APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

domingo, 20 de agosto de 2017

E.S.E. CAPÍTULO XIII - ITEM 5 E 6 - O ÓBULO DA VIÚVA



O ÓBOLO DA VIÚVA

5 – E estando Jesus assentado defronte donde era o gazofilácio, observava ele de que modo deitava o povo ali o dinheiro; e muitos, que eram ricos, deitavam com mão larga. E tendo chegado uma pobre viúva, lançou duas pequenas moedas, que importavam um real. E convocando seus discípulos, lhes disse: Na verdade vos digo, que mais deitou esta pobre viúva do que todos os outros que deitaram no gazofilácio. Porque todos os outros deitaram do que tinham na sua abundância; porém esta deitou da sua mesma indulgência tudo o que tinha, e tudo o que lhe restava para seu sustento. (Marcos, XII: 41-44 – Lucas, XXI: 1-4).

6 – Muita gente lamenta não poder fazer todo o bem que desejaria, por falta de recursos, e se querem a fortuna, dizem, é para bem aplicá-la. A intenção é louvável, sem dúvida, e pode ser muito sincera de parte de alguns; mas o seria de parte de todos, assim completamente desinteressados? Não haverá os que, inteiramente empenhados em beneficiar os outros, se sentirão bem de começar por si mesmos, concedendo-se mais algumas satisfações, um pouco mais do supérfluo que ora não têm, para dar aos pobres apenas, o resto? Este pensamento oculto, talvez dissimulado, mas que encontrariam no fundo do coração, se o sondassem, anula o mérito da intenção, pois a verdadeira caridade faz antes pensar nos outros que em si mesmo.
O sublime da caridade, nesse caso, seria procurar cada qual no seu próprio trabalho, pelo emprego de suas forças, de sua inteligência, de sua capacidade, os recursos que lhe faltam para realizar suas intenções generosas. Nisso estaria o sacrifício mais agradável ao Senhor. Mas, infelizmente, a maioria sonha com meios fáceis de se enriquecer, de um golpe e sem sacrifícios, correndo atrás de quimeras, como a descoberta de tesouros, uma oportunidade favorável, o recebimento de heranças inesperadas, e assim por diante. Quer dizer dos que esperam encontrar, para os secundar nessas buscas, auxiliares entre os Espíritos? É evidente que eles nem conhecem nem compreendem o sagrado objetivo do Espírito, e menos ainda a missão dos Espíritos, aos quais Deus permite comunicarem-se com os homens. Mas justamente por isso, são punidos pelas decepções. (Livro dos Médiuns, nº 294 e 295).

Aqueles cuja intenção é desprovida de qualquer interesse pessoal, deve consolar-se de sua impotência para fazer o bem que desejariam, lembrando que o óbolo do pobre, que o tira da sua própria privação, pesa mais na balança de Deus que o ouro do rico, que dá sem privar-se de nada. Seria grande a satisfação, sem dúvida, de poder socorrer largamente a indigência; mas, se isso é impossível, é necessário submeter-se a fazer o que se pode. Aliás, não é somente com o ouro que se podem enxugar as lágrimas, e não devemos ficar inativos por não o possuirmos. Aquele que deseja sinceramente tornar-se útil para os seus irmãos, encontra mil ocasiões de fazê-lo. Que as procure e as encontrará. Se não for de uma maneira, será de outra, pois não há uma só pessoa, no livre gozo de suas faculdades, que não possa prestar algum serviço, dar uma consolação, amenizar um sofrimento físico ou moral, tomar uma providência útil. Na falta de dinheiro, não dispõe cada qual do seu esforço, do seu tempo, do seu repouso, para oferecer um pouco aos outros? Isso também é a esmola do pobre, o óbolo da viúva.



TEXTOS DE APOIO 



DINHEIRO

O dinheiro não é luz, mas sustenta a lâmpada.
Não é a paz, no entanto, é um companheiro para que se possa obtê-la.
Não é o calor, contudo, adquire agasalho.
Não é o poder da fé, mas alimenta a esperança.
Não é amor, entretanto, é capaz de erguer-se por valioso ingrediente na proteção afetiva.
Não é tijolo de construção, todavia, assegura as atividades que garantem o progresso.
Não é cultura, mas, apóia o livro.
Não é visão, contudo, ampara o encontro de instrumentos que ampliam a capacidade dos olhos.
Não é base da cura, no entanto, favorece a aquisição do remédio.
Em suma, o dinheiro associado à consciência tranqüila, alavanca do trabalho e fonte da beneficência, apoio da educação e alicerce da alegria, é uma bênção do Céu que de modo imediato, nem sempre faz felicidade, mas sempre faz falta.
Bezerra de Menezes- Livro: Caridade – Psicografia: Francisco C. Xavier – Espíritos Diversos





ORAÇÃO DA MIGALHA

Cap. XIII - Item 5 - ESE

Senhor !

Quando alguém estiver em oração, referindo-se à caridade, faze que este alguém me recorde, para que eu consiga igualmente ajudar em teu nome.
Quantas criaturas me fitam, indiferentes, e quantas me abandonam por lixo imprestável !...
Dizem que sou moeda insignificante, sem utilidade para ninguém; contudo, desejo transformar-me na gota de remédio para a criança doente.
Atiram-me a distância, quando surjo na forma do pedaço de pão que sobra à mesa; no entanto, aspiro a fazer, ainda, a alegria dos que choram de fome. Muita gente considera que sou trapo velho para o esfregão, mas anseio agasalhar os que atravessam a noite, de pele ao vento...
Outros alegam que sou resto de prato para a calha do esgoto, posso converter-me na sopa generosa, para alimento e consolo dos que jazem sozinhos, no catre do infortúnio, refletindo na morte.
Afirmam que sou apenas migalha e, por isso, me desprezam... Talvez não saibam que, certa vez, quando quiseste falar em amor, narraste a história de uma dracma perdida e, reportando-te ao reino de Deus, tomaste uma semente de mostarda por base de teus ensinos.
Faze, Senhor, que os homens em aproveitem nas obras do bem eterno !...
E, para que me compreendam a capacidade de trabalhar. Dize-lhes que, um dia, estivemos juntos, em Jerusalém, no templo de Salomão, entre a riqueza dos poderosos e as jóias faiscantes do santuário, e conta-lhes que me viste e me abençoaste, nos dedos mirrados de pobre viúva, na feição de um vintém.

Meimei - Do livro O Espírito da Verdade. Psicografia de Francisco C Xavier e Waldo Vieira.



O PODER DA MIGALHA

 Não desprezes o poder da migalha na obra do auxílio.
 O prato simples que partilhas com o irmão em penúria não resolve o problema da fome; entretanto, ele em si não é apenas favor providencial para quem o recebe, mas também mensagem de fraternidade expedida na direção de outras almas, que se inclinarão a repartir as alegrias da mesa.
 A peça de roupa com que atendes ao viajor, estremunhado de frio, não extingue o flagelo da nudez; todavia, ela em si não constitui valioso abrigo para quem a recolhe, mas também apelo silencioso para que amigos que esperam, unicamente, um sinal de amor para se entregarem aos júbilos do serviço.
 Acontece o mesmo com a moeda humilde que ajustada à beneficência, faz pensar no valor da cooperação, e com o livro edificante que, funcionando no apoio a companheiros necessitados de esclarecimento e consolo, nos obriga a meditar no impositivo da cultura espiritual.
 Em muitas circunstâncias, é um gesto só de tua compreensão que salvará alguém de calamidade eminente e, em muitos casos, uma só frase de tua parte representa a segurança de comunidades inteiras.
 Bem aventurado todo aquele que estende milhões à supressão dos problemas de natureza material e bem aventurado todo aquele que cede algo de si próprio, a benefício dos outros, ainda que seja tão-somente uma palavra de bênção para o conforto de uma criança esquecida.
 Não desprezes o poder da migalha na obra do auxílio.
 Por dádiva de sustentação e misericórdia para felizes e infelizes, sábios e ignorantes, justos e injustos, Deus entrega o Sol por atacado, mas por dom inefável, capaz de conduzir as criaturas com harmonia e discernimento, no rumo das perfeições  divinas, Deus dá o tempo, trocado em miúdo, através das migalhas dos minutos, iguais para todos.
 O coração humano é comparável a cofre repleto de riquezas incalculáveis, e ninguém o possui impenetrável ou inacessível...
Habitualmente, resistirá a golpes de martelos, à ação de gazuas e até mesmo ao impacto de explosivos e provas de fogo; mas, quase sempre,é a tua migalha de humildade e paciência, bondade e cooperação que simboliza a chave capaz de abri-lo.
Livro: Estude E Viva - Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel E André Luiz



O VINTÉM

O grande e luminoso templo da vida permanece de portas descerradas.
É o mundo vasto...É a Terra prodigiosa de bênçãos e dons, ostentando cidades que são templos do progresso, campos que são áreas de luz, fontes que representam vasos de água viva, flores que constituem adornos espalhados no Planeta, em que nossas almas se movimentam nas sendas da evolução.
No orbe imenso, há quem ofereça ao progresso e ao aperfeiçoamento da Humanidade as grandes missões da fé religiosa, da política administrativa, da ciência e da filosofia, nos fulgores intelectuais da cultura e da inteligência; há quem ofereça ao aprimoramento do amor a graça do lar, o carinho afetivo, o brilho da arte e a grandeza do sentimento burilado em obras de benemerência e ternura, que fixam novos capítulos à elevação da vida.
Não podemos, no entanto, olvidar a excelsitude da colaboração aparentemente pequenina daqueles corações dilacerados, aflitos e anônimos, que trazem ao bem da comunidade o singelo concurso de que podem dispor.
É o sorriso de compreensão e de estímulo ao companheiro desconhecido.
É a palavra oportuna que soergue o bom ânimo de um amigo arrojado ao desalento.
É a bondade oculta que auxilia sem exigir compensação.
É a benção do concurso fraterno que apaga o fogo da maledicência.
É a dádiva fraterna da amizade sem egoísmo.
É a oferta do coração que ampara sem ruído.
Temos sempre nessas admiráveis contribuições o precioso vintém do amor e se cada um de nós dispensar um só de semelhantes vinténs, em cada dia da vida, estejamos convencidos de que, dentro em breve, teremos amontoado para a nossa felicidade um tesouro infinito na Espiritualidade Maior.

 DINHEIRO (Francisco Cândido Xavier – por Emmanuel)



CORAGEM

Coragem também é caridade.
 Hesitação do conhecimento – poder à ignorância.
 Debilidade da retidão – apoio desequilíbrio.
 Decisão firme – leme seguro.
 Vontade frágil – barco à matroca.
 Irresolução dos bons – garantia dos maus.
 Nada se realiza de útil e grande sem a coragem.
 Descobertas e inventos não se consolidariam nos fastos da civilização material, sem os sacrifícios daqueles que lhes hipotecaram a existência.
 Harvey torturou-se até a morte, a fim de provar a circulação do sangue.
 Jesus não foi mais feliz, procurando revelar a verdade...
Em Doutrina Espírita, sabemos o que seja o bem, como fazer o bem, de vez nos achamos informados de que o maior bem para nós nasce, invariavelmente, da obrigação nobremente cumprida de formar o bem para os outros.
 Não vale pedir alheia orientação, se a orientação desse modo se nos estampa, luminosa, na consciência.
 Esqueçamos os antigos chavões “não sei se vou” e “não sei se posso”, ante os deveres que as circunstâncias nos traçam. Timidez não é humildade.
 Para que haja luz não bastará temer a presença da sombra. É preciso acendê-la.
Livro: Estude E Viva - Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel E André Luiz



DEVERES HUMILDES

 “Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu muito mais dos que, antes, puseram suas dádivas no gazofilácio. ” - JESUS - MARCOS, 12:43.

“Aliás, será só com o dinheiro que se podem secar lágrimas e dever-se-á ficar inativo, desde que se não tenha dinheiro? Todo aquele que sinceramente deseja ser útil a seus irmãos, mil ocasiões encontrarão de realizar o seu desejo. ” Cap. 13, 6.

Abracemos, felizes, as atividades obscuras que a vida nos reserve.
Grande é o sol que sustenta os mundos e grande é a semente que nutre os homens.
Engenheiros planificam a estrada, consultando livros preciosos no gabinete e, a breve tempo, larga avenida pode surgir da selva.
Entretanto, para que a realização apareça, tarefeiros, abnegados removem estorvos do solo transpiram no calçamento.
Urbanistas esboçam a planta de enorme edifício, alinhando tragos nobres, ante a mesa tranqüila e é possível que arranha céu se levante, pressuroso, acolhendo com segurança numerosas pessoas.
Todavia, a fim de que a obra se erga, esfalfam-se lidadores suarentos, na garantia dos alicerces.
Técnicos avançados estruturam as máquinas que exaltam a indústria e, com elas, é provável se eleve o índice da evolução de povos inteiros.
No entanto, para que isso aconteça, é indispensável que operários valorosos exponham as próprias vidas, junto aos fornos candentes, de ferro e ago.
Negociantes de prol arregimentam os produtos da terra e por eles, conseguem formar a economia e o sustento de grandes comunidades. Mas semelhante vitória comercial exige que anônimos semeadores chafurdem as mãos no limo da gleba.
Não perguntes “quem sou eu?”, nem digas “nada valho”.
Honremos o serviço que invariavelmente nos honra, guardando-lhe fidelidade e ofertando-lhe as nossas melhores forças, ainda mesmo quando se expresse, através de ocupação, supostamente esquecida na retaguarda.
Nos princípios que regem o Universo, todo trabalho construtivo é respeitável.
Repara esse dispositivo da Lei Divina funcionando em ti próprio.
Caminhas e pensas de cabeça içada à glória do firmamento, contudo, por ti mesmo, não avançarás para a frente, sem a humildade dos pés.

Emmanuel - do livro:  O Livro da Esperança - Psicografado por Francisco Cândido Xavier





COMO AGIR?

Francisco Cândido Xavier

Antes das tarefas espirituais da noite, com vários amigos que nos visitavam a instituição, comentávamos as circunstâncias em que tantas vezes nos vemos impossibilitados de fazer o que desejamos, no que se refere à prática do bem.
Em muitas ocasiões somos constrangidos por nossos deveres a dar o que nos exigem em alto nível de quantidade, quando só possuímos muito pouco. Em ocasiões outras a experiência nos pede atitudes de tolerância que, de momento, não somos capazes de mostrar de todo, a fim de não favorecer a perturbação.
Às vezes queremos dar tempo e alegria aos outros, sem conseguirmos fazê-lo senão em escala mínima, de modo a não criar dificuldades e inquietações em outras pessoas. Como agir nesses casos?
Explanávamos sobre o assunto quando o horário nos chamou à reunião doutrinária. Abertos os estudos da noite, O Evangelho Segundo o Espiritismo nos ofereceu a exame os itens 5 e 6 do ; capítulo Xlll, contendo a lição do óbolo da viúva. Feitos os comentários por diversos irmãos, ao término da reunião o nosso caro Emmanuel trouxe-nos pela psicografia a página Melhor Assim.
 Do livro Diálogo dos Vivos. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires.


MELHOR  ASSIM
Emmanuel

Terá soado o momento de tua cooperação, no amparo a outrem, e efetivamente estimarias entregar o máximo de ti, segundo as circunstâncias, mas se não podes dar, na medida dos teus desejos, cede a migalha que possuis, de vez que será melhor ofertar o mínimo de que dispões que te recusares ao benefício, cerrando as portas do amor aos semelhantes.
O desafio à humildade terá surgido à frente e decerto surpreenderias razão para grande prazer com a capacidade de revelar compreensão angélica, diante daqueles que te examinam a evolução espiritual; no entanto, se não consegues fazer isso, não escondas esse ou aquele pequenino gesto de tolerância, porque será mais justo articular apagado impulso de entendimento que desertar do concurso fraterno, dando pasto à agressividade exagerada, perante ofensas e pedradas que, no fundo, não passam de manifestações de enfermidade ou desequilíbrio no comportamento alheio.
Caso não desfrutes a oportunidade de empenhar um dia de serviço aos irmãos mais necessitados do que nós mesmos, quando se te faça possível, oferece uma hora em favor deles, porquanto será mais proveitoso mobilizar alguns minutos na execução das boas obras que te omitires, junto delas, gelando a confiança e o ideal do bem nos irmãos de experiência e caminho.
Na ocasião em que não te vejas capaz de testemunhar alegria, nos instantes de crise, sem outro recurso senão aquele de exteriorizar um sorriso pobre, em auxílio de teu ambiente pessoal, será mais valioso esse pobre sorriso que qualquer palavra menos feliz tendente ao mergulho no desespero, agravando os problemas dos que te cercam, a esmolarem apoio e compreensão.
Ampara o bem dos outros, na garantia do teu próprio bem.
E quando não possas entregar o máximo qual desejas e tanto quanto se espera de ti, oferece o mínimo ao teu alcance, porquanto a ausência do melhor que se possa realizar é uma brecha ao pior talvez por surgir; e, por isto mesmo, o mínimo de bem será sempre uma luz dissipando as trevas que se adensam constantemente onde não há bem nenhum.
 Do livro Diálogo dos Vivos. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires.


DESAFIO À HUMILDADE
Irmão Saulo

Somos constantemente desafiados no campo de lutas da vida. A expressão de Emmanuel, definindo a situação em causa como um desafio à humildade, exige maior atenção de nossa parte. A pobre viúva no Templo de Jerusalém, vendo os ricos depositarem grandes somas no cofre, segundo a parábola evangélica, foi desafiada na sua humildade. Mas respondeu ao desafio de maneira positiva, depositando ali a sua ínfima contribuição.
De outra feita, após o Sermão do Monte, os após-tolos de Jesus foram desafiados na sua humildade pela multidão faminta que reclamava alimentos. Podiam omitir-se quando o Mestre lhes pediu o que levavam no bornal, alegando a insuficiência de seus recursos. Mas não vacilaram em entregar os poucos pães e peixes da merenda pobre que Jesus multiplicou para saciar a fome do povo.
Muitas vezes somos desafiados pelos que pedem socorro exibindo necessidades que não podemos atender. Mas se formos humildes poderemos dar pelo menos um pouco para aliviar a miséria. E se dermos o nosso pouco pensando no Mestre, talvez ocorra de novo o milagre da multiplicação. Porque, se dermos em espírito, estaremos dando mais do que o simples óbolo material.
O mesmo acontece em relação às dores, aflições e sofrimentos alheios. Quantas vezes somos procurados por pessoas que sofrem dores tão profundas que não temos recursos para cobrir aquele abismo de angústias. Mas se elevarmos o pensamento ao Mestre e dermos o que nos for possível, talvez nossas palavras, embora inseguras e descoloridas, possam levar ao sofredor o bálsamo do entendimento e da consolação. Em nossa vaidade desejaríamos proferir palavras milagrosas, mas em nossa humildade é que realmente poderemos produzir o milagre do socorro divino.
O desafio à humildade é também um convite à fé. Se conhecermos a nossa fragilidade e a nossa pobreza, conhecemos também o poder e a riqueza de Deus. Não é justo querermos resolver por nós os problemas alheios, quando não resolvemos os nossos. É vaidade e pretensão querer mostrar uma superioridade que não possuímos. Mas se tivermos humildade para reconhecer o que somos e fazer apenas o que podemos, nosso óbolo material ou moral será como o da viúva: pesará mais que o dos ricos.

Do livro Diálogo dos Vivos. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires.



O TALENTO DE TODOS

Na abastança ou na carência, na direção ou na subalternidade, não menosprezes agir e servir, porque o trabalho, nas concessões do espaço e do tempo, é o talento comum a todos, pelo uso do qual o espírito se engrandece, no rumo das Esferas Superiores a que se destina.
Por ele, as forças mais simples da natureza se movimentam na senda evolutiva, escalando os degraus do progresso para a subida aos cimos da experiência.
Com ele, o verme se agita e fecunda o seio da terra.
Através dele, esforça-se a semente e transforma-se na planta útil, a erigir-se em abençoada garantia do pão.
Aproveitando-o, a abelha se faz operária laboriosa, fabricando a excelência do mel.
Atendendo-lhe a inspiração, o manancial se desloca e, crescendo em possibilidades sempre mais vastas, converte-se no grande rio que apóia a civilização em torno do próprio sulco.
Tudo na paisagem que nos cerca é a exaltação desse talento realmente divino.
É por isso que dinheiro e saúde, cultura e inteligência, tanto quanto os números recursos que rodeiam o homem na Terra, subordinam-se ao trabalho, a fim de se agigantarem na produção e na multiplicação dos benefícios que lhes dizem respeito.
Não te deixes vencer pelas considerações negativas da tristeza, da revolta, do pessimismo ou da indisciplina, que estão sempre condicionando a ação que lhes é própria à exig~encia de remuneração.
Responde ao Senhor que te serve por intermédio do trabalho incessante da natureza com o trabalho infatigável de teu pensamento e de teus braços, de teu cérebro e de teu coração, para que te eleves à comunhão com o Amor Infinito.
Sem trabalho, a fé se resume à adoração sem proveito, a esperança não passa de flor incapaz de frutescência e a própria caridade se circunscreve a um jogo de palavras brilhantes, em torno do qual, os nus e os famintos, os necessitados e os enfermos costumam parecer, pronunciando maldições.
Trabalhe e viva.
Não admitas que a fortuna do tempo, emprestada a todos pela Bondade de Deus se dissipe em tuas mãos congelada no ideal inoperante.
Realmente, muitos desastres nos perseguem o caminho das experiências necessárias, em forma de falhas e fraquezas de nossas almas, à frente das Leis de Deus, mas de todos eles, o maior de todos é a preguiça, porque a preguiça é a protetora da ignorância e da penúria e, através da penúria e da ignorância, poderemos descer aos mais estranhos desequilíbrios do mal.

 DINHEIRO (Francisco Cândido Xavier – por Emmanuel)



TALENTOS
A pobreza não é criação do Todo-Misericordioso. Ela existe somente em função da ignorância do homem que, por vezes, se arroja aos precipícios da inconformação ou da ociosidade, gerando o desequilíbrio e a penúria.
Há talentos do Senhor distribuídos por todas as criaturas, em toda a parte.
Observa os elementos de trabalho que a vida te conferiu e não te esqueças de que a única fonte de origem e de sustentação da riqueza legítima é sempre o trabalho.
O ouro é talento com que se pode ampliar o progresso.
O apuro da inteligência é recurso de extensão da cultura.
A escassez é o processo da aquisição de nobres qualidades para quem aprende a servir
A alegria é fonte de estímulo.
A dor para quem se consagra à aceitação construtiva, é capaz de se transformar em manancial de humildade.
Cada qual de nós recebe na herança congênita do pretérito, as possibilidades de serviço que nos caracterizam as tendências no mundo, de acordo com os méritos e necessidades que apresentemos.
Em razão disso, é indispensável saibamos aproveitar o tempo, qual deve o tempo ser utilizado, de vez que os dias correm sobre os dias, até que o Senhor nos tome conta dos créditos, que generosamente nos emprestou.
Usa a compreensão que se desmanda no egoísmo e a provação que se perde na delinquência encontram-se, desamparadas por si mesmas, nas veredas do mundo.
Derrama o tesouro de amor que o Pai Celestial te situou no coração, através das bênçãos de fraternidade e simpatia, bondade e esperança para com os semelhantes e, em qualquer grupo social no qual te vejas, serás, invariavelmente, a criatura realmente feliz, sob as bênçãos da Terra e dos Céus.
LIVRO: DINHEIRO (Francisco Cândido Xavier – por Emmanuel)



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O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

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