APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

terça-feira, 22 de agosto de 2017

E.S.E. - CAPÍTULO XVI - ITEM 4 - JESUS EM CASA DE ZAQUEU



4 – E tendo entrado em Jericó, atravessava Jesus a cidade. E vivia nela um homem chamado Zaqueu, e era ele um dos principais entre os publicanos, e pessoa rica. E procurava ver Jesus, para saber quem era, e não o podia conseguir, por causa da muita gente, porque era pequeno de estatura. E correndo adiante, subiu a um sicômoro para o ver, porque por ali havia de passar. E quando Jesus chegou aquele lugar, levantando os olhos, ali o viu, e lhe disse: Zaqueu, desce depressa, porque importa que eu fique hoje em tua casa. E desceu ele a toda pressa, e recebeu-o gostoso. E vendo isto todos murmuravam, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um homem pecador. Entretanto Zaqueu, posto na presença do Senhor, disse-lhe: Senhor, eu estou para dar aos pobres metade dos meus bens, e naquilo em que eu tiver defraudado alguém, pagar-lho-ei quadruplicado. Sobre o que Jesus lhe disse: Hoje entrou a salvação nesta casa, porque este também é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que tinha perecido. (Lucas, XIX: 1-10)



TEXTOS DE APOIO



O SERVO BOM
  
A condenação das riquezas se firmara no espírito dos discípulos com profundas raízes, a tal ponto que, por várias vezes, foi Jesus obrigado a intervir, de maneira a pôr termo a contendas injustificáveis.
De vez em quando, Tadeu parecia querer impor aos assistentes das pregações do lago a entrega de todos os bens aos necessitados; Felipe não vacilava em afiançar que ninguém deveria possuir mais que uma camisa, constituindo uma obrigação tudo dividir com os infortunados, privando-se cada qual do indispensável à vida.
– E quando o pobre nos surge somente nas aparências? – replicava judiciosamente Levi – Conheço homens abastados que choram na coletoria de Cafarnaum, como miseráveis mendigos, apenas com o fim de se eximirem dos impostos. Sei de outros que estendem as mãos à caridade pública e são proprietários de terras dilatadas. Estaríamos edificando o Reino de Deus, se, favorecêssemos a exploração?
– Tudo isso é verdade. – Redargüia Simão Pedro. – Entretanto, Deus nos inspirará sempre, nos momentos oportunos, e não é por essa razão que deveremos abandonar os realmente desamparados.
Levi, porém, não se dava por vencido e retrucava:
– A necessidade sincera deve ser objeto incessante de nosso carinhoso interesse; mas, em se tratando dos falsos mendigos, é preciso considerar que a palavra de Deus nos tem vindo pelo Mestre, que nunca se cansa de nos aconselhar vigilância. É imprescindível não viciarmos o sentimento de piedade, ao ponto de prejudicarmos os nossos irmãos no caminho da vida.
O antigo cobrador de impostos supunha, assim, a sua maneira de ver ; mas Felipe, agarrando-se à letra dos ensinos, replicava com ênfase:
– Continuarei acreditando que é mais fácil a passagem de um camelo pelo fundo de uma agulha do que a entrada de um rico no Reino do Céu.
Jesus não participava dessas discussões, porém, sentia as dúvidas que pairavam no corarão dos discípulos e, deixando-os entregues ao seus raciocínios próprios, aguardava oportunidade para um esclarecimento geral.
***
Passava-se o tempo e as pequenas controvérsias continuavam acesas.
Chegara, porém, o dia em que o Mestre se ausentaria da Galiléia para a derradeira viagem a Jerusalém. A sua última ida a Jericó, antes do suplício, era aguardada cora curiosidade imensa. Grandes multidões se apinhavam nas estradas.
Um publicano abastado, de nome Zaqueu, conhecia o renome do Messias e desejava vê-la. Chefe prestigioso na sua cidade, homem rico e enérgico, Zaqueu era, porém, de pequena estatura, tanto assim que, buscando satisfazer ao seu desejo ardente, procurou acomodar-se sobre um sicômoro, levado pela ansiosa expectativa com que esperava a passagem de Jesus. Coração inundado de curiosidade e de sensações alegres, o chefe publicano, ao aproximar-se o Messias, admirou-lhe o porte nobre e simples, sentindo-se magnetizado pela sua indefinível simpatia. Altamente surpreendido, verificou que o Mestre estacionara a seu lado e lhe dizia com acento íntimo :
– Zaqueu, desce dessa árvore, porque hoje necessito de tua hospitalidade e de tua companhia.
Sem que pudesse traduzir o que se passava em seu coração, o publicano de Jericó desceu de sua improvisada galeria, possuído de imenso júbilo.
Abraçou a Jesus com prazer espontâneo e ordenou tôdas as providências para que o querido hóspede e sua comitiva fossem recebidos em casa com a maior alegria. O Mestre deu o braço ao publicano e escutava atento as suas observações mais insignificantes, com grande escândalo da maioria dos discípulos. “Não se tratava de um rico que devia ser condenado?” Perguntava. Felipe a si próprio.
E Simão Pedro refletia intimamente : – “Como justificar tudo isto, se Zaqueu é um homem de dinheiro e pecador perante a lei?”
A breves instantes, porém, toda a comitiva perpetrava na residência do publicano, que não ocultava o seu contentamento inexcedível. Jesus lhe seduzira as atenções, tocando-lhe as fibras mais íntimas do Espírito, com a sua presença generosa. Tratava-se de um hóspede bem-amado, que lhe ficaria eternamente no coração.
Aproximava-se o crepúsculo, quando Zaqueu mandou oferecer uma leve refeição a todo o povo, em sinal de alegria, sentando-se com Jesus e os seus discípulos sob um vasto alpendre. A palestra versava sobre a nova doutrina e, sabendo que o Mestre não perdia ensejo de condenar as riquezas criminosas do mundo, o publicano o esclarecia, com toda a sinceridade de sua alma :
– Senhor, é verdade que tenho sido observado como um homem de vida reprovável; mas, desde muitos anos, venho procurando empregar o dinheiro de modo que represente benefícios para todos os que me rodeiem na vida. Compreendendo Que aqui em Jericó havia muitos pais de família sem trabalho, organizei múltiplos serviços de criação de animais e de cultivo incessante da terra. Até de Jerusalém, muitas famílias já vieram buscar, em meus trabalhos, o indispensável recurso à vida!...
– Abençoado seja o teu esforço! – Replicou Jesus, cheio de bondade.
Zaqueu ganhou novas forças e murmurou:
– Os servos de minha casa nunca me encontraram sem a sincera disposição de servi-los.
– Regozijo-me contigo – exclamou o Messias – porque todos nós somos servos de Nosso Pai.
O publicano, que tantas vezes fora injustamente acusado, experimentou grande satisfação. A palavra de Jesus era uma recompensa valiosa à sua consciência dedicada ao bem coletivo. Extasiado, levantou-se e, estendendo ao Cristo as mãos, exclamou alegremente :
– Senhor, Senhor, tão profunda é a minha alegria, que repartirei hoje com todos os necessitados a metade dos meus bens e se nalguma coisa tenho prejudicado a alguém, indenizá-lo-ei, quadruplicadamente!...
Jesus o abraçou com um formoso sorriso e respondeu :
– Bem-aventurado és tu que agora contemplas em tua, casa a verdadeira salvação.
Alguns dos discípulos, notadamente Felipe e Simão, não conseguiam ocultar as suas deduções desagradáveis. Mais ou menos aterrados às leis judaicas e atentando somente no sentido literal das lições do Messias, estranhavam aquela afabilidade de Jesus, aprovando os atas de um rico do mundo, confessadamente publicano e pecador. E, como o dono da casa se ausentasse da reunião por alguns minutos, afim de providenciar sobre a vinda de seus filhos para conhecerem o Messias, Pedro e outros prorromperam numa chuva de pequeninas perguntas: Por que tamanha aprovação a um rico mesquinho? As riquezas não eram condenadas pelo Evangelho do Reino? Por que não se hospedaram numa casa humilde e sim naquela vivenda suntuosa, em contraposição aos ensinos da humildade? Poderia alguém servir a Deus e ao mundo de pecados?
O Mestre deixou que cessassem as interrogações e esclareceu, com generosa firmeza :
– Amigos, acreditais, porventura, que o Evangelho tenha vindo ao mundo para, transformar todos os homens em miseráveis mendigos? Qual a esmola maior: a que socorre as necessidades de um dia ou a que adota providências para uma vida inteira?
No mundo vivem os que entesouram na terra e os que entesouraram no céu. Os primeiros escondem suas possibilidades no cofre da ambição e do egoísmo e, por vezes, atiram moedas douradas ao faminto que passa, procurando livrar-se de sua presença; os segundos ligam suas existências a vidas numerosas, fazendo de seus servos e dos auxiliares de esforços a continuação de sua própria família.
Estes últimos sabem empregar o sagrado depósito de Deus e são seus mordomos fiéis, à face do mundo.
Os apóstolos ouviam-no espantados. Felipe, desejoso de se justificar, depois da argumentação incisiva do Cristo, exclamou:
– Senhor, eu não compreendia bem, porque trazia o meu pensamento fixado nos pobres que a vossa bondade nos ensinou a amar.
– Entretanto, Felipe – elucidou o Mestre – é necessário não nos perdermos em viciações do sentimento. Nunca ouviste falar numa terra pobre, numa arvore pobre, em animais desamparados? E, acima de tudo, nesses quadros da natureza a que Zaqueu procura atender, não vês o homem, nosso irmão? Qual será o mais infeliz: o mendigo sem responsabilidade, a não ser a de sua própria manutenção, ou de pai carregado de filhinhos a lhe pedirem pão?
Como André o observasse, com grande brilho nos olhos, maravilhado com as suas explicações, o Mestre acentuou:
– Sim, amigos! ditosos os que repartirem os seus bens com os pobres; mas, bem-aventurados também os que consagrarem suas possibilidades aos movimentos da vida, cientes de que o mundo é um grande necessitado, e que sabem, assim, servir a Deus com as riquezas que lhes foram confiadas!
***
Em seguida, Zaqueu mandou servir uma grande mesa ao Senhor e aos discípulos, onde Jesus partiu o pão, partilhando do contentamento geral. Impulsionado por um júbilo insopitável, o chefe publicano de Jericó apresentou seus filhos a Jesus e mandou que seus servos festejassem aquela noite memorável para o seu coração.
Nos terreiros amplos da casa, crianças e velhos felizes cantaram hinos de cariciosa ventura, enquanto jovens em grande número tocavam flautas, enchendo de harmonias o ambiente.
Foi então que Jesus, reunidos todos, contou a formosa parábola dos talentos, conforme a narrativa dos apóstolos, e foi também que, pousando enternecido e generoso olhar sobre a figura de Zaqueu, seus lábios divinos pronunciaram as imorredouras palavras: – “Bem-aventurado sejas tu, servo bom e fiel!”


Irmão X - Humberto de Campos - Do livro “Boa Nova”. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.





PRECONCEITO

"... Tendo-o visto, lhe disse: Zaqueu, apressai-vos em descer, porque é preciso que eu me aloje hoje em vossa casa. Zaqueu desceu logo e o recebeu com alegria. Vendo isso, todos murmuraram dizendo: Ele foi alojar-se na casa de um homem de má vida..."(Cap. XVI, ítem 4)

Diz-se que um indivíduo atingiu um bom nível ético quando pensa por si mesmo em termos gerais e críticos; quando dirige sua conduta conforme julgar correto, demonstrando assim independência interior; quando é autônomo para definir o bem e o mal, sem seguir fórmulas sociais; e, por fim quando não é escravo das suas crenças inconscientes, porque faz constante exercício de autoconhecimento.
Por nosso quadro de valores ter sido adquirido de forma não vivencial é que nosso mundo íntimo está repleto de e nosso nível ético encontra-se distante da realidade. Ter preconceitos é, pois, assimilar as coisas com julgamento preestabelecido, fundamentado na opinião dos outros.
Os preconceitos são as raízes de nossa infelicidade e sofrimento neurótico, pois deterioram nossa visão da vida como uma lasca que inflama a área de nosso corpo em que se aloja. Aceitamos esses valores dos adultos com quem convivemos, de uma maneira e forma tão sutis que nem percebemos.
Basta a criança observar um comentário sobre a sexualidade de alguém; ou a religião professada pelos vizinhos, para assimilar idéias e normas vivenciadas pelo adulto que promove a crítica. De maneira distorcida, baseia-se no julgamento de outrem, quando é válido somente o autojulgamento, apoiado sempre na análise dos fatos como realmente eles são.
Qual seria então tua visão atual a respeito do sexo, religião, raça, velhice, nação, política e outras tantas? Seriam formadas unicamente sem a influência dos outros? Será que tua forma de ver a tudo e a todos não estaria repleta de obstáculos formados pelos teus conceitos preestabelecidos?
Por não estares atento ao processo da vida em ti, é que precisas do juízo dos outros, tornando-te assim dependente e incapacitado diante de tuas condutas. Jesus de Nazaré demonstrou ser plenamente imune a qualquer influência alheia quanto a seus sentimentos e sentidos de vida, revelando isso em várias ocorrências de seu messiado terreno.
Ao visitar a casa de Zaqueu, não deu a mínima importância aos murmúrios maldizentes das criaturas de estrutura psicológica infantil, pois sabia caminhar discernindo por sim mesmo. Toda alma superior tem um sistema de valores não baseado em regras rígidas; avalia os indivíduos, atos e atitudes com seu senso interior, sentimentos, emoções e percepções intuitivas, tendo assim apreciações e comportamentos peculiares.
Para ela, cada situação é sempre nova e cada pessoa é sempre um mundo à parte. Em verdade, Cristoveio para os doentes que têm a coragem de reconhecer-se como tais, não porém para os sãos, ou para aqueles que se mascaram. Zaqueu, vencendo os próprios conceitos inadequados de chefe dos publicanos, derrubou as barreiras do personalismo elitista e rendeu-se à mensagem da Boa Nova.
Despojou-se do velho mundo que detinha na estrutura de sua personalidade e renovou-se com conceitos de vida imortal, aceitando-se como necessitado dos bens espirituais. Disse Jesu: "O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado".
Ao dizer isso, o Mestre se referia ao antigo mandamento de Moisés, que impedia toda e qualquer atividade aos sábados, e que Ele, por sabedoria e por ser desprovido de qualquer preconceito, entendia a serventia dessa lei para determinada época, porém queria agora mostrar aos homens que "as experiências passadas são válidas, mas precisam ser adequadas às nossas necessidades da realidade presente".
Nossos preconceitos são entraves ao nosso progresso espiritual.
Livro: Renovando Atitudes - Hammed – Francisco do Espírito Santo Neto




CONVERSÃO DE ZAQUEU
 LUCAS: capítulo 19º, versículo 1. Tendo entrado em Jericó, Jesus atravessava a cidade. — 2. Vivia ali um homem, chamado Zaqueu, que era dos principais entre os publicanos, rico, — 3, e que procurava ver a Jesus para o conhecer, o que não podia conseguir devido à multidão, pois que ele era de muito baixa estatura. — 4. Correndo então adiante de todos, subiu a um sicômono para o ver, porqüanto por alí havia Jesus de passar. — 5. Chegando ao lugar onde ele se achava, Jesus levantou os olhos, o viu e lhe disse: Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa. — 6. Zaqueu desceu a toda pressa e o recebeu com alegria. — 7. Todos os que Isso presenciaram murmuravam, por ter Ele ido hospedar-se em casa de um homem pecador. — 8. Entretanto, Zaqueu, prostrando-se diante do Mestre, lhe disse: Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens e, se nalguma coisa defraudei a alguém, restituir-lhe-ei o quádruplo. — 9. Sobre o que disse Jesus: Hoje entrou nesta casa a salvação, pois este também é filho de Abraão. — 10. Porque, o filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido. (142)

São fáceis de apreender-se as conseqüências deste fato. Jesus viera em socorro dos que se perdiam, conforme vimos ao apreciar a resposta por Ele dada aos discípulos Tiago e João, quando tiveram a idéia de pedir que descesse fogo do céu para consumir os Samaritanos que não os tinham querido receber (LUCAS, capítulo 9º, versículo 56.) Sua moral persuasiva frutificava nalguns corações e os que tratavam de pô-la em prática eram salvos, pois entravam no caminho do progresso rápido e contínuo.
Essa moral, sempre pura e reconfortante, temo-la hoje, no Evangelho, sob as nossas vistas. Mas, infelizmente, não cuidamos de aplicá-la, de a pôr em obras. Entretanto, sabemos que nos cumpre fazer como Zaqueu, isto é, apressar-nos em preparar a morada dos nossos corações para nela recebermos o Senhor, em ativar, pela purificação dos nossos Espíritos, a do planeta que habitamos. Aplicando-nos as palavras de Jesus, urge reparemos sem demora todo dano que houvermos causado aos nossos irmãos, depois de havermos feito um sério exame das nossas consciências. Assim procedendo, podemos, como Zaqueu, ouvir as palavras do Mestre, repercutindo suavemente no imo das nossas almas. Então, também seremos, como ele, “filhos de Abraão”, palavras que significam — “herdeiros do céu”.
ELUCIDAÇÕES EVANGÉLICAS- ANTONIO LUIS SAYAO




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O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES
LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

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