1 – “Tornou, pois, a entrar Pilatos no pretório, e chamou
a Jesus, e disse-lhe: Tu és o Reino dos Judeus? Respondeu-lhe Jesus: O meu
Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, certo que os meus
ministros haviam de pelejar para que eu não fosse entregue aos judeus; mas por
agora o meu Reino não é daqui. Disse-lhe então Pilatos: Logo, tu és rei?
Respondeu Jesus: Tu o dizes, que eu sou rei. Eu não nasci nem vim a este mundo
senão para dar testemunho da verdade; todo aquele que é da verdade ouve a minha
voz”. (João, cap. XVIII, 33-37)
O LIVRO DOS
ESPÍRITOS – QUESTÃO 1018
Em que sentido se devem entender estas palavras do
Cristo: Meu Reino não é deste mundo?
“Respondendo assim, o Cristo falava em sentido figurado.
Queria dizer que o seu reinado se exerce unicamente sobre os corações puros e
desinteressados. Ele está onde quer que domine o amor do bem. Ávidos, porém,
das coisas deste mundo e apegados aos bens da Terra, os homens com Ele não
estão.”
CONTEXTO BÍBLICO
PERANTE PILATOS - JUSTIFICATIVA DA PRISÃO DE JESUS - QUEM QUERIA A MORTE DE JESUS?
35 Pilatos respondeu: Porventura sou eu judeu? A tua
nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?
TEXTOS DE APOIO
PILATOS
“Mas entregou Jesus à vontade deles.” - Lucas, 23:25.
Pilatos hesitava. Seu coração era um pêndulo entre duas
forças poderosas...
De um lado, era a consciência transmitindo-lhe a vontade
superior dos Planos Divinos, de outro, era a imposição da turba ameaçadora,
encaminhando-lhe a vontade inferior das esferas baixas do mundo.
O infortúnio do juiz romano foi entregar o Senhor aos
desígnios da multidão mesquinha.
Na qualidade de homem, Pôncio Pilatos era portador de
defeitos naturais que nos caracterizam a quase todos na experiência em que o
nobre patrício se encontrava, mas como juiz naquele instante, seu imenso desejo
era de acertar.
Queria ser justo e ser bom no processo do Messias
Nazareno, entretanto, fraquejou pela vontade enfermiça, cedendo à zona
contrária ao bem.
Examinando o fenômeno, todavia, não nos move outro desejo
senão de analisar nossa própria fragilidade.
Quantas vezes agimos atém ontem, ao modo de Pilatos, nas
estradas da vida? Imaginemos o tribunal de Jerusalém transportado ao nosso foro
íntimo.
Jesus não se punha contra o nosso exame, mas, esperando
pela nossa decisão, aí permanece conosco a Sua idéia Divina e Salvadora.
Qual aconteceu ao juiz, nosso coração transforma-se em
pêndulo, entre as exortações da consciência eterna e as requisições dos desejos
inferiores.
Quase que invariavelmente, entregamos o pensamento de
Jesus às zonas baixas, onde sobre a mesma crucificação do Mestre.
Vemos assim que Pilatos converteu-se em profundo símbolo
para a caminhada humana.
Emmanuel - De Alma e Luz - de Francisco Cândido Xavier
A VERDADE
"... Pilatos, então, lhe disse: Sois, pois, rei?
Jesus lhe replicou: Vós o dissestes:eu sou rei, eu não nasci nem vim a este
mundo senão para testemunhar a verdade; qualquer que pertença à verdade escuta
minha voz". (Cap. II, ítem 1)
Não vemos a verdade, conforme afirmou Jesus Cristo,
porque nossa mente trabalha sem estar ligada aos nossos sentidos e emoções mais
profundos. As ilusões nos impedem que realmente tenhamos os olhos de ver, e
porque não buscamos a verdade projetamos nos outros o que não podemos aceitar
como nosso.
Tentamos nos livrar de nossos próprios sentimentos
atribuindo-os a outras pessoas. Adão disse a Deus: "Eu não pequei, a culpa
foi da mulher que me tentou". Eva se desculpa perante o Criador:
"Toda discórdia ocorrida cabe à maldita serpente". Assim somos todos
nós. Quando desconhecemos os traços de nossa personalidade, condenamos
fortemente e responsabilizamos os outros por aquilo que não podemos admitir em
nós próprios.
Nossa visão sobre as coisas pode enganar-nos, pode estar
disforme sob determinados pontos de vista, pois em relidade ela se forjou entre
nossas convicções mais profundas, sobre aquilo que nós convencionamos chamar de
certo e errado, isto é, verdadeiro ou falso. Na infância, por exemplo, se fomos
repreendidos duramente por demonstarmos raiva, se fomos colocados em situações
vexatórias por aparentarmos afeto e carinho, acabamos aprendendo a reprimir
essas emoções por serem consideradas feias, erradas e pecaminosas por adultos
insensíveis e recriminadores.
Porém, não damos conta de que, ao adotarmos essa postura
repressora, tornamo-nos criaturas inseguras e fracas e, a partir daí, começamos
a não confiar mais em nós mesmos. Se a nossa verdade não é admitida
honestamente, como podemos nos aproximar da Verdade Maior?
Sentir medo ou raiva, quando houver necessidades
autênticas, seja para transpor algum obstáculo, seja para vencer barreiras
naturais, é perfeitamente compreensível, porque a energia da raiva é importante
"fator de defesa", e o medo é um prudente mediador em "situações
perigosas".
Para que possamos a Verdade, à qual se referia Jesus, é
preciso aceitar a nossa verdade, exercitando o "sentir" quanto às
nossas emoções, e adequá-las corretamente na vida. A sugestão feliz é o
equilíbrio e a integração de nossas energias íntimas, e nunca a repressão e o
entorpecimento, nem tampouco a entrega incondicional simplesmente.
O que é a Verdade? Disse o Mestre: "Vim ao mundo
para dar testemunho da Verdade; todo aquele que é da Verdade ouve a minha
voz". Cremos no que vemos, mas muitas vezes os órgãos dos sentidos nos
enganam. Vejamos alguns exemplos:
A Terra parece parada; o arco-íris nada mais do que raios
de sol atravessando gotículas d'água; e certas estrelas que vislumbramos nos
céus já não existem, contudo, devido às distâncias enormes a serem percorridas,
as suas luzes continuam aportando na atmosfera de nosso planeta, dando-nos a
falsa impressão de vida real.
Cremos no que nos disseram, e, embora não sejam situações
vivenciadas ou experimentadas por nós, aceitamos como "verdades
absolutas", quando de fato eram " conceitos relativos".
Maneiras erradas de se ver a sexualidade, a religião, o
casamento, as raças e as profissões distanciam-nos cada vez mais da realidade
das situações e das criaturas com as quais convivemos.
Em vista disso, procuremos sintonizar-nos com os olhos
espirituais, porquanto nossa percepção intuitiva é mais ampla e precisa que a
visão física. E abrimos as comportas de nossa alma, para captar as inspirações
divinas que deliberam a vida em toda parte.
Somente assim estaremos mais perto de conhecer a Verdade
à qual se referia o Mestre Jesus.
Hammed- Livro Renovando Atitudes
"Pilatos, tornando a entrar, pois, no palácio, e
tendo feito vir Jesus, lhe disse: Sois o rei dos Judeus? Jesus lhe respondeu:
Meu reino não é deste mundo. Se meu reino fosse deste mundo, minhas gentes
teriam combatido para me impedir de cair nas mãos dos Judeus; mas meu reino não
é aqui. Pilatos, então, lhe disse: Sois, pois, rei? Jesus lhe replicou: Vós o
dissestes; eu sou rei; eu não nasci e nem vim a este mundo senão para
testemunhar a verdade; qualquer que pertença à verdade escute minha voz."
(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Edição
IDE, Cap. II, item I).
Quando ouvimos falar em renascimento, após a morte do
corpo, é óbvio que isso significa continuidade da vida.
A Vida Futura já e, para nós, assunto familiar, embora
não o seja para tantos outros.
Sem a certeza da continuidade da vida, não haveria razão
de nos comportarmos, desta ou daquela maneira, no caminho do Bem. Dentro de
nossa Doutrina, não deixamos de fazer o Mal, apenas por temor a Deus e, sim,
porque compreendemos a verdade da vide baseada no estudo das provas de que a
vida continua. E, neste momento, em que a humanidade se prepara para o terceiro
milênio, ela precisa de provas e raciocínio lógico para ter a fé tão necessária.
Graças a Deus, o homem é, hoje, possuidor desta doutrina
maravilhosa que muda, totalmente, a maneira de se encarar esta e a outra vida.
Por isso, caminhamos felizes nesta escola necessária de
aprimoramento e elevação espiritual, onde vemos tantos seres que ainda duvida
que a vida continua, tão voltados estão em se conduzirem calcados na ambição da
matéria, como se fossem viver eternamente, aqui, na Terra. Paremos para pensar.
Não seria por crer na Vida do Além, que descuidaríamos
desta. Muito peio contrário, devemos procurar o nossa bem estar e, com ele,
proporcionar o do nosso próximo, pois entendemos que, quanto mais nos é dado,
mais nos será pedido em termos de caridade. Devemos dividir com o nosso
semelhante, material e espiritualmente, o amor que o alto nos proporciona.
Inacreditável para muitos, notamos que nossos entes
queridos que se comunicam conosco, insistem em referir-se a detalhes de suas
vidas, aqui neste plano, com o intuito de nos mostrar a veracidade de suas
palavras.
Em todas as cartas de Laurinho, através de sua
"correspondência" pelo médium Chico Xavier, e que estão contidas em
"Presença de Laurinho", "Gaveta de Esperança" e neste
próprio volume, percebemos que, desde as primeiras cartas, todas elas são
repletas de assuntos alegres, brincadeiras, chamadas de atenção e, também, de
grandes pedidos de trabalho, paciência e amor. Será que há alguém que ainda
duvide? Meditemos enquanto é tempo. A miséria, a fartura demasiada, as
moléstias, as provações em massa, convidam-nos ao Bem e alertam-nos para a
compulsória viagem onde nos será solicitada a prestação de contas.
Meu Deus, ajude-nos a clarear as mentes. Não desejamos
mais que o bem-estar de nossos irmãos que não compreenderam a necessidade de
melhorar a si próprios para poderem melhorar o mundo, tão carente de paz e
amor.
E, por falta de raciocínio quanto às coisas do Alto é
que, ainda, estamos aqui, por obra de uma inteligência Superior que, apesar de
tudo, nos proporciona o colorido das flores, o azul dos oceanos, a delicadeza
das nuvens, o encanto da fauna, e grandiosidade da flora e a oportunidade de
nos redimir.
Infeliz daquele que se apega somente à matéria, sem ao
menos agradecer por ter nascido. Mesmo com todas as dores e sofrimentos que
passamos, a escola na qual conseguimos matrícula, por obra do Senhor, é por
demais compensadora pelo benefício que podemos armazenar e transportar para o
lado de lá. Na Espiritualidade, entenderemos que nossa evolução é necessária e
continua através dos tempos e que, mesmo que brademos por um retorno, somente a
bondade de Deus nos proporcionará a dádiva de uma nova reencarnação, para que
reparemos o bem que deixamos de fazer. Assim é que, nesta outra mensagem, nosso
filho refere-se ao quarto ano de saudades. Saudades com o uso da razão;
saudades compensadas pelo trabalho; saudades com lágrimas, mas sem revoltas;
lágrimas de carinho que pedimos a Jesus sejam distribuídas como bênçãos a
Laurinho, que tanto tem auxiliado nos trabalhos de consolação a corações
amargurados e que tanto tem socorrido seus jovens irmãos desencarnados,
cooperando em favor de notícias dos mesmos.
Atravessamos mais este ano, com a presença-ausente que
consideramos, pela misericórdia de Deus, uma presença espiritual.
Feliz Vida, meu filho, e parabéns pelo seu desempenho
nesse lado.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier- Priscilla
Pereira da Silva Basile- Livro: Antenas de Luz
A VERDADE
"Eu sou o caminho e a verdade." - Jesus. (JOÃO,
14:6.)
Por enquanto,
ninguém se atreverá, em boa lógica, a exibir, na Terra, a verdade pura, ante a
visão das forças coletivas.
A profunda
diversidade das mentes, com a heterogeneidade de caracteres e temperamentos,
aspirações e propósitos, impede a exposição da realidade plena ao espírito das
massas comuns.
Cada escola
religiosa, em razão disso, mantém no mundo cursos diferentes da revelação
gradativa.
A claridade
imaculada não seria, no presente estágio da evolução humana, assimilável por
todos, de imediato.
Há que esperar
pela passagem das horas.
Nos círculos do
tempo, a semente, com o esforço do homem, provê o celeiro; e o carvão, com o
auxílio da natureza, se converte em diamante.
Por isto, vemos
verdades estagnadas nas igrejas dogmáticas, verdades provisórias nas ciências,
verdades progressivas nas filosofias, verdades convenientes nas lides políticas
e verdades discutíveis em todos os ângulos da vida civilizada.
Semelhante imperativo,
porém, para a mentalidade cristã, apenas vigora quanto às massas.
Diante de cada
discípulo, no reino individual, Jesus é a verdade sublime e reveladora.
Todo aquele que
lhe descobre a luz bendita, absorve-lhe os raios celestes, transformadores...
E começa a
observar a experiência sob outros prismas, elege mais altos padrões de luta,
descortina metas santificantes e identifica-se com horizontes mais largos.
O reino do próprio
coração passa a gravitar ao redor do novo centro vital, glorioso e eterno.
E à medida que se
vai desvencilhando das atrações da mentira, cada discípulo do Senhor penetra
mais intensivamente na órbita da Verdade, que é a Pura Luz.
Livro: Vinha de Luz - Emmanuel - Psicografia de
Chico Xavier
O CAMINHO
"Eu sou o
caminho..." - Jesus - (JOÃO, 14:6.)
Há muita gente
acreditando, ainda, na Terra, que o Cristianismo seja uma panacéia como tantas
para a salvação das almas.
Para essa casta de
crentes, a vida humana é um processo de gozar o possível no corpo de carne,
reservando-se a luz da fé para as ocasiões de sofrimento irremediável.
Há decadência na
carne? Procura-se o aconchego dos templos.
Veio a morte de
pessoas amadas? Ouve-se uma ou outra pregação que auxilie a descida de lágrimas
momentâneas.
Há desastres?
Dobram-se os joelhos, por alguns minutos, e aguarda-se a intervenção celeste.
Usa-se a oração,
em momentos excepcionais, à maneira de pomada miraculosa, somente aconselhável
à pele, em ocasiões de ferimento grave.
A maioria dos
estudantes do Evangelho parecem esquecer que o Senhor se nos revelou como sendo
o caminho...
Não se compreende
estrada sem proveito.
Abraçar o
Cristianismo é avançar para a vida melhor.
Aceitar a tutela
de Jesus e marchar, em companhia dEle, é aprender sempre e servir diariamente,
com renovação incessante para o bem infinito, porque o trabalho construtivo, em
todos os momentos da vida, é a jornada sublime da alma, no rumo do conhecimento
e da virtude, da experiência e da elevação.
Zonas sem estradas
que lhes intensifiquem o serviço e o transporte são regiões de economia
paralítica.
Cristãos que não
aproveitam o caminho do Senhor para alcançarem a legítima prosperidade
espiritual são criaturas voluntariamente condenadas à estagnação.
Livro: Vinha de Luz - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier
NA LUZ DA VERDADE
"E conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará." (JOÃO, 8:32.)
Nenhuma espécie de amor humano pode comparar-se ao Divino
Amor.
Semelhante apontamento deve ser mencionado, toda vez que
nos inclinemos a violentar o pensamento alheio.
A Bondade Suprema, que é sempre a bondade invariável,
deixa livres as criaturas para a aquisição do conhecimento.
A vontade do Espírito é acatada pela Providência, em
todas as manifestações, incluindo aquelas em que o homem se extravia na
criminalidade, esposando obscuros compromissos.
A pessoa converte, pois, a vida naquilo que deseje, sob a
égide da Justiça Perfeita que reina em todos os distritos do Universo,
determinando seja concedido a cada um por suas obras.
Elegemos os tipos de experiência em que nos propomos
estagiar, nessa ou naquela fase da evolução. Discórdia e tranqüilidade, ação e
preguiça, erro e corrigenda, débito e resgate são frutos de nossa escolha.
Respeitemo-nos, assim, uns aos outros.
Não intentes constranger o próximo a ler a cartilha da
realidade por teus olhos, nem a interpretar os ensinamentos do cotidiano com a
cabeça que te pertence.
A emancipação intima surgirá para a consciência, à medida
que a consciência se disponha a buscá-la.
Rememoremos as palavras do Cristo: "conhecereis a
verdade e a verdade vos libertará". Note-se que o Mestre não designou
lugar, não traçou condições, não estatuiu roteiros, nem especificou tempo.
Prometeu simplesmente — "conhecereis a verdade", e, para o acesso à
verdade, cada um tem o seu dia.
Emmanuel - Do livro Palavras de Vida Eterna. Psicografia
de Francisco Candido Xavier.
ANTE OS INCRÉDULOS
“E conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres.” -
JESUS - JOÃO.8: 32.
“A resistência do Incrédulo, devemos convir, muitas
vezes, provém menos dele do que da maneira por que lhe apresentam as cousas.
A fé necessita de uma base, base que é a Inteligência
perfeita daquilo em que se deve crer.
E, para crer, não basta ver, é preciso, sobretudo,
compreender. ” Cap.19, 7.
Compadeçamo-nos dos incrédulos que se arremetem contra as
verdades do espírito,intentando penetrá-las à força.
Semelhantes necessitados chegam de todas as
procedências...
De paisagens calcinadas pelo fogo do sofrimento, de
caminhos que a provação encharca de pranto, de furnas da aflição em que jaziam
acorrentados ao desespero.
Outros existem que nos atingem as portas, conturbado pelo
clima de irreflexão a que se calam, ou trazendo sarcasmos no pensamento
imaturo, quais crianças bulhentas em recintos graves da escola.
Muitas vezes, nas trilhas da atividade cotidiana, somos
tentados a categorizá-los por viajores de indesejável convívio, entretanto, os
que surgem dementados pela dor e aqueles outros que se acomodam com a
leviandade pela força própria da inexperiência, não serão igualmente nossos
irmãos, diante de Deus? Certo que não nos é lícito entregar-lhes, em vão,
energia e tempo, quando se mostrem distantes da sinceridade que devemos uns aos
outros, mas se anelam realmente aprendizado e renovação, saibamos auxiliá-los a
compreender que pesquisa e curiosidade somente valem se acompanhadas de estudo
sério e trabalho digno.
Estendamos aos companheiros que o ateísmo enrijece, algo
de nossas convicções que os ajude a refletir na própria imortalidade.
Diligenciemos partilhar com eles o alimento da fé, na
mesma espontaneidade de quem divide os recursos da mesa.
Todavia, - perguntarás, - e se recusam, obstinados e
irônicos, os bens que lhes ofertamos? e se nos apagam, a golpes de violência,
as lanternas de amor que lhes acendamos na estrada? Se indagações assim podem
ser formuladas por nossa consciência tranqüila, após o desempenho do nosso
dever de fraternidade, será preciso consultar a lógica e a lógica nos dirá que
eles são cegos de espírito que nos cabe amparar, em silêncio, na clínica da
oração.
Extraído do livro " O Livro da Esperança" -
Psicografado por FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
ANTE A LUZ
DA VERDADE
"Conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará." - Jesus. (JOÃO 8:32)
A palavra
do Mestre é clara e segura.
Não
seremos libertados pelos "aspectos da verdade" ou pelas "verdades
provisórias" de que sejamos detentores no círculo das afirmações
apaixonadas a que nos inclinemos.
Muitos, em
política, filosofia, ciência e religião, se afeiçoam a certos ângulos da
verdade e transformam a própria vida numa trincheira de luta desesperada, a
pretexto de defendê-la, quando não passam de prisioneiros do "ponto de
vista".
Muitos
aceitam a verdade, estendem-lhe as lições, advogam-lhe a causa e proclamam-lhe
os méritos, entretanto, a verdade libertadora é aquela que conhecemos na
atividade incessante do Eterno Bem.
Penetrá-la
é compreender as obrigações que nos competem.
Discerni-la é renovar o próprio entendimento e converter a existência
num campo de responsabilidade para ’com o melhor.
Só existe
verdadeira liberdade na submissão ao dever fielmente cumprido.
Conhecer,
portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
E perceber
o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes.
Observa,
desse modo, a tua posição diante da Luz...
Quem
apenas vislumbra a glória ofuscante da realidade, fala muito e age menos. Quem,
todavia, lhe penetra a grandeza indefinível, age mais e fala menos.
Livro Fonte Viva.
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia Francisco C. Xavier
TESTEMUNHO
"Respondeu-lhe Jesus:- Dizes isso de ti mesmo ou
foram outros que to disseram de mim?"- (JOÃO, 18:34.)
A pergunta do Cristo a Pilatos tem significação mais
extensiva. Compreendemo-la, aplicada às nossas experiências religiosas.
Quando encaramos no Mestre a personalidade do Salvador,
por que o afirmamos? Estaremos agindo domo discos fonográficos, na repetição
pura e simples de palavras ouvidas?
É necessário conhecer o motivo pelo qual atribuímos
títulos amoráveis e respeitosos ao Senhor. Não basta redizer encantadoras
lições dos outros, mas viver substancialmente a experiência íntima na
fidelidade ao programa divino.
Quando alguém se refere nominalmente a um homem, esse
homem pode indagar quanto às origens da referência.
Jesus não símbolo legendário; é um Mestre Vivo.
As preocupações superficiais do mundo chegam, educam o
espírito e passam, mas a experiência religiosa permanece.
Nesse capitulo, portanto, é ilógico recorrermos,
sistematicamente, aos patrimônios alheios.
É útil a todo aprendiz testificar de si mesmo, iluminar o
coração com os ensinos do Cristo, observar-lhe a influência excelsa nos dias
tranqüilos e nos tormentosos.
Reconheçamos, pois, atitude louvável no esforço do homem
que se inspira na exemplificação dos discípulos fiéis; contudo, não nos
esqueçamos de que é contraproducente repousarmos em edificações que não nos
pertencem, olvidando o serviço que nos é próprio.
Emmanuel - Do livro Caminho, Verdade e Vida - Chico Xavier
CONVITE À
FELICIDADE
"O meu reino não é deste mundo." (João:
capítulo 18º, versículo 36.)
Desnecessária a fortuna a fim de frui-la.
Secundária a juventude de modo a gozá-la.
Dispensável o poder para experimentá-la.
A felicidade independe dos valores externos, sempre
transitórios, sem maior significação, além daquela que se lhes atribuem
Quando na velhice, o homem repassa as evocações, os
sucessos e lamenta a juventude vencida.
Na enfermidade, considera os tesouros da saúde e
sofre-lhe a ausência.
Diante da constrição da pobreza lembra as dádivas das
moedas e experimenta amargura por não as possuir.
Sob condições de dependência, padece não ser forte no
mundo dos negócios ou da política, deixando-se afligir desnecessariamente.
Acicatado por problemas morais, angustia-se ao verificar
o júbilo alheio daqueles que transitam guindados a situações de destaque ou
exibindo sorrisos de tranqüilidade.
Isto por ignorar o testemunho de aflição que cada um deve
doar no panorama da evolução inadiável, de que ninguém se pode eximir.
Felicidade é construção demorada, que se realiza
interiormente a tributo de laboriosa ação sacrificial.
Sem características externas, a seu turno, quando invade
o ser, exterioriza-se qual luz brilhante aprisionada em redoma de delicado
cristal...
Mesmo quando o homem consegue adicionar a juventude, o
poder, a fortuna e a saúde aparente a felicidade não está implicitamente com
ele.
Por essa razão, lecionou Jesus que o Seu Reino não é
deste mundo, como a corroborar que a felicidade não pode ser encontrada na
Terra, por ser ainda o Orbe o domicílio expiatório e de provações onde todos
forjamos a felicidade real, que virá só futuramente.
Realiza o teu quinhão de dever com devotamento e faze
sempre o melhor a fim de que o aplauso da consciência tranqüila te conduza ao
pórtico da felicidade real.
Não te exasperes face à desdita aparente. Nem te apegues
ao júbilo momentâneo também ilusório.
De tudo e todos os estados retira o proveito da
aprendizagem e, assim fazendo, a pouco e pouco perceberás que a felicidade é
conseqüência da auto-iluminação libertadora, como decorrência do amor exercido
em plenitude fraternal.
FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida. Pelo Espírito
Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 23.
REPARA ONDE
MORAS
A Terra é precioso domicílio da Lei do Senhor onde cada
criatura edifica o plano em que passa a viver.
O usurário
sofre na furna da miséria.
O delinquente
suporta o desvão do remorso.
O insensato grita no
inferno da loucura.
O preguiçoso
chora no sótão da necessidade.
O intolerante
reside no serpentário da aversão.
O egoísta
detém-se no cárcere das trevas.
O rico
displicente carrega a cruz da responsabilidade.
O pobre
inconformado respira no purgatório da angústia.
O simples de
coração cresce no templo da paz.
O semeador do
progresso vive ao sol da prosperidade.
O servidor
fiel repousa na consciência tranquila.
O amigo do
estudo mora no lar do conhecimento.
Repara
onde resides.
Cada espírito respira na faixa de claridade ou sombra, de
dor ou alegria a que se acolhe através da atitude que assume perante a vida.
Não te percas na contemplação prematura das paisagens
Celestiais, sem haver pago à Terra o tributo de serviço que lhe devemos.
Faze de tua experiência um campo educado no bem para a
colheita do amor e a própria casa terrestre em que estagias se transformará
para os teus pés em sublime degrau de acesso às moradas abençoadas da Luz.
Emmanuel - Livro Moradas de Luz – Francisco Cândido Xavier
– Espíritos Diversos
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