossa integração como seres espirituais.
Esse processo evolucional nos mostra que podemos estar um pouco atrás, ou adiante, das criaturas, embora cada uma delas tenha suas características próprias e certas de acordo com a sua idade astral. Nesse decurso evolutivo, todos nós passamos por fases de egoísmo e orgulho até atingirmos mais tarde as grandes virtudes da alma. Consideremos, portanto, que não seremos censurados por estar nessas fases "primitivas", porque o que chamamos de "defeito" ou "inferioridade" seja, talvez, a passagem por esses ciclos iniciantes onde estagiamos. Lembremos que essas "fases" ou "ciclos" não foram criados por nós, mas pelos desígnios de Deus, que regem a Natureza como um todo.
Coisas inadequadas que vemos em outras pessoas podem ser naturais nelas, ou mesmo do "tempo da sua ignorância", e representam características próprias de sua etapa evolucional na estrada por onde todos transitamos, alguns mais avançados e outros na retaguarda. A vida moderna nos deu raciocínio e reflexão, maturação intelectual e um desenrolar de novas descobertas, ensinando-nos formulações racionais surpreendentes para que melhor pudéssemos compreender os métodos de evolução e progresso em nós mesmos e no Universo
Não somos responsáveis por aquilo que não sabemos, não sofreremos um castigo por atos ou atitudes que ignoramos. Talvez essas idéias de punição, alienatórias, sejam os frutos da incapacidade de nossa reflexão sobre a Bondade Divina. O que chamamos de "SOFRIMENTO" é simplesmente "RESULTADO" de nossa falta de habilidade para desenvolveras coisas corretamente, pois na vida não existem "PRÊMIOS" nem "CASTIGOS", somente as consequências dos nossos atos.
Vale, porém, considerar que, à medida que nossa consciência se expande e maior lucidez se faz em nossa mente, maiores serão nossos compromissos perante a existência. "Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas agora dizeis que vedes e é por isso que vosso pecado permanece em vós".
Podemos pretextar ignorância, mas se tivermos consciência de nossos feitos isso sempre será levado em conta. Avaliemos atentamente: os tesouros da alma que já integramos nos obrigarão a prestar maiores ou menores contas perante a Vida Maior.
Livro: Renovando Atitudes - Hammed – Francisco do Espírito Santo Neto





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O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

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LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

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