APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

terça-feira, 22 de agosto de 2017

E.S.E. CAPÍTULO XVI - ITEM 3 - GUARDAI-VOS DA AVAREZA



3 – Então lhe disse um homem da plebe: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo da herança. Porém Jesus lhe respondeu: Homem, quem me constitui a mim juiz, ou partidor, sobre vós outros? Depois lhe disse: Guardai-vos e acautelai-vos de toda avareza, porque a vida de cada um não consiste na abundância das coisas que possui. Sobre o que lhes propôs esta parábola, dizendo: O campo de um homem rico tinha dado abundantes frutos, e ele revolvia dentro de si estes pensamentos, dizendo: Que farei, que não tenho onde recolher os meus frutos? Farei isto, disse ele: derrubarei os meus celeiros e os farei maiores; e neles recolherei todas as minhas novidades, e os meus bens. E direi à minha alma: Alma minha, tu tens muitos bens em depósito para largos anos: descansa, come, bebe, regala-te. Mas Deus disse a este homem: Néscio, esta noite te virão demandar a tua alma, e as coisas que tu ajuntaste, para quem serão? Assim é o que entesoura para si, e não é rico para Deus. (Lucas, XII: 13-21).



TEXTOS DE APOIO



A VOZ DO EVANGELHO
       
Esparramado na poltrona, João Lício pensava.
Sem dúvida, fora feliz nos negócios. Enriquecera. Seu nome nos bancos indicava créditos de milhões.
Que aceitava o Espiritismo, aceitava. Nenhuma Doutrina mais consoladora. Mas daí a espalhar o que havia juntado, isso é que não.
Meditava, assim, por haver recebido na véspera a solicitação de duzentos mil cruzeiros, da parte de amigos, para salvar grande obra periclitante.
Para o montante do que possuía, a importância referida expressava migalha; entretanto, segundo refletia, já havia feito o possível. Dera grandes somas. Custeara a compra de vasto material. Cumprira com os preceitos da cooperação e da caridade.
Sentia-se exonerado de quaisquer compromissos.
Ainda assim, ouvira dizer que o Evangelho respondia a consultas e resolveu experimentar.
Levantou-se. Procurou o Novo Testamento e, após recolhê-lo, tornou a sentar-se.
Abriu indiscriminadamente. E caiu-lhe aos olhos a sentença de Jesus, no versículo dezenove do capítulo seis, das anotações do Apóstolo Mateus: - “Não ajunteis tesouros da Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem e onde os ladrões minam e roubam ...”
Como se houvesse recebido um choque, ponderou que o trecho não apresentava significação para ele, porque sempre dera muito a todas as instituições de caridade.
Abrira outra vez. O Livro Divino, decerto, lhe reservava alguma consolação.
Repetiu o movimento e as páginas lhe mostraram o versículo dez do capítulo dezessete, doa apontamentos de Lucas, em que Jesus assim se expressa: - “Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que deveria fazer.”
Surpreendeu-se mais ainda. O evangelho como que o chamava a brios.
Nervoso, inquieto, consultou pela terceira vez. E o Livro aberto exibiu o versículo vinte do capítulo doze, igualmente das lições de Lucas, em que a voz do Senhor solta esta frase: - “Louco, esta noite pedirão tua alma... E o que tens ajuntado para quem será?”
João Lício fechou o volume com mãos trêmulas. Espantado, tangido no íntimo, encerrou a consulta. E, tomando o chapéu, saiu, procurando os amigos de modo a ver como poderia ajudar.
 Hilário Silva -  Psicografia: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira - Livro: A Vida Escreve



OPINIÕES CONTRADITÓRIAS
  Francisco C. Xavier

Num grupo de companheiros, dialogávamos sobre os problemas da sovinice. As opiniões eram contraditórias. Depois de muita argumentação em desencontro, um amigo expôs a avareza como sendo uma enfermidade da mente, que deve ser tratada com os princípios religiosos, notadamente os princípios espíritas, que são verdadeiros medicamentos para a alma. Com essa idéia a prevalecer, fomos à prece e ao estudo.
O Evangelho Segundo o Espiritismo nos deu para meditar o item 3 do capítulo XVI – "Preservar-se da avareza”. E depois de novos comentários sobre o tema, o nosso Cornélio Pires deixou-nos o soneto Avareza é Obsessão.


AVAREZA E OBSESSÃO

O sovina Chichico da Planura
Foi à sessão no Ingá, pedindo ao Guia:
– “Não me deixes, irmão, nesta agonia,
Carrego obsessão, treva, loucura...”

O Guia esclareceu, em voz segura:
– “Meu amigo, a melhora principia
Em gastar para o bem. Serve e auxilia.
Caridade é socorro, amparo e cura...”

Mas Chichico, escutando esse conselho,
Levantou-se, tossiu, ficou vermelho
E gritou para a médium Nhã Lilica :

– “Custei muito a ganhar o meu dinheiro.
Não quero falação de zombeteiro.
Este espírito mau nunca foi guia.”

Cornélio Pires - Do livro Amanhece. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.



DINHEIRO E CARÊNCIA

Bezerra de Menezes

...filhos, quando puderdes, semeai a felicidade para os vossos irmãos na Terra: quanto nos seja possível, sirvamos.
...tempo é também depósito de Deus em nossas mãos.
Aqui, na Vida Espiritual, não se vos perguntará quanto aos títulos que usastes, nessa ou naquela esfera de atividade humana e sim sereis inquiridos quanto às dores que atenuastes, às lágrimas que suprimistes!
...amemo-nos! Tudo é bênçãos quando convertemos as lutas e os valores do mundo em bênçãos para a vida.
Abençoemos a nossa oportunidade de trabalhar.
...em todas as circunstâncias, preservemos a tranquilidade para servir, em todas as provações, imunizemo-nos contra a discórdia e reunamos nossas energias para realizar a tarefa a que fomos chamados.
E sejam quais forem os problemas, entendamos nossas mãos uns aos outros fraternalmente, para que o tempo, patrimônio do Senhor, não se perca em nossos passos.
...agradeçamos à Divina Providência o Dom de compreender a verdade e o ensejo de trabalhar na concretização do melhor ao nosso alcance.
...todos os elementos do mundo são ingredientes necessários à luz de nosso próprio burilamento.
...dinheiro é instrumento do Senhor para todos os que se decidem a servi-lo na pessoa dos semelhantes e carência de recursos materiais é outra vantagem do Senhor para todos os que lhe sabem acatar os desígnios, transformando-a em trabalha renovador.
...dor é bênção e alegria é bênção.
Dificuldade é via de acesso à vitória nos ideais que nos propomos alcançar e facilidade é caminho para sustentarmos o triunfo a que aspiramos no desempenho dos propósitos de Jesus.
...tudo na Terra e na vida é apelo a que trabalhemos mais, servindo mais. À face disso, que a compreensão real do Evangelho, nos felicite, inspirando-nos a materializar, com mais segurança, as esperanças do Cristo a nosso respeito.
...não nos deixemos envolver por dúvidas e sombras e dissensões.
O grande remédio para todas as aflições será sempre trabalhar mais e servir mais, entregando ao Senhor a parte dos problemas que não nos seja possível resolver.
...unamo-nos portanto, filhos queridos, e acalentando a alegria em nosso corações, sigamos ao encontro do futuro, na certeza de que Jesus nos sustentará.
De mensagem recebida em 29.8.1964. Psicografia Chico Xavier - Livro "Bezerra, Chico e Você"


BENS EXTERNOS

“A vida de um homem não consiste na abundância das coisas que possui”.  JESUS (Lucas 12:15)

“A vida de um homem não consiste na abundância das coisas que possui”.

A palavra do Mestre está cheia de oportunidade para quaisquer círculos de atividade humana, em todos os tempos.
Um homem poderá reter vasta porção de dinheiro.
Porém, que fará dele?
Poderá exercer extensa autoridade.
Entretanto, como se comportará dentro dela?
Poderá dispor de muitas propriedades.
Todavia, de que modo utiliza os patrimônios provisórios?
Terá muitos projetos elevados.
Quantos edificou?
Poderá guardar inúmeros ideais de perfeição.
Mas estará atendendo aos nobres princípios de que é portador?
Terá escrito milhares de páginas.
Qual a substância de sua obra?
Contará muitos anos de existência no corpo.
No entanto, que fez do tempo?
Poderá contar com numerosos amigos.
Como se conduz perante as afeições que o cercam?
Nossa vida não consiste da riqueza numérica de coisas e graças, aquisições nominais e títulos exteriores. Nossa paz e felicidade dependem do uso que fizermos, onde nos encontramos hoje, aqui e agora, das oportunidades e dons, situações e favores, recebidos do Altíssimo.
Não procures amontoar levianamente o que deténs por empréstimo.
Mobiliza, com critério, os recursos depositados em tuas mãos.
O Senhor não te identificará pelos tesouros que ajuntaste, pelas bênçãos que retiveste, pelos anos que viveste no corpo físico.
Reconhecer-te-á pelo emprego dos teus dons, pelo valor de tuas realizações e pelas obras que deixaste, em torno dos próprios pés.

Emmanuel - Do livro Caminho Verdade e Vida. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.



PENÚRIA E RIQUEZA

 Penúria e riqueza, na essência, não constam dos elementos que possuímos, mas do sentimento que nos possui.
A grandeza das concessões de Deus pontilha a rota do homem desde a hora primeira em que se lhe estrutura o berço no campo humano.
Tudo se conta, em derredor de seus passos, pelo diapasão da previdência constante.
Ante a melodia silenciosa da renúncia materna, todas as circunstâncias se conjugam favoráveis à criatura para que se desenvolva e ocupe o lugar que a Misericórdia Divina lhe marcou.
O lar e o sol, a escola e o conhecimento, o trabalho e a amizade enriquecem-lhe todos os marcos, em demanda à tarefa que lhe compete cumprir.
Entretanto, muitas vezes, pela vocação da sovinice impenitente, recolhe o ouro do mundo para erigir com ele o túmulo suntuoso em que se lhe sepulta a esperança e recebe a benção do amor para transforma-la na algema que o encarcera, por vezes, no purgatório do sofrimento.
Reter para si somente os bens que a vida espalha é gerar os males reais que nos sitiam a senda e valer-se dos males aparentes da jornada terrestre convertendo-os em valores de entendimento e de aprendizado é criar em si próprio o bem justo que se fará o bem de todos.
Não nos fixemos na reprovação contra os irmãos aprisionados nos enganos da fortuna passageira e sim auxiliemo-los, sem exigência, a compreender a importância do dinheiro e do tempo para a execução das boas obras.
Eleva a própria alma ao trabalho constante suscetível de gerar os patrimônios mais elevados da vida e estudando e aprendendo, auxiliando e amando, na abastança ou na carência de recursos materiais, terás o coração a fulgir no caminho, por brilhar em ti mesmo qual estrela da bênção.


 DINHEIRO (Francisco Cândido Xavier – por Emmanuel)



AVAREZA

"E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de cada um não consiste na abundância das coisas que possui."  - (LUCAS, 12:15.)

Fujamos à retenção de qualquer possibilidade sem espírito de serviço.
Avareza não consiste apenas em amealhar o dinheiro nos cofres da mesquinhez.
As próprias águas benfeitoras da Natureza, quando encarceradas sem preocupação de benefício, costumam formar zonas infecciosas. Quem vive à cata de compensações, englobando-as ao redor de si, não passa igualmente de avaro infeliz.
Toda avareza é centralização doentia, preparando metas de sofrimento.
Não basta saber pedir, nem basta a habilidade e a eficiência em conquistar. É preciso adquirir no clima do Cristo, espalhando os benefícios da posse temporária, para que a própria existência não constitua obstáculo à paz e à alegria dos outros. Inúmeros homens, atacados pelo vírus da avareza, muito ganharam em fortuna, autoridade e inteligência, mas apenas conseguiram, ao termo da experiência, a perversão dos que mais amavam e o ódio dos que lhes eram vizinhos.
Amontoaram vantagens para a própria perda. Arruinaram-se, envenenando, igualmente, os que lhes partilharam as tarefas no mundo. Recordemos a palavra do Mestre Divino, gravando-a no espírito.
A vida do homem não consiste na abundância daquilo que possui, mas na abundância dos benefícios que esparge e semeia, atendendo aos desígnios do Supremo Senhor.

Livro: Vinhas de Luz - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier



EMPREGO DE RIQUEZAS

 “Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de alguém não consiste da abundância daquilo que possui.
- - JESUS - LUCAS, 12: 15.

“Se a riqueza somente males houvesse de produzido Deus não a teria posto na Terra. ”cap.16;7.

Foge de reprovar todos aqueles que transitam na Terra sob a cruz do dinheiro, a definir-se, freqüentemente, por fardo de aflição.
Não somente os depósitos amoedados podem ser convertidos em trabalho renovador e santificante Todas as disponibilidades da natureza são forças neutras.
O ouro e o vapor, a eletricidade e o magnetismo não são maus e nem bons em si mesmos; o uso é o denominador comum que lhes revela os bens ou os males decorrentes do controle e da bens ou os orientação que lhes imprimimos.
Meditemos na utilização daquelas outras riquezas que nos felicitam a cada hora.
No teste individual, é desnecessário ir longe para a justa demonstração.
Ouçamos a consciência sobre o aproveitamento de todas as preciosas possibilidades do corpo que nos patenteiam a mente.
Diante de uma cena suspeitosa, observemos a conduta que distamos aos olhos para que nos auxiliem a fixar as imagens edificantes, com espontâneo desinteresse por todos os ingredientes capazes de formar o vinagre da Injúria.
Escutando essa ou aquela notícia inusitada, reparemos a diretriz que impomos aos próprios Ouvidos, de modo a que retenham o melhor das informações recolhidas, a fim de que a nossa palavra se abstenha de tudo o que possa constituir agravo a instituições e pessoas.
A frente do trabalho, é preciso anotar que espécie de comportamento indicamos aos nossos implementos de manifestação, para que não nos disponhamos a enlaçar os deveres que nos competem, com flagrante prejuízo dos outros.
Em assuntos do sentimento, será forçoso perguntar, no íntimo, quanto ao procedimento que sugerimos aos nossos recursos de expressão afetiva, para que, em nome do amor, não venhamos a precipitar corações sensíveis e generosos em abismos de criminalidade e desilusão.
Reflitamos nos talentos divinos que nos abençoam, em todas as esferas da existência e, desejando felicidade e vitória, a todos os nossos amigos que se movimentam, no mundo, sob o peso da fortuna transitória, com difíceis problemas a resolver, anotemos com Imparcialidade como empregamos, dia a dia, os créditos do tempo e os tesouros da vida, para que venhamos a saber com segurança o que estamos; fazendo realmente de nós.

Emmanuel - do livro:  O Livro da Esperança - Psicografado por Francisco Cândido Xavier






RECURSOS

  “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza, porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.” – JESUS (Lucas, 12:15.)

  Freqüentemente, quando nos referimos à propriedade, recordamos, de imediato, posses e haveres de expressão material e reconstituímos na lembrança a imagem dos nossos amigos que carregam compromissos coma fortuna terrestre, como se eles fossem os únicos responsáveis pelo equilíbrio do mundo. Entretanto, assim agindo, escorregamos inconscientemente para a fuga de nossos próprios deveres, sem que isso nos isente das obrigações assumidas.
  Simbolicamente, todos retemos capitais a movimentar, de vez que, em cada estância regeneradora ou evolutiva em que nos encontraremos, somos acompanhados por valiosos créditos de tempo, através dos quais a Divina Providência nos considera iguais pela necessidade e, simultaneamente, nos diferencia uns dos outros pela aplicação individual que fazemos deles.
  Somos todos, desse modo, convocados não apenas a empregar dinheiro, mas também saúde, condição, profissão, habilidade, entendimento, cultura, relações e possibilidades outras de que sejamos detentores, em favor dos outros, porquanto pelas nossas próprias ações somos valorizados ou depreciados, enriquecidos ou podados em nossos recursos pela Contabilidade da Eterna Justiça.
  Permaneçamos, assim, atentos às menores oportunidades de ajudar que se nos ofereçam, na experiência cotidiana, aproveitando-as, quanto possível, porque, se as nossas reservas de tempo estão sendo realmente depositadas no Fundo de Serviço ao Próximo, no Banco da Vida, a Carteira do Suprimento Espontâneo nos enviará, estejamos onde estivermos, os dividendos de auxílio e felicidade a que tenhamos direito, sem que haja, de nossa parte, nem mesmo a preocupação de sacar.



Francisco Cândido Xavier - Livro Ceifa de Luz - Pelo Espírito Emmanuel




SUPER-CULTURA   E   CALAMIDADES   MORAIS

  “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será?” – JESUS. (Lucas, 12:20).

  Não basta ajuntar valores materiais para garantia de felicidade.
  A supercultura consegue atualmente na Terra feitos prodigiosos, em todos os reinos da Natureza física, desde o controle das forças atômicas às realizações da Astronáutica. No entanto, entre os povos mais adiantados do Planeta, avançam duas calamidades morais do materialismo, corrompendo-lhes as forças: o suicídio e a loucura, ou, mais propriamente a angustia e a obsessão.
  É que o homem não se aprovisiona de reservas espirituais à custa de máquinas. Para suportar os atritos necessários à evolução e aos conflitos resultantes da luta regenerativa, precisa alimentar-se com recursos da alma e apoiar-se neles.
  Nesse sentido, vale recordar o sensato comentário de Allan Kardec, no item 14, do Capítulo V, de “O Evangelho segundo o espiritismo”, sob a epígrafe “O Suicídio e a Loucura”:
  “A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio. Com efeito, é certo que a maioria dos casos de loucura se devem à comoção produzida pelas vicissitudes que o homem não tem a coragem de suportar. Ora, se encarando as coisas deste mundo, da maneira por que o Espiritismo faz que ele as considere, o homem recebe com indiferença, mesmo com alegria, os reveses e as decepções que o houveram desesperado noutras circunstâncias, evidente se torna que essa força, que o coloca acima dos acontecimentos, lhe preserva de abalos a razão, os quais, se não fora isso, o conturbariam”.
  Espíritas, amigos! Atendamos à caridade que suprime a penúria do corpo, mas não menosprezemos o socorro às necessidades da alma! Divulguemos a luz da Doutrina Espírita! Auxiliemos o próximo a discernir e pensar.



 Francisco Cândido Xavier - Livro Ceifa de Luz - Pelo Espírito Emmanuel



QUE PEDES?

"Louco, esta noite te pedirão a tua alma." - Jesus. (LUCAS, 12:20.)

Que pedes à vida, amigo?
Os ambiciosos reclamam reservas de milhões.
Os egoístas exigem todas as satisfações para si somente.
Os arbitrários solicitam atenção exclusiva aos caprichos que lhes são próprios.
Os vaidosos reclamam louvores.
Os invejosos exigem compensações que lhes não cabem.
Os despeitados solicitam considerações indébitas.
Os ociosos pedem prosperidade sem esforço. Os tolos reclamam divertimentos sem preocupação de serviço.
Os revoltados reclamam direitos sem deveres. Os extravagantes exigem saúde sem cuidados.
Os impacientes aguardam realizações sem bases.
Os insaciáveis pedem todos os bens, olvidando as necessidades dos outros.
Essencialmente considerando, porém, tudo isto é verdadeira loucura, tudo fantasia do coração que se atirou exclusivamente à posse efêmera das coisas mutáveis.
Vigia, assim, cautelosamente, o plano de teus desejos.
Que pedes à vida?
Não te esqueças de que, talvez nesta noite, pedirá o Senhor a tua alma.



Livro: Vinhas de Luz - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier



LUCROS

"E o que tens ajuntado para quem será?" - Jesus.   (LUCAS, 12:20.)

Em todos os agrupamentos humanos, palpita a preocupação de ganhar. O espírito de lucro alcança os setores mais singelos. Meninos, mal saídos da primeira infância, mostram-se interessados em amontoar egoisticamente alguma coisa. A atualidade conta com mães numerosas que abandonam seu lar a desconhecidos, durante muitas horas do dia, a fim de experimentarem a mina lucrativa. Nesse sentido, a maioria das criaturas converte a marcha evolutiva em corrida inquietante.
Por trás do sepulcro, ponto de chegada de todos os que saíram do berço, a verdade aguarda o homem e interroga:
- Que trouxeste?
O infeliz responderá que reuniu vantagens materiais, que se esforçou por assegurar a posição tranqüila de si mesmo e dos seus.
Examinada, porém, a bagagem, verifica-se, quase sempre, que as vitórias são derrotas fragorosas. Não constituem valores da alma, nem trazem o selo dos bens eternos.
Atingida semelhante equação, o viajor olha para trás e sente frio. Prende-se, de maneira inexplicável, aos resultados de tudo e que aconteceu na Crosta da Terra. A consciência inquieta enche-se de nuvens e a voz do Evangelho soa-lhe aos ouvidos: Pobre de ti, porque teus lucros foram perdas desastrosas! "E o que tens ajuntado para quem será?"

Emmanuel - Do livro Caminho, Verdade e Vida  de Chico Xavier




ESTA NOITE

"Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?" - Jesus (Lucas, 12:20) 

Não basta ajuntar valores materiais para a garantia da felicidade
A super-cultura consegue atualmente na Terra feitos prodigiosos em todos os ramos da Natureza física, desde o controle das forças atômicas às realizações da Astronáutica.
No entanto, entre os povos mais adiantados do Planeta avançam duas calamidades morais do materialismo corrompendo-lhe as forças: o suicídio e a loucura, ou, mais propriamente, a angústia e a obsessão.
É que o homem não se aprovisiona de reservas espirituais à custa de máquinas.
Para suportar os atritos necessários à evolução e aos conflitos resultantes da luta regenerativa, precisa alimentar-se com recursos da alma e apoiar-se neles.
Nesse sentido, vale recordar o sensato comentário de Allan Kardec no item 14 do Capítulo V de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", sob a epígrafe "O Suicídio e a Loucura":
"A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio.
Com efeito, é certo que a maioria dos casos de loucura se deve à comoção produzida pelas vicissitudes que o homem não tem a coragem de suportar.
Ora, se encarando as coisas deste mundo da maneira por que o Espiritismo faz que ele as considere, o homem recebe com indiferença, mesmo com alegria, os reveses e as decepções que o houveram desesperado noutras circunstâncias, evidente se torna que essa força o coloca acima dos acontecimentos, lhe preserva de abalos a razão, os quais, se não fora isso, a conturbariam".
Espíritas, amigos!
Atendamos à caridade que suprime a penúria do corpo, mas não menosprezemos o socorro às necessidades da alma!
Divulguemos a luz da Doutrina Espírita!
Auxiliemos o próximo a discernir e pensar.
De Segue-me!, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel


AVAREZA

O avarento dos bens materiais é credor de reprovação, mas o avarento do amor é digno de lástima.
O primeiro se esconde num poço dourado, o segundo mergulha-se nas sombras do coração.
O sovina da fortuna amoedada retém pedras, metais e papéis de valor convencional, que a vida substitui na provisão de recursos à comunidade, mas o sovina da alma retém a fonte da felicidade e da paz, da esperança e do bom ânimo que constitui alimento indispensável à própria vida.
O primeiro teme gastar bagatelas e arroja-se à enfermidade e à fome.
O segundo teme difundir os conhecimentos superiores de que se enriquece e suscita a incompreensão, ao redor dos próprios passos.
O sovina da riqueza física encarcera-se no egoísmo.
O sovina das bênçãos da alma gera a estagnação onde se encontra, envolvendo-se ele mesmo em nevoeiro perturbador.
Ainda que não possuas dinheiro com que atender ás necessidades do próximo, não olvides o tesouro de dons espirituais que o Senhor te situou no cerne da própria alma.
Auxilia sempre.
Mais se faz útil quem mais se dedica aos semelhantes amparando-lhes a vida.
As casas bancárias e as bolsas repletas podem guardar a fria correção dos números sem consciência, mas o coração daquele que ama é sol a benefício das criaturas, convertendo a dificuldade e a dor, a desventura e a escassez em recursos prodigiosos, destinados à humana sustentação.

XAVIER, Francisco Cândido. Dinheiro. Pelo Espírito Emmanuel.


ESTUDANDO A RIQUEZA
Não é somente o Rico da Parábola o grande devedor diante da vida.
A fortuna amoedada é, por vezes, simples cárcere.
Há outros avarentos que devemos recordar em nossa viagem para a Luz Maior.
Temos conosco, os sovinas da inteligência, que se ocultam nas floridas trincheiras da inércia;
os abastados da saúde que desamparam os aflitos e os doentes;
os privilegiados da alegria que cerram as portas aos tristes, isolando-se no oásis de prazer;
os felizes da fé que procuram a solidão, a pretexto de se preservarem contra o pecado;
os expoentes da mocidade que menosprezam a velhice;
os favorecidos da família terrestre, que olvidam os andarilhos da penúria que vagueiam sem lar.
Todos esses ricos da experiência comum contraem pesados débitos para com a Humanidade.
Lembremo-nos de que o Tesouro Real da Vida está em nosso coração.
Quem não pode doar algo de si mesmo, na boa vontade, no sorriso fraterno ou na palavra sincera de bondade e encorajamento, debalde estenderá as mãos recheadas de ouro, porque só o amor abre as portas da plenitude espiritual e semeia na Terra a luz da verdadeira caridade, que extingue o mal e dissipa as trevas.
A pobreza é mera ficção.
Todos temos algo.
Todos podemos auxiliar.
Todos podemos servir.
E, consoante a palavra do Mestre, “o maior na vida será sempre aquele que se fizer o devotado servidor de todos.”

 Livro: DINHEIRO (Francisco Cândido Xavier – por Emmanuel)




A LIÇÃO DO ESSENCIAL

Discorriam os discípulos, entre si, quanto às coisas essenciais ao bem-estar, quando o Senhor, assumindo a direção dos pensamentos em dissonância, acrescentou:
— É indispensável que a criatura entenda a própria felicidade para que se não transforme, ao perdê-la, em triste fantasma da lamentação.
Longe das verdades mais simples da Natureza, mergulha-se o homem na onda pesada de fantasiosos artifícios, exterminando o tempo e a vida, através de inquietações desnecessárias.
E como quem recordava incidente adequado ao assunto, interrompeu-se por alguns instantes e retomou a palavra, comentando: — Ilustre dama romana, em companhia dum filhinho de cinco anos, dirigia-se da cidade dos Césares para Esmirna, em luxuosa galera de sua pátria.
Ao penetrar na embarcação, fizera-se acompanhar de dois escravos, carregados de volumosa bagagem de jóias diferentes: colares e camafeus, braceletes e redes de ouro, adornados com pedrarias, revelavam-lhe a predileção pelos enfeites raros.
Todo o pessoal de serviço inclinou-se, com respeito, ao vê-la passar, tão elevada era a expressão do tesouro que trazia para bordo.
Tão logo se fez o barco ao mar alto, a distinta senhora converteu-se no centro das atenções gerais.
Nas festas de cordialidade era o objetivo de todos os interesses pelos adornos brilhantes com que se apresentava.
A excursão prosseguia tranqüila, quando, em certa manhã ensolarada, apareceu o imprevisto.
O choque em traiçoeiro recife abre extensa brecha na galera e as águas a invadem.
Longas horas de luta surgem com a expectativa de refazimento; entretanto, um abalo mais forte leva o navio a posição irremediável e alguns botes descidos são colocados à disposição dos viajantes para os trabalhos de salvamento possível.
A ilustre patrícia é chamada à pressa.
O comandante calcula a chegada a porto próximo em dois dias de viagem arriscada, na hipótese de ventos favoráveis.
A jovem matrona abraça o filhinho, esperançosa e aflita.
Dentro em pouco ela atinge o pequeno barco de socorro, sustentando a criança e pequeno pacote em que os companheiros julgaram trouxesse as jóias mais valiosas.
Todavia, apresentando o conteúdo aos poucos irmãos de infortúnio que seguiriam junto dela, exclamou:
— “Meu filho é o que possuo de mais precioso e aqui tenho o que considero de mais útil”.
O insignificante volume continha dois pães e dez figos maduros, com os quais se alimentou a reduzida comunidade de náufragos, durante as horas aflitivas que os separavam da terra firme.
O Mestre repousou, por alguns segundos, e acrescentou: — A felicidade real não se fundamenta em riquezas transitórias, porque, um dia sempre chega em que o homem é constrangido a separar-se dos bens exteriores mais queridos ao coração.
Os loucos se apegam a terras e moinhos, moedas e honras, vinhos e prazeres, como se nunca devessem acertar contas com a morte.
O espírito prudente, porém, não desconhece que todos os patrimônios do mundo devem ser usados para nosso enriquecimento na virtude e que as bênçãos mais simples da Natureza são as bases de nossa tranqüilidade essencial.
Procuremos, pois, o Reino de Deus e sua justiça, tomando à Terra o estritamente necessário à manutenção da vida física e todas as alegrias ser-nos-ão acrescentadas.

Neio Lúcio - Do Livro Jesus no Lar  - Francisco C. Xavier





O RICAÇO DISTRAÍDO

Existiu um homem devoto que chegou ao céu e, sendo recebido por um anjo do Senhor, implorou, enlevado:
-  Mensageiro Divino, que devo fazer para vir morar, em definitivo, ao lado de Jesus?
-  Faze o bem – informou o Anjo – e volta mais tarde.
-  Posso rogar-te recursos para semelhante missão?
-  Pede o que desejas.
-  Quero dinheiro, muito dinheiro, para socorrer o meu próximo.
O emissário estranhou o pedido e considerou:
-  Nem sempre o ouro é o auxiliar mais eficiente para isso.
- Penso, contudo, meu santo amigo, que, sem o ouro, é muito difícil praticar a caridade.
-  E não temes as tentações do caminho?
-  Não.
- Terás o que almejas – afirmou o mensageiro -, mas não te esqueças de que o tesouro de cada homem permanece onde tem o coração, porque toda alma reside onde coloca o pensamento. Tuas possibilidades materiais serão multiplicadas. No entanto, não ouvides que as dádivas divinas, quando retidas despropositadamente pelo homem, sem qualquer proveito para os semelhantes, transformam-no em prisioneiro delas. A lei determina sejamos escravos dos excessos a que nos entregarmos.
Prometeu o homem exercer a caridade, servir extensamente e retornou ao mundo.
Os Anjos da Prosperidade começaram, então, a ajudá-lo.
Multiplicaram-lhe, de início, as peças de roupa e os pratos de alimentação; todavia, o devoto já remediado suplicou mais roupas e mais alimentos.
Deram-lhe casa e haveres. Longe, contudo, de praticar o bem, considerava sempre escassos os bens que possuía e rogou mais casas e mais haveres. Trouxeram-lhe rebanhos e chácaras, mas o interessado em subir ao paraíso pela senda da caridade, temendo agora a miséria, implorou mais rebanhos e mais chácaras. Não cedia um quarto, nem dava uma sopa a ninguém, declarando-se sem recursos para auxiliar os necessitados e esperava sempre mais, a fim de distribuir algum pão com eles. No entanto, quanto mais o Céu lhe dava, mais exigia do Céu.
De expontâneo e alegre que era, passou a ser desconfiado, carrancudo e arredio.
Receando amigos e inimigos, escondia grandes somas em caixa forte, e quando envelheceu, de todo, veio a morte, separando-o da imensa fortuna.
Com surpresa, acordou em espírito, deitado no cofre grande.
Objetos preciosos, pedaços de ouro e prata e vastas pilhas de cédulas  usadas serviam-lhe de leito.
Tinha fome e sede, mas não podia servir-se das moedas; queria a liberdade, porém, as notas de banco pareciam agarrá-lo, à maneira de visco retentor de pássaro cativo.
- Santo Anjo! – gritou, em pranto – vem! Ajuda-me a partir, em direção à Casa Celestial!...
O mensageiro dignou-se a baixar até ele e, reparando-lhe o sofrimento, exclamou:
-  É muito tarde para súplicas! Estás sufocado pelas correntes de facilidades materiais que o Senhor te confiou, porque a fizeste rolar tão-somente em torno de ti, sem qualquer benefício para os irmãos de luta e experiência...
-  E que devo fazer – implorou o infeliz – para retomar a paz e ganhar o paraíso?
O Anjo pensou, pensou... e respondeu:
- Espalha com proveito as moedas que ajuntas-te inutilmente, desfaze-te da terra vasta que retiveste em vão, entrega à circulação do bem todos os valores que recebeste do Tesouro Divino e que amontoaste em derredor de teus pés, atendendo ao egoísmo, à vaidade, à avareza e à ambição destrutiva e, depois disso, vem a mim para retomarmos o entendimento efetuado a sessenta anos...
Reconhecendo, porém, o homem que já não  dispunha de um corpo de carne para semelhante serviço, começou a gritar e blasfemar, como se o inferno estivesse morando em sua própria consciência.

Francisco Cândido Xavier,  Da obra: Alvorada Cristã. Ditado pelo Espírito Neio Lúcio.



POSSES TERRESTRES

“... Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens ajuntado para quem será?” - Jesus (Lucas, 12:20)

Do ponto de vista da posse, de que disporá o homem, que realmente lhe pertença?
O corpo é uma bênção que lhe foi concedida pelos pais, em nome do amor eterno que rege a vida.
A família é uma equipe de corações afins e menos afins, em que ele estagia.
Os laços afetivos em que se motiva para trabalhar e viver podem ser mudados os subtraídos, a qualquer tempo.
O nome é uma doação do registro civil que o arrola nos acervos da estatística para definir-lhe o nascimento e a situação.
As potências mentais e os recursos físicos que se lhe erigem por instrumentos sutis de manifestação, muita vez são suscetíveis de sofrer temporárias cassações, dentro dos princípios de causa e efeito.
O prestígio social é um movimento digno, mas claramente mutável, entretecido pelas opiniões de amigos e adversários.
O conhecimento intelectual é um quadro de afirmações provisórias, no edifício da evolução, de que ele compartilha sem ser o responsável.
A fortuna material é um empréstimo dos Poderes Superiores que, não raro, lhe escapa ao controle, quando menos espera.
Tudo o que a criatura humana possui é tão-somente obséquio, concessão, favor ou benefício da Providência Divina ou da Bondade Humana.
Todos temos efetivamente de nós unicamente a nossa própria alma e, já que somos usufrutuários de todos os  bens da vida, estejamos constantemente prevenidos para  dar conta de nós próprios, ante as Leis do Destino, no tocante a uso e proveito, rendimento e administração.
Se aspiras o título de obreiro do Senhor, não olvides que o mundo é um campo imenso de trabalho para a lavoura do bem.
Do escuro menosprezo da Terra fez Jesus o caminho radiante para os Céus.

 Livro: ALVORADA DO REINO - Francisco Cândido Xavier - Emmanuel




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O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES
LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

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