APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. Jesus (João 21:17)

APASCENTA AS MINHAS OVELHAS.  Jesus (João 21:17)
"APASCENTA AS MINHAS OVELHAS" JESUS (Jo 21:17)

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

E.S.E. CAPÍTULO XVII - ITEM 3 - O HOMEM DE BEM



3 – O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e caridade, na sua maior pureza. Se interroga a sua consciência sobre os próprios atos, pergunta se não violou essa lei, se não cometeu o mal, se fez todo o bem que podia, se não deixou escapar voluntariamente uma ocasião de ser útil, se ninguém tem do que se queixar dele, enfim, se fez aos outros aquilo que queria que os outros fizessem por ele.

Tem fé em Deus, na sua bondade, na sua justiça e na sua sabedoria; sabe que nada acontece sem a sua permissão, e submete-se em todas as coisas à sua vontade.

Tem fé no futuro, e por isso coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.

Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções, são provas ou expiações, e as aceita sem murmurar.

O homem possuído pelo sentimento de caridade e de amor ao próximo faz o bem pelo bem, sem esperar recompensa, paga o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte e sacrifica sempre o seu interesse à justiça.

Encontra usa satisfação nos benefícios que distribui, nos serviços que presta, nas venturas que promove, nas lágrimas que faz secar, nas consolações que leva aos aflitos. Seu primeiro impulso é o de pensar nos outros., antes que em si mesmo, de tratar dos interesses dos outros, antes que dos seus. O egoísta, ao contrário, calcula os proveitos e as perdas de cada ação generosa.

É bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças nem de crenças, porque vê todos os homens como irmãos.

Respeita nos outros todas as convicções sinceras, e não lança o anátema aos que não pensam como ele.

Em todas as circunstâncias, a caridade é o seu guia. Considera que aquele que prejudica os outros com palavras maldosas, que fere a suscetibilidade alheia com o seu orgulho e o seu desdém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever do amor ao próximo e não merece a clemência do Senhor.

Não tem ódio nem rancor, nem desejos de vingança. A exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas, e não se lembra senão dos benefícios. Porque sabe que será perdoado, conforme houver perdoado.

É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que ele mesmo tem necessidade de indulgência, e se lembra destas palavras do Cristo: “Aquele que está sem pecado atire a primeira pedra”.

Não se compraz em procurar os defeitos dos outros, nem a pô-los em evidência. Se a necessidade o obriga a isso, procura sempre o bem que pode atenuar o mal.

Estuda as suas próprias imperfeições, e trabalha sem cessar em combatê-las. Todos os seus esforços tendem a permitir-lhe dizer, amanhã, que traz em si alguma coisa melhor do que na véspera.

Não tenta fazer valer o seu espírito, nem os seus talentos, às expensas dos outros. Pelo contrário, aproveita todas as ocasiões para fazer ressaltar a vantagens dos outros.

Não se envaidece em nada com a sua sorte, nem com os seus predicados pessoais, porque sabe que tudo quanto lhe foi dado pode ser retirado.

Usa mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe tratar-se de um depósito, do qual deverá prestar contas, e que o emprego mais prejudicial para si mesmo, que poderá lhes dar, é pô-los ao serviço da satisfação de suas paixões.

Se nas relações sociais, alguns homens se encontram na sua dependência, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus. Usa sua autoridade para erguer-lhes a moral, e não para os esmagar com o seu orgulho, e evita tudo quanto poderia tornar mais penosa a sua posição subalterna.

O subordinado, por sua vez, compreende os deveres da sua posição, e tem o escrúpulo de procurar cumpri-los conscientemente. (Ver cap.XVII, nº 9)

O homem de bem, enfim, respeita nos seus semelhantes todos os direitos que lhes são assegurados pelas leis da natureza, como desejaria que os seus fossem respeitados.


Esta não é a relação completa das qualidades que distinguem o homem de bem, mas quem quer que se esforce para possuí-las, estará no caminho que conduz às demais.




O LIVRO DOS ESPÍRITOS – QUESTÃO  918

Por que indícios se pode reconhecer em um homem o progresso real que lhe elevará o Espírito na hierarquia espírita?
“O Espírito prova a sua elevação, quando todos os atos de sua vida corporal representam a prática da Lei de Deus e quando antecipadamente compreende a vida espiritual.”
Verdadeiramente, homem de bem é o que pratica a lei de justiça, amor e caridade, na sua maior pureza. Se interrogar a própria consciência sobre os atos que praticou, perguntará se não transgrediu essa lei, se não fez o mal, se fez todo bem que podia, se ninguém tem motivos para dele se queixar, enfim, se fez aos outros o que desejara que lhe fizessem.
Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem contar com qualquer retribuição, e sacrifica seus interesses à justiça.
É bondoso, humanitário e benevolente para com todos, porque vê irmãos em todos os homens, sem distinção de raças, nem de crenças.
Se Deus lhe outorgou o poder e a riqueza, considera essas coisas como UM DEPÓSITO, de que lhe cumpre usar para o bem. Delas não se envaidece, por saber que Deus, que lhas deu, também lhas pode retirar.
Se sob a sua dependência a ordem social colocou outros homens, trata-os com bondade e complacência, porque são seus iguais perante Deus.
Usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho.
É indulgente para com as fraquezas alheias, porque sabe que também precisa da indulgência dos outros e se lembra destas palavras do Cristo: Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado.
Não é vingativo. A exemplo de Jesus, perdoa as ofensas, para só se lembrar dos benefícios, pois não ignora que, como houver perdoado, assim perdoado lhe será.

Respeita, enfim, em seus semelhantes, todos os direitos que as Leis da Natureza lhes concedem, como quer que os mesmos direitos lhe sejam respeitados.




TEXTOS DE APOIO 



CONCEITO DO BEM

“Sede vós. Pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.” - JESUS - MATEUS, 5: 48,

“0 verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sita maior pureza. ” – Cap. 17, 3.

Toda vez que ouças alguém referindo-se ao bem ou ao mal de alguém, procura discernir.
Conheces o amigo que escalou a eminência econômica.
À vista da facilidade com que maneja a moeda, há quem o veja muito bem situado, nas vantagens materiais, no entanto, via de regra, se lhe radiografasses os sentimentos, nele encontrarias um escravo da inquietação, detido em cadeias de ouro.
Assinalas o homem que alcançou a respeitabilidade política.
Tão logo surge no vértice da administração, há quem o veja muito bem colocado nos interesses do mundo, mas, freqüentemente, se lhe fotografasses as telas do espírito, nele surpreenderias um mártir de cerimoniais e banquetes, constrangido entre as necessidades do povo e as exigências da lei.
Admiras o companheiro que venceu as próprias inibições elevando-se à direção do trabalho comum.
A face da significativa remuneração que percebe, há quem o veja muito bem posto na esfera social, contudo, na maioria das vezes, se lhe observasses as mais intimas reações, nele acharias um prisioneiro de sufocantes obrigações, sem tempo para comer o pão que assegura aos dirigidos de condição mais singela.
Elogias o cientista que fornece idéias de renovação e conforto.
Ao fitá-lo sob os lauréis da popularidade, há quem o veja muito bem classificado na galeria da fama, no entanto, quase sempre, se lhe tateasses a alma por dentro, nele surpreenderias um atormentado servidor do progresso clamando ansiosamente por simplicidade e repouso.
Reajustemos, assim, o conceito do bem, diante da vida.
Em muitas circunstâncias, o dinheiro suprime aflições, a autoridade resolve problemas, a influência apara dificuldades e a cultura clareia o caminho...
Por isso mesmo, toda pessoa que obtém qualquer parcela mais expressiva de responsabilidade e destaque, mostra-se realmente muito bem para combater o mal e liquidá-lo; entretanto, caso venha a utilizar-se dos bens com que a vida lhe enriquece as mãos apenas para cuidar do bem de si mesma, sem qualquer preocupação na garantia do bem devido aos outros, seja onde seja, semelhante criatura estará simplesmente bem mal.

Emmanuel - do livro:  O Livro da Esperança - Psicografado por Francisco Cândido Xavier



O  HOMEM  BOM

Conta-se que Jesus, após narras a Parábola do Bom Samaritano, foi novamente interpelado pelo doutor da lei que, alegando não lhe haver compreendido integralmente a lição, perguntou sutil:
- Mestre, que farei para ser considerado homem bom?
Evidenciando paciência admirável, o Senhor respondeu:
- Imagina-te vitimado por mudez que te iniba a manifestação do verbo escorreito e pensa quão grato te mostrarias ao companheiro que falasse por ti a palavra encarcerada na boca.
Imagina-te de olhos mortos pela enfermidade irremediável e lembra a alegria da caminhada, ante as mãos que te estendessem ao passo incerto, garantindo-te a segurança.
Imagina-te caído e desfalecente, na via pública, e preliba o teu consolo nos braços que te oferecessem amparo, sem qualquer desrespeito para com os teus sofrimentos.
Imagina-te tocado por moléstia contagiosa e reflete no contentamento que te ilumina o coração, perante a visita do amigo que te fosse levar alguns minutos de solidariedade.
Imagina-te no cárcere, padecendo a incompreensão do mundo, e recorda como te edificaria o gesto de coragem do irmão que lhe buscasse testemunhar entendimento.
Imagina-te sem pão no lar, arrostando amargura e escassez, e raciocina sobre a felicidade que te apareceria de súbito no amparo daqueles que te levassem leve migalha de auxílio, sem perguntar por teu modo de crer e sem te exigir exames de consciência.
Imagina-te em erro, sob o sarcasmo de muitos, e mentaliza o bálsamo com que te acalmarias, diante da indulgência dos que te desculpassem a falta, alentando-te o recomeço.
Imagina-te fatigado e intemperante e observa quão reconhecido ficarias para com todos os que te ofertassem a oração do silêncio e a frase de simpatia.
Em seguida ao intervalo espontâneo, indagou-lhe o Divino amigo:
- Em teu parecer, quais teriam sido os homens bons nessas circunstâncias?
- Os que usassem de compreensão e misericórdia para comigo – explicou o interlocutor.
- Então – repetiu Jesus com bondade -, segue adiante e faze também o mesmo.


Livro “Religião dos Espíritos” – Psicografia Francisco C. Xavier, Espírito: Emmanuel.




LETREIROS VIVOS

Nas faixas mínimas da sua experiência cotidiana surge o roteiro humano que você representa para os outros.
Os traços do semblante pintam-lhe o clima interior.
Os seus objetos de uso pessoal compõem o edifício da sua simplicidade.
A ordem dos seus afazeres indica-lhe o grau de disciplina.
O cumprimento das suas obrigações denuncia-lhe o valor da palavra empenhada.
O teor da amizade dos seus vizinhos, para com a sua pessoa, qualifica a sua capacidade de se fazer entendido.
O diapasão da sua palestra dá o tom da sua altura íntima.
A segurança da sua opinião traduz a firmeza dos seus ideais.
Os tecidos que lhe envolvem o corpo configuram-lhe o senso de naturalidade.
As iguarias da sua mesa revelham-lhe o papel do estômago no mundo moral.
A natureza do cuidado com o seu físico fala francamente de suas possíveis relações com a vaidade.
O seu presente diz, para todos, o que você foi no passado e o que você será no porvir, com reduzidas possibilidades de erro.
A uniformidade entre o movimento das suas idéias, dos seus conceitos e das suas ações disseca, à vista de todos, a fibra da sua vontade.
Todas as criaturas que lhe partilham a existência lêem incessantemente os letreiros vivos que lhe estabelecem a verdadeira identidade nos panoramas da Vida, respondendo-lhe as mensagens inarticuladas com aversão ou simpatia, contentamento ou desagrado, conforme a sua plantação de bem ou mal.
André Luiz - Do Livro O Espírito da Verdade. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.




GOLPES DUPLOS

Ostensivamente, não teremos, prejudicado a qualquer pessoa.
 Do ponto de vista do acatamento à segurança geral, carregamos a alma tranqüila.
 Quantos de nós, porém, estaremos livres de remorso pelos danos indiretos que tenhamos causado?
 Não subtraímos dinheiro à bolsa do próximo; entretanto, se caímos inadvertidamente em pessimismo, comunicando desânimo aos companheiros, afastamo-los de oportunidades preciosas, no terreno de vantagens corretas, com as quais talvez minorassem muitas das grandes necessidades que nos rodeiam.
 Não preterimos o direito de nossos irmãos nas atividades profissionais a que se afeiçoam, mas se nos prendemos com apego indébito e enfermiço a algum ou a alguns deles, desencorajando-lhes qualquer impulso à renovação, acabamos por impedir-lhes o acesso a encargos superiores, nos quais teriam efetuado maior prestação de serviço em apoio da Humanidade.
 Não roubamos a alegria dos semelhantes; todavia, se entramos em desespero, sempre injustificável, instilamos desalento e amargura naqueles que mais amamos, aniquilando-lhes a coragem.
 Não traímos a ordem, mas toda vez que desertamos, sem claro motivo, do dever que nos cabe, estragamos a confiança naqueles que nos procuram ação ou cooperação, frustrando, de algum modo, a harmonia de que carecem na sustentação da própria tranqüilidade.
 Ninguém é trazido a viver, sentir, imaginar e raciocinar para ocultar-se.
 Cada um de nós permanece no lugar exatos, a fim de realizar o melhor que pode.
 Efetivamente, somos responsáveis pelo mal que praticamos e pelo bem que deixamos de fazer, sempre que dispomos de recursos para fazê-lo. E ao lado das culpas que trazemos por ofensas declaradas ou por omissões em serviço, temos ainda as que nascem dos golpes duplos que desferimos, sobre os quais raramente meditamos: — aqueles do mal que causamos aos outros, depois de causá-lo a nós.
Livro: Estude E Viva - Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel E André Luiz



USE SEUS DIREITOS
 Realmente, você dispõe do direito -
 de amealhar, em seu benefício, os frutos da experiência;
 de guardar em silêncio a lição que lhe cabe em cada circunstância;
 de reprimir os próprios gastos para atender ao culto do amor ao próximo;
 de acumular os valores morais do caminho por onde passa;
 de aperfeiçoar primeiramente o seu coração, antes de intentar o burilamento de outras almas;
 de socorrer as vidas menos felizes que a sua própria;
 de agasalhar indistintamente os desnudos do corpo e da alma;
 de espalhar a sua influência na preservação da paz e da alegria;
 de mostrar diretrizes superiores ao irmão de luta, colocando-se, antes de tudo, dentro delas;
 de libertar-se dos preconceitos injustos sem alarmar as mentes alheias; e de convocar aqueles, com que convive, ao campo do trabalho edificante, sem exigir nem gritar, mas sim com a mensagem silenciosa de seu exemplo na sustentação do bem, com certeza de que o dever respeitado e cumprido é o caminho justo para o direito
de crescer com Jesus no serviço da felicidade geral.
Livro: Estude E Viva - Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel E André Luiz


EMERGÊNCIA

 Perfeitamente discerníveis as situações em que resvalamos, imprevidentemente, para o domínio da perturbação e da sombra.
 Enumeremos algumas delas com as quais renteamos claramente, com o perigo da obsessão:
 cabeça desocupada;
 mãos improdutivas;
 palavra irreverente;
 conversa inútil;
 queixa constante;
 opinião desrespeitosa;
 tempo indisciplinado;
 atitude insincera;
 observação pessimista;
 gesto impaciente;
 conduta agressiva;
 comportamento descaridoso;
 apego demasiado;
 decisão facciosa;
 comodismo exagerado.
 Sempre que nós, os lidadores encarnados e desencarnados com serviço na renovação espiritual, nos reconhecermos em semelhantes fronteiras do processo obsessivo, proclamemos o estado de emergência no mundo íntimo e defendamo-nos contra o desequilíbrio, recorrendo a profilaxia da prece.
 Livro: Estude E Viva - Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel E André Luiz



IMAGENS
Egoísmo, gás mortífero, tende sempre a ocupar todo o espaço que se lhe oferece. Intoxica e faz sofrer.
 Lisonja, beberagem da invigilância, adapta-se ao recipiente da intenção que a conserva. Embriaga e cria a frustração.
 Sinceridade, aço moral, demonstra forma determinada e resistência própria. Útil às construções duradouras.
 Construções materiais - tatuagens efêmeras na crosta ciclópica do Planeta.
 Construções espirituais - duradouros aperfeiçoamentos na estrutura íntima do Espírito.
 Da semente brota a haste da planta.
 Do ovo nasce o corpo do animal.
 Da consciência desabrocha a diretriz do destino.
 Bem, calor da Vida.
 Há bons e maus condutores de calor.
 A condutibilidade do bem, entre os homens, demonstra o valor de cada um.
Virtudes aparentes - metais comuns no homem, que se alteram ante a ventania dasilusões terrenas.
 Virtudes reais - metais preciosos no Espírito, que não se corrompem ante as lufadas das tentações humanas, sustentando a vida eterna.
Livro: Estude E Viva - Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira Pelos Espíritos Emmanuel E André Luiz




AUTO CRÍTICA

E - Cap. XVII - item 3
O milagre é invenção da gramática para efeito lingüístico, pois na realidade somos arquitetos do próprio destino.
Se algum erro de cálculo existe na construção de nossas existências, o culpado somos nós mesmos.
Todos caminhamos suscetíveis de errar, todos já erramos bastante e todos ainda erraremos necessariamente para aprender a acertar; contudo, nenhum de nós deve persistir no erro, porquanto incorreríamos na abolição do raciocínio que nos constitui a maior conquista espiritual.
No reconhecimento da falibilidade que nos caracteriza, se não é lícito reprovar a ninguém, não será justo cultivar a indulgência para conosco; e se nos cabe perdoar incondicionalmente aos outros, não se deve adiar a severidade para com as próprias faltas.
Portanto, para acertar, não devemos fugir ao "conhece-te a ti mesmo", que principia na intimidade da alma, com o esforço da vigilância interior.
Esse trabalho analítico de dentro e para dentro nasce da humildade e da intenção de acertar com o bem, demonstrando para nós próprios o exato valor de nossas possibilidades em qualquer manifestação.
Autocrítica sim e sempre...
Podão da sensatez - apara os supérfluos da fantasia.
Balança do comportamento - sopesa todos os nossos atos.
Lima da verdade - dissipa a ilusão.
Metro moral - define o tamanho de nosso discernimento.
Espelho da consciência - reflete a fisionomia da alma.
Em todas as expressões pessoais, é possível errarmos para mais ou para menos.
Quem não avança na estrada do equilíbrio que somente a autocrítica delimita com segurança, resvala facilmente na impropriedade ou no excesso, perdendo a linha das proporções.
Com a autocrítica, lisonja e censura, elogio e sarcasmo deixam de ser perigos destruidores, de vez que a mente provida de semelhante luz, acolhe-se ao bom senso e à conformidade, evitando a audácia exagerada de quem tenta galgar as nuvens sem asas e o receio enfermiço de quem não dá um passo, temendo anular-se, ao mesmo tempo que amplia as correntes de cooperação e simpatia, em derredor de si mesma, por usar os recursos de que dispõe na medida certa do bem, sob a qual, a compaixão não piora o necessitado e a caridade não humilha quem sofre.
Sê fiscal de ti mesmo para que não te levantes por verdugo dos outros e, reparando os próprios atos, vive hoje a posição do juiz de ti próprio, a fim de que amanhã, não amargues a tortura do réu.

De Opinião Espírita de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz



PEDIDOS DEAUXÍLIO
Francisco Cândido Xavier

Antes da nossa reunião, no grupo de amigos, que nos visitavam, destacava-se um que se declarava inseguro e enfraquecido diante das obrigações de que se via encarregado. Dizia-se imperfeito e rodeado de inquietações. Lamentava-se por haver reencarnado em ambiente de grandes provas. Chamava contra ele mesmo, afirmando que abraçara a fé em Jesus mas não encontrava meios de sentir-se feliz consigo mesmo.
Pedia a algum benfeitor desencarnado que o auxiliasse.
Iniciadas as nossas tarefas, O Evangelho Segundo o Espiritismo nos deu a estudo o item 3 do capítulo XVII. E ao término da reunião o nosso amigo André Luiz escreveu, por nosso intermédio, a página dedicada ao companheiro que rogava diretriz com afetuosa sinceridade.
Concordamos nós todos em solicitar os seus apontamentos doutrinários junta à mensagem do nosso benfeitor espiritual, já que a palavra dele nos reanimara a cada um para o desempenho de nossos deveres.
 Do livro Diálogo dos Vivos. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires.



NOTA DE IRMÃO
André Luiz

Diz você, meu amigo, que não se encontra habilitado para as tarefas do bem, à vista das imperfeições que carrega.
Entretanto, ponderemos:
Se você:
não experimenta empeços orgânicos;
se não suporta conflitos íntimos;
se vive isento de tentações;
se respira em clima de paz inalterável;
se você não tem familiares problemas;
se não sofre obstáculos no lar;
se não vê desajustes em seu grupo social;
se não encontra companheiros difíceis
se você: não conheceu algum dia a solidão de perto;
se caminha no mundo sem qualquer inquietação;
se não enfrentou crises em seu campo individual;
se nunca enxergou ao seu lado a presença do desânimo ou da aflição;
se você: não precisa esforçar-se para conservar seus amigos;
se não conhece adversários na tarefa que a vida lhe confiou;
se trabalha sem críticos que lhe façam observações e lhe desafiem o espírito a discussões e distonias em serviço;
se não experimenta contratempos e desgostos que, de quando a quando, lhe impulsionem o coração a renovações necessárias...
Se você desconhece algo desta lista de provas, então estará fora do seu nível de evolução.
Isso ocorre porque, na Terra, é justamente em problemas e lutas que obteremos as vitórias da alma.
Lembre-se:
A criatura humana realmente não entenderia a voz de uma estrela. E sem que a criatura humana ouça o verbo e receba a cooperação de quem lhe compartilhe as experiências, o esforço da evolução para cada um de nós, no clima do mundo, se faria impossível.
Do livro Diálogo dos Vivos. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires.



CAMPO DE PROVAS
Irmão Saulo

A Terra é um campo de provas. A vida humana, um estágio nesse campo. Temos as provas e as provações que são coisas diferentes. As provas são meios de aprendizagem e as provações são conseqüências do passado, expiações de faltas cometidas em vidas anteriores. Se aqui estamos é porque necessitamos delas. E se sabemos que nossas provas e expiações foram pedidas por nós mesmos, no mundo espiritiia1, devemos compreender que as pedimos porque a nossa necessidade era grande.
O espírito desencarnado vê com precisão, auxiliado pelos espíritos bons, os motivos da sua situação inferior no mundo espiritual; sabe que o seu mundo verdadeiro e definitivo é aquele e não o terreno. Compreende que a existência terrena é passageira e só tem por finalidade prepará-lo para a vida verdadeira e permanente. Quando na Terra, não tem o direito de se lamentar, mas o dever de enfrentar os seus problemas e agradecer a Deus as oportunidades de resgate, reparação e progresso que lhe foram concedidas.
Se o encarnado não procede assim é porque se deixou hipnotizar pelas miragens da Terra, perdendo a visão espiritual do seu verdadeiro objetivo na vida corporal. Mas a prece sincera é o recurso de que então pode dispor para solicitar o auxílio dos amigos do lado de lá. E toda prece sincera, toda solicitação legítima terá logo a sua resposta através de uma intuição, de uma advertência que parece surgir da sua própria consciência ou de uma mensagem amiga transmitida pela telegrafia humana da mediunidade.
Ninguém vem à terra para gozar da felicidade perfeita, que só podemos desfrutar no mundo espiritual ou nos mundos superiores do espaço infinito. A felicidade na Terra consiste precisamente na oportunidade de enfrentarmos as nossas provas e expiações com firmeza e decisão. E sem lamentar, como ensina O Evangelho Segundo o Espiritismo no item citado. Só são realmente felizes os que vencem o mundo, como ensinou Jesus, para se elevarem aos planos superiores da vida verdadeira que é a vida espiritual.
Do livro Diálogo dos Vivos. Espíritos Diversos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires






O BRINQUEDO NOVO

Chiquinho era um menino muito alegre que morava numa vila. Conquistava muitos amigos e vivia rodeado de crianças, com as quais brincava nas horas de folga.
Numa bela manhã, quando ele ia para a escola, avistou seu amigo Dinho debruçado na janela de sua casa, a segurar um brinquedo novo.
– Que brinquedo engraçado! – pensou Chiquinho.
– Quando terminar a aula, vou até a casa de Dinho para ver seu novo brinquedo – disse Chiquinho bem baixinho, quando já chegava ao portão da escola.
Prim… Prim… A campainha anunciava o encerramento das aulas.
Chiquinho vai para casa, troca de roupa, almoça e correndo se dirige à casa de Dinho, pois queria ver logo aquele brinquedo tão diferente.
– Dinho!… Dinho!… – chamou Chiquinho.
– Dinho foi para a escola! – respondeu a mãe do menino, aparecendo na janela.
– E agora!? Vou esperar – pensava Chiquinho, que tão curioso estava, que nem se lembrou que seu amigo ia à escola na parte da tarde.
Chiquinho sentou-se na soleira da porta da casa de Dinho e esperou… esperou…
Ao cair da tarde, Dinho aparece na esquina.
E… Vejam… Ele traz seu brinquedo novo nas mãos!
Chiquinho olhava encantado. Que coisa era aquela girando na ponta de uma varinha, parece que vai voar! E as cores… conforme girava, elas iam se alternando, num vai-e-vem de verde, amarelo, azul e vermelho. Que beleza! O que fazia aquele brinquedo girar?
– Veja, Chiquinho, que lindo brinquedo eu ganhei! – exclamou Dinho, ao ver o amigo sentado à porta de sua casa.
Por longas horas os dois companheiros brincaram. Ora um, ora outro segurava o brinquedo.
A noite chegou e Chiquinho precisava ir para sua casa. E, como havia gostado muito daquele brinquedo, pediu ao Dinho:
– Posso levar emprestado seu brinquedo novo? Amanhã, antes de ir para a escola eu lhe devolvo!
Apesar de Dinho também gostar muito de seu novo divertimento, atendeu ao pedido do colega.
Chiquinho pulava de alegria, e quanto mais pulava e corria em direção à sua casa, mais aquele brinquedo encantador girava.
– O que faz esse brinquedo girar? – perguntava o menino.
Ao chegar em casa, foi correndo mostrar à sua mãe o brinquedo que Dinho lhe havia emprestado.
Papai ficava feliz em ver seu menino pulando e correndo, fazendo girar aquela nova diversão que arranjara.
– Chiquinho! – disse o papai – cuidado para não estragar este brinquedo, ele não é seu.
O menino estava tão encantado que não prestou muita atenção no que seu pai lhe dissera.
– Venham jantar! – chamou a mamãe. Não deixem a sopa esfriar! Lavem as mãos.
Chiquinho, sentindo o cheiro gostoso da sopa que a mamãe prepara, mais que depressa largou o brinquedo sobre a cadeira da sala e dirigiu-se à cozinha para saborear a sopa quentinha. Por alguns instantes, esqueceu-se do brinquedo que gira… gira…
Depois do jantar, ouviu sua mãe perguntar:
– Já fez a tarefa da escola?
Chiquinho, que havia passado a tarde esperando pelo amigo, não fez o dever escolar. Então, imediatamente pegou seus cadernos, livros e lápis e pôs-se a executar a tarefa. Não se lembrava mais do precioso brinquedo que o amigo carinhosamente lhe emprestou.
Terminada a tarefa, guardou seu material escolar, escovou os dentes e quando já ia se deitar…
– Ei… E o brinquedo de Dinho! Vou busca-lo – pensou rapidamente o menino.
– Oh!… Não está onde deixei! Onde estará o brinquedo? – indagava preocupado.
– Mamãe, você viu o brinquedo que gira?
– Papai, você sabe onde está o brinquedo de Dinho que coloquei sobre a cadeira?
Ninguém havia visto…
– Como vou explicar ao meu amigo que não sei onde está seu brinquedo novo?…
Mamãe lhe dizia:
– Procure direito. Você sabe o quanto é importante zelar pelos objetos que tomamos emprestado!…
Chiquinho procurou… procurou… mas não encontrou.
O menino foi para sua cama e desatou a chorar…
– Por que não guardei o brinquedo de Dinho! – pensava.
Chiquinho chorava. Quando seu pai chegou junto de sua cama trazendo o brinquedo nas mãos.
Num salto, o menino levantou-se e tomou o brinquedo das mãos de seu pai.
– Ele estava debaixo da mesa. Você não procurou direito. Amanhã, poderá devolvê-lo ao Dinho. Veja, ele nem amassou! – falou o pai do menino.
– Veja, papai, ele estragou! Não está girando! – observou Chiquinho.
Papai pegou o brinquedo, levando-o até a janela e quando a abriu, um vento leve começou a girar… girar… o brinquedo.
– Observe, papai, está girando! – gritava de alegria o menino. É o vento que o faz girar. Que beleza!
– Isto é um cata-vento, meu filho.
Naquela noite, Chiquinho agradeceu a Deus pelo vento que fazia girar o brinquedo encantador e baixinho dizia:
– Hoje aprendi uma importante lição: vou ser mais cuidadoso com os objetos que tomo emprestado.
E o menino adormeceu…






O APELO DIVINO

Reunidos os componentes habituais do grupo doméstico, o Senhor, de olhos melancólicos e lúcidos, surpreendendo, talvez, alguma nota de oculta revolta no coração dos ouvintes, falou, sublime: — Amados, quem procura o Sol do Reino Divino há de armar-se de amor para vencer na grande batalha da luz contra as trevas.
E para armazenar o amor no coração é indispensável ampliar as fontes da piedade.
Compadeçamo-nos dos príncipes; quem se eleva muito alto, sem apoio seguro, pode experimentar a queda em desfiladeiros tenebrosos.
Ajudemos aos escravos; quem se encontra nos espinheiros do vale pode perder-se na inconformação, antes de subir a montanha redentora.
Auxiliemos a criança; a erva tenra pode ser crestada, antes do sol do meio-dia.
Amparemos o velhinho; nem sempre a noite aparece abençoada de estrelas.
Estendamos mãos fraternas ao criminoso da estrada; o remorso é um vulcão devastador.
Ajudemos aquele que nos parece irrepreensível; há uma justiça infalível, acima dos círculos humanos, e nem sempre quem morre santificado aos olhos das criaturas surge santificado no Céu.
Amparemos quem ensina; os mestres são torturados pelas próprias lições que transmitem aos outros.
Socorramos aquele que aprende; o discípulo que estuda sem proveito, adquire pesada responsabilidade diante do Eterno.
Fortaleçamos quem é bom; na Terra, a ameaça do desânimo paira sobre todos.
Ajudemos o mau; o espírito endurecido pode fazer-se perverso.
Lembremo-nos dos aflitos, abraçando-os, fraternalmente; a dor, quando incompreendida, transforma-se em fogueira de angústia.
Auxiliemos as pessoas felizes; a tempestade costuma surpreender com a morte os viajores desavisados.
A saúde reclama cooperação para não arruinar-se.
A enfermidade precisa remédio para extinguir-se.
A administração pede socorro para não desmandar-se.
A obediência exige concurso amigo para subtrair-se ao desespero.
Enquanto o Reino do Senhor não brilhar no coração e na consciência das criaturas, a Terra será uma escola para os bons, um purgatório para os maus e um hospital doloroso para os doentes de toda sorte.
Sem a lâmpada acesa da compaixão fraternal, é impossível atender à Vontade Divina.
O primeiro passo da perfeição é o entendimento com o auxílio justo...
Interrompeu-se o Mestre, ante os companheiros emudecidos.
E porque os ouvintes se conservassem calados, de olhos marejados de pranto, Ele voltou à palavra, em prece, e suplicou ao Pai luz e socorro, paz e esclarecimento para ricos e pobres, senhores e escravos, sábios e ignorantes, bons e maus, grandes e pequenos...
Quando terminou a rogativa, as brisas do lago se agitaram, harmoniosas e brandas, como se a Natureza as colocasse em movimento na direção do Céu para conduzirem a súplica de Jesus ao Trono do Pai, além das estrelas...
Neio Lúcio - Do Livro Jesus no Lar  - Francisco C. Xavier





O PIOR INIMIGO

Um homem, admirável pelas qualidades de trabalho e pelas formosas virtudes do caráter, foi visto pelos inimigos da Humanidade que conhecemos por Ignorância, Calúnia, Maldade, Discórdia, Vaidade, Preguiça e Desânimo, os quais tramaram, entre si, agir contra ele, conduzindo-o à derrota.
O honrado trabalhador vivia feliz, entre familiares e companheiros, cultivando o campo e rendendo graças ao Senhor Supremo pelas alegrias que desfrutava no contentamento de ser útil.
A Ignorância começou a cogitar da perseguição, apresentando-o ao povo como mau observador das obrigações religiosas. Insulava-se no trato da terra, cheio de ambições desmedidas para enriquecer a custa do alheio suor. Não tinha fé, nem respeitava os bons costumes.
O lavrador ativo percebeu as notícias do adversário que operava, de longe, sorriu calmo e falou com sinceridade:
- A Ignorância está desculpada.
Surgiu, então a Calúnia e denunciou-o às autoridades por espião de interesses estranhos. Aquele homem vivia, quase sozinho, para melhor comunicar-se com vasta quadrilha de ladrões. O serviço policial tratou de minuciosas averiguações e, ao término do inquérito vexatório, a vítima afirmou sem ódio:
- A Calúnia estava enganada.
E trabalhou com dobrado valor moral.
Logo após, veio a Maldade, que o atacou de mais perto. Principiou a ofensiva, incendiando-lhe o campo. Destruiu-lhe milharais enormes, prejudicando-lhe a vinha, poluiu-lhe as fontes. Todavia, o operário incansável, reconstruindo para o futuro, respondeu sereno:
- Contra as sombras do mal, tenho a luz do bem.
Reconhecendo os perseguidores que haviam encontrado um espírito robusto na fé, instruíram a Discórdia que passou a assediá-lo dentro da própria casa. Provocações cercaram-no e amigos da véspera relegaram-no ao abandono.
O servo diligente, dessa vez, sofreu bastante, mas ergue os olhos para o céu e falou:
- Meu Deus e meu Senhor, estou só, no entanto, continuarei agindo e servindo Teu nome. A Discórdia será por mim esquecida.
Apareceu, então, a Vaidade que o procurou nos aposentos particulares, afirmando-lhe:
- És um grande herói... Venceste aflições e batalhas! Serás apontado à multidão na auréola dos justos e dos santos!...
O trabalhador sincero repeliu-a, imperturbável:
- Sou apenas um átomo que respira. Toda glória pertence a Deus!
Ausentando-se a Vaidade com desapontamento, entrou a Preguiça e, acariciando-lhe a fronte com mãos traiçoeiras, afiançou:
- Teus sacrifícios são excessivos... Vamos ao repouso! Já perdeste as melhores forças!...
Vigilante, contundo, o interpelado replicou sem hesitar:
- Meu dever é o de servir em benefício de todos, até ao fim da luta.
Afastando-se a Preguiça vencida, o Desânimo compareceu. Não atacou de longe, nem de perto. Não se sentou na poltrona para conversar, nem lhe cochichou aos ouvidos. Entrou no coração do operoso lavrador e, depois de instalar-se lá dentro, começou a perguntar-lhe:
- Esforçar-se para quê? servir por quê? Não vê que o mundo está repleto de colaboradores mais competentes? que razão justifica tamanha luta? quem mandou nascer neste corpo? não foi a determinação do próprio Deus? não será melhor deixar tudo por conta de Deus mesmo? que espera? Sabe, acaso, o objetivo da vida? tudo é inútil... não se lembra de que a morte destruirá tudo?
O homem forte e valoroso, que triunfara de muitos combates, começou a ouvir as interrogações do Desânimo, deitou-se e passou cem anos sem levantar-se...

Francisco Cândido Xavier, Da obra: Alvorada Cristã. Ditado pelo Espírito Neio Lúcio.






TOLERÂNCIA E FRATERNIDADE
O ser querido desertou do lar, vencido pela fragilidade das forças ainda impregnadas de alta dose de animalidade; todavia, acusa-te, fazendo-te responsável pela sua fuga. Sê tolerante e conserva-te fraterno em relação ao evadido.
O antigo dedicado de ontem não deseja mais a tua lealdade e sai, arremetendo diatribes que te maceram. Sustenta a tolerância e mantém a fraternidade pensando nele.
O beneficiário da tua bondade, navegando em situação de bonança, esquece as tuas dádivas e faz-se soberbo, malsinando o teu nome. Acautela-te na tolerância e reserva-lhe a fraternidade.
As tuas palavras de advertência, tocadas no mais nobre desejo de acertar, são agora transformadas por antigos comparsas que se fizeram teus adversários, em açoites que te alcançam. Continua tolerante e dissemina a fraternidade.
Os convidados pela tua lição de sacrifício a participarem do banquete de luz e vida do Evangelho, apontam-te mil débitos, e sofres. Porfia na tolerância e trabalha pela fraternidade.
Divulgas o bem por amor do bem, tentando viver o bem, mas, apesar disso, não faltam as agressões ao bem que fazes e desafios por parte daqueles que supões beneficiar. Confia na tolerância e aciona a fraternidade...
Tolerância e fraternidade sempre.
Em toda e qualquer circunstância essas duas armas cristãs, da "não violência", podem operar milagres. Talvez aqueles a quem as ofertas, recusem-nas momentaneamente, todavia, ser-te-ão benéficas utilizá-las, já que elas restaurarão tua paz, se a perdeste, ou manterão tua tranquilidade, se a conservas.
"Bem-aventurado aquele que sofre a tentação porque quando fôr provado receberá a coroa da vida à qual o Senhor tem prometido aos que o amam" - conforme ensinou o apóstolo Tiago, na sua Epístola universal, Capítulo um, versículo doze.
A tentação, por isso mesmo, possui as suas raízes no cerne daquele que é tentado, e como é natural, reponta frequentemente, ensejando-lhe a nobre batalha da própria redenção.
Viajores de muitas experiências malogradas, somos a soma das nossas dívidas em operação de resgate.
Cada ensejo depurador é bênção impostergável. Ora, se alguém nos fere ou magoa, nos acusa ou abandona, com fundamentos injustos, tentando nossa fraqueza ao revide ou à deserção do combate, mantenhamos tolerância para com ele - o instrumento inconsciente da Lei - e sejamos fraternos. facultando-lhe retornar com a certeza de se recebido pelo nosso coração.
A sombra é geratriz de equívocos como o êrro é matriz de tormentos íntimos naquele que o pratica. A punição mais severa, portanto, para o transviado é o despertar da consciência, hoje ou amanhã.
Jesus convocou-nos ao amor incondicional e ao perdão das ofensas, e Allan Kardec, o discípulo fiel, na tríade que formulou, situou a Tolerância como uma das bases da felicidade humana, sendo a fraternidade, dessa forma, o espelho onde se pode refletir a alma do amor, em todas as circunstâncias e lugares.
Tolerância e fraternidade, como roteiros para a harmonia que buscamos, são lições vivas de entendimento humano, nos deveres que esposamos à luz do Cristianismo Redivivo.
"Pois o filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos". Marcos: capítulo 10º, versículo 45.
"O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de RAÇAS NEM DE CRENÇAS, porque em todos os homens vê irmãos seus. Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 17º - Item 3, parágrafo 7.
FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 50.



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O EVANGELHO TRAZ PAZ AO CORAÇÃO E ALIMENTO PARA A ALMA.

ENTENDER O EVANGELHO É SITUA-LO EM NOSSA VIDA ÍNTIMA!

AOS ORADORES DO EVANGELHO, PARA QUE NOSSA TAREFA SEJA DE ACORDO COM O ESPERADO POR JESUS!

“APASCENTA AS MINHAS OVELHAS” – JESUS. (JOÃO, 21:17)

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.

Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.

Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

“Pedro, apascenta as minhas ovelhas! “

Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.

Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.

Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.

Educa sempre.

Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.

Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.

Não analises, destruindo.

O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.

Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para adiante.

A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

(Texto número 19, extraído do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)


IRMÃOS, RESPONSÁVEIS PELA ORATÓRIA DO EVANGELHO E DA APROXIMAÇÃO DOS OUVINTES ÀS MENSAGENS DE JESUS,

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PEDIDO DO MESTRE,

APASCENTEMOS AS OVELHAS COM A DOÇURA POSSÍVEL,

COM A CONFIANÇA NECESSÁRIA,

E PRINCIPALMENTE COM O AMOR QUE DEVEMOS À QUEM ESPERA DE NÓS,

APENAS, QUE FAÇAMOS A NOSSA PARTE.

VIBRAÇÕES

VIBRAÇÕES: COMO FUNCIONAM AS VIBRAÇÕES E AS PRECES FEITAS PARA OS NECESSITADOS?

A CURA ATRAVÉS DAS VIBRAÇÕES

Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava.

A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental.

Sob o domínio de uma ideia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada.

Ela jamais ouvira falar de Espiritismo.

Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça.

O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal.

Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece.

Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:

- A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências.

Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes.

Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência.

E tal força não é dada a um só.

Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental.

Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.

Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.

Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.

Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."

Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita.

Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.

A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito.

A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética.

Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece!

Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar.

Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.

Allan Kardec

CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATE-LA - REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1863 - ALLAN KARDEC


PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel : Francisco Cândido Xavier - Livro: Paciência

DEZ MANEIRAS DE AJUDAR COM SEGURANÇA

NÃO DISCUTA

Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete.

NÃO CRITIQUE

Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance.

NÃO RECLAME

Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas.

NÃO CONDENE

Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

NÃO EXIJA

Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

NÃO FUJA

Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda.

NÃO SE PRECIPITE

Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo.

NÃO TEMA

Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma.

NÃO SE ENGANE

Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho.

NÃO SE ENTRISTEÇA

Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo.

André Luiz - Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES

AS VIBRAÇÕES SEGUNDO DR BEZERRA DE MENEZES
LIVRO:INICIAÇÃO ESPÍRITA - EDGARD ARMOND

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