APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

E.S.E. CAPÍTULO XXV - ITEM 6 A 8 - OLHAI AS AVES DO CÉU




6 – Não queirais entesourar para vós tesouros na Terra, onde a ferrugem e a traça os consomem, e onde os ladrões os desenterram e roubam. Mas entesourai para vós tesouros no céu, onde não os consomem a ferrugem nem a traça, e onde os ladrões não o desenterram nem roubam. Porque onde está o tesouro, aí está também o teu coração.
Portanto vos digo: Não andeis cuidadosos da vossa vida, que comereis, nem para o vosso corpo, que vestireis. Não é mais a alma do que a comida, e o corpo mais do que o vestido? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem fazem provimentos nos celeiros; e, contudo, vosso Pai celestial as sustenta. Porventura não sois muito mais do que elas? E qual de vós, discorrendo, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E por que andais vós solícitos pelo vestido? Considerai como crescem os lírios do campo; eles não trabalham nem fiam; digo-vos mais, que nem Salomão, em toda a sua glória, se cobriu jamais como um destes. Pois se ao feno do campo, que hoje é e amanhã é lançado no forno. Deus veste assim, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Não vos aflijais, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos cobriremos? Porque os gentios é que se cansam por estas coisas. Porquanto vosso Pai sabe que tendes necessidade de todas elas. Buscai primeiramente o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas se vos acrescentarão. E assim não andeis inquietos pelo dia de amanhã. Porque o dia de amanhã a si mesmo trará seu cuidado; ao dia basta a sua própria aflição. (Mateus,  19-21, 25-34).

7 – Se tomássemos estas palavras ao pé da letra, elas seriam a negação de toda a previdência e de todo o trabalho, e conseqüentemente, de todo o progresso. Segundo esse princípio, o homem se reduziria a um expectador passivo. Suas forças físicas e intelectuais não seriam postas em atividade. Se essa tivesse sido a sua condição normal na Terra, ele jamais sairia do estado primitivo, e se adotasse agora esse princípio, não teria mais nada a fazer. É evidente que não poderia ter sido esse o pensamento de Jesus, porque estaria em contradição com o que ele já dissera em outras ocasiões, como no tocante às leis da natureza. Deus criou o homem sem roupas e sem casa, mas deu-lhe a inteligência para produzi-las.(Ver cap. XIV, nº 6 e cap. XXV, nº 2).
Não se pode ver nestas palavras, portanto, mais do que uma alegoria poética da Providência, que jamais abandona os que nela confiam, mas com a condição de que também se esforcem. É assim que, se nem sempre os socorre com ajuda material, inspira-lhes os meios de saírem por si mesmos de suas dificuldades. (Ver cap. XXVII, nº 8)
Deus conhece as nossas necessidades, e a elas provê, conforme for necessário. Mas o homem, insaciável nos seus desejos, nem sempre contenta-se com o que tem. O necessário não lhe basta, ele quer também o supérfluo. É então que a Providência o entrega a si mesmo. Freqüentemente ele se torna infeliz por sua própria culpa, e por não haver atendido as advertências da voz da consciência, e Deus o deixa sofrer as conseqüências, para que isso lhe sirva de lição no futuro. (Ver cap. V, nº 4).

8 – A Terra produz o suficiente para alimentar a todos os seus habitantes, quando os homens souberem administrar a sua produção, segundo as leis de justiça, caridade e amor ao próximo. Quando a fraternidade reinar entre os povos, como entre as províncias de um mesmo império, o que sobrar para um determinado momento, suprirá a insuficiência momentânea de outro, e todos terão o necessário. O rico, então, considerará a si mesmo como um homem que possui grandes depósitos de sementes: se as distribuir, elas produzirão ao cêntuplo, para ele e para os outros; mas, se as comer sozinho, se as desperdiçar e deixar que se perca o excedente do que comeu, elas nada produzirão, e todos ficarão em necessidade. Se as fechar no seu celeiro, os insetos as devorarão. Eis por que Jesus ensinou: Não amontoeis tesouros na Terra, pois são perecíveis, mas amontoai-os no céu, onde são eternos. Em outras palavras: não deis mais importância aos bens materiais do que aos espirituais, e aprendei a sacrificar os primeiros em favor dos segundos. (Ver cap. XVI, nº 7 e segs.).

Não é através de leis que se decretam a caridade e a fraternidade. Se elas não estiverem no coração, o egoísmo as asfixiará sempre. Fazê-las ali penetrar, é a tarefa do Espiritismo.




TEXTOS DE APOIO


COMUNIDADE

“Porque com o juízo quê julgardes, sereis julgados e a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.”  Jesus (Mateus, 7:2)
“A caridade e a fraternidade não se decretam em leis.  Se uma e a outra não estiver em nosso coração, o egoísmo ai  sempre imperará.  Cabe ao Espiritismo fazê­-los, penetrar nele.” (Cap. 25, Item 8)

Sempre que possas, lança um gesto de amor àqueles que se apagam no dia a dia, para que te não faltem segurança e conforto.
Vértice não se empina sem base.
Banqueteias-te, selecionando iguarias.
Legiões de pessoas se esfalfam nas tarefas do campo ou nas lides da indústria para que o pão te não falhe.
Resides no lar, onde restauras as forças.
Dezenas de obreiros sofreram duras provas ao levantá-lo.
Materializas o pensamento na página fulgurante que o teu nome chancela.
Multidões de operários atendem ao serviço, para que o papel te obedeça.
Ostentas o cetro da autoridade.
Milhares de companheiros suportam obscuras atividades para que o poder te brilhe nas mãos.
Quanto puderes, como puderes e onde puderes, na pauta da consciência tranquila, cede algo dos bens que desfrutas, em favor dos companheiros anônimos que te garantem os bens.
Protege os braços que te alimentam.
Ajuda aos que te sustentam a moradia.
Escreve em auxílio dos que te favorecem a inteligência.
Ampara os que te asseguram o bem ­estar.
Ninguém consegue ser ou ter isso ou aquilo, sem que alguém lhe apoie os movimentos naquilo ou nisso.
Trabalha a benefício dos outros, considerando o esforço que os outros realizam por ti.
Não há rio sem fontes, como não existe frente sem retaguarda.
Na terra, o astrônomo que define a luz das estrelas é também constrangido a sustentar­-se com os recursos do chão.

LIVRO DA ESPERANÇA (pelo Espírito Emmanuel) FCX



PALAVRAS DE JESUS

 “Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai Celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?” JESUS; MATEUS, 6: 26.

“Deus conhece as nossas necessidades e a elas provê, como for necessário.
O homem, porém, insaciável nos seus desejos, nem sempre sabe contentar-se com o que tem: o necessário não lhe basta, reclama o supérfluo. A Providência, então, o deixa entregue a si mesmo. ” Cap. 25, 7.

Vale-se muita gente do Evangelho para usar as expressões literais do Senhor, sem qualquer consideração para com o sentido profundo que as ditou, simplesmente para exaltar conveniência e egoísmo.
Exortou o Divino Mestre: “Não vos inquieteis pelo dia de amanhã.
Encontramos aqueles que se baseiam nestas palavras, destinadas a situar-nos na eficiência tranqüila, para abraçarem deserção e preguiça, olvidando que o próprio Jesus nos advertiu: “Andai enquanto tendes luz.
” Asseverou o Eterno Amigo: “Nem só de pão vive o homem.
” Há companheiros que se estribam em semelhante conceito, dedicado a preservar-nos contra a volúpia da posse, para assumirem atitudes de relaxamento e desprezo, à frente do serviço de organização e previdência da vida material, sem se lembrarem de que Jesus multiplicou pães, no monte, socorrendo a multidão cansada e faminta.
Afirmou o Excelso Benfeitor: “Realmente há Céus.
“ Em todos os círculos do ensinamento cristão, aparecem os que se aproveitam da afirmativa, dedicada a imunizar-nos contra as calamidades da avareza, para lançarem diatribes contra o dinheiro e sarcasmos contra os irmãos chamados a manejá-lo, na sustentação do trabalho e da beneficência, da educação e do progresso, incapazes de recordar que Jesus honrou a finança dignamente empregada, até mesmo nos dois vinténs com que a viúva pobre testemunhou a própria fé.
Disse o Cristo: “Não julgueis.”
” Em toda parte, surpreendemos os que se prevalecem do aviso que nos acautela contra os desastres da intolerância, para acobertarem viciação e má-fé sem se prevenirem de que Jesus nos recomendou igualmente: “Orai e vigiai a fim de não cairdes em tentação.”
” Admoestou o Mestre dos Mestres: “Ao que vos pedir a túnica, cedei também a capa.”
” Não poucos mobilizam o asserto consagrado a impelir-nos ao -culto do desprendimento e da gentileza, para estabelecerem regimes de irresponsabilidade e negligência, quando o Cristo nos preceituou a obrigação de entregar a cada um aquilo que lhe pertence, até mesmo nas questões mínimas do imposto exigido pelos poderes públicos, ao solicitar -nos: “Dai a César o que é de César.”
” Não podemos esquecer que as palavras do Cristo, no curso dos séculos, receberam interpretações adequadas aos interesses de grupos, circunstâncias, administrações e pessoas.”
A Doutrina Espírita brilha hoje, porém, diante do Evangelho, não apenas para aliviar e consolar, mas também para instruir e esclarecer.
Emmanuel -  do livro:  O Livro da Esperança - Psicografado por Francisco Cândido Xavier







VIDA E POSSE

"Não é a vida mais que o alimento ?" – Jesus – (Mateus, 6:25.)

Aconselha-te com a prudência para que teu passo não ceda à loucura.
Há milhares de pessoas que efetuam a ramagem carnal, amontoando posses exteriores, à gana de ilusória evidência.
Senhoreiam terras que não cultivam.
Acumulam ouro sem proveito.
Guardam larga cópia de vestimenta sem qualquer utilidade.
Retém grandes arcas de pão que os vermes devoram.
Disputam remunerações e vantagens de que não necessitam.
E imobilizam-se no medo ou no tédio, no capricho maligno ou nas doenças imaginárias, até que a morte lhes reclama a devolução do próprio corpo.
Não olvides, assim, a tua condição de usufrutuário do mundo, e aprende a conservar no próprio íntimo os valores da grande vida.
Vale-te dos bens passageiros para estender o bem eterno.
Aproveita os obstáculos para incorporar a riqueza da experiência
Não retenhas recursos externos de que não careças.
Não desprezes lição alguma.
Começa a luta de cada dia, com o deslumbramento de quem observa a beleza pela primeira vez e agradece a paz da noite como quem se despede do mundo para transferir-se de residência.
Ama pela glória de amar.
Serve sem prender-te.
Lembra-te de que amanhã restituirás à vida o que a vida te emprestou, em nome de DEUS, e que os tesouros de teu espírito serão apenas aqueles que houveres amealhado em ti próprio, no campo da educação e das boas obras.
Emmanuel - Francisco Cândido Xavier, livro Palavras de Vida Eterna,




CUIDADOS

 "Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã, cuidará de si mesmo". - Jesus. (MATEUS, 6:34.)

 Os preguiçosos de todos os tempos nunca perderam o ensejo de interpretar falsamente as afirmativas evangélicas.
 A recomendação de Jesus, referente à inquietude, é daquelas que mais se prestaram aos argumentos dos discutidores ociosos.
 Depois de reportar-se o Cristo aos lírios do campo, não foram poucos os que reconheceram a si mesmos na condição de flores, quando não passam, ainda, de plantas espinhosas.
 Decididamente, o lírio não fia, nem tece, consoante o ensinamento do Senhor, mas cumpre a vontade de Deus.
 Não solicita a admiração alheia, floresce no jardim ou na terra inculta, dá seu perfume ao vento que passa, enfeita a alegria ou conforta a tristeza, é útil à doença e à saúde, não se revolta quando fenece o brilho que lhe é próprio ou quando mãos egoístas o separam do berço em que nasceu.
 Aceitaria o homem inerte o padrão do lírio, em relação à existência na comunidade? Recomendou Jesus não guarde a alma qualquer ânsia nociva, relativamente à comida, ao vestuário ou às questões acessórias do campo material; asseverou que o dia, constituindo a resultante de leis gerais do Universo, atenderia a si próprio.
 Para o discípulo fiel, agasalhar-se e alimentar-se são verbos de fácil conjugação e o dia representa oportunidade sublime de colaboração na obra do bem.
 Mas basear-se nessas realidades simples para afirmar que o homem deva marchar, sem cuidado consigo, seria menoscabar o esforço do Cristo, convertendo-lhe a plataforma salvadora em campanha de irresponsabilidade.
 O homem não pode nutrir a pretensão de retificar o mundo ou os seus semelhantes de um dia para outro, atormentando-se em aflições descabidas, mas deve ter cuidado de si, melhorando-se, educando-se e iluminando-se, sempre mais.
 Realmente, a ave canta, feliz, mas edifica a própria casa.
 A flor adorna-se, tranqüila; entretanto, obedece aos desígnios do Eterno.
 O homem deve viver confiante, sempre atento, todavia, em engrandecer-se na sabedoria e no amor para a obra divina da perfeição.
 Livro: Vinha de Luz - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier




PRESCRIÇÕES DE PAZ

  "Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados..." - JESUS. (Mateus, 6:34.).

  Na garantia do próprio equilíbrio, alinhemos algumas indicações de paz, destinadas a imunizar-nos contra a influência de aflições e tensões, nas quais, tanta vez imprevidentemente arruinamos tempo e vida:
- corrigir em nós as deficiências suscetíveis de conserto, e aceitar-nos, nas falhas cuja supressão não depende ainda de nós, fazendo de nossa presença o melhor que pudermos, no erguimento da felicidade e do progresso de todos:
- tolerar os obstáculos com que somos atingidos, ante os impositivos do aperfeiçoamento moral, e entender que os outros carregam igualmente os deles;
- observar ofensas como retratos dos ofensores, sem traçar-nos a obrigação de recolher semelhantes clichês de sombra;
- abolir inquietações ao redor de calamidades anunciadas para o futuro, que provavelmente nunca virão a sobrevir;
- admitir os pensamentos de culpa que tenhamos adquirido, mas buscando extinguir-lhes os focos de vibrações em desequilíbrio, através de rejustamento e trabalho;
- nem desprezar os entes queridos, nem prejudicá-los com a chamada superproteção tendente a escravizá-los ao nosso modo de ser;
- não exigir do próximo aquilo que o próximo ainda não consegue fazer;
- nada pedir sem dar de nós mesmos;
- respeitar os pontos de vista alheios, ainda quando se patenteiam contra nós, convencidos quanto devemos estar de que pontos de vista são maneiras, crenças, opiniões e afirmações peculiares a cada um;
- não ignorar as crises do mundo; entretanto, reconhecer que, se reequilibrarmos o nosso próprio mundo por dentro - esculpindo-lhe a tranqüilidade e a segurança em alicerces de compreensão e atividade, discernimento e serviço -  perceberemos, de pronto, que as crises externas são fenômenos necessários ao burilamento da vida, para que a vida não se tresmalhe da rota que as Leis do Universo lhe assinalam no rumo da perfeição.
 Francisco Cândido Xavier - Livro Ceifa de Luz - Pelo Espírito Emmanuel




AGUILHÕES INVISÍVEIS
 Remédio eficiente para a obsessão
 Francisco Cândido Xavier

Envio-lhe uma página do nosso Cornélio. Antecedendo a nossa reunião, o entendimento fraterno desdobrava-se em torno do problema de supressão das influências destruidoras. Obsessões em forma de doenças e vibrações agressivas em forma de aguilhões invisíveis, foram os temas que nos animaram a conversação.
Chamados pelo horário às tarefas espirituais, demos início à reunião. O Evangelho Segundo o Espiritismo nos deu para estudo o item 7 do capítulo XXV. Após os comentários dos amigos a respeito, no término de nossas atividades, o nosso amigo Cornélio Pires nos ofertou o soneto Consulente Difícil.



CONSULENTE DIFÍCIL
Cornélio Pires

Veio à sessão Nhô João do Rio Raso
Curar a obsessão que o perseguia.
Rogou cansado a irmão José Maria:
– Socorro, irmão, na luta em que me arraso!

O guia disse: “João, qualquer atraso,
Doença, provação, melancolia,
São curados na prece dia a dia.
Mas ouça, ninguém vive por acaso.”

E prosseguiu: “Embora a fé nos guarde,
Trabalhe e sirva, antes que seja tarde.
Mais trabalho no bem, mais alegria!”

Mas Nhô João replicou, rude e vermelho:
– Não vim pedir serviço nem conselho,
Larva do Astral, você nunca foi guia!”



REMÉDIO FÁCIL
Irmão Saulo   

A obsessão é um mal de cura difícil, mas de remédio fácil. Se os doentes aceitassem o remédio, a cura se processaria com maior rapidez. Em geral os casos de obsessão demandam longo e paciente trata-mento, porque os doentes não tornam o remédio. Isso não quer dizer que se o tornassem ficariam curados em quinze minutos. As curas instantâneas de obsessões são ilusórias. Só Jesus as fazia, quando verificava que as consequências do passado estavam esgotadas. Então dizia ao doente curado: “Perdoados foram os teus pecados”, o que escandalizava os judeus, conhecedores das dificuldades do exorcismo que seus rabinos praticavam.
A obsessão tem suas raízes nas vidas anteriores. E essas raízes mergulham fundo no chão do sentimento, da afetividade. Afetos e desafios de ontem determinam as obsessões de hoje. Criaturas que prejudicamos em vidas passadas, vêm agora cobrar o que lhes fizemos. Se estão doentes até hoje, aproximam-se de nós e por meio da indução, nos transmitem os seus males. Sofremos, então, o que fizemos os outros sofrerem. Não há, pois, nenhum fenômeno novo de indução a ser descoberto no Espiritismo. A indução é o processo pelo qual se realiza a obsessão. Muitas vezes o obsessor consegue aproximar do obsedado um doente aparentemente estranho, para que a indução de um novo mal se processe pela aproximação.
O remédio é fácil. Apoiados em nossa fé, temos de usar a prece dia a dia e empenhar-nos no trabalho do bem. Esse trabalho nos proporciona alegria, porque nos liberta do passado egoísta, nos tira da consciência o peso opressor que facilitava a nossa sintonia com os obsessores. Como vemos, o soneto de Cornélio Pires é um primor de síntese. Em apenas catorze versos o poeta caipira nos transmite uma verdadeira aula sobre obsessão.

Do livro Diálogo dos Vivos. Espíritos Diversos.Psicografia de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires.





A LENDA DA ÁRVORE

No princípio do mundo, quando os vários reinos da Natureza já se achavam apaziguados e enquanto o ouro e o ferro repousavam no subsolo, o homem, os animais de grande porte, os passarinhos, as borboletas, as ervas e as águas viviam na superfície da Terra... E o Supremo Senhor, notando que os serviços planetários se desdobravam regularmente, chamou-os ao seu Trono de Luz, a fim de ouvi-los.
A importância audiência do Todo-Poderoso começou pelo Homem, que se aproximou do Altíssimo e informou:
— Meu Pai, o globo terrestre é nossa gloriosa oficina. Minha esposa, tanto quanto eu, se sente muito feliz; entretanto, experimentamos falta de alguém que nos faça companhia, em torno do lar, e nos auxilie a criar os filhinhos.
O Todo-Misericordioso mandou anotar a referência do Homem e continuou a ouvir as outras criaturas.
Veio o Boi e falou:
— Senhor, estou muito bem; contudo, vagueio sem descanso durante as horas do sol. Grande é a minha fadiga e a resistência cada vez menor...
Veio o Cavalo e reclamou:
— Eu também, Grande Rei, sinto aflitivo calor cada dia...
Aproximou-se a Corça e rogou:
— Poderoso, estou exposta à perseguição de toda gente. Não terei a graça de um ser amigo que me proteja e defenda?
Logo após, surgiu gracioso passarinho e suplicou:
— Celeste Monarca, recebi a bênção da vida, mas não tenho recursos para fazer meu ninho. Nas pastagens rasteiras, não posso construir a casa...
Adiantou-se a Borboleta e implorou:
— Meu Deus, tudo é belo no muno; todavia, onde repousarei?
Em último lugar, chegou o Rio e disse:
— Grande Senhor, venho cumprindo os meus deveres na Terra, escrupulosamente, mas preciso de alguém que me ajude a conservar as águas...
O Supremo Soberano ficou pensativo e prometeu providenciar.
No dia imediato, toda a Terra apareceu diferente.
As árvores robustas e acolhedoras haviam surgido, representando a sublime resposta de Deus.

Francisco Cândido Xavier. Da obra: Alvorada Cristã. Ditado pelo Espírito Neio Lúcio.



DESCUIDOS
"Frequentemente, ele se torna infeliz por culpa sua e por haver desatendido à voz que por intermédio da consciência o advertia. Nesses casos, Deus fá-lo sofrer as consequências, a fim de que lhe sirvam de lição para o futuro." O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO Capítulo 25º - Item 7.

Mesmo antes que a ulceração interna desse início ao processo enfermiço de desgaste orgânico, a ira foi comensal das tuas horas e a irritabilidade exagerada perturbou o equilíbrio da máquina físio-psicológica, ensejando o desajuste, agora de complicada erradicação.
Até que a obsessão se transformasse numa distonia psíquica de gravidade compreensível, a intolerância caracterizou os atos da tua vida, dificultando o auxílio espiritual e equilibrante com que amigos encarnados e desencarnados desejaram libertar-te.
Mesmo quando a velhice prematura se apossou da tua organização celular, já permitias que os impulsos inferiores que te vergastavam interiormente, em choques emocionais que dilaceravam o aparelho nervoso em constantes desatinos, conseguissem o desarranjo das peças orgânicas de difícil reparo.
Tombaste no despenhadeiro do desânimo porque consideravas a fé como rotulagem desagradável e pouco te empenhaste no estudo e observância das questões do espírito, que redundaram em anarquia emocional e desestímulo nos centros vitais do mundo psico-físico.
Diante da aflição que assoma devastadora, acreditaste que paz de espírito é oásis de repouso ao revés de campo de trabalho e malbarataste a dádiva do repouso, enfrentando, sem forças, os dias de luta.
Ao maldizeres as horas de trabalho com os filhinhos bulhentos e sadios, pensa nas mães crucificadas na luta de sofrimentos inenarráveis de filhos paralíticos ou dementes, esperançadas e confiantes em Deus.
Antes de desatrelares o corcel da vindita recorda os heróis do silêncio nobre, os mártires da verdade, os anjos do sacrifício, os santos da paciência, todos incompreendidos e sofredores construindo as bases da tua e da felicidade de todos.
No ato da crítica mordaz e impiedosa contra alguém considera as próprias forças em luta contra as tuas fragilidades e examina os insucessos ante as tentações, concedendo aos outros as mesmas excusas em que te resguardas.
No momento de lamentação contempla os companheiros à tua volta e os problemas que deles conheces te dirão muito: medita, então, nos que possivelmente eles têm sem que o saibas, muito mais graves do que imaginas, e resiste à leviandade de queixar, reclamar, derramar azedume injustificado pelo roteiro de ascensão.
Desejando tranquilidade radiosa trabalha com humildade no bem, arrimado ao espírito de serviço desinteressado, anônimo e fiel, conservando as esperanças até à hora da frutescência que te enriquecerá a gleba do coração com as messes de luz.
Zela pela organização que te serve de veículo no caminho evolutivo antes da enfermidade.
Armazena equilíbrio íntimo no curso incessante das horas de atividade antes da desdita.
Oração e vigilância como curso preparatório na academia de aprendizagem reparadora antes do compromisso negativo.
Exercício de paciência e meditação acurada nos objetivos da vida antes do sofrimento que virá, inevitavelmente.
Ação salutar e descortínio de deveres positivos, antes da desencarnação, "enquanto é dia", porque.
... Porque depois o quadro é diverso.
Tardia a hora do arrependimento, inadequada a contribuição do dito: "se eu soubesse!"
Todos sabemos o que devemos e o que não devemos fazer, após travados os primeiros contatos com a mensagem clarificante do Evangelho.
Educação, pois, antes.
Disciplina antes.
Antes Instrução.
Antes Amor.
Caridade e cuidados antes do erro, do crime, da queda.
Mesmo Jesus, o Incomparável Sábio, antes do Gólgota arregimentou amigos, disseminou misericórdia em forma de amor, saúde e alegria, renovou as concepções espirituais da vida nas mentes daqueles que O seguiam, distendeu a verdade a todas as gentes, porque à hora do testemunho, levaria consigo o que fez, em nome do Pai, como realmente aconteceu, e não o que desejou fazer no messianato de luz para que veio.

FRANCO, Divaldo Pereira. Espírito e Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 34.


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O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

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LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

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