APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

domingo, 27 de agosto de 2017

E.S.E. CAPÍTULO XX - ITEM 2 E 3 - OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS



2 – O trabalhador da última hora tem direito ao salário. Mas, para isso, é necessário que se tenha conservado com boa-vontade à disposição do Senhor que o devia empregar, e que o atraso não seja fruto da sua preguiça ou da sua má vontade. Tem direito ao salário, porque, desde o alvorecer, esperava impacientemente aquele que, por fim, o chamaria ao labor. Era trabalhador, e apenas lhe faltava o que fazer.
Se tivesse, entretanto, recusado o trabalho a qualquer hora do dia; se tivesse dito: “Tenham paciência; gosto de descansar. Quando soar a última hora, pensarei no salário do dia. Que me importa esse patrão que não conheço e não estimo? Quanto mais tarde, melhor!” Nesse caso, meus amigos, não receberia o salário do trabalho, mas o da preguiça.
Que dizer, então, daquele que, em vez de simplesmente esperar, tivesse empregado as suas horas de trabalho para cometer estrepolias? Que tivesse blasfemado contra Deus, vertido o sangue de seus semelhantes, perturbado as famílias, arruinado homens de boa-fé, abusado da inocência? Que tivesse, enfim, se lançado a todas as ignomínias da humanidade? O que será dele? Será suficiente dizer, à última hora: “Senhor usei mal o meu tempo; empregai-me até o fim do dia, para que eu faça um pouco, um pouquinho que seja da minha tarefa, e pagai-me o salário do trabalhador de boa-vontade!”? Não, não! Porque o Senhor lhe dirá: “Não tenho agora nenhum trabalho para ti. Esperdiçaste o teu tempo, esqueceste o que havias aprendido, não sabes mais trabalhar na minha vinha. Cuida, pois, de aprender de novo, e quando te sentires mais bem disposto, vem procurar-me e te franquearei as minhas terras, onde poderás trabalhar a qualquer hora do dia”.
Bons espíritas, meus bem-amados, todos vós sois trabalhadores da última hora. Bem orgulhoso seria o que dissesse. “Comecei o trabalho de madrugada e só o terminarei ao escurecer”. Todos vieram quando chamados, uns mais cedo, outros mais tarde, para a encarnação cujos grilhões carregais. Mas há quantos e quantos séculos o Senhor vos chamava para a sua vinha, sem que aceitásseis o convite? Eis chegado, agora, o momento de receber o salário. Empregai bem esta hora que vos resta. Não vos esqueçais de que a vossa existência, por mais longa que vos pareça, não é mais do que um momento muito breve na imensidade dos tempos que constituem para vós a eternidade.


HENRI EINE - Paris, 1863
3 – Jesus amava a simplicidade dos símbolos. Na sua vigorosa expressão, os trabalhadores da primeira hora são os Profetas, Moisés, e todos os iniciadores que marcaram as diversas etapas do progresso, continuadas através dos séculos pelos Apóstolos, os Mártires, os Pais da Igreja, os Sábios, os Filósofos, e, por fim, os Espíritas. Estes, que vieram por último, foram entretanto anunciados e preditos desde o advento do Messias. Receberão, pois, a mesma recompensa. Que digo? Receberão uma recompensa maior. Últimos a chegar, os Espíritas aproveitam o trabalho intelectual dos seus antecessores, porque o homem deve herdar do homem, e porque os trabalhos e seus resultados são coletivos: Deus abençoa a solidariedade.
Muitos dos antigos revivem hoje, ou reviverão amanhã, para acabar a obra que haviam começado. Mais de um patriarca, mais de um profeta, mais de um discípulo do Cristo, e de um divulgador da fé cristã se encontram, entre vós. Ressurgem mais esclarecidos, mais adiantados, e já não trabalham mais nos fundamentos, mas na cúpula do edifício. Seu salário será, portanto, proporcional ao mérito da obra.
A reencarnação, esse belo dogma, eterniza e precisa a filiação espiritual. O Espírito, chamado a prestar contas do seu mandato terreno, compreende a continuidade da tarefa interrompida, mas sempre retomada. Vê e sente que apanhou no ar o pensamento de seus antecessores. Reinicia a luta, amadurecido pela experiência, para ainda mais avançar. E todos, trabalhadores da primeira e da última hora, de olhos bem abertos sobre a profundidade da Justiça de Deus, não mais se queixam, mas se põem a adorá-lo.


Este é um dos verdadeiros sentidos dessa parábola, que encerra, como todas as que Jesus dirigiu ao povo, as linhas do futuro, e também, através de suas formas e imagens, a revelação dessa magnífica unidade que harmoniza todas as coisas no universo, dessa solidariedade que liga todos os seres atuais ao passado e ao futuro.



TEXTOS DE APOIO



O ESPÍRITA

“Assim, os últimos serão primeiros e os primeiros serão últimos, porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.”- JESUS - MATEUS, 20: 16.

“Bons espíritas, meus bem-amados, sais todos obreiros da última hora,” - Cap. 20, 2.

O espírita, na prática da Doutrina Espírita, faz-se realmente conhecido, através de características essenciais.
Rende constante preito de amor a Deus, começando na consciência.
Considera a Humanidade por sua própria família.
Respeita no corpo de carne um santuário vivo que lhe cabe sublimar.
Abraça o trabalho construtivo, seja qual seja a posição em que se encontre.
Abstém-se formalmente do profissionalismo religioso.
Sabe-se um espírito em evolução e, por isso, não exige nos outros qualidades perfeitas que ainda não possui.
Aceita sem revolta dificuldades e provações por não desconhecer que os princípios da reencarnação situam cada pessoa no lugar que traçou a si mesma, ante os resultados das próprias obras.
Empenha-se no aprimoramento individual, na certeza de que tudo melhora em torno, a medida que busca melhorar-se.
Estima no dever irrepreensivelmente cumprido, seja no lar ou na profissão, na vida particular ou na atividade pública o alicerce da pregação de sua própria fé.
Exalta o bem, procurando a vitória do bem, com esquecimento de todo mal.
Foge da crítica pessoal, à face da caridade que lhe rege o caminho, mas não recusa o exame honesto e imparcial desse ou daquele problema que interesse o equilíbrio e a segurança da comunidade em que vive.
Exerce a tolerância fraterna, corrigindo o erro sem ferir, como quem separa o enfermo da enfermidade.
Estuda sempre.
Ama sem escravizar e sem escravizar-se.
Não tem a presunção de saber e fazer tudo, mas realiza, com espontaneidade e alegria o trabalho que lhe compete.
Age sem paixões partidárias, em assuntos políticos, embora esteja atento aos deveres de cidadão que o quadro social lhe preceitua.
Usa as posses do mundo em favor da prosperidade e do bem e o os.
Evita os excessos.
Simplifica, quanto possível, a própria existência.
Acata os preconceitos dos outros, conquanto não se sinta obrigado a cultivar preconceito algum.
Definindo-se o espírita na condição de aprendiz infatigável do progresso, será justo lembrar aqui a conceituação de Allan.
Kardec, no item sete do capítulo primeiro de “0 Evangelho, Segundo o Espiritismo”: Assim como o Cristo disse “não vim destruir a lei, porém, cumpri-la”, o Espiritismo também diz - “não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução.”

Emmanuel - do livro:  O Livro da Esperança" - Psicografado por Francisco Cândido Xavier



DEFEITOS E DESCULPAS
Chico Xavier

Os antecedentes da mensagem ora estudada são relatados pelo médium Francisco Cândido Xavier em carta que nos enviou. Vejamo-los:
“Visitavam-nos amigos diversos que solicitavam francamente alguma opinião do Mundo Espiritual sobre as tarefas a que vêm sendo convocados na Seara Espírita. E perguntas como estas, foram repetidas por vários deles:
– Sei que não presto, como vou trabalhar na causa do Bem? – Quem sou eu para poder ajudar, se conheço os meus defeitos? – Que fazer com as imperfeições que carrego, se for servir à mediunidade? – Como aceitar encargos espíritas, se conheço as falhas que trago?
Nesse ambiente, falávamos da grandeza espiritual da nossa doutrina de amor e luz que nos concede a todos trabalho e bênção, quando a reunião começou. Aberto ao acaso O Evangelho Segundo o Espiritismo, a lição que caiu foi a do capítulo XX, item 2, que se refere aos trabalhadores da
Ultima hora. Ao término da reunião o nosso Emmanuel escreveu a página que lhe envio.”
 Do livro Na Era do Espírito. Psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires. Espíritos Diversos



CHAMADOS A SERVIR
Emmanuel

"Chamados para servir, quantos de nós temos alegado, até agora, insuficiência, falha, defeito ou incapacidade, tentando justificar a própria omissão?
Curioso pensar, porém, que o Evangelho do Senhor não nos convida para exercer o ministério dos anjos e sim nos solicita engajamento para desempenhar o papel de servidores. Neste sentido importa recordar os elementos imperfeitos da própria Terra, convocados para a organização sócio-planetária conquanto as deficiências com que se caracterizam.
Enumeremos alguns.
A pedra é agressiva e capaz de ferir, mas suportando corte e ajustamento é a base da moradia e da estrada nobre em que os homens edificam intercâmbio e segurança.
O solo em si é matéria primitiva concentrada, todavia, em se deixando tratar convenientemente, é celeiro de produção intensiva.
Certos fios metálicos atirados ao léu são resíduos para a sucata, no entanto, se ligados ao serviço elétrico fazem-se de imediato condutores de luz e força.
Os bichos-da-seda não são agradáveis ao olhar, mas se atendem aos programas de trabalho do sericicultor dão origem a tecidos valiosos.
O ouro é a garantia simbólica das riquezas de cúpula da organização social, entretanto, o esterco é o agente que assegura a vitalidade e o perfume das rosas.
Chamados para servir! - eis a indicação do Mais Alto no rumo de quantos amadurecem nas experiências do mundo, buscando a compreensão do Bem.
Se escutaste semelhante convite, não alegues inutilidade ou imperfeição para cobrir a própria fuga.
O Senhor nos concede claramente a condição de Espíritos ainda incompletos, mas se nos dispusermos a lhe ouvir a palavra, disciplinando-nos para o valor da utilidade, estaremos logo no clima do progresso em plenitude, de melhoria e de elevação."
 Do livro Na Era do Espírito. Psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires. Espíritos Diversos


RUMO A ANGELITUDE
Irmão Saulo

Nos termos da Doutrina Espírita, do demônio nasce o homem e do homem nasce o anjo.  Estamos todos no rumo da angelitude.  Nossa humanidade (nossa natureza humana) caracteriza-se pela imperfeição, pelo predomínio dos instintos, pelos resíduos da animalidade ainda atuantes em nossa constituição psicossomática.  Mas esses resíduos vão sendo eliminados na lapidação das vidas sucessivas.  E como somos conscientes do processo de lapidação a que estamos sujeitos, podemos e devemos ajudar esse processo.
 Basta um olhar atento ao nosso redor para verificarmos a realidade dessa concepção.  As criaturas humanas estão dispostas numa escala progressiva que vai do bandido ao santo.  O malfeitor de hoje será o cidadão honesto do futuro.  E este, por sua vez, será o santo de amanhã, dependendo esse amanhã, em grande parte, do esforço evolutivo do interessado.  Porque o ser consciente apressa ou retarda a sua própria evolução.
 O chamado para o serviço do bem é a oportunidade que Deus oferece à criatura imperfeita para acelerar a sua caminhada rumo à perfeição. Quem não aproveita a oportunidade divina, apegando-se por comodismo ou displicência aos seus defeitos, desculpando-se com as imperfeições naturais que ainda carrega, furta-se ao cumprimento do dever espiritual.  Mas as leis da evolução não o deixarão parado por muito tempo.  Por isso ensinou Jesus: "Quem se apegar à sua vida perdê-la-á, mas quem a perder por amor a mim salvá-la-á".
 O comodista será sacudido e alijado do seu comodismo, mais hoje, mais amanhã, pela vergasta da dor. O sofrimento é tão grande na Terra porque maior é o comodismo dos homens.  A seara continua imensa e os trabalhadores ainda são tão poucos! Não somos anjos para ser perfeitos e puros, mas trazemos em nós as potencialidades da angelitude.  Se não acelerarmos a nossa lapidação pelo serviço, o lapidário oculto - e que está oculto em nós mesmos - agirá como convém para completar a sua obra.
Do livro Na Era do Espírito. Psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires. Espíritos Diversos




ESCALA DO TEMPO

 E - Cap. XX - Item 2
Não te atribules. Entendimento espiritual pede paz à alma.
Ninguém usufrui duas situações ao mesmo tempo. Seja na alegria ou na provação, o homem desfruta a existência vivendo hora após hora, minuto por minuto.
O tempo é imperturbavelmente dosado. Concessão igual a todos. Em nada auxilia a aflição pelo que virá: no cerne do sentimento não há duas crises simultâneas. Para coisa alguma serve chorar pelo que aconteceu: não podemos retomar oportunidade perdida. O passado ensina e o futuro promete em função do presente.
Ninguém confunda precipitação com diligência. Precipitação é pressa irrefletida. Diligência é zelo prestimoso. Não vale acelerar imprudentemente a execução disso ou daquilo: toda realização digna é obtida a pouco e pouco.
Por outro lado, igualmente não será licito amolentarmo-nos. Importa combater negligência com atividade sobrepor coragem ao desalento.
A pior circunstância traz consigo instruções preciosas tanto quanto o fruto mais corrompido carrega sementes de subido valor. Cabe-nos descobri-las e utilizá-las.
O melhor não se efetua em marcha atordoada. A própria natureza nos oferece o pensar. Planta alguma é favorecida com primavera de dupla duração. O golpe de vento que fustiga o capim é o mesmo que estorcega o jequitibá.
As grandes edificações são erguidas em serviço regular e uniforme, com intervalos de sono reparador que refaçam as forças na mente e pausas de lazer que restaurem as energias do coração.
Toda idéia benéfica roga meditação para engrandecer. Todo temperamento é suscetível de ser dominado dentro das regras que nos orientam a educação.
Reflitamos na justiça das horas. Tempo é valor divino na experiência humana. Cada consciência plasma com ele o próprio destino.
O tempo que o Cristo despendeu na elevação era perfeitamente igual ao tempo que Barrabás gastou na criminalidade. A única diferença entre eles é que Jesus empregou o tempo engrandecendo o bem, e Barrabás usou o tempo gerando o mal. Entre a luz de um e sombra do ouro, o proveito do tempo se gradua por escala infinita. Melhorar-nos ou agravar-nos dentre dela é escolha nossa.
De Opinião Espírita, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz



TEMPO HOJE

Andai enquanto tendes luz. JESUS JOÃO, 12: 35.

“Chamado a prestar contas do seu mandato terreno, o Espírito se apercebe da continuidade da tarefa interrompida, mas sempre do retomada. Ele vê, sente que apanhou de passagem, o pensamento dos que o precederam. Entra de novo na liça, amadurecido pela experiência, para avançar mais.”  cap. 20, 3.

Hoje é o tema fundamental nas proposições do tempo.
Ontem, retaguarda. Amanhã, porvir.
Hoje, no entanto, é a oportunidade adequada a corrigir falhas havidas e executar o serviço à frente...
Dia de começar experiências que nos melhorem ou reajustem; de consultar essa ou aquela página edificante que nos iluminem a rota; de escrever a mensagem -ao coração amigo que nos aguarda a palavra a fim de reconfortar-se ou assumir uma decisão; de promover o encontro que nos valorize as esperanças; de estender as mãos aos que se nos fizeram adversários ou de orar por eles se a consciência não nos permite ainda a reaproximação! ...
Quantas mágoas se converteram em crimes por não havermos dado um minuto de amor para extinguir o braseiro do ódio.
Quantos pequeninos ressentimentos se transfiguraram em separações seculares, nos domínios da reencarnação por não termos tido coragem de exercer a humildade por meia hora! Analisa a planta que se elevou nos poucos dias em que estiveste ausente, reflete no prato que se corrompeu durante os momentos breves em que te distanciaste da mesa!...
Tudo se transforma no tempo.
No trecho de instantes, deslocam-se mundos, proliferam micróbios.
O tempo, como a luz solar, é concedido a nós todos em parcelas iguais; as obras é que diferem, dentro dele por partirem de nós.
Observa o tempo que se chama hoje.
Relaciona os recursos de que dispões: olhos que vêem, ouvidos que escutam, verbo claro, braços e pernas úteis sob controle do cérebro livre! ...
Ninguém te impede fazer do tempo consolação e tranqüilidade, exemplo digno e conhecimento superior.
O próprio Jesus atribuía tamanha importância ao tempo que não se esqueceu de glorificar a última hora dos seareiros da verdade que se decidem a trabalhar.
Aproveita o dia corrente e faze algo melhor.
Hoje consegues agir e pensar, comandar e seguir, sem obstáculos.
Vale-te, assim, do momento que passa e toma a iniciativa do bem, porque o tempo é concessão do Senhor e amanhã a bondade do Senhor poderá modificar-te o caminho ou renovar- te os programas,

Emmanuel do livro:  O Livro da Esperança - Psicografado por Francisco Cândido Xavier





O MENSAGEIRO DO AMOR

Falava-se na reunião, com respeito à preponderância dos sábios na Terra, quando Jesus tomou a palavra e contou, sereno e simples: — Há muitos anos, quando o mundo perigava em calamitosa crise de ignorância e perversidade, o Poderoso pai enviou-lhe um mensageiro da ciência, com a missão de entregar-lhe gloriosa mensagem de vida eterna.
 Tomando forma, nos círculos da carne, o esclarecido obreiro fez-se professor e, sumamente interessado em letras, apaixonou-se exclusivamente pelas obras da inteligência, afastando-se, enojado, da multidão inconsciente e declarando que vivia numa vanguarda luminosa, inacessível à compreensão das pessoas comuns.
 Observando-o incapaz de atender aos compromissos assumidos, o Senhor Compassivo providenciou a viagem de outro portador da ciência que, decorrido algum tempo, se transformou em médico admirado.
 O novo arauto da Providência refugiou-se numa sala de ervas e beberagens, interessandose tão somente pelo contacto com enfermos importantes, habilitados à concessão de grandes recompensas, afirmando que a plebe era demasiado mesquinha para cativar-lhe a atenção.
 O Todo-Bondoso determinou, então, a vinda de outro emissário da ciência, que se converteu em guerreiro célebre.
 Usou a espada do cálculo com mestria, pôs-se à ilharga de homens astuciosos e vingativos e, afastando-se dos humildes e dos pobres, afirmava que a única finalidade do povo era a de salientar a glória dos dominadores sanguinolentos.
 Contristado com tanto insucesso, o Senhor Supremo expediu outro missionário da ciência, que, em breve, se fez primoroso artista.
 Isolou-se nos salões ricos e fartos, compondo música que embriagasse de prazer o coração dos homens provisoriamente felizes e afiançou que o populacho não lhe seduzia a sensibilidade que ele mesmo acreditava excessivamente avançada para o seu tempo.
 Foi, então, que o Excelso Pai, preocupado com tantas negações, ordenou a vinda de um mensageiro de amor aos homens.
 Esse outro enviado enxergou todos os quadros da Terra, com imensa piedade.
 Compadeceu- se do professor, do médico, do guerreiro e do artista, tanto quanto se comoveu ante a desventura e a selvageria da multidão e, decidido a trabalhar em nome de Deus, transformouse no servo diligente de todos.
 Passou a agir em benefício geral e, identificado com o povo a que viera servir, sabia desculpar infinitamente e repetir mil vezes o mesmo esforço ou a mesma lição.
 Se era humilhado ou perseguido, buscava compreender na ofensa um desafio benéfico à sua capacidade de desdobrar-se na ação regeneradora, para testemunhar reconhecimento à confiança do Pai que o enviara.
 Por amar sem reservas os seus irmãos de luta, em muitas situações foi compelido a orar e pedir o socorro do Céu, perante as garras da calúnia e do sarcasmo; entretanto, entendia, nas mais baixas manifestações da natureza humana, dobrados motivos para consagrar-se, com mais calor, à melhoria dos companheiros animalizados, que ainda desconheciam a grandeza e a sublimidade do Pai Benevolente que lhes dera o ser.
 Foi assim, fazendo-se o último de todos, que conseguiu acender a luz da fé renovadora e da bondade pura no coração das criaturas terrestres, elevando-as a mais alto nível, com plena vitória na divina missão de que fora investido.
 Houve ligeira pausa na palavra doce do Messias e, ante a quietude que se fizera espontânea no ruidoso ambiente de minutos antes, concluiu ele, com expressivo acento na voz: — Cultura e santificação representam forças inseparáveis da glória espiritual.
 A sabedoria e o amor são as duas asas dos anjos que alcançaram o Trono Divino, mas, em toda parte, quem ama segue à frente daquele que simplesmente sabe.

Neio Lúcio - Do Livro Jesus no Lar  - Francisco C. Xavier











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O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES
LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

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