APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

E.S.E. CAPÍTULO XIV - ITEM 1 A 4 - HONRA A TEU PAI E A TUA MÃE - PIEDADE FILIAL



1 – Sabes os mandamentos: não cometas adultérios; não mates; não furtes; não digas falso testemunho; não cometais fraudes; honra a teu pai e a tua mãe (Marcos, X: 19; Lucas, XVIII: 20; Mateus, XIX: 19).

2 – Honra a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a Terra que o Senhor teu Deus te há de dar. (Decálogo, Êxodo, XX: 12)


PIEDADE FILIAL

3 – O mandamento: “Honra a teu pai e a tua mãe”, é uma conseqüência da lei geral da caridade e do amor ao próximo, porque não se pode amar ao próximo sem amar aos pais; mas o imperativo honra implica um dever a mais para com eles: o da piedade filial. Deus quis demonstrar, assim, que o amor é necessário juntar o respeito, a estima, a obediência e a condescendência, o que implica a obrigação de cumprir para com eles, de maneira mais rigorosa, tudo o que a caridade determina em relação ao próximo. Esse dever se estende naturalmente às pessoas que se encontram no lugar dos pais, e cujo mérito é tanto maior, quanto o devotamento é para elas menos obrigatório. Deus pune sempre de maneira rigorosa toda violação desse mandamento.
Honrar ao pai e à mãe não é somente respeitá-los, mas também assisti-los nas suas necessidades; proporcionando-lhes o repouso na velhice; cercá-los de solicitude, como eles fizeram por nós na infância.
É sobretudo para com os pais sem recursos que se demonstra a verdadeira piedade filial. Satisfariam a esse mandamento os que julgam fazer muito, aos lhes darem o estritamente necessário para que não morram de fome, enquanto eles mesmos de nada se privam? Relegando-os aos piores cômodos da casa, apenas para não deixá-los na rua, e reservando para si mesmos os melhores aposentos, os mais confortáveis? E ainda bem quando tudo isso não é feito de má vontade, sendo os pais obrigados a pagar o que lhes resta da vida com a carga dos serviços domésticos! É então justo que pais velhos e fracos tenham de servir a filhos jovens e fortes? A mãe lhe teria cobrado o leite, quando ainda estavam no berço? Teria, por acaso, contado as suas noites de vigília, quando eles ficavam doentes, os seus passos para proporcionar-lhes o cuidado necessário? Não, não é só o estritamente necessário que os filhos devem aos pais pobres, mas também, tanto quanto puderem, as pequenas alegrias do supérfluo, as amabilidades, os cuidados carinhosos, que são apenas os juros do que receberam, o pagamento de uma dívida sagrada. Essa, somente, é a piedade filial aceita por Deus.
Infeliz, portanto, aquele que se esquece da sua dívida para os que o sustentaram na infância, os que, com a vida material, lhe deram também a vida moral, que frequentemente se impuseram duras privações para lhe assegurar o bem-estar! Ai do ingrato, porque ele será punido pela ingratidão e o abandono; será ferido nas suas mais caras afeições, às vezes desde a vida presente, mas de maneira certa noutra existência, em que terás de sofrer o que fez os outros sofrerem!
Certos pais, é verdade, descuidam dos seus deveres, e não são para os filhos o que deviam ser. Mas é a Deus que compete puni-los, e não aos filhos. Não cabe a estes censurá-los, pois que talvez eles mesmos fizeram por merecê-los assim. Se a caridade estabelece como lei que devemos pagar o mal com o bem, ser indulgentes para as imperfeições alheias, não maldizer do próximo, esquecer e perdoar as ofensas, e amar até mesmo os inimigos, quanto essa obrigação se faz ainda maior em relação aos pais! Os filhos, devem, por isso mesmo, tomar como regra de conduta para com os pais todos os preceitos de Jesus referentes ao próximo, e lembrar que todo procedimento condenável em relação aos estranhos, mais condenável se torna para com os pais. Devem lembrar que aquilo que no primeiro caso seria apenas uma falta, pode tornar-se um crime no segundo, porque, neste, à falta de caridade se junta à ingratidão.

4 – Deus disse: “Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a Terra que o Senhor teu Deus te há de dar”. Mas por que promete como recompensa a vida terrena e não a celeste? A explicação se encontra nestas palavras: “Que Deus vos dará”, suprimidas na forma moderna do decálogo, o que lhe desfigura o sentido. Para compreendermos essas palavras, temos de nos reportar à situação e às idéias dos hebreus, na época em que elas foram pronunciadas. Eles ainda não compreendiam a vida futura. Sua visão não se estendia além dos limites da vida física. Por isso, deviam ser mais fortemente tocados pelas coisas que viam, do que pelas invisíveis. Eis o motivo porque Deus lhes fala numa linguagem ao seu alcance, e, como as crianças, lhes apresentam como perspectiva aquilo que poderia satisfazê-los. Eles estavam então no deserto. A Terra que Deus lhes dará é a Terra da Promissão, alvo de suas aspirações. Nada mais desejavam e Deus lhes diz que viverão nela por longo tempo, o que significa que a possuirão por longo tempo, se observarem os seus mandamentos.

Mas, ao advento de Jesus, suas idéias estavam mais desenvolvidas. Tendo chegado o momento de lhes ser dado um alimento menos grosseiro, Jesus os inicia na vida espiritual, ao dizer: “Meu Reino não é deste mundo; é nele, e não sobre a Terra, que recebereis a recompensa das vossas boas obras”. Com estas palavras, a Terra da Promissão material se transforma numa pátria celeste. Da mesma maneira, quando lhes recorda a necessidade de observação do mandamento: “Honra a teu pai e a tua mãe”, já não é mais a Terra que lhes promete, mas o céu. (Caps. II e III).




O LIVRO DOS ESPÍRITOS – QUESTÃO 685

Tem o homem o direito de repousar na velhice?
“Sim, que a nada é obrigado, senão de acordo com as suas forças.”

a) Então, que há de fazer o velho que precisa trabalhar para viver e não pode?
“O forte deve trabalhar para o fraco. Não tendo este, família, a sociedade deve fazer as vezes desta. É a lei de caridade.”
Não basta se diga ao homem que lhe corre o dever de trabalhar. É preciso que aquele que tem de prover à sua existência por meio do trabalho encontre em que se ocupar, o que nem sempre acontece. Quando se generaliza, a suspensão do trabalho assume as proporções de um flagelo, qual a miséria. A ciência econômica procura remédio para isso no equilíbrio entre a produção e o consumo. Esse equilíbrio, porém, dado seja possível estabelecer-se, sofrerá sempre intermitências, durante as quais não deixa o trabalhador de ter que viver. Há um elemento, que se não costuma fazer pesar na balança e sem o qual a ciência econômica não passa de simples teoria. Esse elemento é a educação, não a educação intelectual, mas a educação moral. Não nos referimos, porém, à educação moral pelos livros e sim à que consiste na arte de formar os caracteres, à que incute hábitos, porquanto a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos.

Considerando-se a aluvião de indivíduos que todos os dias são lançados na torrente da população, sem princípios, sem freio e entregues a seus próprios instintos, serão de espantar as consequências desastrosas que daí decorrem? Quando essa arte for conhecida, compreendida e praticada, o homem terá no mundo hábitos de ordem e de previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo o que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar menos penosamente os maus dias inevitáveis. A desordem e a imprevidência são duas chagas que só uma educação bem entendida pode curar. Esse o ponto de partida, o elemento real do bem-estar, o penhor da segurança de todos.




TEXTOS DE APOIO 



MATERNIDADE

Vemos em cada manifestação da Vida determinada meta de desenvolvimento, qual anseio do próprio Deus a concretizar-se.
Na Criação, o clímax da grandeza.
Na caridade, o vértice da virtude.
Na paz, a culminância da luta.
No êxito, a exaltação do ideal.
Nos filhos, a essência do amor.
No lar, a glória da união.
De igual modo, a maternidade é a plenitude do coração feminino que norteia o progresso.
Concepção, gravidez, parto e devoção afetiva representam estações difíceis e belas de um ministério sempre divino.
Láurea celeste na mulher de todas as condições, define o inderrogável recurso à existência humana, reclamando paciência e carinho, renúncia e entendimento.
Maternidade esperada.
Maternidade imprevista.
Maternidade aceita.
Maternidade hostilizada.
Maternidade socorrida.
Maternidade desamparada.
Misto de júbilo e sofrimento, missão e prova, maternidade, em qualquer parte, traduz intercâmbio de amor incomensurável, em que desponta, sublime e sempre novo, o ensejo de burilamento das almas na ascensão dos destinos.
Principais responsáveis por semelhante concessão da Bondade Infinita, as mães guardam a chave de controle do mundo.
Mães de sábios...
Mães de idiotas...
Mães felizes...
Mães desditosas...
Mães jovens...
Mães experientes...
Mães sadias...
Mães enfermas...
Ao filtro do amor que lhes verte do seio, deve o Plano Terrestre o despovoamento dos círculos inferiores da Vida Espiritual, para que o Reino de Deus se erga entre as criaturas.
Mães da Terra!
Mães anônimas!
Sois vasos eleitos para a luz da reencarnação!
Por maiores se façam os suplícios impostos à vossa frente, não recuseis vosso augusto dever, nem susteis o hálito do filhinho nascente - esperança do Céu a repontar-vos do peito!...
Não surge o berço em vosso coração por acaso.
Mantende-vos, assim, vigilantes e abnegadas, na certeza de que se muitas vezes cipoais e espinheiros são vossa herança transitória entre os homens, todas vós sereis amparadas e sustentadas pela Bênção do Amor Eterno, sempre que marchardes fiéis à Excelsa Paternidade da Providência Divina.

André Luiz - do Livro O Espírito da Verdade – Francisco Candido Xavier




PAZ EM CASA

...e em qualquer casa onde entrardes, dizei antes: “paz seja nesta casa”- Jesus

Compras na terra o pão e a vestimenta, o calçado e o remédio, menos a paz.
Dar-te-á o dinheiro residência e conforto, com exceção da tranqüilidade de espírito.
Eis porque nos recomenda Jesus venhamos a dizer, antes de tudo, ao entramos numa casa: "paz seja nesta casa".
A lição exprime vigoroso apelo à tolerância e ao entendimento.
No limiar do ninho doméstico, unge-te de compreensão e de paciência, a fim de que não penetres o clima dos teus, à feição de inimigo familiar.
Se alguém está fora do caminho desejável ou se te desgostam arranjos caseiros, mobiliza a bondade e a cooperação para que o mal se reduza.
Se problemas te preocupam ou apontamentos te humilham, cala os próprios aborrecimentos, limitando as inquietações.
Recebe a refeição por bênção divina.
Usa portas e janelas, sem estrondos brutais.
Não movas objetos, de arranco.
Foge à gritaria inconveniente.
Atende ao culto da gentileza.
Há quem diga que o lar é ponto do desabafo, o lugar em que a pessoa se desoprime. Reconhecemos que sim; entretanto, isso não é razão para que ele se torne em praça onde a criatura se animalize.
Pacifiquemos nossa área individual para que a área dos outros se pacifique.
Todos anelamos a paz do mundo; no entanto, é imperioso não esquecer que a paz do mundo parte de nós.

Emmanuel - Livro Palavras de vida eterna. Psicografia de Francisco Cândido Xavier





CREDORES NO LAR

 “Honrai vosso pai e vossa mãe... ”-Jesus-Mateus,19:19 “

Honrar a seu pai e sua mãe não consiste apenas em respeitá-los; é também assisti- los;na necessidade; é proporcionar-lhe repouso na velhice; é cercá-los de cuidados como eles fizeram conosco na infância. ” – cap.14,3.

No devotamento, dos pais, todos os filhos são jóias de luz, entretanto, para que compreendas certos antagonismos que te afligem no lar, é preciso saibas que,entre os filhos-companheiros, que te apóiam a alma, surgem os filhos credores, alcançando- te a vida, por instrutores de feição diferente.
Subtraindo-te aos choques de caráter negativo, no reencontro, preceitua a eterna bondade da Justiça Divina que a reencarnação funcione, reconduzindo-os à tua presença, através do berço.
É por isso que, a principio, não ombreiam contigo, em casa, como de igual para igual, porquanto reaparecem humildes e pequeninos.
Chegam frágeis e emudecidos, para que lhes ensines a palavra de apaziguamento e brandura.
Não te rogam a liquidação de débitos na intimidade do gabinete, e sim procuram-te o colo para nova fase de entendimento.
Respiram-te o hálito e escoram-se em tuas mãos, instalando-se em teus passos, para a transfiguração do próprio destino. Embora desarmados, controlam-te os sentimentos. Não obstante dependerem de ti, alteram-te as decisões com simples olhar.
De doces inspiradores do carinho, passam, com o tempo, à condição de examinadores constantes de tua estrada.
Governam-te impulsos, fiscalizam-te os gestos, observam-te as companhias e exigem-te as horas.
Aprendem novamente na escola do mundo com o teu amparo, todavia, à medida que se desenvolvem no conhecimento superior, transformam-se em inspetores intransigentes do teu grau de instrução.
Muitas vezes choras e sofres, tentando adivinhar-lhes os pensamentos para que te percebam os testemunhos de amor.
Calas os próprios sonhos, para que os sonhos deles se realizem.
Apagas-te, a pouco a pouco, para que fuljam em teu lugar.
Recebes todas as dores que te impõem à alma, com sorrisos nos lábios, conquanto te amarfanhem o coração.
E nunca possuis o bastante para abrilhantar-lhes a existência, de vez que tudo lhes dás de ti mesmo, sem faturas de serviço e sem notas de pagamento.
Quando te vejas, diante de filhos crescidos lúcidos, erguidos à condição de dolorosos problemas do espírito, recorda que são eles credores do passado a te pedirem o resgate de velhas contas.
Busca auxiliá-los e sustentá-los com abnegação e ternura, ainda que isso te custe todos os sacrifícios, porque, no justo instante em que a consciência te afirme tudo haveres efetuado para enriquecê-los de educação e trabalho, dignidade e alegria, terás conquistado em silêncio, o luminoso certificado de tua própria libertação.

Emmanuel - Extraído do livro:  O Livro da Esperança - Psicografado por Francisco Cândido Xavier




PRECE DOS FILHOS

Cap. XIV - Item 2 - ESE

Senhor, que criastes as leis que nos regem e o mundo que nos acolhe; que nos destes a glória solar por luz de vossa onipresença e o manto estrelado que resplende nos céus por divina promessa de que a vossa misericórdia fundirá, em láurea fulgurante de redenção, as trevas dos nossos erros; que sois a justiça nos justos, a santidade nos santos, a sabedoria nos sábios, a pureza nos puros, a humildade nos humildes, a bondade nos bons, a virtude nos virtuosos, a vitória nos triunfadores do bem e a fidelidade nas almas fiéis, derramai a benção de vossa compaixão sobre nós, a fim de que venhamos, ainda mesmo por relampagueante minuto, a esquecer os horizontes anuviados da Terra.

Em que se acumulam as vibrações letíferas de nossas malquerenças e o fumo empestado de nossos desesperos, convertidos na miséria e no ódio que se voltam, constantes, contra nós, da caliça do tempo !...
Fazei, Senhor, que se nos dobrem as cervizes sobre os campos do Planeta que semeastes de fontes e embalsamastes de perfumes, que engrinaldastes de flores e loirejastes de frutos, e se nos acomode o pensamento na oração, olvidando, por um momento só, a lei de Caim, a que temos atrelado o carro dos nossos falsos princípios de soberania e de força, ensangüentando searas e templos, lares e escolas, e assassinando mulheres e crianças, a invocarmos a chacina e a violência por suposto direito das nações !... E permiti, ó Deus da liberalidade infinita, que irmanados no santuário doméstico possamos dealvando o futuro, louvar-nos o nome inefável, reconhecidos e reverentes, por haverdes concedido às nossas deserções e às nossas calamidades a coroa de heroísmo e o tesouro de amor que brilham em nossas Mães.

Ruy - Do livro O Espírito da Verdade. Psicografia de Francisco Candido Xavier e Waldo Vieira.




TERNURA

Mãezinha querida
Lembro-me e ti quando acordei para recordar
Debruçada no meu berço, cantavas baixinho e derramavas no meu rosto pequeninas gotas de luz, que mais tarde, vim a saber serem lágrimas
Conchegaste-me no colo, como se me transportasses a brandos ninhos, desde então nunca mais me deixaste.
Quando os outros iam á festa, velavas comigo, ensinando-me a pronunciar o bendito nome de Deus...
Noutras ocasiões, trabalhavas de agulhas nos dedos, contando histórias de bondade e alegria para que eu dormisse sonhando...
Se eu fugia, quebrando o pente, ou se voltava da escola com a roupa em frangalhos, enquanto muita gente falava em castigos, afagavas minhas mãos entre as tuas ou beijavas os meus cabelos em desalinho.
Depois cresci, vendo-te ao meu lado, à feição de um anjo entre quatro paredes...
Cresci para o mundo, mas nunca deixei de ser, em teus braços, a criança pela qual entregaste a vida.
E, até agora, dia a dia, esperas, paciente e doce, o momento em que me volto para teus olhos, sorrindo pra mim e abençoando-me sempre, ainda mesmo quando os meus problemas te retalhem o peito por lâminas de aflição! ...
Hoje ouvi a música dos milhões de vozes que te engrandecem...
Quis apanhar as constelações do Céu e mistura-las ao perfume das flores que desabrocham no chão, para tecer-te uma coroa de reconhecimento e carinho, mas, como não pudesse, venho trazer-te as pétalas de amor que colhi em minh’alma.
Recebe-as Mãezinha!... Não são pérolas, nem brilhantes da Terra...
São as lágrimas de ternura que Deus me deu para que te oferte o meu coração, transformado num poema de estrelas.
MEIMEI - Extraído do livro: O Espírito de Verdade psicografia de Francisco Cândido Xavier



RESPEITO AOS PAIS
Francisco Cândido Xavier
       
A mensagem de Maria Dolores – homenagem às Mães – foi recebida em nossa reunião pública, após a leitura do item 3 do capítulo XIV de O Evangelho Segundo o Espiritismo. O tema se refere ao respeito que devemos aos nossos pais na Terra.
Nota – O Dia das Mães encontra grande ressonância no plano espiritual.
Os espíritos esclarecidos sentem a necessidade de ativar os sentimentos filiais na Terra, mormente nesta fase de transição em que os valores morais estão sendo submetidos ao impacto das mudanças de costumes e portanto do estilo tradicional de vida. É necessário preservar os valores reais que não se fundam apenas em formalidades sociais, mas também e principalmente nos deveres espirituais da criatura humana. Maria Dolores é um dos espíritos que, através de Chico Xavier, mais se dedicam a essa campanha de preservação.
 Do livro Astronautas do Além de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires - Espíritos diversos


OUÇA, MÃEZINHA!
Maria Dolores         

Quero lembrar, Mamãe, a vida de criança quando você me punha de mãos postas e ensinava-me a oração:
– “Pai nosso, que estais no Céu, santificado seja o vosso nome...”
Depois da prece, ao desunir-me as mãos, voce me esclarecia:
– “Todos somos irmãos, a lei de Deus ê praticar o bem, perdoar e servir sem perguntar a quem”.
No entanto, logo após, se alguém me molestava, você perdia o rosto amigo e protestava incontinenti:
– “Quem ferir a você há de se haver comigo!”
Se me entregava à rebeldia, quebrando o prato ou rasgando a lição, você me recolhia junto ao peito, e se os vizinhos nos aconselhavam a fugir da superproteção,  você justificava com seu jeito:
– “Ninguém nasce perfeito, eu só sei que sou mãe...”
Se parentes e amigos me acusavam pelos erros que fiz, você me defendia revoltada, mostrando-se infeliz...
E depois, a fitar-me enternecidamente, você falava assim:
– “Não creia nas intrigas dessa gente que nada vale para mim.
Tenho em você um anjo que não erra, que apareceu na Terra para grande missão...
Será você em nossa casa o nosso apoio e a nossa salvação!”
Eu tudo ouvia num deslumbramento...
Depois, Mamãe, o tempo, igual ao vento, veio e varreu as suas profecias.
 Quando cresci, cheguei a acreditar que você fosse egoísta e antiquada, de ânimo violento.
E, acalentando estranhas fantasias,
Troquei o nosso lar por estradas sombrias...
Tudo o que então sofri não sei contar.
Muitas vezes chorei meditando em você, triste sozinha, nas aflições e magoas que lhe dei, a humilhar-se e lutar por culpa minha!
 Um dia regressei sobre os meus próprios passos.
Tive saudade de voce...
Você me abriu os braços...
Não quis saber o que eu fizera, nem como nem porque...
E ao relatar meus grandes infortúnios, vi pranto nos seus olhos. eu carinho enlaçou-me e você me falou, cariciosamente, no mesmo antigo e doce tom de voz:
– “Nunca perca a esperança, meu tesouro!
Deus terá novo rumo para nós”.
Hoje, passado tanto tempo, venho vê-la e beijá-la, Mãe querida!
Não preciso explicar que não fui anjo, nem gênio salvador.
Quero apenas dizer que o seu imenso amor fortaleceu-me a fé e iluminou-me a vida!
E se posso pedir algo de novo, embora não mereça, abrace-me e perdoe... perdoe e esqueça as lâminas e espinhos que lhe finquei no peito em forma de aflição.
E depois da oração que você me ensinava, diga, Mamãe, enquanto estamos sós:
– “Nunca perca a esperança, meu tesouro! Deus terá novo rumo para nós”.
 Do livro Astronautas do Além de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires - Espíritos diversos


A NOVA DIMENSÃO
Irmão Saulo

Acelera-se a evolução da Terra. Novos tempos abrem-se diante de nós. Da chamada Era Tecnológica passamos sem sentir para a Era Psicológica. Começamos a perceber, apesar dos óculos opacos do pragmatismo, que na verdade não vivemos no plano material, mas no espiritual. Acertam as Filosofias da Existência ao sustentarem a natureza subjetiva do ato de existir. O homem não é um ser biológico, mas psíquico. Vivemos de anseias, de aspirações, de sonhos, de idéias e sentimentos. A própria técnica, aplicada à Psicologia, revela cada vez mais a intensidade da nossa vida emocional que se sobrepõe à estrutura tecnológica e dirige a nossa mente em busca da verdade espiritual do homem.
Maria Dolores coloca esse problema na mensagem comemorativa do Dia das Mães. Tecnicamente procuramos conduzir a criatura humana através de esquemas psicológicos traçados sob a inspiração das máquinas. Queremos reajustar comportamentos e reorganizar a vida em termos cibernéticos. Procuramos dar ao homem a eficiência fria dos mecanismos que movimentam as máquinas. Mas o homem reage e cai na revolta da angústia, do desespero, da insubmissão aos esquemas rígidos. O amor desvirtuado, a ternura asfixiada, a liberdade descontrolada, explodem na revolta dos instintos animais que levam à enganosa fuga dos tóxicos e das ideologias fratricidas.
Cria-se uma nova terminologia. Escreve-se e fala-se levianamente sobre impulsos vitais, autenticidade, opressão familiar, superproteção e coisas semelhantes. Mas a força maior que impulsiona os seres e move os mundos no espaço fica no esquecimento. Poucos se lembram do poder do amor e são considerados como passadistas, marginais do progresso, inadaptados aos novos tempos. Maria Dolores volta a bater na tecla esquecida par@ mostrar que o verdadeiro amor transcende a todas as nossas ambições técnicas. A mãe super protetora pode errar nos seus excessos de vigilância mas erra menos do que os psicólogos de mentalidade cibernética.
O amor materno cobre a loucura dos homens e abre uma nova dimensão para a vida humana. É a dimensão do humano sobrepondo-se à dimensão do animal e da máquina. A palavra Mãe, tão pequenina, escapa às medidas técnicas dos psicólogos mecânicos. É um raio de luz que as peneiras metálicas não conseguem prender. A senha do futuro abrindo as portas da verdadeira vida. Vale mais um beijo de mãe de olhos fechados do que todas as técnicas modernas para corrigir e orientar os filhos.

Do livro Astronautas do Além de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires - Espíritos diversos




CÂNTICO DE LOUVOR

Quando a vida começava no mundo, os pássaros sofriam bastante.
Pousavam nas árvores e sabiam voar, mas como haviam de criar os filhotinhos? Isso era muito difícil.
Obrigados a deixar os ovos no chão, viam-se, quase sempre, perseguidos e humilhados.
A chuva resfriava-os e os grandes animais, pisando neles, quebravam-nos sem compaixão.
E as cobras? Essas rastejavam no solo, procurando-os para devorá-los, na presença dos próprios pais, aterrados e trêmulos.
Conta-se que, por isso, as aves se reuniram e rogaram ao Pai Celestial lhes desse o socorro necessário.
Deus ouviu-as e enviou-lhes um anjo que passou a orientá-las na construção do ninho.
Os pássaros não dispunham de mãos; entretanto, o mensageiro inspirou-os a usar os biquinhos e, mostrando-lhes os braços amigos das árvores, ensinou-os a transportar pequeninas migalhas da floresta, ajudando-os a tecer os ninhos no alto.
Os filhotinhos começaram a nascer sem aborrecimentos, e, quando as tempestades apareceram, houve segurança geral.
Reconhecendo que o Pai Celeste havia respondido às suas orações, as aves combinaram entre si cantar todos os dias, em louvor do Santo Nome de Deus.
Por essa razão, há passarinhos que se fazem ouvir pela manhã, outros durante o dia e outros, ainda, no transcurso da noite.
Quando encontrarmos uma ave cantando, lembremo-nos, pois, de que do seu coraçãozinho, coberto de penas, está saindo o eterno agradecimento que Deus está ouvindo nos céus.

 Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso. Ditado pelo Espírito Meimei.





A FAMA DE RICO

O coronel Manoel Rabelo, influente fazendeiro no Brasil Central, fora acometido de paralisia nas pernas.
Vivia no leito, rodeado pelos filhos atentos. Muito carinho. Assistência contínua.
No decurso da doença veio a conhecer a Doutrina Espírita, que lhe abriu novos horizontes à vida mental.
Pouco a pouco desprendia-se da ideia de posse.
Para que morrer com fama de rico?
Queria agora a paz, a bênção da paz.
Viúvo, dono de expressiva fortuna e prevendo a desencarnação próxima, chamou os quatro filhos adultos e repartiu entre eles os seus bens.
Terras, sítios, casas e animais, avaliados em seis milhões de cruzeiros, foram divididos escrupulosamente.
Com isso, porém, veio a reviravolta.
Donos de riqueza própria, os filhos se fizeram distantes e indiferentes.
Muito embora as rogativas paternas, as visitas eram raras e as atenções inexistentes.
Rabelo, muito triste e quase completamente abandonado, perguntava a si mesmo se não havia cometido precipitação ou imprudência.
Os filhos não eram espíritas e mostravam irresponsabilidade completa.
Nessa conjuntura, apareceu-lhe antigo e inesperado devedor. O Coronel Antônio Matias, seu amigo da mocidade, veio desobrigar-se de empréstimo vultuoso, que havia tomado sob palavra, e pagou-lhe dois milhões de cruzeiros em cédulas de contado.
Na presença de dois filhos, Rabelo colocou o dinheiro em cofre forte, ao pé da cama.
Sobreveio o imprevisto.
Os quatro filhos voltaram às antigas manifestações de ternura. Revezavam-se junto dele. Papas de aveia. Caldos de galinha. Frutas e vitaminas.
Mantinham os cobertores quentes e fiscalizavam a passagem do vento pelas janelas.
Raramente Rabelo ficava algumas horas sozinho.
E, assim, viveu ainda dois anos, desencarnando em grande serenidade.
Exposto o cadáver à visitação pública, fecharam-se os filhos no quarto do morto e, abrindo aflitamente o cofre, somente encontraram lá um bilhete escrito e assinado pela vigorosa letra paterna, entre as páginas de surrado exemplar de “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
O papel assim dizia:
 “Meus filhos, Deus abençoe vocês todos.
O dinheiro que me restava distribuí entre vários amigos para obras espíritas de caridade. Lego, porém, a vocês, o capítulo décimo quarto de “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
 E os quatro, extremamente desapontados, leram a legenda que se seguia:
 “Honrai a vosso pai e a vossa mãe. — Piedade filial.”

Livro: “Almas em Desfile” Psicografia: Francisco C. Xavier e Waldo Vieira Espírito: Hilário Silva



EM REVERÊNCIA
Ei-la cansada, com o peito ofegante e o andar em desalinho, que passa...
O tempo sulcou-lhe a face, apergaminhando-a, deixando em cada ruga um sofrimento, uma decepção, uma amargura.
Quem a vê não é capaz de avaliar as lutas que travou com estoicismo demorado.
Talvez tenha vendido o corpo para que o pão minguado não faltasse totalmente em casa, ou a gota de leite nutriente não fosse negado ao filho, que sustentou com abnegação e devotamento.
Possivelmente, quando percebeu a presença do gérmen da vida movimentando-se na intimidade do ventre e cantou a notícia aos ouvidos do amor que a fecundou, foi convidada a extirpá-lo e preferiu a rota da soledade, do abandono, ao infanticídio...
Quem sabe os demorados travos de amargura que lhe tisnaram os lábios e os silêncios que foram sufocados no coração, a fim de que, misturando as suas com as lágrimas do filho, não o deixasse sofrer em demasia?...
Há, sim, muitas mães que se transformaram em hienas desapiedadas. Outras se fizeram indiferentes ao sublime cometimento maternal, deixando os filhos a esmo. Muitas, incontáveis, fizeram-no vitimadas pela miséria, pela ignorância, pelo desespero... E são, no entanto, exceção.
Um sem número de jovens traídas no sonho de felicidade a que se deixaram arrastar, santificaram as horas mais tarde sustentando o filhinho nos braços como o mais precioso tesouro que jamais ambicionaram.
Desde a hora em que lhes sorriu o pedacinho daquela vida, parte da sua vida, elas se esqueceram de si mesmas e empenharam-se com sofreguidão a protegê-lo, acalentando, talvez, a ambição de receberem um amparo mais tarde para si mesmas, não obstante amparando em regime integral de proteção e defesa o filhinho que sustinham nos braços...
Há, também, os filhos ingratos, que se transformaram em abutres que sobrevoam o quase cadáver de quem lhes ofertou o vaso orgânico...
Também os há que se converteram em regaço de luz e em aroma de benignidade, em santa devoção, tentando retribuir...
Mães - estrelas da Vida, multiplicando vidas!
Filhos - gemas brutas a serem trabalhadas para as fulgurações estelares!
Muitos corpos não geraram outros corpos, no entanto fizeram-se mães da dedicação em nome do amor de Nosso Pai, sustentando essas vidas que não se estiolaram porque elas tomaram a si o ministério de socorrê-las e ampara-las.
São as mães da abnegação e do sofrimento...
Em singela manjedoura, um dia, uma mulher sublime fez-se Mãe Santíssima e depois de uma cruz de infâmia transformou-se na mãe-modelo de todas as mães, simultaneamente mãe de todos nós.
Quando as criaturas da Terra evocam para homenagear a própria genitora, Maria, a Santíssima, roga ao Filho Celeste que abençoe a Humanidade, especialmente as mães, no momento em que, ultrajada e sofrida, a maternidade é considerada punição e desgraça pelas mulheres e pelos homens que passam enlouquecidos na direção do desespero...
"Honrai a vosso pai e a vossa mãe". Lucas: capítulo 18º, versículo 20.
"Honrar a seu pai e a sua mãe não consiste apenas em respeitá-los; é também assisti-los na necessidade; é proporcionar-lhes repouso na velhice; é cercá-los de cuidados como eles fizeram conosco na infância". Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 14º - Item 3, parágrafo 2.
FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 44.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

PESQUISAR NESTE BLOG

O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES
LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

BLOGS RELACIONADOS