CORPO FÍSICO
Alguns daqueles que abordam a luz renovadora dos
princípios espíritas, deslumbram-se diante das perspectivas do Universo,
enternecem-se com as revelações da imortalidade, capacitam-se da grandeza da
vida e, quase sem perceber, se alheiam do corpo físico que lhes serve de
bendito instrumento ao desempenho de valiosos encargos na estância terrestre.
Há mesmo quem chegue a desprezá-lo, no pressuposto de que semelhante
comportamento lhes abrevia o trabalho de burilamento moral.
Simples ilusão dos que se ausentam da lógica que orienta
os processos da natureza.
Antes que o pão abrilhante a mesa, o trigo que lhe deu forma
passou pelo claustro materno da terra benfazeja, a fim de constituir-se.
No mesmo sentido, que adiantaria ao aluno de letras
primárias freqüentar a universidade, claramente sem bases para assimilar as
lições dos cursos superiores?
A cela física, na escola do Planeta, é a carteira de
estudo ou o cubículo de retificação que nos patrocina o progresso. Abençoá-la,
através de hábitos baseados em equilíbrio e retidão, nos quais os recursos da
existência sejam usados sem excessos, é simples dever.
Geralmente, muitos de nós somente nos apercebemos da
preciosidade de uma benção depois que essa mesma benção nos escapa das mãos.
É assim que, muito comumente, apenas quando caímos na
enfermidade irreversível ou após ultrapassar as fronteiras da desencarnação é
que atribuímos ao corpo físico a importância
de que ele se reveste.
Não esperes o sofrimento para bendizer a felicidade
perdida.
Trabalha, realiza, procura o bem e aperfeiçoa-te agora.
É pelo corpo físico que entesouramos experiências de
subido valor para a eternidade.
Ampara teu corpo para que teu corpo te ampare. Se
robusto, não lhe dissipes em vão as energias e agradece-lhe o equilíbrio de que
desfrutas. Se doente ou mutilado, defeituoso ou inibido, agradece-lhe o ensejo
de reajuste.
Teu corpo é o livro em que aprendes na escola da vida.
Não lhe fujas ao apoio do trabalho, nem à luz da lição.
De "No portal da Luz", de Francisco Cândido
Xavier, pelo Espírito de Emmanuel
CORPO
Abstendo-nos de qualquer digressão científica, porquanto
os livros técnicos de educação usual são suficientemente esclarecedores no que
reporta aos aspectos exteriores do corpo humano, lembremo-nos de que o
Espírito, inquilino da casa física, lhe preside à formação e à sustentação,
consciente ou inconscientemente, desde a hora primeira da organização fetal,
não obstante quase sempre sob os cuidados protetores de Mensageiros da
Providência Divina.
Trazendo consigo mesmo a soma dos reflexos bons e menos
bons de que é portador, segundo a colheita de méritos e prejuízos que semeou
para si mesmo no solo do tempo, o Espírito incorpora aos moldes reduzidos do
próprio ser as células do equipamento humano, associando-as à própria vida,
desde a vesícula germinal.
Amparado no colo materno, estrutura-se-lhe o corpo
mediante as células referidas, que, em se multiplicando ao redor da matriz
espiritual, como a limalha de ferro sobre o imã, formam, a princípio, os
folhetos blastodérmicos de que se derivam o tubo intestinal, o tubo nervoso, o
tecido cutâneo, os ossos, os músculos, os vasos.
Em breve, atendendo ao desenvolvimento espontâneo,
acha-se o Espírito materializado na arena física, manifestando-se pelo veículo
carnal que o exprime. Esse veículo, constituído por bilhões de células ou
individuações microscópicas, que se ajustam aos tecidos sutis da alma,
partilhando-lhes a natureza eletromagnética, lembra uma oficina complexa,
formada de bilhões de motores infinitesimais, movidos por oscilações
eletromagnéticas, em comprimento de onda específica, emitindo irradiações
próprias e assimilando as irradiações do plano em que se encontram, tudo sob o
comando de um único diretor: a mente.
Desde a fase embrionária do instrumento em que se
manifestará no mundo, o Espírito nele plasma os reflexos que lhe são próprios.
Criaturas existem tão conturbadas além-túmulo com os
problemas decorrentes do suicídio e do homicídio, da delinqüência e da
viciação, que, trazidas ao renascimento, demonstram, de imediato, os mais
dolorosos desequilíbrios, pela disfunção vibratória que os cataloga nos quadros
da patologia celular.
As enfermidades congênitas nada mais são que reflexos da
posição infeliz a que nos conduzimos no pretérito próximo, reclamando-nos a
internação na esfera física, às vezes por prazo curto, para tratamento da desarmonia
interior em que fomos comprometidos.
Surgem, porém, outras cambiantes dos reflexos do passado
na existência do corpo.
Causas amargas de mutilações e doenças são guardadas na
profundez de nosso campo espiritual, como sementes de agressivo espinheiro que
nós mesmos acalentávamos, no obscuro terreno da culpa disfarçada e dos remorsos
ocultos. São plantações de tempo certo que a lei de ação e reação governa,
vigilante, com segurança e precisão.
É por isso que, muitas vezes, consoante os programas
traçados antes do berço, na pauta da dívida e do resgate, a criatura é visitada
por estranhas provações, em plena prosperidade material, ou por desastres
fisiológicos de comovente expressão, quando mais irradiante se lhe mostra a
saúde.
Contudo, é imperioso lembrar que reflexos geram reflexos
e que não há pagamento sem justos atenuantes, quando o devedor se revela amigo
da solução dos próprios débitos.
A prática do bem, simples e infatigável pode modificar a
rota do destino, de vez que o pensamento claro e correto, com ação edificante,
interfere nas funções celulares, tanto quanto nos eventos humanos, atraindo em
nosso favor, por nosso reflexo melhorado e mais nobre, amparo, luz e apoio,
segundo a lei do
Livro: Pensamento
e vida -Francisco Cândido Xavier - Ditado pelo espírito EMMANUEL
BENÇÃO MAIOR
“Mas
bem-aventurados os vossos olhos porque vêem, e os vossos ouvidos, porque
ouvem”. - - JESUS - MATTEUS, 13:16.
“Amai pois, a vossa alma, porém, cuidai igualmente do
vosso corpo, instrumento daquela,
Desatender as necessidades que a própria Natureza indica,
é desatender a lei de Deus.
Não castigueis o corpo pelas faltas que o vosso livre
arbítrio o induziu a cometer e pelas quais ele é tão responsável quanto o
cavalo mal dirigido, pelos acidentes que causa. ” - Cap.17, 11
Teu corpo - tua bênção maior.
Auxilia-o com diligência para que ele te auxilie com
segurança.
Educa-o para que te apoie a educação necessária.
Cabine de comando, - consegues manejá-lo, expedindo
ordens e sugestões que remodelam o pedaço de globo em que respiras.
Cinzel, burilas com ele a matéria densamente concentrada,
a fim de convertê-la em amparo e alegria.
Pena, utilizas-te dele para grafar as concepções; que te
fulguram no cérebro, assimilando a inspiração das Esferas Superiores.
Lira, podes tanger-lhe as cordas do sentimento e compor a
melodia verbal que se faça jubilosa renovação naqueles que te escutem.
Santuário, fazes dele o templo da emoção, haurindo forças
para sonhar e construir ou formar o jardim da família, em que situas os filhos
do coração.
Teu corpo tua benção maior.
Há quem o acuse pelo golpe da criminalidade ou pela
demência do vício, como se o carro obediente devesse pagar e a embriaguez ou
pelos disparates do condutor.
E existem ainda aqueles que o declaram culpado pelos
assaltos da calúnia e pelas calamidades da cólera, qual se o telefone fosse responsável
pela malícia e pelos desequilíbrios dos que lhe menosprezam e injuriam a
utilidade.
Considera que o corpo te retrata a inteligência em
desenvolvimento no Planeta, inteligência que no seio da Terra, é semelhante ao
filho em promissora menoridade, no Engenho Divino “ A candeia do corpo são os
olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.-
JESUS - MATEM.6: 22.
“Sereis porventura, mais perfeitos se,martirizando o
vosso corpo, não vos tornardes menos egoístas, nem menos orgulhosos e mais
caritativos para com o vosso próximo? Não, a perfeição não está nisso, está
toda nas reformas por que fizerdes passar o vosso Espírito.” Cap.17;11.
Guardas a impressão de que resides, de modo exclusivo, na
cidade ou no e na essência moras no corpo.
As máquinas modernas asseguram facilidades enormes.
Valeriam muito pouco sem o concurso das mãos.
Palácios voadores alçam-te às alturas.
Na experiência cotidiana, equilibras-te nos pés.
Os grandes telescópios são maravilhas do mundo.
Não teriam qualquer significação sem os olhos.
A música é cântico do Universo.
Passaria ignorada sem os ouvidos.
Imperioso saibas que manejas o corpo, na condição de
engenho divino que a vida te empresta, instrumento indispensável à tua
permanência na estância terrestre.
Não te enganes com o esmero de superfície.
Que dizer do motorista que primasse por exibir um carro
admirável na apresentação, sentando-se alcoolizado ao volante?
Estimas a higiene.
Sabes fugir do empanzinamento com quitutes
desnecessários.
Justo igualmente eliminar o lixo moral de qualquer
manifestação que nos exteriorize a individualidade e evitar a congestão
emocional pela carga excessiva de anseios inadequados.
A vida orgânica é baseada na célula e cada célula é um
centro de energia.
Todo arrastamento da alma a estados de cólera,
ressentimento, desanimo ou irritação equivale a crises de cúpula, Ac
ocasionando desarranjo e desastre em forma de doença e desequilíbrio na
comunidade celular.
Dirige teu corpo com serenidade e bom-senso.
Compenetra-te de que, embora a ciência consiga tratá-lo,
reconstruí-lo, reanima-lo, enobrecê-lo e até mesmo substituir-lhe determinados
implementos, ninguém, na Terra, encontra corpo novo para comprar.
Emmanuel do livro: O Livro da Esperança - Psicografado por Francisco
Cândido Xavier
ENGENHO DIVINO
“A candeia do
corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo
terá luz. JESUS - MATEUS. 6: 22.
“Sereis porventura, mais perfeitos se,martirizando o
vosso corpo, não vos tornardes menos egoístas, nem menos orgulhosos e mais
caritativos para com o vosso próximo? Não, a perfeição não está nisso, está
toda nas reformas por que fizerdes passar o vosso Espírito.”Cap. 17;11.
Guardas a impressão de que resides, de modo exclusivo, na
cidade ou no campo , e na essência, moras no corpo.
As máquinas modernas asseguram facilidades enormes.
Valeriam muito pouco sem o concurso das mãos.
Palácios voadores alçam-te às alturas.
Na experiência cotidiana, equilibras-te nos pés.
Os grandes telescópios são maravilhas do mundo.
Não teriam qualquer significação sem os olhos.
A música é cântico do Universo.
Passaria ignorada sem os ouvidos.
Imperioso saibas que manejas o corpo, na condição de
engenho divino que a vida te empresta, instrumento indispensável à tua
permanência na estância terrestre.
Não te enganes com o esmero de superfície.
Que dizer do
motorista que primasse por exibir um carro admirável na apresentação,
sentando-se alcoolizado ao volante?
Estimas a higiene.
Sabes fugir do empanzinamento com quitutes
desnecessários.
Justo igualmente eliminar o lixo moral de qualquer
manifestação que nos exteriorize a individualidade e evitar a congestão
emocional pela carga excessiva de anseios inadequados.
A vida orgânica é baseada na célula e cada célula é um
centro de energia. Todo arrastamento da alma a estados de cólera,
ressentimento, desanimo ou irritação equivale a crises de cúpula, ocasionando
desarranjo e desastre em forma de doença e desequilíbrio na comunidade celular.
Dirige teu corpo com serenidade e bom-senso.
Compenetra-te de que, embora a ciência consiga tratá-lo,
reconstruí–lo, reanimado, enobrecê-lo e até mesmo substituir-lhe determinados
implementos, ninguém, na Terra, encontra corpo novo para comprar.
Emmanuel - Extraído
do Livro da Esperança. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
NA SAÚDE, NA DOENÇA
Em toda circunstância, trate a própria saúde,
prevenindo-se da doença com os recursos encontrados em você mesmo.
Cada dia é novo ensejo para adquirirmos enfermidade ou
curar nossos males.
O melhor remédio, antes de qualquer outro, é a vontade
sadia, porque a vontade débil enfraquece a imaginação e a imaginação doentia
debilita o corpo.
Doença do corpo pode criar doença da alma e doença da
alma pode acarretar doença do corpo.
Vida atribulada nem sempre significa vida bem vivida.
Conquanto a existência em torno possa mostrar-se
febricitante e turbilhonaria, resguarde-se contra as intempéries emocionais no
clima íntimo do próprio ser, ajudando e servindo com alegria aos menos felizes,
na certeza de que o enfermeiro diligente conserva a integridade mental, muito
embora convivendo, dia a dia, com dezenas de enfermos em grandes
desequilíbrios.
Somos parte integrante da farmácia do nosso próximo.
Observe as reações que a sua presença provoca no
semelhante e pacifique aqueles com quem convive, não só pela palavra, mas até
mesmo pela aparência e pelas atitudes, pois com a simples aproximação
funcionamos como tranqüilizadores ou excitantes de quem nos cerca, aliviando ou
agravando os seus padecimentos físicos e morais...
Muitas doenças nascem da suspeita injustificável.
Seja sincero com você e com os ouros na apreciação de
sintomas que se reportem a desajustamentos orgânicos, tratando de assuntos
dessa natureza, sem alarde e sem exagero.
O maior restaurador de forças é a consciência reta que
asserena as emoções.
Se o leito de dor é agasalho imposto ao seu corpo
enfermo, lembre-se de que a meditação é santuário invisível para o abrigo do
Espírito em dificuldade e que a prece refunde e sublima as energias da alma.
Doença é contingência natural, inevitável às criaturas em
processo de evolução; por isso, esforce-se por abolir inquietações quanto a
problemas de saúde física, atendendo ao equilíbrio orgânico e confiando na
vontade superior.
André Luiz - Do Livro O Espírito da Verdade. Psicografia
de Francisco Cândido Xavier.
PRIVAÇÕES DO CORPO
E PROVAÇÕES DA ALMA
E - Cap. XVII -
Item 11
O homem, não raro, nas horas difíceis, lança mão de
recursos extremos e, por vezes, ilógicos, para diminuir o sofrimento próprio ou
alheio, qual acontece nas provas desesperadoras, no sentido de suprimir agonias
morais ou curar doenças insidiosas. Daí nasce o contra-senso dos ofícios
religiosos remunerados de que se alastram antigos e piedosos enganos, como
sejam:
a recitação mecânica de fórmulas cabalísticas;
os sacrifícios inúteis visando prioridade e concessões;
as promessas esdrúxulas;
os votos inoportunos;
as penitências estranhas;
os auto-castigos em que a vaidade leva o rótulo da fé; os
jejuns e as mortificações a expressarem suicídios parciais;
o uso de amuletos;
o apego a talismãs;
o culto improdutivo do remorso sem qualquer esforço de
corrigenda na restauração do caminho errado...
Contudo, ao espírita-cristão compete despojar-se de
semelhantes conceitos acerca do Criador e da Criação, cristalizados na mente
humana através de numerosas reencarnações.
Para nós, não mais existe a crença cega.
Em razão disso, não mais nos acomodamos à ideia do
milagre como sendo prerrogativa em favor de alguém sem merecimento qualquer.
De igual modo, urge compreender os mecanismos das Leis
Divinas, dispensando-se, ante os lances atormentados da existência terrestre,
toda a atitude ilusória ou espetacular.
Omissão não resolve.
E em matéria de comportamento moral a renovação da vida,
abstenção do serviço no bem de todos, é deserção vestida de alegações
simplesmente acomodatícias, dentro da qual o crente não apenas foge das responsabilidades
que lhe cabem, como também ainda exige presunçosamente que Deus se transforme
em escravo de suas extravagâncias.
Situa-nos a
Doutrina Espírita diante de nós mesmos.
Estamos espiritualmente hoje onde nos colocamos ontem.
Respiraremos amanhã no lugar para onde nos dirigimos.
Usemos a oração para compreender as nossas necessidades,
solucionando-as à luz do trabalho sem o proposto de ilaquear os poderes
divinos.
A Lei é equânime, justa, insubornável.
A criatura, - gota igual às demais no oceano imenso da
humanidade Universal, - não é cliente de privilégios.
Eis porque, ao invés de procurar, espontaneamente,
penitências improdutivas para nós, é imperioso buscar voluntariamente o auxílio
eficiente aos semelhantes.
Espiritismo é sublime manancial de energia espiritual.
Haurindo forças, acatemos sem revolta aquilo que a Vida nos oferece, trazendo
paz na consciência e entendimento no coração.
O mundo atual prescinde de quantos se transformam em
ascetas e eremitas de qualquer condição.
Até a penalogia moderna procura imprimir utilidade às
horas dos presidiários, valorizando-lhes a reeducação em colônias, à busca de
regeneração moral e social.
E a própria psiquiatria, presentemente, institui a
laborterapia para que os enfermos da alma se recuperem, pela atividade
edificante.
Para o espírita, portanto, a Vida e o Universo surgem
ajustados à lógica e esclarecidos na verdade.
Apelemos para os recursos da prece, a fim de que sejamos
sustentados em nossos próprios deveres, reconhecendo, porém, que Deus não é
vendedor de graças ou doador de obséquios, em regime de exceção, e sim o
Criador Incriado, perfeito em todos os seus atributos da justiça e de amor.
De Opinião
Espírita de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e
André Luiz
TRABALHO E RIQUEZA
O corpo terrestre é valioso instrumento de formação da
verdadeira riqueza.
Mobiliza-o em teu próprio favor, no fecundo campo da
vida.
Tens o primoroso equipamento do cérebro.
Aprende a produzir com ele pensamentos que te enobreçam a
estrada, conquistando o apreço e a estima dos semelhantes, em teu próprio
benefício.
Possuis tesouro dos olhos.
Movimenta-o no serviço e no estudo, provendo o próprio
espírito de mais amplos valores, no setor do conhecimento que te aprimore.
Dispões da felicidade dos ouvidos.
Emprega-os na aquisição de ensinamentos edificantes que
te possam clarear o futuro.
Contas com a benção da língua.
Usa-lhe as
possibilidades, emitindo o verbo sadio e fraternal, que te assegure a confiança
e a simpatia dos outros.
Reténs contigo o patrimônio dos braços.
Aplica-o na plantação do bem e surpreenderás abundantes
colheitas de prosperidade e alegria.
Guardas contigo o escrínio do coração.
Estende-lhe os recursos para recolher da vida os júbilos
do amor, alicerce da ventura sonhada.
Nem sempre o corpo será uma cruz a regeneração da alma.
Na maioria das circunstâncias, é a ferramenta com que o
espírito pode talhar os mais altos destinos.
Não te preocupes com o problema da abastança ou da
carência de utilidades materiais, porque a riqueza e pobreza , à frente da Lei
Divina, muitas vezes, apenas significam oportunidades de aperfeiçoamento e
elevação.
Somente o trabalho sentido e vivido é capaz de gerar a
verdadeira fortuna e acrescentá-la infinitamente e, por isso, amando a tarefa
que o Senhor te confiou por mais inquietante ou singela, vale-te do tempo para
enriquecer-te hoje de luz e amor, compreensão e merecimento, a fim de que o
tempo não te encontre amanhã de coração fatigado e de mãos vazias.
LIVRO: DINHEIRO
(Francisco Cândido Xavier – por Emmanuel)
DESCANSO E
REFAZIMENTO
"Amai, pois, a vossa alma, porém, cuidai igualmente
do vosso corpo, instrumento daquela. Desatender às necessidades que a própria
Natureza indica, é desatender a lei de Deus." Jorge, Espírito Protetor, O
ESE, cap. XVII, ítem 11.
O estágio espiritual da terra é claramente caracterizado
pela infância do homem, quando se trata dos cuidados com sua
"máquina" física.
Os conceitos humanos de descanso e saúde estão demasiadamente
viciados pelas ilusões.
Descanso, para a maioria dos encarnados, significa
dilatação de prazeres e sensações corporais que levem ao relaxamento, enquanto
saúde quase sempre está associada com beleza e sensualidade.
Com raras exceções, as criaturas passam suas semanas de
trabalho profissional como escravos rebeldes do dever, para nos fins de semana
tornarem-se proprietários relapsos da liberdade. A ausência de prazer durante a
semana de refregas é compensada nas folgas por meio de abusos, nos quais se
tenta tornar intensamente proveitosos os momentos de "refazimento".
Comem, bebem e dormem em excesso, provocando sensações passageiras de bem-estar
em variadas viciações de gozo fisiológico. Chamam de diversão as viagens
exaustivas a lugares neurotizantes onde se aglomeram multidões estressadas e
dispostas à indisciplina. Entorpecentes e sexo, mudança alimentar e
temperaturas elevadas causam abusos inconsiderados ao organismo físico,
enquanto afirmam que descansam mentalmente eliminando o desgaste.
Depois, retornam para casa com as típicas depressões
domingueiras, aguardando uma segunda-feira trágica no retorno às obrigações,
que cumprem extremamente mal-humorados. Em boa lógica, se o tempo de folga foi
usado no descanso, era de se esperar que retornassem felizes, exultantes e mais
dispostos ao trabalho.
Nem sempre é o trabalho que causa o cansaço, mas a
maneira de trabalhar. A revolta com a profissão, a insatisfação com ofícios
contrários aos pendores e o descanso mal conduzido provocam novas fadigas e
depressões, que completam seu ciclo nas horas do relax inconsequente.
Nas formas habituais de relaxamento e descanso entre os
homens reencarnados tem havido uma exaustão de reservas que precisa ser
compreendida, em favor da melhor aplicação de seu patrimônio fisiológico e
mental. O corpo físico se alimenta de energias sutis, sem as quais padece dores
e desgaste precoce. A vitalização correta das células responde por uma vida
harmoniosa, enquanto os abusos podem ceifar, pelo menos, uma terça parte do
quantum energético que sustenta o corpo.
O que se tem chamado de entretenimento e refazimento na
humanidade terrena, muitas vezes, não passa de acúmulo de lixo mental. E esse
"morbo" é resultante dos costumes mentais com os quais se lida com a
máquina física, provocando sobrecarga de funções para alterar o cosmo hormonal,
estimulado a expulsar intensa dose de endorfinas - a morfina natural - no
alívio dessas exigências, causando, então, a passageira sensação de júbilo.
Passado o processo, experimentam-se as consequências em forma de dores
variadas, sintomas que denunciam os excessos no estômago, na cabeça, nos
músculos, no sistema nervoso, no estado psicológico e no afeto.
Renovemos os conceitos. Se fizermos uma análise sensata,
constataremos que expressiva parcela dos homens tem trabalhado dois terços da
sua vida para arruinar a última terça parte de sua existência corporal, ficando
à mercê de doenças e vazios existenciais. Curtindo um remorso cruel e uma
velhice penosa como resultados de sua má utilização da implementação corporal e
de seus sentimentos.
Os costumes físicos humanos tornaram-se um problema
social. O homem, basicamente, da juventude à fase adulta, aprende a viciar seu
corpo para depois ficar por conta do doloroso processo de mudança de hábitos na
terceira idade, gastando o pouco tempo que lhe resta e o dinheiro que amealhou
para tentar corrigir os efeitos de seus abusos.
A interiorização dos valores espirituais vai renovando a
mente e imprimindo energias saudáveis sobre as células que, por fim,
habituam-se às novas formas de absorção dos conteúdos energéticos sutis de
saúde e paz, que advêm de diversões e condutas íntegras e equilibradas.
As atividades esportivas, a música elevada, o hobby
terapêutico da costura, a arte da pintura, a leitura edificante, um bom filme,
o contato com o sol e a natureza, um pouco mais de sono, uma viagem esporádica,
uma breve reunião familiar para rever parentes ou outras iniciativas que
ensejem uma mudança na rotina constituem favores ao organismo físico em razão
dos estados mentais e afetivos que decorrem dessas ocasiões.
Todavia, nós que estamos matriculados na Nova Escola de
aprendizados da alma, sob as diretrizes seguras da doutrina espírita,
verificamos que a renovação dos hábitos perante a vida nos conduz a novas
escolhas no que tange aos roteiros do lídimo repouso.
Os trabalhos assistenciais, os estudos e seminários, os
bazares, as viagens doutrinárias, os encontros calorosos nas tarefas do quilo,
as visitações a enfermos, enfim, o ambiente da casa espírita, constituem o
refazimento indispensável que nenhuma outra forma de entretenimento nos tem
oferecido. A oração e a meditação em torno dos novos ensinos auferidos nas
realizações doutrinárias preenchem-nos com profundidade e louvor, em razão do
contato com as correntes mentais superiores do universo, proporcionando ao corpo
material a recomposição sutil da qual necessita para sua durabilidade e defesa.
Uma noção mais lúcida de descanso e refazimento deve
fazer parte da vida de todos os homens, especialmente daqueles que foram
agraciados com a luz dos conhecimentos imortais. A melhor noção de pausa e
recuperação deveria ser trabalhar de outra forma, ou seja, ter uma ocupação
útil em vez de se entregar às malhas da inércia e da ociosidade, que consomem e
exaurem.
Atualmente, em face dos compromissos assumidos com as
Leis Divinas, o trabalho humano assume feições provacionais para multidões de
trabalhadores insatisfeitos, levando-os a separar a hora do trabalho da hora do
descanso, conquanto o trabalho, em si mesmo, é descanso e alegria para muitas
criaturas. Sem sentir-se útil, o ser passa por uma das mais trágicas
experiências da vida, o cansaço do espírito. O sentimento de utilidade, de
cooperação com a vida e a sociedade é dos mais nutrientes e nobres alimentos da
alma, razão pela qual os Luminares Orientadores da codificação
afirmaram:"(...) o Espírito trabalha, assim como o corpo.
Toda ocupação útil é trabalho".2929. O livro dos
Espíritos, questão 675. Vejamos que não foi assinalado assim: "Trabalho é
toda ocupação útil", porque, então, nesse caso, se a criatura sentir como
sendo útil tudo o que realiza, a colocação daria margem para entronizar o mal
como ocupação útil. Disseram os Bons Espíritos assim: "Toda ocupação útil
é trabalho", resta-nos analisar o que seja ocupação útil.
E ainda temos de considerar que quem empresta utilidade
ao trabalho que realiza é o Espírito, por meio de sua relação com a atividade
que desenvolve. Na Terra, com raríssimas exceções, a grande maioria dos homens
não aprendeu o valor de servir, de ser útil ao outro ou à coletividade.
Frequentemente, inverte a ordem e quer ser sempre atendido e servido por se
sentir carente e lesado, sentimento este que, na verdade, não surgiu por causa
de problemas sociais ou educacionais, mas provém do egoísmo que o Espírito já
acalenta há longos evos.
A inércia de fora é doença na intimidade. Sentir-se útil
é essencial para a saúde. É o descanso verdadeiro.
Para almas como nós, que anseiam romper com os estágios
primários da evolução, o prazer de viver constitui sinônimo de felicidade e
plenitude. Esforcemo-nos por edificar o prazer em bases retas, calcado nas
emoções nobres e refazedoras, a fim de que a ilusão dos sentidos físicos não
entorpeça a razão a caminho da queda. Saber viver em paz e descobrir nossos
tesouros celestes por meio da auto conquista é o roteiro de elevação em favor
desse almejado estado de ser.
Que haja muita sensatez entre nós, que cultivamos os
propósitos de libertação espiritual, para não tratarmos o corpo como algo
desprezível e de menor importância para nossa ascensão. Assim manifestou uma
alma querida na Sociedade Espírita de Estudos Parisienses:
"Deus tem Suas leis a regerem todas as vossas ações.
Se as violais, vossa é a culpa. Indubitavelmente, quando um homem comete um excesso
qualquer, Deus não profere contra ele um julgamento, dizendo-lhe, por exemplo:
Foste guloso, vou punir-te.
Ele traçou um limite; as enfermidades e muitas vezes a
morte são a consequência dos excessos. Eis aí a punição; é o resultado da
infração da lei.
Assim em tudo".3030. O livro dos Espíritos, questão
964.
Livro: Prazer de Viver - Ermance Dufaux – Wanderley S. Oliveira
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